211 resultados para minijardim clonal
Resumo:
Com a finalidade de se testar a viabilidade do método de microenxertia para produzir mudas de mangueira livres do fungo Fusarium subglutinans, agente causal da malformação, foram realizados experimentos utilizando-se do ápice meristemático da cultivar Tommy Atkins. Retirou-se o ápice meristemático do porta-enxerto e colocou-se o ápice meristemático da cultivar-copa, denominando-se essa metodologia de "microenxertia por substituição de ápice meristemático", na qual foram utilizadas as cultivares Coquinho, Espada, Ouro e Ubá como porta-enxertos. O material de propagação utilizado foi retirado de uma planta-matriz da cultivar Tommy Atkins sem sintomas de malformação. Primeiramente, a parte apical dos ramos foi cortada com aproximadamente 3 cm de comprimento. Os meristemas foram colocados em uma solução antioxidante composta de ácido ascórbico, ácido cítrico e L-cisteína, para evitar a oxidação dos compostos fenólicos existentes na manga. Os meristemas apicais foram cortados com comprimento de 2 mm. Em seguida, efetuou-se o corte do meristema apical e de folhas do porta-enxerto, colocando-se o meristema apical sobre o corte do porta-enxerto, recobrindo-se com Parafilm®. Demonstrou-se com a técnica de microenxertia a possibilidade de formação de plantas-matrizes, para implantação de jardim clonal em condições de viveiro protegido.
Resumo:
A pesquisa brasileira não havia desenvolvido, até o presente momento, um porta-enxerto clonal para a cultura do pessegueiro com características agronômicas desejáveis, especialmente com relação à resistência a nematóides-de-galha, facilidade de propagação por estacas herbáceas e indução à melhoria da qualidade dos frutos da cultivar-copa. O presente trabalho tem por objetivo apresentar a cultivar Rigitano de umezeiro, selecionada e aprovada para constituir um novo porta-enxerto para a cultura do pessegueiro. Identificada inicialmente como 'Clone 10', a cultivar Rigitano é resultante de um amplo projeto de pesquisa, realizado a partir de 1998 em colaboração com material procedente do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/UNESP), Câmpus de Jaboticabal (SP). Os trabalhos de seleção e multiplicação para validação técnico-científica final iniciaram-se com experimentos de propagação por estacas herbáceas, cujos resultados indicaram viabilidade do método nas quatro estações do ano, nas condições climáticas de Jaboticabal (SP). A enxertia com o pessegueiro 'Aurora-1', borbulhia em escudo ou escudo modificado, demonstrou ser viável em porta-enxertos de maior diâmetro (± 10 mm). Em condições de campo, 'Rigitano' revelou-se o menos vigoroso dos clones de umezeiro testados. Além disso, 'Rigitano' é resistente a Meloidogyne javanica e M. incognita, entretanto é suscetível a Mesocriconema xenoplax. Os resultados de campo, como porta-enxerto da cv. Aurora-1 de pessegueiro, revelam boa produtividade e frutos com boas qualidades pomológicas e tecnológicas. Os resultados de pesquisa obtidos revelam amplas possibilidades de sucesso da cv. Rigitano em sua validação como novo porta-enxerto de pessegueiro, bem como seu uso visando à redução do espaçamento de plantio e à produção de frutos de melhor qualidade.
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O presente trabalho relata a avaliação genotípica de progênies de cupuaçuzeiro, no Estado do Pará, para os caracteres número de frutos (NF) em quatro safras, intensidade de ocorrência de vassoura- de-bruxa na inflorescência (VBI) e nos frutos (VBF), e peso de vassoura-de-bruxa (PVB). Apresenta também estimativas de parâmetros genéticos que permitem inferir sobre o controle genético e nível de variabilidade genética presente no material avaliado. Todos os caracteres apresentaram considerável variabilidade genética, com coeficientes de variação genética variando de 27% a 88% no âmbito de progênie e de 38% a 123% no âmbito individual. Isto revela excelentes possibilidades para a seleção nessa população experimental híbrida. As estimativas de herdabilidade individual no sentido restrito, em uma safra, variaram de 25% a 54%, e as repetibilidades individuais para NF equivaleram a 35%. Com as quatro safras realizadas, a herdabilidade em nível individual aumentou para 48%, propiciando acurácia seletiva de 70%, para a seleção de indivíduos. O ganho em eficiência, quando se usa mais de cinco safras, é praticamente desprezível. Para NF, ganhos acima de 60% podem ser obtidos com a seleção dos cinco melhores indivíduos. Poderão ser selecionados indivíduos com produção anual de 17 frutos, valor muito superior à média geral de 10 frutos, encontrada nos plantios comerciais. Verificam-se ganhos genéticos bastante superiores quando se faz a propagação clonal dos melhores indivíduos em relação ao que se verifica quando se realiza a propagação sexuada. Para o melhor indivíduo, o ganho genético aumenta de 75.5% para 88.3%, ou seja, de 17 para quase 19 frutos por planta. Isto revela um grande potencial para a clonagem comercial de cupuaçuzeiro. Para os caracteres VBI e VBF, verificaram-se altas herdabilidades individuais no sentido restrito com valores variando entre 30% e 54%. Isto revela o excelente potencial da seleção recorrente para melhorar, gradativamente, o nível de resistência. Parece suficiente considerar na seleção apenas o número de vassouras, não sendo necessário considerar o peso. A correlação entre resistência no fruto e na inflorescência foi alta (0.84), indicando algum controle genético comum aos dois caracteres. Foram identificadas progênies superiores, simultaneamente, para produção de frutos e resistência à vassoura.
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O conhecimento da variabilidade genética e da relação entre diferentes acessos de aceroleira é importante para maximizar o uso dos recursos genéticos para futuros programas de melhoramento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a divergência genética entre 48 acessos de aceroleira, por meio de marcadores moleculares RAPD e características morfoagronômicas. Foram utilizados 25 iniciadores, possibilitando obter 108 marcadores, sendo observadas 92 marcas polimórficas. Os marcadores obtidos foram analisados, usando os métodos de otimização de Tocher e hierárquico UPGMA, que gerou um dendrograma utilizando o índice de Jaccard. Os resultados mostraram uma concordância parcial entre os métodos de agrupamentos estudados, com a formação de 14 grupos. Os acessos ACE 023 e ACE 033 foram os mais distintos, apresentando distância genética de 0,58. A análise comparativa dos agrupamentos revelou que os marcadores RAPD, associados com características morfoagronômicas, foram eficientes para a discriminação dos acessos e que houve uma variabilidade genética potencial para o programa de melhoramento genético e informações úteis, como a indicação de acessos promissores para avaliação clonal.
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A miniestaquia seriada é uma técnica empregada na propagação comercial do Eucalyptus, e sua utilização tem mostrado efeito positivo sobre o enraizamento em clones de baixo potencial de enraizamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a técnica da miniestaquia seriada na sobrevivência e no enraizamento de miniestacas, e no vigor das mudas de goiabeira 'Paluma'. Foram conduzidos dois experimentos sob delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições e cinco plantas por parcela. Aos sessenta e dois dias após o estaqueamento, verificou-se que as miniestacas tiveram sobrevivência acima de 90% e 90% de enraizamento. As mudas produzidas por miniestaquia de subcultivo (mudas obtidas a partir de minicepas formadas de miniestacas enraizadas), aos 138 dias após o estaqueamento, tinham altura inferior à das mudas provenientes de miniestacas de primeiro cultivo (mudas obtidas a partir de minicepas formadas pelo processo de estaquia convencional). Por outro lado, as avaliações realizadas aos 145 dias após o estaqueamento indicaram que as mudas produzidas por miniestaquia de subcultivo apresentaram o mesmo vigor de crescimento em área foliar, número de folhas e massa de matéria seca da parte aérea e do sistema radicular em relação às mudas produzidas por miniestacas de primeiro cultivo.
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ABSTRACT Levels of Zn in tropical soils profoundly influences growth and nutrition of tree crops. Research was undertaken to assess the effect of soil Zn on growth and nutrition of clonal cacao tree seedlings of PH 16. Three acidic Oxisol soils differing in texture were used with nine doses of Zn (0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 48, and 64 mg dm-3). Rooted clonal seedlings were grown in plastic pot with 11 dm-3 of the soils at varying Zn levels for 240 days. At harvest growth (dry matter mass of leaves, stems, shoots, roots, and total) and nutrient concentrations were determined. The clonal cacao seedlings showed differences for production of dry matter mass and foliar nutrient concentrations for P, K, Ca, Mg, Mn, Fe, Zn, and Cu. There was Zn toxicity in all soils.
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A microenxertia de ápices caulinares tem sido utilizada com 100% de sucesso na eliminação do vírus da tristeza (Citrus tristeza virus) e dos viróides da exocorte (Citrus exocortis viroid - CEVd) e cachexia-xiloporose de materiais do Banco Ativo de Germoplasma de Citros do Centro de Citricultura Sylvio Moreira CCSM-IAC. Para o complexo da sorose, entretanto, esta técnica tem apresentado somente 60% de eficiência, indicando a necessidade de sua associação com termoterapia para garantir a eliminação viral. Para tanto, mudas originadas de borbulhas infetadas com sorose foram mantidas em câmara climática com 16 h de luz a 38 ºC e 8 h no escuro a 32 ºC e utilizadas para a obtenção dos ápices caulinares empregados na microenxertia. Após o pegamento, o conjunto micro porta-enxerto e brotação foi sobre-enxertado em limoeiro (Citrus limonia) 'Cravo' com sete meses de idade e mantido em condições de casa de vegetação. Clones de laranjeiras doces (Citrus sinsensis) 'Lima', 'Rubi', 'Piralima', 'Salustiana', 'João Nunes', 'Rosa' e 'Pêra Caire' tratados desta maneira, comprovaram eficiência de 100% de eliminação do complexo sorose, conforme indexação realizada empregando-se laranjeira 'Do Céu' como planta indicadora.
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Foram caracterizados 212 isolados de Phytophthora infestans obtidos de 51 lavouras de tomate (Lycopersicon esculentum)e batata (Solanum tuberosum), em sete municípios da Zona da Mata, MG. Todos os isolados tiveram o grupo de compatibilidade determinado; 96 isolados foram caracterizados para a isoenzima glucose 6-fosfato-isomerase (Gpi); 71 isolados foram analisados quanto à resistência ao metalaxyl; e determinou-se o espectro de virulência de 46 isolados. Todos os 212 isolados testados foram classificados como do grupo A1 de compatibilidade. A maioria dos isolados testados para Gpi (95) apresentou o fenótipo 86/100, típico da linhagem clonal US-1. Apenas um isolado apresentou o fenótipo 100/100 para Gpi. Quanto à resistência ao metalaxyl, em 1998 a freqüência de isolados sensíveis, intermediários e resistentes foi de 40%, 40% e 20%, respectivamente, e em 2000 de 3,2%; 61,3% e 35,5%, respectivamente. Quanto ao espectro de virulência, todos os 46 isolados analisados foram virulentos sobre a cultivar de tomate 'Kada'. A maioria foi virulenta em plantas de tomate com os genes Ph1 (91%) ou Ph2 (95 %). Todos os isolados foram virulentos em batata 'Bintje'. Houve pequena variação do espectro de virulência sobre clones de batata, quando esses foram inoculados com isolados coletados em diferentes anos. Há evidências que a população de P. infestans da Zona da Mata, MG é constituída de isolados da linhagem clonal US-1, de várias raças e baixa sensibilidade ao fungicida metalaxyl.
Resumo:
Visando ao controle químico da queima de folhas e mela de estacas de eucalipto (Eucalyptus spp.) em viveiros florestais, avaliou-se a eficiência de 12 fungicidas em inibir in vitro o crescimento micelial de um isolado epifítico de Rhizoctonia solani AG1-IB (RH-2). Sete fungicidas que inibiram totalmente o crescimento micelial do fungo, a concentrações inferiores a 100 ppm, foram pré-selecionados: methyl-tolclophos, benomyl, pencycuron, iprodione, thiabendazol, thiram e captan. Avaliou-se, ainda, a sensibilidade (EC50 = dose provável que inibe o crescimento micelial em 50%) aos fungicidas methyl-tolclophos, benomyl, iprodione e pencycuron de mais oito isolados patogênicos ao eucalipto, que diferem entre si quanto a virulência, morfologia, grupo de anastomose, número de núcleos por célula vegetativa e padrões eletroforéticos de proteínas e isoenzimas. Embora variações nos valores de EC50 entre algumas combinações de fungicidas e isolados tenham ocorrido, todos os isolados foram sensíveis aos quatro fungicidas testados (EC50 < 11 ppm). Sob condições controladas, pulverizações com iprodione (1,5 g/l), benomyl (1 g/l), methyl-tolclophos (1,5 g/l), thiram ( 2,1 g/l), captan (2 g/l) e pencycuron (2 g/l) reduziram significativamente (alfa=5%) a incidência de folhas lesionadas por R. solani AG1, em brotações de mudas envasadas. Associadas à poda de limpeza, pulverizações de brotações de eucalipto em jardim clonal (no campo) com iprodione (1 g/l) ou com mistura de benomyl (0,5 g/l) + captan (1 g/l), alternada com mistura de benomyl (0,5 g/l) + thiram (1 g/l), reduziram a incidência da mela de estacas na casa de vegetação (alfa=5%).
Resumo:
Com base em dados de infecção natural avaliou-se a incidência do mofo-cinzento, causado por Botrytis cinerea, em 14 clones de Eucalyptus spp. em relação às condições climáticas predominantes em um viveiro clonal localizado em Belo Oriente, Minas Gerais. A temperatura máxima, mínima e média, precipitação pluviométrica e umidade relativa do ar foram coletadas entre 1991 e 2004. A incidência da doença foi avaliada mensalmente em 2004 em todas as fases de produção de mudas clonais de eucalipto. A presença do patógeno foi avaliada na água coletada do efluente de fertirrigação. A incidência do mofo-cinzento correlacionou-se melhor e negativamente com a temperatura máxima. Os resultados indicaram que a temperatura máxima é a variável a ser monitorada para fins de previsão da doença, a qual apresenta alto risco de incidência quando a temperatura máxima registrada for inferior a 27 ºC. Dentre os 14 clones propagados em 2004, o clone 957 (híbrido de Eucalyptus urophylla) apresentou menor incidência da doença, sob condições de infecção natural. Observou-se que o fungo encontra-se comumente associado a mudas de eucalipto e que o desenvolvimento da epidemia é regulado por temperaturas amenas, uma vez que, condições de alta umidade relativa e presença de água livre no hospedeiro ocorrem constantemente, em virtude das freqüentes irrigações requeridas para produção de mudas. Constatou-se que a água reutilizada, coletada no efluente de irrigação, contém inóculo do patógeno.
Resumo:
Foram caracterizados 123 isolados de Phytophthora infestans obtidos de 21 lavouras de tomateiro e oito de batateira, em municípios do Estado de Goiás e Cidades Satélites de Brasília, no período de abril de 2001 a setembro de 2003. Os isolados foram caracterizados para os marcadores grupo de compatibilidade (123 isolados); isoenzima glucose 6-fosfato-isomerase (Gpi) (34 isolados) e resistência aos fungicidas mefenoxam (77 isolados) e metalaxyl (32 isolados de batateira), usando o método de disco de folhas. Todos os 78 isolados de tomateiro foram classificados no grupo de compatibilidade A1, enquanto os 45 de batateira foram do grupo A2. Os fenótipos para Gpi dos isolados de tomateiro (19) e de batateira (15) foram 86/100, típico da linhagem clonal US-1, e 100/100, típico da linhagen clonal BR-1, respectivamente. Quanto à resistência a mefenoxam, constataram-se isolados de tomateiro resistentes (36%), intermediários (48%) e sensíveis (16%). A maioria dos isolados de batateira foi classificada como sensível (82%) e apenas 9% de intermediários e resistentes. Dos isolados de batateira avaliados para resistência ao metalaxyl, 25% foram resistentes, 62% intermediários e 13% sensíveis. A população de P. infestans no Distrito Federal e no Estado de Goiás é constituída de duas linhagens clonais, com especificidade por hospedeiro.
Resumo:
Várias espécies de Cylindrocladium podem causar doenças em mudas de eucalipto, na propagação clonal. Apesar de, em algumas situações, fungicidas serem imprescindíveis no controle desses patógenos, faltam estudos para avaliar a efetividade desses produtos. Por isso, objetivou-se selecionar fungicidas sistêmicos para controlar C. candelabrum, determinar o efeito protetor, curativo e anti-esporulante dos fungicidas, sua translocação e persistência em plantas de eucalipto. Nos experimentos in vitro foram testados: azoxystrobin (AZO), triadimenol (TRI), boscalid (BOS), pyraclostrobin (PYR), carbendazim (CAR), tetraconazole (TET), tebuconazole (TEB), epoxiconazole+pyraclostrobin (EPO-PYR) e epoxiconazole (EPO) nas concentrações 0,1, 1, 5, 10, 50, 100 e 1000 µg de i.a/mL. Nos experimentos in vivo, utilizou-se um clone suscetível a C. candelabrum (Eucalyptus grandis x E. urophylla). Excetuando-se o estudo da atividade translaminar, aplicaram-se os fungicidas, em ambas as faces do limbo foliar. Após 24 h, as plantas foram inoculadas com suspensão de 10(5) conídios/mL de C. candelabrum. Testou-se o efeito protetor dos fungicidas, em diferentes concentrações: AZO (0,2; 0,25; 0,4; 0,65 e 0,8 g/L), EPO (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L), EPO-PYR (1,25; 1,875; 2,5; 3,125 e 3,75 mL/L), PYR (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L) e TEB (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L), selecionados nos testes in vitro. Para avaliar o efeito curativo, anti-esporulante, a persistência e a atividade translaminar, utilizaram-se os fungicidas: AZO (0,4 g/L), EPO (1,5 mL/L), EPO-PYR (2,5 mL/L) e TEB (1,5 mL/L). Obteve-se efeito protetor, curativo e anti-esporulante com EPO, EPO-PYR e TEB, os quais tiveram atividade translaminar e persistência nos tecidos foliares.
Resumo:
A vassoura-de-bruxa tornou-se a mais importante doença do cacaueiro no Brasil desde a sua constatação no Estado da Bahia em 1989. O presente trabalho teve por objetivo estudar a curva de progresso e o gradiente da vassoura-de-bruxa, em plantio clonal, nas condições do sudeste da Bahia. O experimento foi conduzido em Uruçuca, BA, em área contendo cacaueiros enxertados com 16 genótipos diferentes e idade aproximada de três anos após a enxertia, no período de setembro de 2001 a julho de 2002. Mensalmente, foram quantificados os ramos e os frutos com sintoma da doença em três tratamentos: (1) poda fitossanitária semestral, (2) poda fitossanitária mensal e (3) poda fitossanitária mensal aliada à aplicação de fungicida mensal. O fungicida utilizado foi o óxido cuproso na dose de 3g do i.a./planta/aplicação. A fonte de inóculo utilizada foi um plantio adjacente com alta incidência da doença. Na análise temporal, foram ajustadas curvas de crescimento e calculados os coeficientes de determinação e as taxas de progresso da incidência. Houve bom ajuste dos dados de progresso da doença em vassouras vegetativas e em frutos ao modelo monomolecular. A incidência final de doença em vassouras vegetativas e em frutos no tratamento com poda fitossanitária e fungicida foi aproximadamente cinco vezes menor do que nos outros tratamentos. Na análise espacial, os resultados não evidenciaram a presença de gradiente de doença. Com base nos resultados ficou evidenciado que a integração dos métodos cultural, químico e genético resultou em menor taxa de progresso da doença e mais baixa incidência final.
Resumo:
O fungo Rhizoctonia solani AG-1 IA é um dos patógenos mais importantes que afeta a cultura da soja no Brasil, causando a mela ou queima foliar. A doença está associada com a fase teleomórfica de R. solani, o basidiomiceto Thanatephorus cucumeris. Neste estudo, baseando em conhecimento prévio sobre a biologia de R. solani AG-1 IA, duas hipóteses foram testadas. Na primeira hipótese postulou-se a ocorrência de incompatibilidade somática em populações de R. solani AG-1 IA. A segunda hipótese testada foi de que esta população de R. solani AG-1 IA da soja apresenta indicações de estrutura sexual clonal. Duas amostras de isolados de R. solani AG-1 IA da soja obtidas no Maranhão e no Mato Grosso foram utilizadas. Na primeira amostra, foram selecionados isolados apresentando diferentes perfis de RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA), procurando maximizar a diversidade dos isolados, e evitando a introdução de possíveis clones no teste. Os isolados foram pareados em todas as combinações possíveis em meio de BDA mais carvão ativado e examinados quanto às interações somáticas resultantes. Seis grupos de incompatibilidade somática (GCS) foram detectados entre 24 isolados do AG-1 IA. Entretanto, análises microscópicas dos pareamentos entre isolados indicaram maior freqüência de incompatibilidade somática, impossibilitando o grupamento em GCS. No geral, a metodologia de avaliação das interações somáticas macroscópicas em meio BDA + carvão ativado, não se mostrou totalmente apropriada para discriminação das categorias de reações de compatibilidade entre isolados de R. solani AG-1 IA. Com a segunda amostra procurou-se determinar a ocorrência de clones na população do patógeno, ou seja, isolados que compartilham o mesmo padrão fenotípico de RAPD e somaticamente compatíveis. No caso de R. solani AG 1 IA da soja, a gama de interações somáticas entre pareamentos de isolados e, principalmente, os desvios na associação estrita entre os GCS detectados neste trabalho, conjuntamente com os perfis de RAPD observados anteriormente por Fenille (11) e Meyer (20), são consistentes com recombinação. Entretanto, o patógeno ainda apresenta um componente clonal expressivo na população. De um total de 43 isolados, os exemplos de prováveis clones na população do patógeno totalizaram 16 isolados.
Resumo:
Foi realizada a avaliação de cinco clones comerciais de seringueira em jardim clonal quanto à resistência ao oídio, bem como a flutuação da doença correlacionando-a com as condições climáticas reinantes no período de estudo. Para tal avaliação, foi desenvolvida uma escala diagramática, elaborada a partir de 150 folíolos centrais coletados em diversas idades e níveis de ataque aleatoriamente. A validação da escala foi realizada por cinco avaliadores. Pelos resultados obtidos, todos os clones mostraram suscetibilidade ao patógeno, sendo verificado maior ataque aos folíolos mais jovens. De acordo com os dados climáticos, as temperaturas amenas e umidade relativa abaixo de 60% favoreceram a epidemia.