343 resultados para necessidade dos idosos
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OBJETIVO: Analisar a prevalência de quedas em idosos frágeis, suas consequências e fatores demográficos associados. MÉTODOS: Estudo epidemiológico e transversal com amostra probabilística de 240 idosos em Ribeirão Preto, SP. A coleta de dados foi realizada no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. Foi aplicado questionário que incluiu dados sociodemográficos, avaliação de quedas e a Escala de Fragilidade de Edmonton. Foram realizadas análises uni e bivariada. RESULTADOS: A média de idade foi de 73,5 (dp=:8,4) anos, maior no sexo feminino; 25% dos entrevistados tinham idade ≥ 80 anos; 11,3% apresentaram fragilidade moderada e 9,6% fragilidade severa. A prevalência de quedas no idoso frágil foi de 38,6%, maior no sexo feminino e nos idosos mais jovens (60 a 79 anos); 26,8% sofreram de uma a duas quedas, 27,1% ocorreram no dormitório, 84,7% caíram da própria altura, 55,9% apresentaram alteração do equilíbrio, 54,2% sofreram escoriações e 78% apresentaram medo de sofrer nova queda; houve maior chance de queda no idoso frágil 1,973 (1,094;3,556) quando comparado ao não frágil. CONCLUSÕES: É necessária a abordagem da saúde do idoso frágil, principalmente quanto ao risco de quedas, maior investimento nas estratégias de prevenção dessas síndromes e na formação de recursos humanos preparados para melhor atender essa população.
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OBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados a sintomas depressivos em idosos. MÉTODOS Estudo epidemiológico transversal e de base domiciliar (inquérito EpiFloripa Idoso) com 1.656 idosos, realizado por conglomerados em dois estágios, setores censitários e domicílios, em Florianópolis, SC. A prevalência de sintomas depressivos (desfecho) foi obtida por meio da Geriatric Depression Scale (GDS-15), e testadas associações segundo variáveis sociodemográficas, de saúde, comportamentais e sociais. Foram calculadas razões de prevalências brutas e ajustadas com intervalo de 95% de confiança por regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de sintomas depressivos foi de 23,9% (IC95% 21,84;26,01). Os fatores de risco associados no modelo final foram: escolaridade de cinco a oito anos (RP = 1,50; IC95% 1,08; 2,08), um a quatro anos (RP = 1,62; IC95% 1,18; 2,23) e nenhum ano de estudo (RP = 2,11; IC95% 1,46;3,05); situação econômica pior quando comparada com a que tinha aos 50 anos (RP = 1,33; IC95% 1,02;1,74); déficit cognitivo (RP = 1,45; IC95% 1,21;1,75); percepção de saúde regular (RP = 1,95; IC95% 1,47;2,60) e ruim (RP = 2,64; IC95% 1,82;3,83); dependência funcional (RP = 1,83; IC95% 1,43; 2,33); e dor crônica (RP = 1,35; IC95% 1,10;1,67). Grupo etário de 70 a 79 anos (RP = 0,77; IC95% 0,64;0,93); atividade física de lazer (RP = 0,75; IC95% 0,59;0,94); participação em grupos de convivência ou religiosos (RP = 0,80; IC95% 0,64;0,99); e ter relação sexual (RP = 0,70; IC95% 0,53;0,94) mostraram-se fatores protetores ao aparecimento dos sintomas depressivos. CONCLUSÕES Situação clínica adversa, desvantagem socioeconômica e pouca atividade social e sexual mostraram-se associadas aos sintomas depressivos em idosos.
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OBJETIVO Analisar o uso de medicamentos entre idosos e os fatores associados. MÉTODOS Estudo transversal com 400 indivíduos maiores de 60 anos residentes na área de abrangência da Estratégia Saúde da Família, em Recife, PE, em 2009. Os indivíduos foram selecionados por amostra probabilística sistemática, com coleta de dados de base domiciliar. Foram avaliadas variáveis socioeconômicas e demográficas, estilo de vida, condições de saúde e nutricionais. A variável independente foi uso de medicamentos. O diagrama analítico envolveu análises estatísticas uni e multivariadas. RESULTADOS A prevalência de uso de medicamentos foi de 85,5%. A polifarmácia (> 5 medicamentos) ocorreu em 11% dos casos. Dos 951 medicamentos relatados, 98,2% foram por prescrição médica e 21,6% foram considerados inseguros para idosos. Os medicamentos de uso nos sistemas cardiovascular (42,9%), nervoso central (20,2%), digestório e no metabolismo orgânico (17,3%) foram os mais utilizados. O uso de polifarmácia associou-se à escolaridade (p = 0,008), à saúde autorreferida (p = 0,012), à doença crônica autorreferida (p = 0,000) e ao número de consultas médicas ao ano (0,000). CONCLUSÕES A proporção de uso de medicamentos é elevada entre idosos, inclusive daqueles considerados inadequados, e há desigualdades entre grupos de idosos quando se considera escolaridade, quantidade de consultas médicas e saúde autorreferida.
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O objetivo do estudo foi suscitar reflexão acerca da necessidade de se criar um sistema nacional de notificações sobre incidentes como base para um programa de segurança do paciente. Incidentes em saúde acarretam danos aos pacientes e oneram o sistema de saúde. Embora tenha lançado recentemente um programa de avaliação da qualidade nas instituições de saúde, o Ministério da Saúde, Brasil, ainda não possui um programa que avalie sistematicamente os resultados negativos da assistência. Discute-se a necessidade de se implementar programa brasileiro de segurança do paciente, a fim de promover a cultura pela segurança do paciente e da qualidade em saúde no Sistema Único de Saúde.
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OBJETIVO Analisar a associação entre a utilização de serviço de saúde por idosos com dor crônica e variáveis sociodemográficas e de saúde. MÉTODOS Estudo transversal com amostra populacional realizado por meio de inquérito domiciliar em São Paulo, SP, em 2006, com 1.271 idosos de 60 anos ou mais, sem déficit cognitivo, que relataram dor crônica. Dor crônica foi definida como aquela com duração ≥ 6 meses. O critério para uso do serviço de saúde foi ter feito mais de quatro consultas ou uma internação no último ano. Para os idosos com dor há pelo menos um ano, testou-se a existência de associação entre uso do serviço de saúde com as variáveis independentes (características da dor, sociodemográficas e doenças autorreferidas), por meio de análises univariadas (teste de Rao & Scott) e múltiplas (Regressão Múltipla de Cox com variância robusta). Utilizou-se o programa Stata 11.0 e adotou-se como valor de significância p < 0,05. RESULTADOS A prevalência de utilização do serviço de saúde nos idosos com dor foi 48,0% (IC95% 35,1;52,8) e não diferiu dos idosos sem dor (50,5%; IC95% 45,1;55,9). A chance de utilização do serviço de saúde foi 33,0% menor nos idosos com dor há mais de dois anos do que naqueles com dor entre um e dois anos (p = 0,002); 55,0% maior nos idosos com dor intensa (p = 0,003) e 45,0% maior entre os que relataram interferência moderada da dor no trabalho (p = 0,015) na análise múltipla. CONCLUSÕES A dor crônica foi frequente e esteve associada a maiores prejuízos na independência e mobilidade. A dor crônica mais intensa, a mais recente e a com impacto no trabalho resultaram em maior uso dos serviços de saúde.
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OBJETIVO Analisar a associação entre a síndrome da fragilidade e desempenho cognitivo em idosos e respectivo efeito da escolaridade e da idade. MÉTODOS Foram analisados dados seccionais da fragilidade de idosos brasileiros da Fase 1 do Estudo FIBRA-RJ, relativos a 737 indivíduos residentes na cidade do Rio de Janeiro, RJ, com 65 anos ou mais, clientes de uma operadora de saúde, avaliados entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010. Foram coletadas informações sobre características socioeconômicas e demográficas, condições médicas e capacidade funcional. O desempenho cognitivo foi avaliado através do Mini Exame do Estado Mental. Foram considerados frágeis os indivíduos que apresentaram três ou mais das seguintes características: perda de peso não intencional (≥ 4,5 kg no último ano); sensação de exaustão autorrelatada; baixo nível de força de preensão palmar; baixo nível de atividade física e lentificação da marcha. A associação entre fragilidade e desempenho cognitivo foi avaliada por regressão logística multivariada, com ajuste por condições médicas, atividades da vida diária e variáveis socioeconômicas. Idade e escolaridade foram avaliadas como possíveis modificadoras de efeito dessa associação. RESULTADOS Os idosos frágeis apresentaram maior prevalência de baixo desempenho cognitivo comparados aos idosos não frágeis ou pré-frágeis nas três faixas etárias estudadas (65 a 74; 75 a 84; ≥ 85 anos), p < 0,001. Após ajuste, a associação entre fragilidade e desempenho cognitivo foi encontrada em idosos com 75 anos ou mais, com OR aj = 2,78 (IC95% 1,23;6,27) para 75 a 84 anos e OR aj = 15,62 (IC95% 2,20;110,99) para 85 anos ou mais. A idade se comportou como modificadora de efeito na associação entre fragilidade e desempenho cognitivo, χ 2 (5) = 806,97, p < 0,0001; o mesmo não ocorreu com a escolaridade. CONCLUSÕES A síndrome da fragilidade associou-se ao desempenho cognitivo em idosos. A idade mostrou-se como modificadora de efeito nessa associação. Os idosos com idade mais avançada apresentaram associação mais expressiva entre os dois fenômenos.
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OBJETIVO : Analisar fatores associados à baixa adesão ao tratamento medicamentoso em idosos. MÉTODOS : Estudo transversal de base populacional, com amostra representativa de 1.593 indivíduos com 60 anos ou mais, residentes na região urbana de Bagé, RS, em 2008. A amostragem foi realizada em múltiplos estágios. Os dados foram coletados em entrevistas individuais nos domicílios. Analisou-se a associação entre a baixa adesão referida ao tratamento medicamentoso mensurado pelo Brief Medication Questionnaire (BMQ) e fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e de saúde, assistência e prescrição. Foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência bruta e ajustada, os respectivos intervalos de confiança de 95% e p-valor (teste de Wald). RESULTADOS : Cerca de 78,0% dos indivíduos referiram ter usado algum medicamento nos sete dias precedentes à entrevista. Desses, cerca de 1 / 3 foram considerados com baixa adesão ao tratamento. Os fatores significativamente associados à baixa adesão foram: idade (65 a 74 anos), não ter plano de saúde, ter que comprar (totalmente ou em parte) os seus medicamentos, ter três ou mais morbidades, possuir incapacidade instrumental para a vida diária e usar três ou mais medicamentos. CONCLUSÕES : A utilização elevada de medicamentos, decorrente da alta prevalência de doenças crônico-degenerativas em idosos, e o acesso ao tratamento devem ser considerados pelos profissionais de saúde para adoção de estratégias que visem diminuir a baixa adesão ao tratamento, aumentando a resolutividade terapêutica e a qualidade de vida desses pacientes.
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OBJETIVO : Analisar o nível de atividade física de idosos nos domínios do transporte e lazer e fatores associados. MÉTODOS : Estudo transversal com amostra populacional de 319 idosos em Maceió, AL, em 2009. O nível de atividade física relacionada ao transporte e ao lazer foi mensurado com aplicação do Questionário Internacional de Atividade Física, versão longa. As variáveis analisadas foram: idade, escolaridade, sexo, renda per capita e saúde percebida. Foram utilizadas análise descritiva e de regressão múltipla da razão de prevalência e teste de Fisher. RESULTADOS : Foram classificados insuficientemente ativos no transporte 87,5%, significativamente maior entre idosos com idades mais avançadas, com maior escolaridade e que se consideram insatisfeitos com a saúde física comparada. A prevalência dos idosos insuficientemente ativos no lazer foi de 76,2%, mais frequente nas mulheres, nos homens com idade avançada, nos idosos com menor renda per capita, nos que relataram estarem insatisfeitos com a saúde física comparada e a autopercepção da saúde mental. CONCLUSÕES : A prevalência de insuficientemente ativos foi elevada nos domínios transporte e lazer. Os fatores idade, sexo e renda devem ser considerados particularmente no lazer, a fim de garantir equidade no desenvolvimento de políticas de promoção da saúde e atividade física nessa população.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência de ingestão inadequada de nutrientes na população idosa brasileira. MÉTODOS: Foram analisados dados do Inquérito Nacional de Alimentação como parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares, em 2008-2009. Dados de consumo alimentar individual de 4.322 indivíduos com 60 anos ou mais foram obtidos por meio do registro alimentar de dois dias não consecutivos. A ingestão habitual para cada nutriente foi estimada pelo método do National Cancer Institute, cujos modelos tiveram como covariáveis sexo e região. As prevalências de inadequação de ingestão de micronutrientes foram estimadas segundo sexo e região utilizando o método da EAR como ponte de corte. RESULTADOS: Elevadas prevalências de inadequação (> 50%) foram observadas para as vitaminas E, D, A, cálcio, magnésio e piridoxina em ambos os sexos. Em todas as regiões, observou-se 100% de inadequação de vitamina E. Vitamina D obteve percentuais de inadequação próximos de 100% em todas as regiões, exceto para a região Norte. As prevalências de inadequação de vitamina A foram superiores a 70% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Cálcio e magnésio foram os minerais com maior prevalência de ingestão inadequada (> 80%) em todas as regiões. CONCLUSÕES: Idosos brasileiros apresentam elevada inadequação da ingestão de nutrientes, reconhecidos como protetores contra doenças crônicas.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência e a extensão da cárie radicular na população adulta e idosa do Brasil. MÉTODOS: A partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SBBrasil 2010) foram examinados 9.564 adultos e 7.509 idosos em domicílios das 26 capitais e no Distrito Federal e de 150 municípios do interior de cada macrorregião. Adotaram-se os critérios de diagnóstico preconizados pela Organização Mundial da Saúde. Para estudo da prevalência e de extensão utilizou-se o índice de cárie radicular e o índice de raízes cariadas e obturadas. RESULTADOS: A prevalência de cárie radicular foi de 16,7% nos adultos e 13,6% nos idosos; o índice de raízes cariadas e obturadas foi de 0,42 e 0,32, respectivamente, a maior parte composta por cárie não tratada. Observaram-se diferenças na experiência de cárie radicular entre capitais e macrorregiões, com valores maiores em capitais do Norte e Nordeste. O índice de cárie radicular nos adultos variou de 1,4% em Aracaju (SE) a 15,1% em Salvador (BA) e nos idosos de 3,5% em Porto Velho (RO) a 29,9% em Palmas (TO). Verificou-se incremento da cárie radicular com a idade e maior expressividade da doença em homens de ambos os grupos etários. CONCLUSÕES: Identificou-se uma grande variação da prevalência e extensão da cárie radicular entre e dentro das regiões do Brasil, tanto em adultos quanto em idosos, e a maior parte da cárie radicular encontra-se não tratada. Recomenda-se a incorporação deste agravo ao sistema de vigilância em saúde bucal, devido à sua tendência crescente.
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OBJETIVO Analisar a estrutura física, as condições de trabalho dos profissionais da saúde e o delineamento de processos estabelecidos em unidades prisionais. MÉTODOS Foram analisados 34 centros de detenção provisória e 69 unidades prisionais masculinas e seis femininas do Estado de São Paulo, Brasil, em 2009. Foi desenvolvido instrumento autoaplicativo para coleta de dados quantitativos sobre as características de estrutura, equipamento e pessoal para atendimento à saúde nas unidades prisionais. A análise de variância (ANOVA) ou equivalente não paramétrico e os testes de Qui-quadrado ou Fisher foram utilizados para comparação de variáveis contínuas ou categóricas, respectivamente, entre os grupos estudados. RESULTADOS Os principais problemas foram o retardo nos resultados de exames laboratoriais e de imagem. Quanto às equipes, grande maioria apresentou condições próximas da proposta pela Comissão InterGestores Bipartite 2013, mas sem que isso se refletisse em melhoria dos indicadores. Com relação ao processo, observou-se que mais de 60,0% das unidades prisionais estão localizadas em cidades pequenas, sem condições estruturais de saúde para garantir o atendimento secundário ou terciário para continuidade do processo de tratamento. CONCLUSÕES O perfil apresentado das unidades prisionais do País poderá ser utilizado para planejamento e acompanhamento de ações futuras para melhoria contínua das condições estruturais de saúde.
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A leishmaniose tegumentar tem mostrado caráter endêmico no Norte-Noroeste do Paraná, em áreas que vêm sendo ocupadas desde os anos 40, onde persistem matas residuais com modificações bastante acentuadas. A infecção tem atingido sobretudo adultos do sexo masculino, mas também vem sendo constatada em mulheres e crianças, e por vezes em diversos componentes de uma mesma família. Investigou-se 513 casos de leishmaniose tegumentar notificados pela SUC AM, com informações de terem tido apenas diagnóstico clínico, de janeiro de 1987 a agosto de 1989, os quais iniciaram o tratamento com Glucantime®, em Centros de Saúde do Estado ou na própria SUCAM. De 513 pacientes tratados 260 (50,67%) tiveram alta por cura clínica e os 253 (49,33%) restantes não retornaram para verificação da cura clínica ou abandonaram o tratamento. A quantidade de ampolas de Glucantime® fornecidas para os pacientes oscilou de 10 a mais de 200, com ou sem intervalo durante o tratamento, sendo que 217 (85,46%) dos 260 casos receberam de 10 a 75 ampolas. A ocorrência de leishmaniose em 163 (31,75%) mulheres e em 34 (6,62%) crianças, de ambos os sexos, até dez anos de idade, sugere a transmissão domiciliar. Não se sabe se os 253 (49,33%) indivíduos que não retornaram ou abandonaram o tratamento seguiram a prescrição terapêutica e se restabeleceram. O elevado número de indivíduos que não retornou ou abandonou o tratamento mostra a necessidade de maior conscientização das conseqüências que podem advir do tratamento incompleto. APOIO: Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva.
Resumo:
Os autores apresentam estudo sorológico e eletrocardiográfico em 100 indivíduos idosos residentes desde a infância, 95 por cento, ou desde a juventude, 5 por cento, em região endêmica para Doença de Chagas, situados entre a sexta e a décima décadas, pertencendo a maioria, 60 por cento, às sétima e oitava décadas de vida. A reação de Fixação de Complemento segundo a técnica de FULTON e ALMEIDA foi positiva em 31 por cento da amostra. A análise geral dos eletrocardiogramas mostrou alterações em 77 por cento dos casos assim distribuídos: alterações de formação do estímulo em 27 por cento; alterações da condução em 27 por cento; alterações primárias da repolarização ventricular em 36 por cento; alterações sugestivas de fibrose ou necrose em 15 por cento; sobrecarga de cavidades em 31 por cento; baixa voltagem do QRS em 6 por cento e outras alterações em 15 por cento. Comparativamente nos grupos com RFC positiva e negativa foi constatada uma nítida prevalência da alteração da condução do estímulo no primeiro grupo (48,6 por cento e 17,4 por cento, respectivmente). Não houve diferença nítida na incidência dos demais tipos de alterações nos dois grupos. O BCRD, principalmente com SAQRS desviado para a esquerda, foi a alteração da condução do estimulo mais freqüente no grupo com RFC positiva seguido pelo BAV de primeiro grau. A análise dos resultados obtidos é muito sugestiva da presença de cardiopatia chagásica crônica neste grupo etário, fato que ilustraria o caráter de benignidade com que pode evoluir a cardiopatia em pauta. Por outro lado, a prevalência do BCRD sôbre outras alterações também comuns na cardiopatia chagásica crônica como extrassístoles ventricular, bloqueio aurículo ventriculares do segundo e terceiro graus, ilustra o caráter de benignidade desta alteração quando ocorre isoladamente.
Resumo:
Há poucos dados sistematizados sobre eventos adversos da vacina contra influenza no Brasil. Este trabalho visou identificar estes eventos em população acima de 60 anos que compareceu à Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, em Distrito de Campinas, SP, em 2000. Foi realizada entrevista para relato de sintomas gerais e locais, com nexo temporal após a aplicação do imunobiológico, em amostra aleatória sistemática da população (n=206). Registraram-se 20,38% (IC 14,87-25,88) dos indivíduos com um ou mais sintomas, sendo a dor no local da vacina, a mais freqüente 12,6% (IC 8,09-17,15). Ajustou-se um modelo de regressão logística múltipla, tendo como variável dependente, a ocorrência de pelo menos um evento adverso. A variável independente que se mostrou associada às reações adversas foi o sexo (feminino) (OR=5,89 e IC 2,08-16,68). Os achados deste estudo reafirmam a pequena reatogenicidade da vacina contra a influenza.