274 resultados para Paralisia supranuclear progressiva
Resumo:
FUNDAMENTO: Tempo porta-balão adequado (< 120 minutos) é a condição necessária para que a eficácia da angioplastia primária no infarto se traduza em efetividade. OBJETIVO: Descrever a efetividade de um protocolo de qualidade assistencial para redução do tempo porta-balão. MÉTODOS: Entre maio de 2010 e agosto de 2012, foram analisados todos os indivíduos que realizaram angioplastia primária em nosso hospital. O momento porta foi registrado eletronicamente, pela retirada de senha para atendimento na emergência, o que antecede o preenchimento da ficha e a triagem. O momento balão foi definido como o início da abertura da artéria (passagem do primeiro dispositivo). Os primeiros 5 meses de monitoramento corresponderam ao período pré-implementação do protocolo. O protocolo se constituiu de definição do fluxo de ações, desde a chegada do paciente ao hospital, a sensibilização da equipe quanto à priorização do tempo e a apresentação periódica de parecer dos resultados e de possíveis inadequações. RESULTADOS: Foram avaliados 50 indivíduos, divididos em cinco grupos de 10 pacientes sequenciais (um grupo pré e quatro grupos pós-protocolo). O tempo porta-balão referente aos 10 casos registrados antes da implementação do protocolo foi de 200 ± 77 minutos. Após a implementação do protocolo, houve progressiva melhora do tempo porta-balão, para 142 ± 78 minutos nos 10 primeiros pacientes, seguida de 150±50 minutos, 131±37 minutos e, finalmente, 116 ± 29 minutos no três grupos sequenciais de 10 pacientes, respectivamente. Regressão linear entre pacientes sequenciais e tempo porta-balão (r = - 0,41) evidenciou coeficiente de regressão de - 1,74 minutos. CONCLUSÃO: A implementação do protocolo se mostrou efetiva na redução do tempo porta-balão.
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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial pulmonar é uma doença grave e progressiva. O maior desafio clínico é seu diagnóstico precoce. OBJETIVO: Avaliar a presença e a extensão do realce tardio miocárdico pela ressonância magnética cardíaca bem como verificar se o percentual da massa de fibrose miocárdica é indicador de gravidade. MÉTODOS: Estudo transversal com 30 pacientes com hipertensão arterial pulmonar dos grupos I e IV, submetidos às avaliações clínica, funcional e hemodinâmica, e à ressonância magnética cardíaca. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 52 anos, com predomínio do gênero feminino (77%). Dentre os pacientes, 53% apresentavam insuficiência ventricular direita ao diagnóstico, e 90% encontravam-se em classe funcional II/III. A média do teste de caminhada de 6 minutos foi de 395 m. No estudo hemodinâmico com o cateterismo direito, a média da pressão arterial pulmonar foi de 53,3 mmHg, do índice cardíaco de 2,1 L/min.m², e a mediana da pressão atrial direita foi de 13,5 mmHg. Realce tardio do miocárdio pela ressonância magnética cardíaca foi encontrado em 28 pacientes. A mediana da massa de fibrose foi 9,9 g e do percentual da massa de fibrose de 6,17%. A presença de classe funcional IV, insuficiência ventricular direita ao diagnóstico, teste de caminhada de 6 minutos < 300 metros e pressão atrial direita > 15 mmHg, com índice cardíaco < 2,0 L/min.m², teve associação significativa com maior percentual de fibrose miocárdica. CONCLUSÃO: O percentual da massa de fibrose miocárdica mostra-se um marcador não invasivo com perspectivas promissoras na identificação do paciente portador de hipertensão pulmonar com fatores de alto risco.
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FUNDAMENTO: Ainda não foram analisadas as características epidemiológicas das doenças da aorta torácica (DAT) no estado de São Paulo e no Brasil, assim como o seu impacto na sobrevida desses pacientes. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da mortalidade das DAT e caracterizá-la epidemiologicamente. MÉTODOS: Análise retrospectiva dos dados do Sistema Único de Saúde para os códigos de DAT do registro de internações, de procedimentos e dos óbitos, a partir do Código Internacional de Doenças (CID-10), registrados na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo durante o período de janeiro de 1998 a dezembro de 2007. RESULTADOS: Foram 9.465 óbitos por DAT, 5.500 homens (58,1%) e 3.965 mulheres (41,9%); 6.721 dissecções (71%) e 2.744 aneurismas, 86,3% diagnosticados no IML. Foram 6.109 internações, 67,9% do sexo masculino, sendo que 21,2% evoluíram a óbito (69% homens), com proporções semelhantes de dissecção e aneurisma entre os sexos, respectivamente 54% e 46%, porém com mortalidade distinta. Os homens com DAT morrem mais que as mulheres (OR = 1,5). A distribuição etária para óbitos e internações foi semelhante, com predomínio na sexta década. Foram 3.572 operações (58% das internações) com mortalidade de 20,3% (os pacientes mantidos em tratamento medicamentoso apresentaram mortalidade de 22,6%; p = 0,047). O número de internações, de cirurgias, de óbitos dos pacientes internados e geral de óbitos por DAT foi progressivamente superior ao aumento populacional no decorrer do tempo. CONCLUSÕES: Atuações específicas na identificação precoce desses pacientes, assim como a viabilização do seu atendimento, devem ser implementadas para reduzir a aparente progressiva mortalidade por DAT imposta à nossa população.
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Submetendo sementes de milho com e sem tratamento fungicida, a ambientes de germinação variáveis quanto à disponibilidade de água (0 a -12atm), o presente trabalho avaliou o desenvolvimento posterior das plântulas postas em ambientes sem limitações hídricas. Os resultados obtidos permitiram concluir que a ocorrência de déficit hídrico, durante o início do processo de germinação, promove reduções posteriores no comprimento das estruturas embrionárias e, de forma mais acentuada, do epicótilo; apesar disso, esse efeito se atenua com o passar do tempo pela elevação progressiva na velocidade de crescimento em ambientes que oferecem menores potenciais hídricos. Paralelamente, o tratamento fungicida das sementes pode não trazer vantagens em ambientes hidricamente deficientes; esta afirmação, contudo, considera o papel toalha como meio fornecedor de água o que, em contrapartida, exige cautela na sua extrapolação para as condições proporcionadas pelo solo.
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A Leishmania chagasi localisa-se principalmente nas cellulas reticulo-endotheliaaes dos tecidos. No sangue peripherico, o protozoario é visto com maior facilidade nos periodos iniciaes da infecção, quando pode ser observado livre, mais frequentemente no plasma de polynucleares e raramente no interior de macrophagos. Nas phases ulteriores, o parasito é raro no sangue peripherico e, quando encontrado, acha-se localisado no plasma de cellulas mononucleares. No interior dos leucocytos polynucleares apresentam as leishmanias signaes evidentes de degeneração, emquanto que nos macrophagos manteem o aspecto morphologico normal e as formas de multiplicação ocorrem com frequencia. Nos periodos agudos predominam os aspectos histo-pathologicos que traduzem intensa actividade do systema reticulo-endothelial e, nos periodos chronicos, a proliferação do tecido intesticial. O quadro hematologico é o de uma anemia sem signaes periphericos de regeneração. Os orgãos hematopoieticos demonstram signaes de perturbação funccional traduzida pelo exaggero da actividade que, entretanto, não leva á elaboração completa de globulos vermelhos, e á formação de granulocytos em número sufficiente. O quadro evolutivo da doença é o de uma anemia progressiva accompanhada de cachexia.
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1) Duas amostras de vírus capazes de produzir uma mielencefalite foram isoladas de dois camundongos brancos suíços, de criação, espontâneamente infetados, em um total de 7.000 animais examinados; uma terceira amostra foi obtida por trituração e filtração dos intestinos de camundongos aparentemente normais. 2) Foram feitas separadamente dez passagens por inoculação intra¬cerebral em camundongos jovens e adultos. Verificou-se por testes de imunidade cruzada que as três amostras eram idênticas. Prossegiu-se então nas passagens com apenas uma das amostras. 3) O poder infetante aumenta com o número de passagens: o período médio de incubação diminui e aumenta a letalidade. 4) A infecção espontânea e experimental é descrita. A doença parece ser mais comum em animais jovens. O período de incubação varia de 5 a 30 dias. Às vêzes observa-se uma fase prodromica: fraqueza, menor atividade, dificuldade em andar; geralmente surge a paralisia flácida sem sintomas prévios, na grande maioria das vêzes, nos membros posteriores. Três formas clínicas foram observadas: super-aguda, aguda e crônica. 5) Em camundongos normais o vírus pode ser demonstrado nas fezes e nos intestinos. Ele é comum no tubo digestivo e só ocasionalmente invade o sistema nervoso central, ou melhor, a encefalomielite e primàriamente uma doença do trato digestivo no qual a invasão do SNC é um acidente. 6) O vírus passa através de velas de CHAMBERLAND L3 e L5, em BER KEFED V, N e W e em filtro Seitz EK, a suspensão sendo tão ativa como antes da filtração. Conserva-se bem em glicerina a 50% pelo menos 60 dias, se guardado na geladeira. Suspensão de cérebro e medula aquecida em banho-maria a 56°C por 30 minutos perde a atividade. 7) O título variou entre 4.000 e 20.000 dmm. 8) Obteve-se infecção por inoculação intracerebral, por instilação nasal e, com menos regularidade, por inoculação intraperitoneal; a via gástrica deu sempre resultados negativos. Camundongos muito jovens são mais suscetíveis do que os adultos. 9) O vírus foi sempre isolado ate 90 dias pos-inoculação, do cérebro e da medula de camundongos com paralisia. Animais inoculados por via i.c., que permaneceram aparentemente normais, albergam o vírus no cérebro pelo menos durante 30 dias. 10) Não foi possível isolar vírus do fígado, pulmão, bago, rim e sangue de camundongos infetados por via intracerebral. 11) Camundongos que foram inoculados por via i.c. e não apresentaram sintomas de infecção, mostraram-se em geral imunes a uma posterior inoculação de vírus. Os soros de animais convalescentes apresentam anticorpos neutralizantes verificados por provas de proteção. 12) A inoculação intracerebral do vírus em macaco, coelho, cobaia e rato, todos jovens, não produziu infecção. 13) As lesões encontradas foram de poliomielencefalite aguda, com atrofia do corno anterior da medula. Ao nível da substancia cinzenta medular e cerebral encontram-se abundantes focos inflamatórios, com predominância de mononucleares, bem como em torno de numerosos vasos. Em certos pontos do cérebro, sobretudo no rinencéfalo, foram vistos focos extensos de encefalite hemorrágica. É evidente que em torno do foco e participando das infiltrações celulares, muitos elementos microgliais puderam ser reconhecidos. As meninges, especialmente a pia-máter, mostraram-se levemente alteradas e assim mesmo em focos esparsos.
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A esterase, aliesterase, foi determinada no sôro de 38 ratos de ambos os sexos, 6 hamsters, 34 cobaias e S coelhos, pela técnica de Huggins e Lapides. Os resultados obtidos para os machos e fêmeas foram tabelados em separado. As fêmeas apresentaram uma esterasemia maior que os machos, com uma média global de 11.6 U/ml ± 4.01 e um erro padrão de 0.83 enquanto que para os machos a média foi de 6.9 U ml ± 0.99 com um erro padrão de 0.26. A significância calculada pclo t foi de 4.4 Isto demonstra a interferência da aliesterase na produção ou no metabolismo dos estrogênios. Os valores médios encontrados para as cobaias foram 4.50 U/ ml ± 0.15, com um êrro padrão de 0.036 para as fêmeas e 4.28 U / ml ± 0.30 com um êrro padrão de 0.073 para os machos, sendo a significância (t) de 2.6. Para os coelhos (machos) a média foi de 4.41 U / ml ± 0.16, com um erro padrão de 0.058 enquanto para os hamsters os valores foram de 4.01 U/l ± 0.085, êrro padrão de 0.049 para os machos e 3.81 U/ml ± 0.227, êrro padrão de 0.133 para as fêmeas. Os animais castrados mostram uma diminuição progressiva da esterase no sôro, enquanto que nos castrados e tratados com estrogênios, êstes valores atingem o teôr normal. Os resultados obtidos nestes casos serão objeto de publicação ulterior.
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1) Neste trabalho, expusemos a ação da mianesina sôbre o organismo do Leptodactylus ocellatus, sôbre as convulsões da crioepilepsia e estriquinina produzidas experimentalmente no mesmo e também a ação desta substância sôbre a contratura em flexão da perna do coelho espinhal produzida pelo arrancamento da pele da mesma. 2) A mianesina provocou em doses de 150 a 200 mg/kg paralisia flácida no Leptodactylus ocellatus. 3) A mianesina revelou-se capaz de suprimir os movimentos convulsivos de tipo epileptiforme, obtidos pelo resfriamento brusco da medula espinhal. 4) No Leptodactalus ocellatus o antagonismo da mianesina e estriquinina não é muito acentuado e doses paralisantes da primeira são ineficazes para impedir o surto dos efeitos do alcalóide. 5) A mianesina provocou uma abolição na contratura em flexão da perna do coelho espinhal motivada pelo arrancamento da pele da mesma.
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Descrevem-se 4 tipos histológicos diferentes de músculos em Phlebotomus renei, sendo êstes comparados com os correspondentes de Phlebotomus longipalpis. Obtivemos os seguintes resultados: 1. De uma forma primitiva embriogenética, cujos feixes de fibrilas se agrupam em fitas radiais e cuja massa sarcoplasmática é muito elevada em comparação com os elementos contráteis, desenvolveu-se um músculo, pobre em sarcoplasma, que funciona como músculo direto do vôo, condicionado para contrações fortes, modificando a posição das partes da articulação das asas para a orientação do vôo. 2. O tipo que se assemelha mais à forma primitiva, é o músculo do tipo lamelar que se encontra em tôdas as partes do corpo e que efetua os movimentos gerais. 3. Por meio de desintegração das fitas de feixes fibrilares resulta um músculo, rico em sarcoplasma, com número reduzido de elementos contráteis. 4. O último tipo é considerado como sendo um músculo que exerce contraturas "tônicas" de ação lenta, porém persistentes. Encontra-se no basipodito do aparelho de cópula do macho e em outras regiões do corpo onde são necessárias contraturas prolongadas. 5. É de supor que o músculo indireto do vôo se formou, por meio de desintegração progressiva dos seus elementos contráteis, sendo o mesmo também rico em sarcoplasma. 6. A estriação transversal do músculo indireto do vôo é de interêsse especial, porque a linha K (de contração) desenvolve-se, aparentemente, na altura da zona h. 7. Observa-se que diferentes regiões do músculo indireto do vôo mostram ondas de contração intermitentes; dêste fato conclui-se que, por meio de entradas e saídas aceleradas, de ondas de contração, é favorecida a alta freqüência das asas.
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Apresentação de um caso de "doença de KRABBE" (leucodistrofia de células globóides). Tratava-se de uma criança do sexo feminino, com 3 anos de idade. Iniciaram-se seus padecimentos com a idade de 2 anos e meio, com apatia, irritabilidade e dificuldade progressiva no falar. Ao dar entrada no hospital apresentava-se tetraplégica, com "genun recurvatum". Membros inferiores em extensão, Amaurose. Reflexos profundos exaltados. Morte após alguns mese, em caquexia. O exame anátomo-patológico mostrou desmielinização completa da substância branca cerebral, com conservação das fibras subcorticais ditas "em U". Dilatação uniforme e global do sistema ventricular. Atrofia cortical. Microscopicamente constatou-se a presença de grupos celulares especiais, constituídos por células arredondadas, volumosas, muitas vezes polinucleadas, formando grupos esparsos ou concnetradas nos espaços perivasculares. Presença no citoplasma destas células de granulações P.A.S. positivas, insolúveis nos solventes de gorduras e coráveis pelos Sudans IV e B. Esta substância P.A.S. positiva foi também encontrada nos interstícios do tecido, nos espaços perivasculares (dentro e fora de histiocitos) e no interior de vasos sanguíneos. A história familiar da paciente revelou a existência de um irmão, falecido com quadro semelhante, aproximadamente na mesma idade. Quatro outros irmãos, falecidos de causas várias, também crianças, possivelmente não eram normais.
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Neste trabalho estudamos as alterações histopatológicas encontradas no sistema nervoso central de dois pacientes com "panencefalite subaguda esclerosante" comparando-as com as modificações estruturais determinadas no sistema nervoso central de sete macacos rhesus nos quais este material foi inoculado. Os animais apresentaram sinais de comprometimento neurológico, traduzido por caquexia e paralisia do trem posterior, após um longo período de incubação, em torno de 18 meses. Dois animais morreram antes de qualquer manifestação neurológica, de infecção pulmonar intercorrente acidental. Nas passagens sucessivas houve um encurtamento do periódo de incubação para cerca de 40 dias. As alterações histopatológicas encontradas, consistiram, nos casos humanos, em leptomeningite focal, focos de neuronofagia, granulomas corticais e nos núcleos basais, grande perda da população neuronal com ocasional estado esponjoso do córtice cerebral, infiltrados perivasculares, e gliose da substância branca, sem perda de mielina. No material experimental foram observadas estas mesmas modificações, se bem que de caráter muito menos intenso. Tanto no material humano como no experimental a mielina estava praticamente normal. Sugere-se que o quadro anátomo-clínico chamado "panencefalite subaguda esclerosante (SSPE) possa ser determinado, não apenas pelo vírus do sarampo, mas também por outros vírus, especialmente os do grupo papova, já encontrado por outros autores, em casos de "panencefalite subaguda esclerosante".
Resumo:
Cães jovens infectados pelo Trypanosoma cruzi desenvolveram a fase aguda da infecção e foram estudados durante o 7º até o 50º dia por métodos morfológicos, parasitológicos, imunológicos e eletrocardiográficos. ocorreu intensa miocardite que se iniciava nos átrios e se propagava aos ventrículos e, quando plenamente desenvolvida, predominava no átrio direito, na metade direita do septo interventricular e na parede livre do ventrículodireito. As alterações eletrocardiográficas foram progressivas e revelavam o progressivo e predominante comprometimento atrial, mas a interferência com a propagação do estímulo (bloqueio) só apareceu nas fases terminais, coincidente com a presença de inflamação e necrose ao longo do tecido de condução. Quinze cães foram submetidos a tratamento específico e em alguns destes as modificações anátomo-patológicas e eletrocardiográficas representaram uma reversão progressiva das lesões observadas antes. Dez animais evoluíram para a fase crônica indeterminada da infecção, três deles após tratamento, e foram acompanhados por períodos de oito meses a três anos, sem que nenhum desenvolvesse sinais de insuficiência cardíaca congestiva. As alterações eletrocardiográficas observadas nestes casos foram inespecíficas e algumas arritmias apareceram transitoriamente. No sistema excito-condutor foram encontradas lesões focais de fibrose, esclero-atrofia e infiltração adiposa, as quais foram interpretadas como seqüelas deixadas pela fase aguda. A miocardite encontrada foi focal e discreta. Foi examinado para complementação o material de um caso de forma crônica cardíaca no cão, o qual exibiu miocardite difusa com fibrose focal e intersticial e sinais de atividade do processo inflamatório, além de bloqueio de ramo direito e hemibloqueio anterior esquerdo. Assim, o modelo canino da doença de Chagas reproduz todas as fases da cardiopatia, tal como aparece no homem, sendo que as formas crõnicas sintomáticas são de reprodução experimental imprevisível. O presente trabalho objetivou caracterizar os aspectos da patologia da doença de Chagas no cão, tentar as suas correlações eletrocardiográficas, os seus aspectos evolutivos, com a finalidade de fornecer elementos para estudos futuros com o referido modelo experimental.
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A patogenicidade do echovirus tipo 9 para camundongos recém-nascidos foi estudada, utilizando-se 12 amostras isoladas em cultura de células primárias de rim de macaco, a partir do liquor de crianças com meningite. Os animais inoculados com o fluido da primeira passagem em células desenvolveram paralisia flácida, após um período de 5 dias, com a morte ate o 8º dia. Os especimens originais de liquor não continham suficiente vírus para provocar sinais clínicos nos animais inoculados no período de 21 dias de observação. Ao exame histopatológico os animais doentes apresentaram miopatia necrotizante da musculatura paravertebral, língua e diafragma. Animais inoculados que não desenvolveram paralisia durante o período de observação apresentaram miosite discreta, sem que tenha sido encontrada necrose das fibras musculares.
Resumo:
Um estudo evolutivo do tipo caso-controle sobre a morbidade da doença de Chagas foi feito com indivíduos pareados por idade e sexo, utilizando-se duas avaliações, eletrocardiográficas e radiológicas com intervalo de dez anos. No primeiro estudo foram analizados 264 de indivíduos com sorologia positiva e outros tantos com sorologia negativa, e no último, foram obtidoas informações sobre 235 pacientes entre positivos e 216 entre os negativos dos quais foram reconstituídos e reexaminados 110 pares com a mesma metodologia inicial. A incidência da cardiopatia chagásica nos casos da forma inderteminada e o gravamento da forma cardíaca já instalada foi de 38,3 e 24%, respectivamente, no peíodo considerado. A evolução da doença como um todo foi progressiva em 34,5% dos casos, inalterada e, 57,3% e regressiva (normalização do ECG) em 8.2%. A mortalidade geral foi 23% no grupo chagásico e 10,6% no grupo controle, enquanto a letalidade por cardiopatia chagásica foi de 17% e por cardiopatias de outras etiologias no grupo controle foi de 2,3%. Não houve óbitos entre os 130 casos inicialmente na forma indeterminada nem entre seis casos de megaesôfogo. A mortalidade por doença de chagas foi duas vezes mais elevada no sexo masculino, com grande predominância no grupo etário de 30 a 59 anos de idade.
Resumo:
Realizado estudo prospectivo em um grupo de 21 pacientes portadores de insuficiência renal crônica que apresentavam hipotensão arterial no decorrer da hemodiálise. Avaliada a pressão arterial durante duas sessões com dialisato a 35(9)C e duas a 37°C, observou-se que as pressões sistólica e diastólica, nas temperaturas estudadas, mostraram diferenças estatisticamente significativas quando comparadas aos valores iniciais pré-diálise, queda progressiva das pressões com prevalência de episódios hipotensivos na 3(5) e 4(5) horas de tratamento em ambas temperaturas, diminuição de 7,69% das hipotensões com dialisato a 35ºC e importante queixa de sensação de frio, tornando o tratamento desconfortável.