402 resultados para Brasil. [Lei de proteção de cultivares (1997)]
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o impacto da aplicao da "Lei dos Agrotxicos" (Lei nº 7.802/89) no perfil da classificao toxicolgica dos agrotxicos registrados no Brasil no perodo de 1990 a 2000. MTODOS: Analisaram-se dados dos produtos comerciais que se encontravam registrados nos anos de 1990 e 2000, segundo a classe toxicolgica, poca do registro do ingrediente ativo (anterior ou posterior Lei) e classe de uso (inseticidas, fungicidas, herbicidas e outros). Utilizou-se o teste de qui-quadrado de tendncia em dados ordenveis para verificar diferena estatstica entre as distribuies segundo as classes toxicolgicas. RESULTADOS: Dos 863 produtos comerciais que estavam registrados em 2000, 46,6% j se encontravam registrados antes da "Lei dos Agrotxicos". Dos 461 produtos registrados aps essa Lei, 59,2% eram derivados de ingredientes ativos que j estavam registrados anteriormente mesma e 41,4% estavam nas classes toxicolgicas I e II, de maior periculosidade. No foi constatada diferena significativa entre a distribuio, segundo a classe toxicolgica, dos produtos derivados dos ingredientes ativos "antigos", que estavam registrados antes da Lei e a dos "novos", que foram registrados aps a Lei (p<0,0859). CONCLUSES: Passados dez anos da promulgao da "Lei dos Agrotxicos", no foi identificada melhoria expressiva no perfil da classificao toxicolgica do conjunto dos agrotxicos registrados. Deve-se isso sobretudo permanncia de registros anteriores Lei, ao registro de produtos derivados de ingredientes ativos "antigos" e continuidade de elevadas propores de registros nas classes de maior periculosidade. Recomenda-se restabelecer a reavaliao peridica obrigatria de todos os produtos registrados.
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OBJETIVO: Reconhecer as caractersticas e trajetria da Revista de Sade Pblica pela anlise da produo cientfica por ela veiculada, no perodo de 1967-2005. MTODOS: Foram analisados por mtodos cientomtricos dados referenciais dos artigos publicados na Revista e recuperados nas bases de indexao do Institute for Scientific Information (ISI)/Thomson Scientific (Web of Science), National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). RESULTADOS: A Revista, sendo a nica na rea da sade pblica no Brasil, indexada pela ISI/Thomson Scientific, destaca-se como veculo de divulgao da produo cientfica brasileira em sade pblica e exibe crescimento geomtrico de publicaes e citaes, cujas taxas anuais so de 4,4% e 12,7%, respectivamente. O nmero de autores cresceu de uma mdia de cerca de dois por item publicado at 3,5 para os dias atuais. Embora os artigos originais de pesquisa predominem, nos ltimos anos aumentou o nmero de revises, estudos multicntricos, ensaios clnicos e de validao; cresceu tambm o nmero de artigos publicados em lngua estrangeira, com 13% do total, destacando-se a participao da Inglaterra, Estados Unidos, Argentina e Mxico. Aumentou o nmero e diversidade de revistas que citam a Revista de Sade Pblica, com expressiva participao de revistas internacionais. A distribuio de autorias por autor da Revista ajusta-se muito bem Lei de Lotka, mas seus parmetros sugerem maior concentrao e menor disperso do que o esperado. Entre os temas de interesse dos itens publicados, doenas infecto-parasitrias e vetores, promoo, polticas, administrao de sade e epidemiologia, vigilncia e controle de doenas responderam por mais de 50% do volume total. CONCLUSES: A Revista mostra grande dinamismo sem sinais que sugiram qualquer esgotamento ou estabilidade em futuro prximo. H sinais de progressivo aumento de complexidade dos estudos publicados, bem como de maior multidisciplinaridade. A Revista parece alargar seu alcance e repercusso embora continue fiel aos temas de interesse da sade pblica do Brasil.
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OBJETIVO: A terapia anti-retroviral disponvel no Brasil a partir de 1996, modificou o curso da epidemia de Aids, alterando sua evoluo e tendncias. Nesse sentido, o estudo teve por objetivo avaliar a epidemia da Aids no Brasil, nos seus aspectos epidemiolgicos. MTODOS: Estudo realizado a partir de bases de dados do Ministrio da Sade que caracterizavam a evoluo temporal da Aids nas macrorregies brasileiras, de 1990 a 2003. Foram utilizados modelos de regresso exponencial, ajustados srie temporal de 1990 a 1996 e estimados valores esperados para toda a srie. RESULTADOS: O percentual de internaes no se modificou no tempo, mas ocorreu diminuio de hospitalizaes entre os usurios de terapia anti-retrovial. Houve um incremento de 2,7 vezes no nmero de indivduos em uso da terapia, de 1997 a 2003. Incidncia e mortalidade apresentaram crescimentos uniformes at 1995, em todas as regies. A partir de 1996, verificou-se uma reduo progressiva da mortalidade, embora a incidncia continue crescendo. Em todas as regies, exceto a Norte, as incidncias esperadas foram maiores do que as observadas nos ltimos anos, embora as diferenas somente tenham atingido nveis de significncia estatstica nas regies Sudeste e Centro-Oeste. CONCLUSES: As mudanas observadas no perfil de morbi-mortalidade da epidemia de Aids no Brasil poderiam ser explicadas pelo amplo acesso a terapia anti-retroviral. Tal fato representou um impacto importante sobre a mortalidade por HIV/Aids, porm, outros fatores devem ser considerados, como idade da epidemia, medidas de preveno, conhecimento sobre HIV/Aids e anos de escolaridade.
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OBJETIVO: O crescimento de casos de Aids entre mulheres teve como conseqncia o aumento da transmisso vertical da infeco pelo vrus da imunodeficincia adquirida. Medidas de controle dessa modalidade de transmisso foram implementadas a partir de 1996. O objetivo do estudo foi analisar a tendncia temporal da transmisso vertical de Aids em crianas brasileiras. MTODOS: Foram includas no estudo crianas nascidas entre 1990 e 2001 no Brasil. Utilizou-se o banco de casos notificados como Aids em menores de 13 anos, no perodo de 1990 a 2004. Modelos de regresso exponencial, ajustados srie temporal, forneceram as taxas de variao anual e os valores observados e esperados para todo o perodo. RESULTADOS: Observou-se tendncia significativamente crescente para os casos com ano de nascimento no perodo anterior introduo da terapia anti-retroviral, com taxa de crescimento em torno de 12% (t<0,003) ao ano, e com diferenciais entre os Estados entre 5,9% e 31%. A anlise dos casos observados e esperados, para cada uma das macrorregies, mostrou uma reduo dos casos para as crianas nascidas a partir de 1997, atingindo cifras consistentemente menores a cada ano. O nmero de casos notificados para crianas nascidas em 2001 representou menos de 90% dos casos esperados. CONCLUSES: Os resultados obtidos sugerem uma resposta favorvel implementao das polticas de interveno na preveno da transmisso vertical do HIV, no Brasil, como ocorreu em outras partes do mundo.
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O represamento do Rio Panan para construo da hidreltrica de Porto Primavera, entre os Estados do Mato Grosso do Sul e So Paulo, alterou as relaes ecolgicas na regio. O objetivo do estudo foi descrever a fauna de culicdeos potencialmente vetores nesse reservatrio, a 2km da margem direita, em Bataguassu, Mato Grosso do Sul, na fase anterior inundao. Os culicdeos foram capturados em ambientes distintos mensalmente, de julho de 1997 a novembro de 1999. Foram calculados ndices de riqueza e abundncia. Obtiveram-se 16.553 exemplares adultos e 1.795 imaturos, com riqueza de 86 e 44 espcies, respectivamente. A fauna culicdea da rea de estudo apresentava relativa riqueza, com espcies de valor epidemiolgico, como o Anopheles darlingi, alm de outras com potencial na veiculao de arbovrus.
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OBJETIVO: Analisar a prevalncia e fatores de risco para queimadura solar em jovens com idade entre 10 e 29 anos. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostragem em mltiplos estgios, realizado com residentes da zona urbana de Pelotas, Rio Grande do Sul, entre os meses de outubro e dezembro de 2005. Para a coleta de dados foram feitas entrevistas com 1.604 indivduos, utilizando questionrio padronizado e pr-codificado com informaes sobre a famlia e outro questionrio aos indivduos com idade entre dez e 29 anos para avaliao da ocorrncia de episdios de queimadura solar. Queimadura solar foi definida como ardncia na pele aps exposio ao sol. Para as comparaes entre propores, utilizou-se teste do qui-quadrado com correo de Yates. Na anlise multivariada utilizou-se a regresso de Poisson com controle para efeito de delineamento e ajuste robusto da varincia. RESULTADOS: Das pessoas com idade entre 10 e 29 anos, 1.412 relataram exposio ao sol no ltimo vero. As perdas e recusas somaram 5,5%. Queimadura solar no ltimo ano foi relatada por 48,7% dos entrevistados. As variveis associadas ocorrncia de queimadura segundo a anlise multivariada foram: cor da pele branca (RP=1,41; IC 95%: 1,12;1,79), maior sensibilidade da pele quando exposta ao sol (RP=1,84; IC 95%: 1,64;2,06), idade entre 15 e 19 anos (RP=1,30; IC 95%: 1,12;1,50), pertencer ao quartil de maior renda (RP=1,20; IC 95%: 1,01;1,42) e fazer uso irregular de fotoprotetor (RP=1,23; IC 95%: 1,08;1,42). CONCLUSES: A prevalncia de queimadura solar na populao estudada foi alta, principalmente entre jovens, de pele branca, com maior sensibilidade da pele, de maior renda e que faziam uso irregular de fotoprotetor. A exposio solar em horrios seguros e com mtodos de proteo adequados deve ser estimulada.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de caractersticas associadas a comportamentos saudveis em jovens. MTODOS: Foram analisados dados de 14.193 indivduos com idades entre 18 e 29 anos, referentes ao sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas 27 capitais brasileiras em 2006. Foi considerado saudvel quem no fuma, pratica atividade fsica regular e consome frutas/hortalias cinco ou mais dias na semana. Foi analisada associao entre comportamento saudvel com variveis sociodemogrficas e indicadores de sade. A anlise dos dados baseou-se na razo de prevalncia obtida por regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de jovens saudveis foi de 8,0%; 39,6% relataram dois comportamentos saudveis, 45,3% relataram um, e 7,0% nenhum. Na anlise multivariada, o comportamento saudvel foi mais freqente entre participantes com 25-29 anos, escolaridade maior que nove anos de estudo e que relataram haver local para praticar esportes prximo residncia. A freqncia de comportamento saudvel foi significativamente menor entre participantes que relataram cor de pele parda ou preta, consumo de leite integral e de carne vermelha ou frango com gordura, estar em dieta e autopercepo da sade como ruim. CONCLUSES: Indivduos com menos comportamentos saudveis percebem sua sade como ruim, sugerindo que estes comportamentos influenciam negativamente a percepo da prpria sade. O fato de jovens mais saudveis terem maior escolaridade, serem de cor branca e morarem prximo a local para praticar esportes sugere desigualdades no acesso a prticas saudveis.
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OBJETIVO: Estimar as prevalncias de comportamentos prejudiciais sade e de outros fatores de risco cardiovascular entre idosos com hipertenso auto-referida e comparando-as com de no-hipertensos. MTODOS: Foram utilizados dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), referentes aos 9.038 idosos residentes em domiclios com pelo menos uma linha telefnica fixa nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2006. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso auto-referida foi de 55% (IC 95%: 53;57). A maioria dos hipertensos apresentava concomitncia de trs ou mais fatores de risco (69%; IC 95%: 67;71). Foram observadas altas prevalncias de atividades fsicas insuficientes no lazer (88%; IC 95%: 86;89) e do consumo de frutas e hortalias inferior a cinco pores dirias (90%; IC 95%: 88;90) entre hipertensos, seguidas pela adio de sal aos alimentos (60%; IC 95%: 57;63), consumo habitual de carnes gordurosas (23%; IC 95%: 21;25), tabagismo (9%; IC 95%: 7;10) e consumo abusivo de lcool (3%; IC 95%: 2;4). Essas prevalncias foram semelhantes s observadas entre no hipertensos (p >0,05), exceto tabagismo. A prevalncia do tabagismo foi menor entre hipertensos (razo de prevalncia ajustada [RPA] = 0,75; IC 95%: 0,64;0,89) e as prevalncias de sobrepeso (RPA= 1,37; IC 95%: 1,25;1,49), dislipidemia (RPA 1,36; IC 95%: 1,26;1,36) e diabetes (RPA= 1,37; IC 95%: 1,27;1,37) foram mais altas. CONCLUSES: Os resultados sugerem que, exceto tabagismo, os comportamentos prejudiciais sade entre idosos persistem aps o diagnstico da hipertenso arterial.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de sade auto-avaliada como ruim e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados de 54.213 pessoas com idade >18 anos, coletados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) nas capitais brasileiras e Distrito Federal, em 2006. Um residente em cada domiclio, com ao menos uma linha de telefonia fixa, foi sorteado em amostras probabilsticas, respondendo ao questionrio. As variveis independentes analisadas foram de natureza demogrfica, comportamental e de morbidade referida. Foram estimadas prevalncias e razes de prevalncia brutas e ajustadas da sade auto-avaliada como ruim utilizando regresso de Poisson. RESULTADOS: Sade auto-avaliada como ruim foi mais freqente em mulheres, em indivduos mais idosos, de menor escolaridade, sem atividade ocupacional, e residentes em capitais do Norte e do Nordeste; entre homens, a prevalncia de auto-avaliao da sade ruim foi mais elevada na regio Sudeste comparativamente Sul. Fumar > 20 cigarros/dia, no praticar atividade fsica no lazer regularmente e apresentar baixo peso ou obesidade associaram-se a auto-avaliao de sade como sendo ruim em ambos os sexos; pr-obesidade e consumo freqente de frutas e hortalias foram significantes entre mulheres e, no assistir televiso, entre os homens. A prevalncia de sade como sendo ruim cresceu com o aumento do nmero de morbidades referidas. Apresentar quatro ou cinco morbidades resultou em RP=11,4 entre homens e RP=6,9 entre mulheres, em comparao queles que no apresentavam morbidades. CONCLUSES: Desigualdades regionais, de sexo e escolaridade foram observadas na prevalncia da sade auto-avaliada como ruim, e sua associao com comportamentos nocivos sade e comorbidades reforam a necessidade de estratgias de promoo de hbitos saudveis e de controle de doenas crnicas.
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OBJETIVO: Analisar a prevalncia de tabagismo e uso acumulado de cigarro na vida e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados referentes aos 54.369 indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Foram calculadas as prevalncias de tabagismo estratificadas por escolaridade segundo sexo para as cidades de cada regio e as razes de prevalncia brutas e ajustadas por nmero de pessoas e de cmodos no domiclio. O consumo de cigarros na vida (maos-ano) foi analisado segundo escolaridade e sexo por regio. RESULTADOS: No Brasil, a prevalncia de tabagismo foi significativamente maior entre homens e mulheres com baixa escolaridade (at oito anos de estudo = 24,2% e nove ou mais = 15,5%). Esta diferena diminuiu com a idade ou se inverteu entre os mais idosos. Observou-se diminuio de risco de ser fumante para a populao de maior escolaridade, independentemente do nmero de pessoas e de cmodos por domiclio. A prevalncia de fumantes com consumo intenso de cigarros foi maior entre os de escolaridade mais baixa, principalmente entre mulheres da regio Norte. A exceo foram os homens da regio Sul, onde esse percentual foi maior entre aqueles com maior escolaridade. CONCLUSES: Confirmou-se haver maior concentrao de fumantes na populao de menor escolaridade, principalmente entre homens mais jovens. necessrio compreender melhor a dinmica da epidemia de tabagismo para adequar medidas preventivas especficas para indivduos conforme idade e estrato social.
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OBJETIVO: Estimar a freqncia do consumo de frutas e hortalias e fatores associados. MTODOS: Foram estudados 54.369 indivduos com idade >18 anos, entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) nas capitais brasileiras e Distrito Federal, em 2006. Os indicadores do consumo alimentar foram: consumo regular (>5 dias/semana) de frutas e hortalias e consumo adequado (>5 vezes/dia). Calculou-se a prevalncia dos indicadores e intervalos de confiana, estratificada por sexo. Para analisar a associao das variveis sociodemogrficas foram calculados odds ratio bruta e ajustada por sexo, idade, escolaridade e estado civil. RESULTADOS: Menos da metade dos indivduos referiu consumo regular de fruta (44,1%) ou hortalias (43,8%), enquanto 23,9% referiram consumo regular de frutas e hortalias em conjunto; o consumo adequado foi referido por 7,3% dos entrevistados. O consumo de frutas e hortalias variou entre as cidades estudadas, foi maior entre as mulheres e aumentou com a idade e escolaridade. CONCLUSES: Iniciativas de promoo do consumo de frutas e hortalias devem atender a populao como um todo, especialmente s cidades das regies Norte e Nordeste, aos jovens, aos homens e aos estratos populacionais com baixa escolaridade.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia da prtica de atividades fsicas por adultos e sua associao com fatores sociodemogrficos e ambientais. MTODOS: Foram utilizados dados do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico coletados em 2006. Os 54.369 adultos entrevistados residiam em domiclios com linha telefnica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal. A prtica de atividades fsicas foi considerada nos domnios do lazer, trabalho, atividade domstica e deslocamento. As variveis estudadas incluram caractersticas sociodemogrficas dos indivduos e ambientais das cidades; a associao com as atividades fsicas foi analisada segundo sexo. RESULTADOS: As propores de indivduos ativos foram de 14,8% no lazer, 38,2% no trabalho, 11,7% no deslocamento e 48,5% nas atividades domsticas. ndices superiores a 60% de inativos no lazer foram observados em dez capitais. Os homens foram mais ativos que as mulheres em todos os domnios, exceto nas atividades domsticas. A proporo de indivduos ativos decresceu com o aumento da idade. A escolaridade associou-se diretamente com a atividade fsica no lazer. Os homens ativos no deslocamento tiveram maior chance de ser ativos no lazer, enquanto que as pessoas inativas no trabalho tiveram maior chance de serem ativas no lazer. A existncia de local para praticar atividades fsicas prximo residncia associou-se atividade fsica no lazer. CONCLUSES: Os resultados obtidos so importantes para o monitoramento dos nveis de atividades fsicas no Brasil. Para a promoo das atividades fsicas, deve-se considerar as diferenas entre homens e mulheres, as diferenas nas faixas etrias e nos nveis de escolaridade. Deve-se investir principalmente na promoo das atividades fsicas no lazer e como forma de deslocamento e em locais adequados para a prtica prximos s residncias.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de diabetes e de hipertenso auto-referidas e seus nmeros absolutos no Brasil. MTODOS: Foram analisados dados referentes aos 54.369 indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas 27 capitais brasileiras em 2006, que responderam positivamente a questes sobre presso alta e diabetes. Os percentuais de hipertenso e diabetes auto-referidas estimados na amostra foram projetados para a populao brasileira segundo idade, sexo e estado nutricional, utilizando o mtodo direto de padronizao. RESULTADOS: A prevalncia de diabetes foi de 5,3%, maior entre as mulheres (6,0% vs. 4,4%), variando de 2,9% em Palmas (TO) a 6,2% em So Paulo (SP). A prevalncia de hipertenso foi de 21,6% (21,3;22,0), maior entre as mulheres (24,4% vs. 18,4%), variando de 15,1% em Palmas a 24,9% em Recife (PE). As prevalncias aumentaram com categorias de idade e nutrio. Estimou-se haver no Brasil um total de 6.317.621 de adultos que referem ter diabetes e 25.690.145 de adultos que referem ter hipertenso. CONCLUSES: As prevalncias de diabetes e hipertenso auto-referidas so elevadas no Brasil. O monitoramento destas e outras condies de sade pode ser feito por estratgias como a do VIGITEL, preferencialmente se acompanhado de estudos de validao, visando a generalizao de resultados.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de excesso de peso e obesidade e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados referentes a indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Para 49.395 indivduos, o ndice de massa corporal (IMC) foi utilizado para identificar excesso de peso (IMC 25-30 kg/m²) e obesidade (IMC >30 kg/m²). Prevalncia e razes de prevalncia foram apresentadas segundo variveis sociodemogrficas, escolaridade e condio de sade/comorbidades e auto-avaliao da sade, estratificadas por sexo. Utilizou-se regresso de Poisson para anlises brutas e ajustadas por idade. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de peso foi de 47% para os homens e 39% para as mulheres, e de obesidade, 11% para ambos os sexos. Observou-se associao direta entre excesso de peso e escolaridade entre homens, e associao inversa entre mulheres. Obesidade foi mais freqente entre os homens que viviam com companheira e no esteve associada com escolaridade ou cor da pele. As prevalncias de excesso de peso e obesidade foram mais altas entre mulheres negras e que viviam com companheiro. A presena de diabetes, hipertenso arterial sistmica e dislipidemias, bem como considerar sua sade como regular ou ruim, tambm foram referidas pelos entrevistados com excesso de peso ou obesidade. CONCLUSES: Enquanto cerca de um de cada dois entrevistados foram classificados com excesso de peso, obesidade foi referida por um de cada dez entrevistados. Variveis socioeconmicas e demogrficas, bem como morbidades referidas, foram associadas com excesso de peso e obesidade. Esses resultados foram similares queles encontrados em outros estudos brasileiros.
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OBJETIVO: Analisar variaes do ndice de massa corporal (IMC) entre adultos segundo fatores individuais e caractersticas ambientais das cidades. MTODOS: Foram utilizados dados de 2006 do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL). Trata-se de inqurito baseado em entrevistas telefnicas realizadas em amostras probabilsticas da populao com idade >18 anos nas 26 capitais estaduais brasileiros e no Distrito Federal. A anlise de fatores associados incluiu variveis socioeconmicas e demogrficas, individuais e ambientais da cidade referentes a 49.395 participantes do VIGITEL. O consumo alimentar foi avaliado por escore de alimentao saudvel e pelo consumo de frutas e hortalias cinco ou mais vezes por dia. Atividade fsica foi avaliada pela freqncia e durao de exerccios, e pela presena local de equipamentos para realiz-los. As associaes foram testadas em modelos lineares multinvel (p<0,05). RESULTADOS: As associaes do IMC com as variveis explicativas individuais diferiram entre os sexos. Escolaridade associou-se positivamente ao IMC em homens e negativamente em mulheres. Consumo de frutas e hortalias associou-se positivamente ao IMC em homens. Para ambos, a existncia de localidades para realizar exerccios associou-se negativamente com o IMC. CONCLUSES: Embora haja grande discrepncia nas mdias de IMC entre as cidades brasileiras, a existncia de local para atividade fsica, caractersticas econmicas e de consumo alimentar pouco explicaram a variao no IMC.