301 resultados para pulgão-preto
Resumo:
A Praça XV de Novembro, implantada em meados do século XIX, tem grande valor histórico-cultural, além de se constituir em uma das principais áreas verdes do centro da cidade de Ribeirão Preto. Visando ao conhecimento detalhado da vegetação para fins de orientação do manejo e conservação dessa área, foi feito um levantamento quali-quantitativo e fitossociológico das árvores e palmeiras da praça. Foram medidas altura e Diâmetro à Altura do Peito (DAP) e identificados todos os indivíduos de porte arbóreo (árvores e palmeiras) presentes na Praça, em nível de espécie. A praça ocupa uma área de 15.456,00 m², onde foram amostradas 42 espécies distribuídas por 19 famílias, num total de 161 indivíduos. Apesar de o local apresentar arborização com alto índice de diversidade de espécies (Shannon-Weaver de 3,14), os exemplares necessitam de maior atenção quanto a problemas ligados à fitossanidade e podas adequadas, fazendo que resulte em espaço seguro para os frequentadores e em boa qualidade paisagística.
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Nas atividades de exploração leiteira, as construções para os animais são fundamentais e de suma importância no processo de produção. Sendo assim, suas concepções devem basear-se em soluções técnicas e econômicas, que ofereçam condições eficientes e funcionais. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento sobre as principais características de granjas leiteiras localizadas em municípios paulistas próximos a Ribeirão Preto e no sul de Minas Gerais e recomendar soluções, com base na literatura, para a execução de projeto para a região de Ribeirão Preto-SP. O trabalho foi desenvolvido com base em estudos teóricos e observações in loco, considerando as seguintes construções: galpão de estabulação livre; bezerreiro; sala de ordenha e seus anexos (pedilúvio, lava-pés e curral de espera) e sistema de tratamento de dejetos. Dos resultados obtidos, verificou-se que a maioria das granjas leiteiras foi projetada sem critérios e com soluções técnicas não eficazes.
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The application of the Extreme Value Theory (EVT) to model the probability of occurrence of extreme low Standardized Precipitation Index (SPI) values leads to an increase of the knowledge related to the occurrence of extreme dry months. This sort of analysis can be carried out by means of two approaches: the block maxima (BM; associated with the General Extreme Value distribution) and the peaks-over-threshold (POT; associated with the Generalized Pareto distribution). Each of these procedures has its own advantages and drawbacks. Thus, the main goal of this study is to compare the performance of BM and POT in characterizing the probability of occurrence of extreme dry SPI values obtained from the weather station of Ribeirão Preto-SP (1937-2012). According to the goodness-of-fit tests, both BM and POT can be used to assess the probability of occurrence of the aforementioned extreme dry SPI monthly values. However, the scalar measures of accuracy and the return level plots indicate that POT provides the best fit distribution. The study also indicated that the uncertainties in the parameters estimates of a probabilistic model should be taken into account when the probability associated with a severe/extreme dry event is under analysis.
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OBJETIVOS: avaliar a taxa de soroprevalência contra o parvovírus B19 (PB19) entre grávidas e a taxa de soroconversão dessa infecção durante a gravidez. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Na primeira fase do estudo foram avaliadas 245 grávidas com idade gestacional menor que 16 semanas, para aferição da soroprevalência da infecção PB19, utilizando o método ELISA. De acordo com os resultados sorológicos, classificou-se a infecção pelo PB19 em aguda (IgM positivo e IgG negativo ou positivo) ou remota (IgM negativo e IgG positivo). Na segunda fase do estudo, 73 grávidas soronegativas foram novamente testadas durante a internação para o parto (IgM e IgG), objetivando aferir a taxa de soroconversão durante a gravidez. RESULTADOS: a prevalência da infecção PB19 até a 16ª semana de gravidez foi de 62,9% (IC 95%: 56,8-68,9), divididas em infecção aguda (8,1%) e remota (54,8%). Das 73 grávidas soronegativas que submeteram-se a novo teste no momento do parto, sete (9,6%) apresentaram soroconversão durante a gravidez (IC 95%: 2,8-16,3), sendo duas com infecção aguda (2,7%) e cinco com infecção remota (6,9%). A prevalência final da infecção por PB19 durante a gravidez foi de 72,5%. CONCLUSÕES: considerando que apenas a infecção aguda pelo PB19 está associada a risco de transmissão vertical, a soroprevalência relativamente alta desta infecção entre grávidas estaria protegendo os fetos contra esta forma de disseminação do vírus. Apesar da elevada taxa de soroconversão para PB19 durante a gravidez, não foi observado nenhum caso de infecção sintomática entre os recém-nascidos.
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O conhecimento de parâmetros cardíacos em animais modelo experimentais é essencial para a investigação médica comparativa. Nosso estudo teve como objetivo estabelecer parâmetros eletrocardiográficos e valores de referência para saguis-de-tufo-preto (Callithrix penicillata). Dezenove saguis-de-tufo-preto adultos saudáveis foram utilizados. Uma combinação de tiletamina e zolazepam foi empregada para contenção química antes da realização do exame eletrocardiográfico (ECG). Foi utilizado para o exame de ECG um equipamento computadorizado. Os valores dos parâmetros do ECG encontrados foram frequência cardíaca média de 264±74 bpm, uma variação do eixo cardíaco médio entre 60° e -90°, a duração da onda P média de 34±6ms e amplitude de 0,132±0,051mV, um intervalo PR com duração de 56±11ms, duração média do complexo QRS de 35±7ms e amplitude de 0,273±0,269mV, duração do intervalo QT de 130±26ms, segmento ST isoelétrico (13 animais) e com supradesnível (seis animais) e uma amplitude de onda T de 0,19±0,083mV e com polaridade positiva. Não houve diferença significativa entre machos e fêmeas. Os parâmetros eletrocardiográficos obtidos em nosso estudo em saguis-de-tufo-preto podem ser utilizados como referência em outras pesquisas futuras, oferecendo aos pesquisadores parâmetros eletrocardiográficos que contribuem com a literatura.
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Para a análise e descrição comparativa da morfologia da língua e de suas papilas, bem como a distribuição destas, foram utilizados três animais de faixas etárias distintas (filhote, jovem, adulto), de duas espécies de primatas, Callithrix penicillata (sagui-de-tufo-preto) e Alouatta caraya (bugio-preto), ambas sendo observadas através da microscopia eletrônica de varredura. Os animais da espécie Callithrix penicillata eram procedentes de um criadouro comercial de animais selvagens em Atibaia/SP e vieram a óbito por causas naturais, e os da espécie Alouatta caraya eram provenientes do acervo do Laboratório de Anatomia Macroscópica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP). Com o material analisado e a técnica empregada pôde-se constatar que as línguas dos saguis-de-tufo-preto e dos bugios-pretos analisadas apresentavam papilas linguais similares às descritas para outras espécies de primatas. As línguas possuíam diferenças morfológicas, principalmente para alguns tipos de papilas linguais, em detrimento do avançar da idade dos animais. De forma geral, foram observados quatro tipos de papilas linguais, sendo estas: filiforme, fungiforme, valada e folhada. As línguas dos bugio-pretos apresentavam características de animais com dietas herbívoras. Possuindo desta forma papilas filiformes com formatos variados (coroa, lança, multifilamentar), de acordo com as regiões da língua, e também robustas papilas, principalmente na proeminência lingual. Já as línguas dos saguis-de-tufo-preto possuíam características de animais onívoros. Com papilas filiformes em formato de coroa, grandes quantidades de papilas fungiformes e desenvolvidas papilas folhadas. Observou-se que as modificações das papilas linguais que ocorrem nos animais após o nascimento apresentaram correlação com a mudança nos tipos de alimentos consumidos. Sendo presumível então concluir que as dietas possuem relação direta para com as alterações morfológicas e estruturais das papilas linguais nos animais ora aqui analisados.
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A comunicação do estado reprodutivo nos primatas da família Callithrichidae, depende principalmente dos comportamentos sócio-sexuais como um sistema de sinalização primário, uma vez que nestas espécies a ovulação não é percebida pelos machos. Neste trabalho, os padrões de comportamentos sócio-sexuais foram analisados em conjunto com as concentrações de metabólitos fecais dos esteróides sexuais progesterona (MFP), estradiol (MFE) e testosterona (MFT) em casais cativos de Sagüi-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), nas diferentes fases do ciclo ovariano. O grupo estudado era composto por quarto casais adultos, mantidos no Centro de Reabilitação de Animais Selvagens da prefeitura de São Paulo. Os padrões comportamentais foram registrados pelo método de amostragem focal por intervalo de tempo a cada 30 segundos, cinco vezes por semana, totalizando 14.400 registros por animal. A mensuração das concentrações de metabólitos fecais dos esteroides sexuais foram realizados pelo método de enzima imunoensaio (EIE). Os resultados obtidos dessas concentrações possibilitaram a determinação endócrina das fases do ciclo ovariano (folicular e luteal) e de suas respectivas durações, assim como a determinação da fase periovulatória. Foram caracterizados 31 ciclos ovarianos completos, com duração de 24,3±4,1 dias (média ±DP), sendo que a fase folicular compreendeu 13,04±4,8dias e a fase lútea 11,2±4,2 dias. Os comportamentos sócio-sexuais (marcação por cheiro, cheirar genitália, catação e apresentação sexual) e a variável "proximidade" mostraram-se significativamente mais prevalentes na fase periovulatória do que nas demais fases do ciclo. Não houve alteração das concentrações de MFT dos machos ao longo de todo o período estudado. A análise conjunta das concentrações de metabólitos fecais de esteróides sexuais e dos comportamentos sócio-sexuais possibilitou um melhor entendimento das relações endócrino-comportamentais e reprodutivas de C. penicillata.
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Visando estudar a tolerância do picão-preto (Bidens pilosa) a diferentes níveis de pH do substrato, conduziu-se um ensaio em condições de câmara de crescimento e utilizando-se a técnica de hidroponia, no qual três plântulas foram transplantadas para recipientes contendo solução nutritiva de Hoagland & Arnon, com pH ajustado para 3,5, 4,0, 5,0, 6,0, 7,0 e 8,0. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com três repetições. Ao final do período experimental, 42 dias após o transplante, observou-se que as plantas que se desenvolveram nos pHs 3,5 e 8,0 apresentaram-se menores, com menor comprimento e volume do sistema radicular, menor número de folhas vivas e, consequentemente, menor peso de matéria seca das folhas, caule e raízes. Os teores de N e S nas raízes diminuiram com o aumento do pH do substrato, enquanto os de Ca e Mg aumentaram e os de K e P diminuiram no pH 5,0 a 6,0. No caule, apenas o teor de Mg foi afetado pelo pH, mostrando resposta positiva. Na folha obteve-se os maiores teores de P, S, Ca e Mg quando a planta se desenvolveu em pH 6,0. Não se constatou diferença significativa entre os efeitos dos pHs 5,0, 6,0 e 7,0 nos parâmetros avaliados, sendo que foi no pH 6,0 que se estimou, através de análise de regressão, melhor desenvolvimento do picão-preto. Concluiu-se que o picãopreto apresenta melhor desenvolvimento em pHs próximo ao neutro, com certa tolerância a pHs extremos (3,5 e 8,0).
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A ocorrência de insetos fitófagos e de himenópteros parasitóides a eles associados, presentes em capítulos de Bidens pilosa são descritas para as condições do município de Botucatu, SP. Foram encontrados predadores de sementes da ordem Diptera, pertencentes aos gêneros Dioxyna, Melanagromysa e outro não identificado. As moscas Dioxyna depositam seus ovos no interior dos aquênios em estágios iniciais de desenvolvimento, permanecendo no interior do fruto até a emergência do adulto. Melanagromysa localiza-se entre as flores centrais desenvolvendose externamente aos aquênios. Foram observadas oscilações cíclicas e acopladas entre as curvas de abundância dos fitófagos e dos himenópteros parasitóides.
Predação em capítulos de picão-preto e sua relação com o tamanho e o grau de agrupamento das plantas
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Com o objetivo de verificar possíveis correlações entre níveis de predação de capítulos de B. pilosa e o tamanho das plantas, bem como com o seu grau de agrupamento, o presente trabalho foi desenvolvido em áreas ruderais nos arredores da cidade de Botucatu, SP. Em cada coleta, foram obtidos 15 indivíduos em fase reprodutiva, sendo dez deles provenientes de agrupamentos e cinco isolados, no período de março a setembro de 1993, totalizando seis coletas. Cada planta foi caracterizada quanto a parâmetros biométricos por meio de mensurações, contagens e determinação da biomassa das diferentes estruturas, avaliando-se também a ocorrência de predação nos capítulos. Nas duas condições de agrupamento, o tamanho das plantas foi altamente variável havendo, porém, maior freqüência nas menores classes de tamanho. De modo geral, não houve diferença significativa entre plantas agrupadas e isoladas no que se refere aos parâmetros biométricos analisados. Plantas maiores produziram maior número de capítulos e o nível de predação correlacionou-se positivamente com o tamanho das plantas, independentemente do grau de agrupamento das populações. A distribuição agrupada não condicionou, portanto, maiores níveis de predação, uma vez que plantas maiores dos dois grupos foram preferencialmente atacadas. Isto corrobora a Hipótese do Vigor proposta para explicar relações de preferência entre plantas e seus herbívoros.
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A resistência de biótipos de plantas daninhas aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) é causada pela insensibilidade desta enzima aos herbicidas que inibem sua atividade catalítica. A insensibilidade da enzima é decorrente de uma alteração estrutural, resultado da substituição de certos aminoácidos no sítio de ação do herbicida. Esta alteração na enzima pode eventualmente resultar, além da resistência ao herbicida, em modificações na taxa de crescimento da planta, fato este comprovado para os biótipos resistentes aos herbicidas inibidores do fotossistema II, os quais apresentam taxa de crescimento prejudicada pela alteração no sítio de ação sofrida pelo herbicida. Esta possível diminuição na taxa de crescimento da planta resistente tem conseqüências diretas na competitividade do biótipo e, portanto, na sua dinâmica dentro da população, afetando diretamente as estratégias de manejo da resistência. A presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de comparar a taxa de crescimento de dois biótipos da planta daninha picão-preto (Bidens pilosa), sendo um resistente e um suscetível aos herbicidas inibidores da ALS. Um experimento foi montado em casa de vegetação, em vasos com capacidade de 5 L, sendo uma planta de cada biótipo por vaso, coletando-se a biomassa seca destas plantas e a área foliar semanalmente, iniciando-se 14 dias após o plantio. Os resultados de crescimento da biomassa e área foliar foram ajustados utilizando-se a função de Richards (log-logística). Desta análise, foram derivadas a taxa de crescimento absoluto (TCA), a taxa de crescimento relativo (TCR) e a taxa de assimilação fotossintética líquida (TAL). O biótipo suscetível apresentou peso de biomassa seca superior ao resistente nas primeiras fases do crescimento, porém no final do ciclo o biótipo resistente igualou-se em tamanho de área foliar, pois apresentou, principalmente no início do ciclo de crescimento, TCA, TCR e TAL maiores que o suscetível. Dessa forma, concluiu-se que o biótipo de Bidens pilosa resistente aos herbicidas inibidores da ALS apresenta a mesma eficiência de produção de biomassa no final do ciclo. É provável que, quando em competição entre si e com as culturas, possua a mesma competitividade, sendo a dominância numérica de um biótipo sobre o outro decorrente apenas da pressão de seleção causada pelo herbicida.
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A utilização de sistemas para manejo integrado de plantas daninhas depende da habilidade em se prever o impacto da infestação de plantas daninhas no potencial de rendimento de grãos da cultura. O objetivo deste trabalho foi comparar diferentes variáveis explicativas para uso no modelo da hipérbole retangular, a fim de identificar aquela que forneça melhor previsão da interferência de picão-preto (Bidens pilosa e Bidens subalternans, em infestações mistas) em soja. Foram realizados experimentos em dois ambientes, localizados em Passo Fundo e Eldorado do Sul, RS. Utilizaram-se densidades variáveis de picão-preto e três épocas de semeadura da soja (3, 7 e 11 dias após a dessecação da cobertura vegetal das áreas). Avaliou-se a densidade das plantas daninhas aos 20 e 30 dias após a emergência da soja (DAE) e na pré-colheita e características morfológicas de plantas de picão-preto, como densidade de folhas, área foliar e cobertura foliar do solo aos 20 DAE. Constatou-se que a variável explicativa densidade de plantas de picão-preto propiciou ajustes satisfatórios do modelo; no entanto, ela não integra os efeitos de ambientes e de épocas de semeadura da cultura, diferentemente do que ocorreu para as características morfológicas. Dentre estas, destacam-se a densidade de folhas e a de área foliar como as de maior potencial de utilização como variáveis explicativas na previsão da perda de rendimento de grãos de soja por interferência de picão-preto.
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Um experimento foi conduzido no laboratório da Embrapa Soja, Londrina-PR, com o objetivo de avaliar as correlações entre períodos de embebição, níveis de absorção de água e germinação das sementes da planta daninha Bidens pilosa (picão-preto). As sementes de picão-preto, colhidas em março de 1997, foram colocadas para embeber em água por períodos de 6, 12, 18, 24 e 48 horas. Em seguida, foi determinado o teor de água nas sementes e a condutividade elétrica dos seus exsudatos. A germinação foi avaliada em germinador com ciclo de 14/10 horas de luz fluorescente difusa e escura, respectivamente, com temperaturas respectivas de 30º/20 ºC e umidade relativa constante de 90±5%. Foi usado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, de 100 sementes. A porcentagem de germinação média foi de 87,5%. A absorção de água teve aumento significativo com maiores períodos de embebição. Não houve correlação entre a germinação, os períodos de embebição de água e a condutividade elétrica. A capacidade de absorção de água e a condutividade elétrica apresentaram médio grau de correlação entre si. A germinação iniciou-se no terceiro dia, após início da embebição, e o pico foi alcançado no quinto dia. Os maiores índices de velocidade de germinação foram obtidos pelos maiores períodos de embebição das sementes.
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A adoção da prática do manejo integrado de plantas daninhas requer, dentre outros, o conhecimento do impacto da densidade populacional das plantas daninhas sobre a sua produção de sementes como fator a considerar na implementação da abordagem de níveis de dano econômico. Diante disso, objetivou-se, com este trabalho, avaliar os efeitos de densidades de plantas daninhas e de épocas de semeadura da soja após a dessecação da cobertura vegetal sobre a produção de sementes por picão-preto (Bidens spp.) e guanxuma (Sida rhombifolia). Foram conduzidos quatro experimentos em dois ambientes (1998/99, Passo Fundo - ambiente 1 e 1999/00, Eldorado do Sul - ambiente 2). Os tratamentos constaram de densidades de picão-preto ou guanxuma e de épocas de semeadura da soja em relação à data de dessecação da cobertura vegetal. Nos experimentos com picão-preto a semeadura foi realizada aos 3, 7 e 11 dias após dessecação (DAD) da cobertura vegetal, em ambos os ambientes. Nos experimentos com guanxuma a semeadura da soja foi realizada aos 3, 7 e 11 DAD ou 20, 24 e 28 DAD para os ambientes 1 e 2, respectivamente. Obtiveram-se produções médias de sementes de 5,9 e 101,2 mil m-2 para picão-preto e de 1,4 e 28,2 mil m-2 para guanxuma nos ambientes 1 e 2, respectivamente. Constatou-se que o efeito da densidade de plantas daninhas na produção de sementes depende da época de emergência da soja em relação à da planta daninha e que, quanto mais cedo a soja for estabelecida em relação à dessecação da cobertura vegetal, menor é a produção de sementes pelas plantas daninhas. O elevado número de sementes produzidas por picão-preto e guanxuma, mesmo em baixas densidades, poderá determinar que a densidade de plantas daninhas para os níveis de dano econômico pode ser menor que aquela estabelecida através da interferência destas plantas daninhas na cultura da soja.
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A adoção do conceito de nível de dano econômico (NDE) no manejo de plantas daninhas avalia suas populações de modo que medidas de controle sejam implementadas somente quando as infestações superarem os NDEs. O objetivo deste trabalho foi definir o NDE para infestações mistas das espécies Bidens pilosa e Bidens subalternans na cultura da soja. Foram conduzidos experimentos em campo em dois locais: Passo Fundo e Eldorado do Sul, RS. Os tratamentos constaram de densidades mistas das espécies de picão-preto e semeadura da soja aos 3, 7 e 11 dias após dessecação da cobertura vegetal. Obtiveram-se valores para NDE variáveis de 0,4 a 33 plantas m-2. Foram verificadas respostas diferentes nas relações de interferência cultura-plantas daninhas entre os locais estudados. O atraso na semeadura da soja em relação à dessecação da cobertura vegetal incrementa o grau de interferência de picão-preto na cultura. Detectou-se que aumentos na perda de rendimento por unidade de planta daninha, no potencial de rendimento da cultura, no valor do produto colhido e na eficiência do herbicida diminuem os valores de NDE, tornando potencialmente mais econômico o controle; já aumento no custo do controle das plantas daninhas faz elevar os NDEs. Constatou-se que as sementes produzidas por plantas não-controladas, ocorrendo em densidades abaixo do NDE, comprometem a adoção da tomada de decisão de controle com base neste critério.