205 resultados para Proteção ambiental, Brasil


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Nas ltimas dcadas tem surgido uma maior preocupao ambiental advinda das mudanas climticas e dos desmatamentos contnuos das florestas tropicais. Para conciliar a explorao e a conservao das florestas surgiram alguns mecanismos, entre eles a certificao florestal. No Brasil, ela est presente h mais de uma dcada, atravs do FSC (Forest Stewardship Council), uma ONG (Organizao No-Governamental) que estabeleceu um padro para a certificao do manejo florestal. Este padro possui nove princpios e o primeiro deles trata da "Obedincia s Leis e Princpios do FSC", exigindo o cumprimento e respeito de todas as leis aplicveis ao pas onde opera e obedecer a todos os seus Princpios e Critrios. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo verificar a influncia da certificao florestal no cumprimento da legislao nas unidades de manejo de florestas nativas. Buscaram-se os dados nos relatrios pblicos das unidades de manejo certificadas at 2007. A avaliao foi realizada por meio da identificao e anlise das principais no-conformidades, com relao ao primeiro princpio. Verificou-se que os principais problemas estavam relacionados legislao ambiental e trabalhista. As no-conformidades da legislao trabalhista foram em sua maioria referentes aos problemas com trabalhadores terceirizados e a legislao ambiental referentes s reas de preservao permanente e falta de autorizaes de rgos ambientais. Caso sejam tomadas aes para resolv-las, pode-se concluir que a certificao florestal pode contribuir para o atendimento da legislao nas unidades de manejo de florestas nativas.

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Este estudo foi desenvolvido na Plataforma Continental do Amazonas (PCA) com o objetivo de determinar os nveis de Hg total no sedimento de fundo, e assim contribuir como matriz ambiental indicadora para o plano geral de gerenciamento costeiro na regio norte do Brasil. Foram amostrados 20 pontos entre maio e junho dos anos de 1999 a 2002, 2005 e 2007. Os resultados indicam no haver evidncias de atividades antrpicas relacionadas contaminao de mercrio na regio. Os teores encontrados variaram entre 0,047 e 0,166 mg kg-1 com mdia 0,0850,026 mg kg-1, estando dentro do intervalo de "background" referido para os rios amaznicos no contaminados, que de 0,05 a 0,28 mg kg-1. As concentraes de Hg no sedimento, especialmente no sedimento lamoso, mostraram uma estreita dependncia com os teores de argila (material fino) e matria orgnica, corroborando mecanismos geoqumicos importantes na dinmica do metal. A maior adsoro do mercrio pode estar associada ao aumento dos teores de compostos (xidos e hidrxidos) de ferro, alumnio, mangans e os minerais primrios e secundrios formadores das rochas da bacia de drenagem amaznica.

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O objetivo deste estudo foi descrever a riqueza, estrutura e diversidade de espcies arbreas em reas de Floresta Estacional e ectono (Floresta Estacional/Floresta Ombrfila) no estado do Tocantins, buscando subsdios para a conservao, manejo florestal, compensao de reserva legal e recuperao ambiental, alm de discutir as identidades fitogeogrficas em comparao com outras florestas do Brasil. Em 18 bacias hidrogrficas, conduziu-se amostragem da vegetao arbrea (DAP > 5 cm) de 22 reas (amostras) por meio do inventrio de 477 parcelas de 400 m. Foram elaboradas anlises de classificao pelo mtodo TWINSPAN, em duas escalas distintas. A primeira avaliou a diversidade beta entre as parcelas amostradas no estado do Tocantins e a segunda buscou analisar a similaridade das florestas do Tocantins em relao a outras florestas do bioma Cerrado e suas reas de tenso ecolgica. As florestas amostradas apresentaram ampla variao em termos de riqueza (33 a 243 espcies), densidade (486 a 1.179 ind.ha-1), rea basal (14,04 e 37,49 m.ha-1), ndices de diversidade (H = 2,75 a 4,59) e de equabilidade (J= 0,72 a 0,86). As anlises de classificao convergiram para resultados comuns, identificando quatro ambientes dissimilares em termos florsticos e estruturais no estado do Tocantins: Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, ectono Floresta Estacional Semidecidual/Floresta Ombrfila e ectono Floresta Estacional Decidual/Floresta Ombrfila. A fim de manter a diversidade de plantas e de ambientes na regio de transio Floresta Amaznica e Cerrado, sugere-se que o processo de criao de unidades de conservao no estado do Tocantins deva ser intensificado e tenha como base para seleo das reas critrios biogeogrficos.

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RESUMOO plano de utilizao sustentvel de Produtos Florestais, especialmente as espcies oleaginosas nativas tem como funo a manuteno da floresta, a preservao do meio ambiente e a gerao de renda em comunidades rurais. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a potencialidade de produo de biodiesel a partir de espcies oleaginosas nativas do estado de Rondnia. Para a identificao das espcies oleaginosas foram selecionadas cinco unidades amostrais em reas com mata primria com o auxlio do mtodo da rea Fixa. A extrao do leo das espcies oleaginosas foi realizada e aquelas com maior teor de lipdeos foram usadas para a produo de biodiesel. Os resultados mostraram que as espcies andiroba (Carapa guianensis), babau (Orbignya phalerata), castanha do Brasil (Bertholletia excelsa), tucum-do-Amazonas (Astrocaryum tucuma) possuem potencial de produo de biodiesel. Especialmente o tucum-do-Amazonas, por seu alto teor de lipdios (21,5%) e a qualidade do biodiesel produzido. Alm disso, j havia um comrcio para esta oleaginosa na regio. Entretanto, torna-se imprescindvel o estudo da cadeia produtiva destas espcies como estratgia para minimizao na perda da cobertura vegetal nativa e na manuteno da funo ambiental das reas a serem exploradas.

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FUNDAMENTO: A sndrome metablica tem uma elevada prevalncia em diferentes partes do mundo, com variaes entre diferentes grupos tnicos. OBJETIVO: Este estudo pretende explorar a influncia da cor de pele auto-referida sobre a prevalncia da SM. MTODOS: Estudo transversal, realizado em subgrupo populacional em Salvador, Brasil. Utilizou-se auto-definio de cor de pele (branca, parda e negra) e o critrio de SM do ATP-III. Foi usado o quiquadrado para tendncia a fim de analisar gradiente das prevalncias entre os grupos e a regresso logstica para anlises de associaes. RESULTADOS: A prevalncia geral da SM, ajustada por variveis potencialmente confundidoras, no diferiu entre brancos (23,3%), pardos (23,3%) e negros (23,4%,). A anlise por sexo mostrou entre os homens reduo da prevalncia da SM dos brancos, 26,2% IC95%(20,7-31,7), em comparao aos negros, 17,5% IC95% (12,3-22,8), e uma prevalncia intermediria entre os pardos, 21,9% IC95% (18,6 - 25,1), p tend= 0,002. Entre as mulheres, a tendncia foi inversa, maior nas negras, 27,0% IC95% (22,2-31,8), e menor nas brancas, 20,5% IC95%(15,6-25,4), p tend= 0,02. Na anlise multivariada da associao entre cor de pele e SM (branco=grupo de referncia), a cor negra entre os homens foi fator de proteção, razo de prevalncia (RP)= 0,60 (0,36 - 0,97), enquanto que nas mulheres tendeu a ser fator de risco, RP= 1,33 (0,94 - 1,78). CONCLUSO: A prevalncia da SM variou em funo da cor de pele de modo inverso entre homens e mulheres. Ser negro foi fator de proteção entre homens e de risco nas mulheres.

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FUNDAMENTO: Estudos epidemiolgicos tm mostrado um aumento da prevalncia da hipertenso arterial na faixa etria peditrica. Hoje se sabe que os fatores de risco poderiam ter sido detectados na infncia, o que auxiliaria na preveno da doena. OBJETIVO: Avaliar fatores de risco e de proteção relacionados elevao da presso arterial na infncia. MTODOS: Foram avaliadas crianas de 3 a 10 anos moradoras dos distritos sanitrios leste e sudoeste de Goinia, Gois. Obtiveram-se os seguintes dados: peso ao nascer, aleitamento materno, histria familiar de hipertenso e obesidade, peso, estatura, ndice de massa corporal (IMC) e presso arterial. Utilizaram-se os testes de U de Mann-Whitney para comparar a variao da presso arterial quanto s variveis descritas. RESULTADOS: Na amostra estudada, 519 crianas foram avaliadas, 246 (47,4%) do sexo masculino. Avaliao do IMC identificou 109 (21%) com excesso de peso, das quais 53 (10,3%) eram obesas. O aleitamento materno predominante e/ou exclusivo por tempo inferior a 6 meses foi encontrado em 242 (51,2%). As mdias da presso sistlica se encontraram significativamente mais elevadas naquelas crianas com aleitamento materno exclusivo e/ou predominante por tempo inferior a 6 meses (p = 0,04), histria familiar positiva para hipertenso (p = 0,05) e excesso de peso (p < 0,0001). Esses dados foram confirmados na anlise multivariada. CONCLUSO: Na amostra estudada, excesso de peso e fatores hereditrios podem estar associados elevao da presso arterial, e o tempo em aleitamento materno superior a 6 meses parece conferir um efeito protetor.

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Em levantamento nematolgico realizado durante quatro anos (1977-1981), envolvendo 157 amostras de razes e solo da rizosfera de bananeiras (Musa spp.) coletadas em diversos estados brasileiros, obtiveram-se as seguintes porcentagens, de amostras positivas e densidades populacionais em 10g de razes, respectiva mente para as espcies de nematides identificadas: Helicotylenchus dihystera (23,5%-272), Heliootylenchus multicinctus (80,2%-1770), Macroposthonia ornata (1,2%-122), Meloidogyne spp.(55,4%--725), Radopholus sinilis (43,3%-1326), Rotylenchulus reniformis (7,6%-225) e Tylenchus sp. (0,6%-114). H. multicinatus foi a espcie mais abundante e distribuda. R. similis foi encontrado somente em reas cultivadas com bananeiras Cavendish, com elevadas populaes associadas a marcantes sintomas de presena do parasito. Meloidogyne spp. e //. dihyslera foram espcies amplamente distribudas e possivelmente causem danos econmicos. A ocorrncia ainda restrita de R. similis sugere a adoo de enrgicas medidas de controle visando a impedir a sua disseminao no Pas e a proteção de outros cultivos eventuais hospedeiros.

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Neste estudo, foi analisada a composio dos Heteroptera do curso mdio da bacia do rio Jacu, RS, Brasil, previamente construo da U.H.E. Dona Francisca, bem como alguns fatores abiticos que poderiam afetar a distribuio e a abundncia destes organismos. Nos ambientes lnticos, amostragens quantitativas foram realizadas utilizando-se peneiras, em seis localidades (janeiro 2000). Nos ambientes lticos, as coletas foram feitas atravs de amostrador de Surber (de maio a outubro de 2000), privilegiando-se a captura de espcies tipicamente bentnicas. Em cada estao, pH, oxignio dissolvido, precipitao mensal, temperatura do ar e da gua e profundidade foram medidos. Nos rios e riachos, a velocidade da corrente tambm foi registrada. Quinze espcies foram registradas nos ambientes lnticos, sendo Belostoma sp. e Notonecta sp. as dominantes (70%). A abundncia, a riqueza e os ndices de diversidade foram mais altos nos locais com maiores dimenses. Nos ambientes lticos, foram assinaladas duas espcies de Naucoridae, Ambrysus teutonius La Rivers, 1951 e Cryphocricus vianai De Carlo, 1951, sendo a primeira dominante (65%). A abundncia foi maior nos pontos com maior sombreamento, presena de rvores e/ou com detritos vegetais, ou com a macrfita Podostemum sp. (Podostemaceae) no fundo, e mais baixa em locais com curso semi-regulado. Possivelmente, fatores como temperatura e precipitao acumulada estejam relacionados com a abundncia mensal dos Naucoridae. Os resultados deste estudo serviro de subsdio para futuros estudos de impacto ambiental aps o enchimento do reservatrio da U.H.E. Dona Francisca.

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Na regio estuarina da Lagoa dos Patos, o siri-azul Callinectes sapidus Rathbun, 1869 o mais abundante dentre as espcies do gnero. Apesar do siri-azul exercer influncia sobre as comunidades bentnicas, por ser considerado um predador do topo da cadeia alimentar, no existem muitos estudos sobre aspectos ecolgicos, inclusive sobre a composio e variabilidade sazonal de sua dieta natural, neste esturio. O objetivo principal deste estudo foi investigar a composio da dieta do siri-azul, evidenciando possveis relaes com a comunidade bentnica da regio estuarina da Lagoa dos Patos. O perodo de estudo foi de maro de 2003 a maro de 2004, com coletas bimestrais. Os organismos foram coletados com auxlio de rede de arrasto de fundo, com malha de 13 mm entre ns opostos. Ainda em campo os animais foram fixados em formol 10%. Aps a coleta os animais foram separados quanto ao sexo, medidos (largura e comprimento da carapaa - cm) e pesados (peso - g). Aps a triagem, os animais foram dissecados e os intestinos retirados e pesados. As anlises dos contedos alimentares dos siris demonstraram que os hbitos alimentares so diversificados, constituindo-se principalmente de invertebrados bentnicos. O item encontrado com maior freqncia foi Detrito, seguido pelo molusco filtrador Erodona mactroides Bosc, 1802 (Erodonidae). Crustceos da classe Ostracoda e gros de areia foram importantes componentes dos contedos dos intestinos anteriores, sendo que areia no foi considerada como item alimentar, propriamente dito. Tambm foram encontradas cerdas e mandbulas de poliquetos, alm de sementes das macrfitas Ruppia maritima L. (Potamogatonaceae) e Zannichellia palustris L. (Potamogatonaceae). Este estudo serve como subsdio para medidas de proteção e conservao da populao do siri-azul, bem como caracteriza relaes trficas com comunidades bentnicas do esturio da Lagoa dos Patos.

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As taxas de produo (P) e biomassa (B) de duas espcies de peixes de riacho foram estudadas em sete localidades da bacia de drenagem do rio Ubatiba, considerando-se dois ciclos anuais com ndices de pluviosidade contrastantes. Com o objetivo de testar correlaes potenciais entre P, B e o ndice de Heterogeneidade Ambiental (IHA) de cada localidade foram utilizadas correlaes simples, que no revelaram diferenas significativas (p<0,01). O padro espacial de P indicou que as taxas de produo de ambas as espcies foram marcadamente homogneas nas localidades de estudo, mas foram reduzidas quando comparadas com as espcies de peixes de riacho da regio Holrtica. Os valores mdios de P e B de Astyanax hastatus Myers, 1928 foram: Pchuvoso = 14,0 kg.ha-1.ano-1, Pseco = 24,4 kg.ha-1.ano-1 e Bchuvoso = 7,3 kg.ha-1, Bseco = 12,2 kg.ha-1, com valores significativamente superiores durante o ano seco (t (B)= 2,41; p = 0,03 e t (P)= 2,28; p = 0,04). Apesar de ter apresentado tendncia semelhante registrada para A. hastatus, os valores de P e B de Geophagus brasiliensis (Quoy &amp; Gaimardi, 1824) no se mostraram significativamente diferentes (t (B) = 1,5; p = 0,16 e t (P) = 1,75; p = 0,11) entre os anos de estudo, sendo Pchuvoso = 25,2 kg.ha-1.ano-1, Pseco = 53,2 kg.ha-1.ano-1 e Bchuvoso = 16,6 kg.ha-1, Bseco = 29,7 kg.ha-1. As redues de P durante o ano de maior pluviosidade foram de 57% e 47% para A. hastatus e G. brasiliensis, respectivamente. Os valores mdios da relao P/B mostraram tendncia a reduo em relao ao aumento de tamanho dos indivduos de ambas as espcies.

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As atividades antrpicas tm alterado profundamente os ambientes naturais e muitas vezes afetado a diversidade e distribuio dos anuros. O objetivo deste estudo foi investigar as seguintes questes: (1) qual a composio da anurofauna em uma regio de pastagem com clima marcadamente sazonal no extremo noroeste paulista? (2) como adultos e girinos das espcies se distribuem temporal e espacialmente? (3) a riqueza de espcies est correlacionada com descritores da heterogeneidade dos hbitats de reproduo? Na rea estudada foram registradas 20 espcies de anuros, distribudas em 11 gneros de quatro famlias: Leptodactylidae (9), Hylidae (8), Microhylidae (2) e Bufonidae (1). Destas, Chaunus schneideri (Werner, 1894), Physalaemus centralis Bokermann, 1962 e Physalaemus fuscomaculatus (Steindachner, 1864) foram registradas apenas por coleta de girinos, enquanto Dendropsophus minutus (Peters, 1872) e Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) ocorreram somente em corpos d'gua prximos aos selecionados. As espcies registradas so conhecidas por sua ampla distribuio geogrfica e por colonizarem reas alteradas em outras localidades. No houve correlao entre a riqueza de espcies e a complexidade estrutural dos corpos d'gua. Entretanto, a maior riqueza de espcies foi registrada nos corpos d'gua de longa durao. As poas temporrias de hidroperodo instvel foram colonizadas inicialmente por leptodactildeos, enquanto que as poas permanentes ou temporrias estveis foram colonizadas por hildeos. A atividade de vocalizao e de reproduo da maioria das espcies foi restrita ao perodo quente e chuvoso do ano, um padro tpico de ambientes tropicais sazonais. Cinco espcies [Chaunus schneideri, Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889), Hypsiboas albopunctatus Spix, 1824, Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) e Pseudopaludicola aff. saltica (Cope, 1887)] vocalizaram durante a estao seca e chuvosa, mas apenas C. schneideri e H. albopunctatus se reproduziram durante o perodo seco. A fraca partilha espacial e temporal, registrada para adultos e girinos, no foi suficiente para explicar o isolamento reprodutivo entre as espcies. Outros fatores, como a partilha acstica e a segregao dos stios de vocalizao, podem ter maior importncia para explicar a coexistncia das espcies. A severidade climtica (extensa e pronunciada estao seca, imprevisibilidade e inconstncia das chuvas no incio da estao chuvosa), juntamente com o elevado grau de converso do hbitat natural em reas de cultivo so, provavelmente, os fatores responsveis pelo predomnio de espcies conhecidas por colonizar com sucesso reas antrpicas em outras regies do pas.

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Diante da crescente descaracterizao do Bioma Cerrado em funo da expanso da fronteira agropecuria na regio central do Brasil, torna-se importante avaliar a capacidade de adaptao das espcies ao ambiente antropizado. Neste sentido, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estimar e comparar a densidade populacional da raposa-do-campo Lycalopex vetulus (Lund, 1842) em duas reas com diferentes graus de alterao, pastagem e campo sujo, em Campinpolis, Mato Grosso. Para tanto, no perodo entre agosto a novembro de 2005, foram efetuados censos noturnos ao longo de transectos lineares, totalizando percursos de 129,8 km na rea de campo sujo e 62,08 km na rea de pastagem. Estimativas de densidade populacional foram geradas utilizando o programa Distance 5.0, sendo que o modelo e ajuste mais adequados aos dados foram half-normal + hermite. Foram obtidas 23 e 52 deteces de raposas-do-campo nas reas de campo sujo e pastagem, respectivamente. A densidade populacional de raposa-do-campo na rea de pastagem (D=4,28 indivduos/km; IC=2,69 - 6,82) foi maior que na rea de campo sujo (D=1,21 indivduos/km; IC=0,73 - 2,01), fato que deve estar relacionado, principalmente, com a disponibilidade de alimento e reduo de potenciais predadores. Por apresentar uma dieta composta principalmente de cupins, especialmente os dos gneros Syntermes e Cornitermes, a raposa-do-campo encontra na rea de pastagem uma base alimentar abundante e estvel. Alm disto, a simplificao ambiental, em funo da implantao de pastagens acaba por reduzir, ou at mesmo eliminar, animais que so potenciais predadores de raposas-do-campo, como Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815), favorecendo o aumento da densidade populacional da espcie neste tipo de ambiente. Por fim, caractersticas adaptativas apresentadas pela raposa-do-campo tm permitido que esta espcie sobreviva, inclusive apresentando elevada densidade populacional, em reas de pastagem utilizadas para a criao de gado, em Campinpolis, Mato Grosso, onde a vegetao original era Cerrado.

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Com a inteno de conhecer a diversidade da araneofauna relacionada cultura do arroz, foi realizado um inventrio deste agroecossistema ainda pouco estudado em sua biodiversidade. Foram realizadas 17 amostragens na Estao Experimental do Arroz (EEA), do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), Cachoeirinha, RS (5058'21"W; 2955'30"S) entre outubro de 2004 e junho de 2005, em trs perodos: antes do arroz ser semeado, durante o desenvolvimento do arroz e aps a colheita. As coletas foram efetuadas no perodo matinal utilizando rede-de-varredura (35 cm de dimetro), 50 golpes em cada um dos quatro transectos por amostragem. Coletou-se um total de 918 aranhas distribudas em 14 famlias, com predomnio de Araneidae, Anyphaenidae, Oxyopidae e Tetragnathidae. Entre os indivduos adultos, foram determinadas 38 morfoespcies, as mais abundantes Alpaida veniliae (Keyserling, 1865), Tetragnatha nitens (Audouin, 1826), Ashtabula sp.1 e Tetragnatha aff. jaculator, as quatro juntas com mais de 45% dos espcimes adultos coletados. Dos estimadores de riqueza de espcies utilizados, o que mais se aproximou da riqueza observada foi Chao 1; segundo este, 87,4% das espcies potencialmente presentes foram amostradas. Os resultados demonstraram que tanto abundncia como riqueza tiveram a tendncia ao crescimento, acompanhando o desenvolvimento da lavoura de arroz. Uma constante colonizao no hbitat foi constatada dado o alto nmero de aranhas jovens encontradas em todos os perodos. No foram encontradas diferenas significativas para a correlao entre dados abiticos (temperatura e pluviosidade) com a abundncia e a riqueza, exceto pluviosidade vs. riqueza. Entre os grupos funcionais, houve o predomnio das caadoras emboscadoras, seguido das construtoras de teias orbiculares. A anlise de similaridade (ANOSIM) encontrou diferenas significativas entre a fauna dos trs perodos avaliados. Assim, a perturbao na forma como o arroz semeado e colhido altera a estrutura ambiental brutalmente, conduzindo a uma mudana na diversidade de aranhas em termos de riqueza e composio de espcies. Os resultados sugerem a importncia de estudos da biodiversidade nos agroecossistemas.

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A dieta de cinco espcies de Hemiodontidae (Hemiodus argenteus (Pellegrin, 1908), H. atranalis (Fowler, 1940), H. immaculatus (Kner, 1858), H. microlepis (Kner, 1858) e H. unimaculatus (Bloch, 1794)) na rea de influncia do reservatrio de Balbina, rio Uatum, norte do Brasil, foi investigada. Os peixes foram coletados bimestralmente entre abril de 2005 e fevereiro de 2007, em quatro locais, dois no reservatrio (a montante da barragem) e dois no rio (a jusante da barragem). A dieta foi avaliada usando-se dois mtodos: freqncia de ocorrncia e volume relativo, combinados no ndice Alimentar (IAi). A amplitude do nicho alimentar foi baixa entre as cinco espcies analisadas. Hemiodus unimaculatus apresentou a maior amplitude de nicho, enquanto H. argenteus apresentou o menor. Detrito foi um item importante na dieta de todas as espcies analisadas, sendo predominante em H. argenteus e H. microlepis. Para H. unimaculatus, alm dos detritos, as algas filamentosas tambm tiveram grande participao na alimentao da espcie. J em H. atranalis e H. immaculatus, o item detrito tambm teve relativa importncia na dieta, porm os itens microcrustceos e vegetais foram, respectivamente, mais abundantes. Apesar da ampla variedade trfica, ocorreu o consumo preferencial de determinados itens, representados, principalmente, por detritos, matria vegetal e microcrustceos. A ampla diversidade trfica pode explicar o relativo sucesso das espcies desta famlia em ambientes represados.

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Os macroinvertebrados bentnicos e nectnicos representam elementos importantes na estrutura e funcionamento dos ecossistemas aquticos e sua distribuio influenciada pela natureza qumica do substrato, composio da vegetao e profundidade da lmina d'gua. O conhecimento desta fauna contribui para a avaliao da qualidade da gua e a elaborao de aes visando conservao da biodiversidade. No presente estudo foram avaliadas diferentes medidas biticas da comunidade de invertebrados da represa de Alagados, importante manancial da cidade de Ponta Grossa, no Paran. Em cinco diferentes pontos de amostragem, foram coletados 18.473 exemplares de macroinvertebrados aquticos ou semi-aquticos, pertencentes a 46 txons dos filos Annelida (Hirudinea e Oligochaeta), Mollusca (Gastropoda), Platyhelminthes (Turbellaria), Nematoda e Arthropoda (Arachnida, Crustacea e Insecta). Esta comunidade foi constituda predominantemente por organismos predadores (45,7% dos txons amostrados), seguidos de coletores e/ou filtradores (23,9%); raspadores (15,2%), fragmentadores (13%) e detritvoros (2,2%). De modo geral, os ndices de diversidade (H') e equitabilidade (J) foram significativamente baixos para os cinco locais investigados, com H' variando de 0,3301 a 1,0396. Quanto tolerncia dos organismos poluio orgnica, alguns txons mais sensveis foram muito raros (Plecoptera) ou em baixa frequncia (Trichoptera e Ephemeroptera). Entre os grupos mais resistentes a ambientes poludos esto os Chironomidae e os Hirudinea, ambos bastante comuns nas amostras de Alagados. Este estudo refora a importncia da anlise de bioindicadores na avaliao da qualidade de gua para consumo humano e tambm para a conservao de ecossistemas, considerando que um programa de monitoramento ambiental deve integrar medidas fsicas, qumicas e biolgicas.