348 resultados para vagens verdes
Resumo:
A identificação de genótipos com elevada acumulação de biomassa e nutrientes, mas com baixo índice de colheita de nutrientes (razão entre conteúdo de nutrientes nos grãos e na parte aérea), pode reduzir a remoção pelas colheitas e aumentar a sustentabilidade agrícola. Evidências de reduzida variabilidade nos índices de colheita em feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) demandam a avaliação de uma ampla gama de genótipos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a variabilidade dos índices de colheita de nutrientes e sua relação com a produção de grãos em genótipos de feijoeiro. Foi conduzido um experimento de campo em Seropédica - RJ, com 64 genótipos de feijoeiro em quatro repetições, incluindo 41 cultivares, 12 linhagens de melhoramento e 10 cultivares locais da região Sul. Os índices de colheita foram mensurados a partir das quantidades acumuladas de biomassa e nutrientes nos grãos, caules e palha de vagens produzidos após trilhagem dos grãos. A média da produção de grãos foi de 205 g m-2, com índices de colheita médios de biomassa, N, P, K, Ca e Mg de 0,62, 0,83, 0,89, 0,58, 0,33 e 0,51 g g-1, respectivamente, denotando intensa translocação de N e P para os grãos, sendo relativamente estreita a variabilidade desses índices. A massa seca de resíduos após trilhagem dos grãos foi em média de 107 g m-2, contendo 2,0, 0,15, 3,6, 2,8 e 1,3 g m-2 de N, P, K, Ca e Mg, respectivamente, o que indica que esses materiais podem restituir quantidades relativamente elevadas de nutrientes em comparação com as demandas do cultivo. Foram obtidas elevadas correlações fenotípicas e genéticas (p < 0,001): positivas entre produção de grãos e índices de colheita de biomassa e N e negativas entre produção e teores de N e P nos grãos. Como as correlações fenotípicas e genéticas entre rendimento e índice de colheita de P foram menos significativas (p < 0,01), foi possível identificar alguns genótipos com baixo índice de colheita de P e bom rendimento. A seleção de genótipos de feijoeiro para maior rendimento de grãos pode resultar em maiores índices de colheita de biomassa e de N, assim como em maiores quantidades de nutrientes nos grãos e menores teores de N e P nos grãos.
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As espécies de mucuna são muito utilizadas como adubos verdes, e poucas informações estão disponíveis a respeito dos rizóbios nativos capazes de nodulá-las. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade e a capacidade simbiótica de isolados bacterianos de nódulos de mucuna-cinza (Mucuna pruriens (L.) DC.) e mucuna-anã (Mucuna deeringiana (Bort.) Merr.). As bactérias foram isoladas de nódulos de mucunas cinza e anã cultivadas em vasos com solos de um sistema de produção agroecológica. Foram isoladas 160 bactérias, sendo 80 de mucuna-anã e 80 de mucuna-cinza, que foram autenticadas e selecionadas para avaliação da capacidade simbiótica. A diversidade dos isolados foi avaliada por meio das características culturais em meio de cultura YMA e da técnica de análise de restrição do produto de PCR do gene 16S rDNA. A inoculação de cinco isolados em mucuna-cinza e dois em mucuna-anã apresentou elevada biomassa da parte aérea. A maioria dos isolados apresentou crescimento rápido e acidificou o meio de cultura. A análise de restrição demonstrou que as bactérias isoladas apresentam baixa similaridade com estirpes de referência, sugerindo a existência de isolados pertencentes a novos grupos, capazes de nodular as mucunas anã e cinza.
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A fertilização dos solos sob pastagens pode consistir numa forma sustentável de intensificação do pastejo desde que os efeitos deletérios do pisoteio animal sobre a qualidade física dos solos não comprometam a produtividade e, consequentemente, a sustentabilidade do sistema de produção de pastagens. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da intensificação do pastejo proporcionado pela adubação nitrogenada sobre a qualidade física do solo e o impacto na produção de forragem e de raízes de Panicum maximum Jacq. cv. IPR-86 Milênio. O experimento foi conduzido no noroeste do Estado do Paraná (23º 5' S, 52º 26' W e altitude de 460 m). O manejo dos animais foi realizado em sistema de pastejo intermitente e carga animal variável. Para avaliar o efeito da intensificação de pastejo sobre a qualidade física do solo, foram medidos o conteúdo de água no solo, a resistência do solo à penetração e a produção de massa seca de forragem, de folhas verdes e de raízes como resposta biológica às condições físicas do solo. A adubação nitrogenada aumentou a produção de massa seca de forragem e de folhas verdes. Os menores valores de resistência do solo à penetração ocorreram no menor nível de intensificação na área de maior pisoteio dos animais, entre touceiras. Na região da touceira ocorreram menores valores de resistência do solo à penetração, do tratamento menos intensificado em relação aos demais, somente nas camadas de 0,2-0,3 e 0,3-0,4 m. O incremento da resistência do solo à penetração reduziu a produção de raízes de Panicum maximum Jacq. cv. IPR-86 Milênio. A classe de maior produção de raízes foi definida quando os valores de resistência à penetração foram inferiores a 1 MPa.
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Problemas relacionados à retenção foliar e maturação desuniforme na cultura da soja têm sido relatados em várias regiões do país, inclusive no Estado do Paraná, desafiando pesquisadores brasileiros. Várias hipóteses já foram levantadas sobre o desequilíbrio nutricional das plantas e intensificação do problema, porém nenhuma com conclusão definitiva. Com o objetivo de avaliar como a disponibilidade de N via inoculação e uso de Co e Mo no tratamento de sementes, associado ao uso de fungicida e inseticida, pode minimizar a retenção foliar e haste verde, instalou-se um ensaio no campo da Estação Experimental da Copacol, em Cafelândia, PR. Oito combinações de produtos foram usadas no tratamento de sementes de soja, considerando a presença ou ausência de Co e Mo, inoculante e inseticida/fungicida. Avaliaram-se o teor de N foliar, a frequência de plantas anormais por ocasião da colheita, a porcentagem de vagens, com 0, 1, 2, 3 e 4 grãos formados, o peso de 1000 grãos, o teor de umidade, a impureza na colheita e o rendimento de grãos. O uso do Co e Mo e a inoculação de sementes promoveram aumento do teor de N foliar na soja e reduziram o número de plantas anormais, refletindo positivamente no rendimento e seus componentes. Os resultados evidenciaram efeito positivo da melhor nutrição das plantas de soja com relação ao N na redução de haste verde e reafirmaram a necessidade do uso do Co e Mo e da inoculação de sementes.
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Estudar o efeito da calagem e do método de secagem na produtividade do amendoim (Arachis hypogea L., cv. Botutatu) foi o objetivo deste trabalho, conduzido num solo Latossolo Vermelho-Escuro, textura média, em São Manuel, São Paulo. Os tratamentos consistiram de ausência ou presença de calagem (2,05 Mg ha-1) e secagem à sombra, ao sol e duas formas combinadas desta última com estufa. A calagem eliminou a fitotoxicidade de manganês, melhorando a nodulação e a nutrição nitrogenada, que, conseqüentemente, levaram ao aumento do número de ramificações, de vagens por planta e da produtividade. Com a calagem, observou-se também redução nas perdas durante a colheita. Das formas de secagem, a realizada à sombra e a combinada campo-estufa foram as que proporcionaram maiores produtividades, por permitirem melhor maturação dos frutos e menores perdas na colheita.
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O objetivo do presente trabalho foi correlacionar a perda de rendimento das cultivares de feijão Rosinha G2 (tipo II) e Carioca (tipo III) com a porcentagem de área foliar removida em diferentes estádios de desenvolvimento das plantas. Foram avaliados quatro níveis de desfolhamento (0, 33, 67 e 100%), aplicados em cinco estádios de desenvolvimento. A análise dos rendimentos mostrou que os prejuízos foram crescentes à proporção que se elevavam os níveis de desfolhamento, atingindo uma perda média de 59% quando as cultivares foram submetidas a 100% de desfolhamento. Apesar de as respostas às perdas de rendimento terem sido lineares, constatou-se que a redução de 33% da área foliar provocou uma perda média de rendimento de apenas 5,6%. Com relação aos componentes do rendimento, verificou-se que o número de vagens por planta foi o mais prejudicado, registrando-se no nível de 100% de desfolhamento, reduções de 45,1% e 42,0%, nas cultivares Carioca e Rosinha, respectivamente.
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O objetivo deste trabalho foi predizer as propriedades de populações segregantes F3 (combinações híbridas) a partir de estudos dialélicos na geração F1. Para isso, foram avaliadas oito combinações híbridas, obtidas de cruzamentos compatíveis entre sete progenitores (Diacol Andino, Ica Lhanogrande, Ica Tundama, Rojo 70, Rio Tibagi, Carioca e Roxo), por meio dos esquemas de análises de cruzamentos dialélicos desbalanceados circulante e de meia-tabela. As combinações híbridas F1 e os progenitores foram conduzidos no delineamento inteiramente casualizado, com número de repetições por tratamento variável, e em casa de vegetação. A geração F3 foi conduzida em dois locais, em condições de campo, em delineamento de blocos completos casualizados. Foram avaliados os caracteres número de vagens por planta (NVP) e peso de sementes por planta (PSP). A predição por meio dos efeitos da capacidade geral de combinação (CGC) na F1 foi mais eficiente que a predição a partir do desempenho observado no F1 com relação à média dos dois caracteres agronômicos das populações segregantes F3 (combinações híbridas). Foram constatadas correlações negativas entre as gerações observadas e preditas, quando se utilizaram as informações do dialelo circulante desbalanceado.
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Plantas envasadas de Leucaena leucocephala Lam. (De Witt) foram cultivadas em casa de vegetação sob 30% de sombreamento artificial, em solo de cerrado, com adição de 0, 750, 1.500 e 3.000 kg ha-1 de NPK (4-14-8). Aos 180 dias após a emergência (DAE), as plantas crescidas em solo sem adubo químico apresentaram os menores valores de taxa de crescimento relativo (TCR = 0,028 g g-1 dia-1), biomassa total (5,2 g), taxa assimilatória líquida (TAL= 4,2.10-4 g cm-2 dia-1), e não produziram nem flores nem vagens. Entre as plantas cultivadas em solo fertilizado, as que receberam maiores quantidades de adubo químico apresentaram maiores valores de biomassa total e área foliar, a partir de 90 DAE. Porém, os maiores valores de TCR (43,92.10-4 g g-1 dia-1) e TAL (15,01 g cm-2 dia-1) foram obtidos nas plantas crescidas em solo com 750 kg ha-1 de NPK. A presença de flores e vagens nas plantas que receberam 1.500 e 3.000 kg ha-1 de NPK ocorreu a partir dos 120 DAE, e aos 150 DAE se iniciou o processo de abscisão foliar nos vegetais crescidos em todos os tratamentos, com conseqüente redução da área foliar, TAL e TCR. Na presença de estresse hídrico simulado, as plantas com 90 DAE mostraram-se mais resistentes que as de 30 dias. Porém, nos dois casos, as plantas mais tolerantes à dessecação foram as crescidas em solo com maiores teores de NPK, e um ajuste osmótico auxiliou as plantas a sobreviverem durante o período da seca.
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O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de diferentes dosagens de cloreto de mepiquat, thidiazuron e ethephon, aplicadas parceladamente no algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) na Fazenda Itamarati, Ponta Porã, MS. As dosagens de cloreto de mepiquat foram: (0; 12,5 + 12,5 + 25,0 = 50; 25 + 25 + 25 = 75; 0 + 50 + 50 = 100; 12,5 + 62,5 + 50 = 125) g ha-1, com aplicações efetuadas aos 34, 47 e 62 dias após a emergência (DAE) em 1993/94, e aos 42, 60 e 73 DAE, em 1994/95, enquanto o thidiazuron foi aplicado quando 70% dos capulhos estavam abertos, nas dosagens de 0, 45, 60 e 75 g ha-1; já o ethephon foi aplicado sete dias após o thidiazuron, quando já se observava desfolha de 85%, nas dosagens de 0, 960 e 1.440 g ha-1. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em faixa, com subparcelas subdivididas e quatro repetições. O cloreto de mepiquat proporcionou redução do número de frutos verdes, aumento do peso de 100 sementes e do peso médio de um capulho; a percentagem de desfolha aumentou com as dosagens de thidiazuron e ethephon; constatou-se que a interação cloreto de mepiquat x thidiazuron x ethephon foi significativa para percentagem de abertura de capulhos e produção de algodão em caroço.
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Avaliou-se o efeito de pré-cultivos com adubos verdes sobre o potencial de inóculo de fungos micorrízicos arbusculares e produção de mandioca (Manihot esculenta, Crantz). O experimento foi conduzido no campo experimental da Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia (CNPAB), em solo Podzólico Vermelho-Amarelo, localizado no Município de Seropédica, RJ, em parcelas experimentais de 30 m², dispostas em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Os pré-cultivos constaram de Canavalia ensiformis, Mucuna aterrima, Crotalaria juncea, Cajanus cajan e Sorghum bicolor (BR 005) e o tratamento-controle (solo mantido sem plantas). Após um período de 82 dias de crescimento, sobre as mesmas parcelas cultivou-se mandioca, por oito meses. A produtividade de raízes de mandioca variou de 12,76 a 17,20 t ha-1, porém não foi detectada diferença estatística entre os tratamentos. Foram identificadas 16 espécies de fungos micorrízicos arbusculares e foi constatado que o número de esporos de algumas espécies sofreu alteração da sua freqüência de ocorrência com os cultivos. O pré-cultivo com sorgo aumentou o número de propágulos infectivos em relação ao controle, demonstrando que o uso de espécies de plantas com capacidade para elevar o potencial de inóculo pode ser um bom caminho alternativo para resolver o problema de produção de inóculo para culturas micotróficas em campo.
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Objetivou-se, com esse trabalho, avaliar a eficiência de Pasteuria penetrans no controle de Meloidogyne javanica em condições de casa de vegetação. Os tratamentos eram compostos de quatro níveis de inóculo de P. penetrans, 0, 10x10(5), 50x10(5) e 100x10(5) endósporos/kg de solo autoclavado. Imediatamente após a inoculação da bactéria P. penetrans no solo autoclavado, 1.000 juvenis de segundo estádio de M. javanica foram inoculados em cada vaso. Quarenta e oito horas após a inoculação do nematóide, uma plântula de soja cv. FT-Cristalina, com três dias de idade, foi transplantada para cada vaso. O experimento foi avaliado em duas etapas: a primeira, 89 dias após o transplantio da soja, e a segunda, 90 dias após um segundo()plantio de soja, em seqüência a um pousio de 30 dias. Na primeira avaliação, o maior peso da matéria fresca da planta foi obtido no tratamento com 100x10(5) endósporos/kg de solo, o que diferiu significativamente (P<0,05) dos demais tratamentos, exceto o da testemunha. O maior aumento no peso da matéria fresca das vagens, obtido no tratamento com 100x10(5) endósporos/kg de solo, diferiu significativamente (P<0,05) dos demais tratamentos. A redução da população final do nematóide nos tratamentos com 10x10(5), 50x10(5) e 100x10(5) endósporos/kg de solo, em relação à testemunha, foi de 50,9%, 89,1% e 81,8%, respectivamente. Na segunda avaliação, o controle do nematóide nos níveis de 10x10(5), 50x10(5) e 100x10(5) endósporos/kg de solo foi de 94,7%, 99,7% e 100%, respectivamente. P. penetrans mostrou-se altamente eficiente no controle de M. javanica, mesmo no nível mais baixo de inóculo (10x10(5) endósporos/kg de solo).
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Com o objetivo de estabelecer parâmetros para avaliação de tolerância à seca, 15 genótipos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) foram monitorados durante a indução de estresse hídrico na pré-floração, por meio do potencial hídrico nas folhas (psif) e de outras variáveis. Os genótipos A 222, A 285, BAT 477, BAT 561 e IPA 7 apresentaram valores de psif superiores ao dos outros genótipos, durante o estresse, sugerindo um maior controle da abertura estomática. Os genótipos com tolerância à antracnose mostraram possuir este mecanismo de controle, enquanto as cultivares Carioca e Ouro Negro recuperaram-se mais rapidamente, após a reidratação. O potencial de fixação biológica do nitrogênio, avaliado pelo número e peso seco de nódulos, foi significativamente pouco afetado pelo estresse. Quanto aos parâmetros morfológicos, aqueles que sofreram maior efeito do déficit hídrico foram a área foliar e o peso seco da parte aérea. Nos componentes de rendimento, o número de vagens por planta foi afetado somente nos genótipos Xodó e CNF 0145, enquanto os genótipos Carioca, A 285, CNF 0145, BAT 477 e cv. 121 e a linhagem LM 30036 sofreram diminuição no peso de grãos por planta, devido à deficiência hídrica. Dos genótipos estudados, somente A 222 e IPA 7 mantiveram o psif mais alto do que os outros e não sofreram redução significativa na área foliar e no peso de grãos, apesar de o primeiro genótipo apresentar baixa produção por planta, em condições de estresse.
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O trabalho foi conduzido na safra 1992/93, no Centro Agropecuário Palma (CAP)/Universidade Federal de Pelotas (UFPel), objetivando avaliar o efeito da variação do espaçamento entre linhas e da população de plantas sobre características agronômicas relacionadas com a colheita mecanizada de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). Foram testados três espaçamentos entre linhas (25, 50 e 75 cm) e quatro populações de plantas/ha (100, 200, 350 e 500 mil), utilizando como reagente a cultivar Pampa, de hábito de crescimento indeterminado, tipo II. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Somente ocorreu interação entre os fatores para o índice de acamamento, onde o aumento da população tendeu a reduzi-lo. A combinação do maior espaçamento com a menor população provocou o maior acamamento. A redução no espaçamento entre linhas, apesar de reduzir a altura de plantas, a altura de inserção de vagens e o rendimento de grãos, provocou aumento na altura da ponta da vagem mais baixa até o solo, e redução na porcentagem de plantas com vagens encostando no solo. O aumento na população de plantas, apesar de não afetar a maioria das características agronômicas das plantas, provocou redução na porcentagem de plantas com vagens encostando no solo, e não provocou modificações no rendimento de grãos.
Resumo:
O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Nova Baden, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em Lambari, MG, objetivando avaliar o desempenho dos adubos verdes guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp.) e crotalária-júncea (Crotalaria juncea L.), com e sem incorporação da biomassa, na recuperação da fertilidade de um solo (Latossolo Vermelho-Escuro distrófico) degradado, cultivado com braquiária (Brachiaria decumbens Stapf.). Empregou-se o delineamento experimental de blocos casualizados em esquema fatorial de parcelas subdivididas, com três repetições, colocando-se nas parcelas o manejo da biomassa, e nas subparcelas, as leguminosas e a braquiária. As três culturas foram manejadas na fase final de florescimento das leguminosas, quando se fizeram amostragens de biomassa para determinação de produção de matéria seca, concentração e conteúdo de nutrientes. Realizaram-se avaliações de amostras de solo em três épocas (90, 120 e 150 dias após o manejo) e seis profundidades (0-5, 5-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-80 cm). O guandu se destacou na primeira avaliação quanto às melhorias na fertilidade do solo, e a crotalária-júncea, de mineralização mais lenta, na segunda. Na terceira avaliação, não foram encontrados benefícios dos adubos verdes nas propriedades químicas do solo.
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A BRS 151 L-7 é uma nova cultivar de amendoim, de sementes de coloração vermelha, de forma oblonga, desenvolvida pela Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Algodão (CNPA), e destinada ao consumo in natura e à indústria de alimentos. A cultivar é de porte ereto, resultante do cruzamento entre a cultivar produtiva IAC-Tupã (tipo Valência) e a cultivar Senegal 55-437 (tipo Spanish), de ciclo curto. Em ensaios regionais realizados em 27 municípios de quatro estados da Região Nordeste, a cultivar apresentou grande potencial para produtividade de sementes, ciclo vegetativo de 87 dias, tolerância ao estresse hídrico, e grande adaptação ao cultivo em clima semi-árido. Sua produtividade média de vagens em condições experimentais é de 1.850 kg ha-1 em cultivo de sequeiro, e 4.500 kg ha-1 em condições irrigadas, o que corresponde a uma elevação na ordem de 12% e 38%, respectivamente, com relação à produtividade da cultivar tradicional Tatu. No aspecto nutricional, a cultivar BRS 151 L-7 tem baixo teor de óleo (46%), e sua farinha desengordurada contém 55% de proteína; entre os aminoácidos essenciais, é limitante apenas no teor de lisina, em comparação com o padrão da FAO/85.