328 resultados para Obesidade Teses
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a prevalncia, sensibilidade e especificidade em detectar adolescentes em risco de obesidade, baseada no ndice de Massa Corporal (IMC). MTODOS: Foram avaliados 502 adolescentes de 12 a 18 anos, participantes da pesquisa Nutrio e Sade do Municpio do Rio de Janeiro, desenvolvida em 1996. As variveis do estudo foram: peso, estatura, IMC e dobra subescapular, de acordo com sexo e idade. As classificaes para IMC foram comparadas com a classificao pela dobra subescapular no percentil 90 (excesso de adiposidade) da populao de adolescentes americanos. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de adiposidade foi mais elevada com a dobra subescapular (P<0,0001) comparada com as classificaes do IMC que apresentaram valores aproximados. A especificidade foi superior sensibilidade com as duas propostas do IMC. O ponto de equilbrio entre sensibilidade e especificidade foi prximo ao percentil 70 para meninas e meninos menores de 14 anos. Em meninos maiores de 15 anos, o ponto de corte aproximou-se do percentil 50 do IMC. CONCLUSO: Ambas classificaes do IMC foram mais adequadas para identificar adolescentes sem obesidade, no sendo sensveis para rastrear excesso de adiposidade.
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OBJETIVO: O rastreamento com o PSA (antgeno prosttico especfico) para deteco precoce de cncer de prstata em uma comunidade nativa tem grande importncia epidemiolgica. Assim, realizou-se estudo com objetivo de verificar a ocorrncia do cncer da prstata em uma tribo indgena da Amaznia e uma possvel relao entre o aculturamento, a presena de sobrepeso (ndice de massa corporal) e o aparecimento da doena. MTODOS: Foi realizado um levantamento dos hbitos e medidas antropomtricas em 22 homens com idade presumida maior de 50 anos, de uma tribo isolada de 363 ndios, autodenominados Parkatej e Kikatj, vivendo na regio Amaznica (Par). Alm dos exames fsico e hematolgicos, foram realizadas dosagens de PSA total e PSA livre. RESULTADO: Os nveis sricos de PSA total variaram de 0,35 a 25,8 ng/ml. Trs nativos apresentaram PSA maior que 4,0 ng/ml e outros dois evidenciaram PSA entre 2,5 e 4,0 ng/ml. Biopsia prosttica em dois nativos revelou a presena de adenocarcinoma de prstata em um e neoplasia intraepitelial em outro. Sobrepeso com ndice de massa corporal >25 Kg/m² e relao cintura-quadril >0,9 foram observados em 68,1% e 72,7% do grupo estudado. CONCLUSES: Mudanas nutricionais decorrentes do contato com a civilizao, como substituio da caa e fibras vegetais por alimentos mais calricos, esto aumentando a freqncia de sobrepeso na comunidade indgena. Devido associao entre incidncia de cncer de prstata, dieta gordurosa e menor atividade fsica, pode-se presumir que o futuro testemunhar mais casos da neoplasia prosttica, visto que vrios de seus membros j evidenciaram altos nveis sricos de PSA.
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OBJETIVO: Avaliar a validade do peso e da estatura informados e do ndice de massa corporal (IMC). MTODOS: Foram estudados 3.713 funcionrios pblicos de uma universidade no Rio de Janeiro, participantes da Fase 1 de um estudo longitudinal. As informaes foram obtidas por meio de questionrio auto-preenchvel; as aferies foram realizadas aps a aplicao. Para avaliar as diferenas entre os parmetros aferidos e informados, utilizou-se o teste t pareado de Student, grficos de Bland & Altman e o coeficiente de correlao intraclasse (CCIC). Estimou-se a sensibilidade e a especificidade das vrias categorias do IMC. RESULTADOS: Houve alta concordncia entre a aferio e a informao do peso (CCIC=0,977) e da estatura (CCIC=0,943). A sensibilidade do IMC, em suas vrias categorias, variou em torno de 80%, e a especificidade foi prxima de 92%. Houve tendncia leve e uniforme subestimao do peso informado e superestimao da estatura informada em ambos os sexos. CONCLUSES: As informaes relatadas e aferidas de peso e estatura apresentaram boa concordncia e validade; em populaes similares, que disponham de recursos escassos, possvel utilizar dados informados ao invs de valores aferidos.
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OBJETIVO: A mortalidade dos pacientes diabticos maior do que a da populao em geral e decorre especialmente das doenas cardiovasculares. O objetivo do estudo foi identificar a prevalncia dos fatores de risco cardiovasculares em indivduos com diabetes mellitus (DM) ou glicemia de jejum alterada, a fim de direcionar as aes em sade. MTODOS: Estudo transversal de base populacional, com amostragem aleatria por conglomerado, constituda de 1.066 individuos, representativa da populao urbana adulta (>20 anos) do Estado do Rio Grande do Sul, realizado entre 1999 e 2000. Foi aplicado um questionrio estruturado sobre os fatores de risco coronariano e as caractersticas sociodemogrficas a todos os adultos maiores de 20 anos residentes no domiclio selecionado. Aps.os pacientes foram submetidos avaliao clnica e coleta de sangue para determinao de colesterol total e glicemia de jejum. Para a anlise dos dados foi utilizado o pacote estatstico Stata 7. Foi estabelecido nvel prvio de significncia de 5%. As variveis categricas foram comparadas utilizando-se qui-quadrado de Pearson, enquanto que as contnuas mediante teste t de Student ou Anova, alm de anlise multivarivel, todas controladas para efeito de conglomerado. RESULTADOS: De 992 indivduos, 12,4% eram diabticos e 7,4% apresentavam glicemia de jejum alterada. Dos fatores de risco estudados, os indivduos com algum grau de alterao da homeostase glicmica apresentaram maior prevalncia de obesidade (17,8, 29,2 e 35,3% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p<0,001), hipertenso (30,1, 56,3 e 50,5% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p<0,001) e hipercolesterolemia (23,2, 35,1 e 39,5% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p=0,01). CONCLUSES: Indivduos com alterao da homeostase glicmica representam um grupo-alvo para a definio de aes preventivas em nvel individual e populacional devido maior prevalncia de fatores de risco para doena arterial coronariana.
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OBJETIVO: Face expanso do Programa de Alimentao do Trabalhador no Pas e sua atualizao na normatizao dos aspectos nutricionais, foi avaliado o consumo alimentar de trabalhadores participantes do programa, por meio da anlise nutricional do almoo servido e do estado nutricional da populao atendida. MTODOS: Realizou-se estudo transversal com amostra representativa dos trabalhadores participantes do Programa de Alimentao do Trabalhador no Distrito Federal (n=1.044) que almoam em 52 Unidades de Alimentao e Nutrio. Foram avaliadas variveis socioeconmicas e sociodemogrficas, medidas antropomtricas para o clculo do ndice de Massa Corporal e o consumo alimentar obtido pelo mtodo da pesagem e pela observao direta da montagem dos pratos. RESULTADOS: Observou-se que 43% da populao estudada apresentam excesso de peso, sendo 33,7% com sobrepeso e 9,3% com obesidade, com maiores percentuais no sexo masculino. A mediana do valor energtico do almoo foi de 515 Kcal para as mulheres e de 736 Kcal para os homens. O consumo mediano de fibras foi de 6,0 g para o sexo feminino e de 8,3 g para o sexo masculino, e o consumo mediano de colesterol foi acima de 90 mg nos indivduos com excesso de peso. CONCLUSES: Os resultados indicam risco nutricional nessa populao, tradicionalmente considerada sadia, devendo a mesma ser alvo de estratgias com foco na promoo da sade, salientado-se, assim, a atribuio de educador do nutricionista.
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OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional dos idosos e comparar o ndice de Massa Corporal (IMC=kg/m) com vrios indicadores de adiposidade e de localizao de gordura em idosos e adultos de meia idade. MTODOS: Idosos (N=699; 60 anos e mais) e adultos (N=1.306; 40-59,9 anos) participantes de inqurito realizado em 1996, no municpio do Rio de Janeiro foram avaliados quanto ao ndice de massa corporal, permetro braquial, permetro da cintura, permetro do quadril, espessuras das dobras cutneas triciptal e subescapular, rea de gordura e rea muscular do brao obtidas a partir de procedimentos padronizados. Foram utilizados os pontos de corte propostos pela Organizao Mundial de Sade para relao cintura quadril, permetro da cintura e ndice de massa corporal. As comparaes utilizaram o coeficiente de correlao de Spearman e a regresso linear, ajustada para idade. RESULTADOS: Cerca de 50% dos idosos apresentaram sobrepeso. A prevalncia de inadequao do permetro da cintura e da relao cintura quadril foi superior a 50% entre as mulheres e cerca de 40% para o permetro da cintura e de 20% para a relao cintura quadril entre os homens. As medidas relacionadas com adiposidade (permetro da cintura, dobra cutnea triciptal, dobra cutnea subescapular e rea de gordura do brao) apresentaram, em idosos, correlaes parciais (ajustadas pela idade) com o ndice de massa corporal entre 0,45 e 0,85 nos homens e de 0,54 a 0,86 nas mulheres. Tanto em adultos, quanto em idosos, a massa corporal seguida do permetro da cintura foram as variveis que mais explicaram o ndice de massa corporal. CONCLUSES: A prevalncia de sobrepeso em idosos foi alta tanto em homens quanto em mulheres e o ndice de massa corporal guarda relao similar com a adiposidade independente do envelhecimento.
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OBJETIVO: Descrever a distribuio da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil em 2002-2003 e avaliar sua evoluo nas reas metropolitanas do Pas no perodo 1974-2003. MTODOS: A principal base de dados do estudo a Pesquisa de Oramento Familiar de 2002-2003 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica em 48.470 domiclios brasileiros. Em cada domiclio, num perodo de sete dias consecutivos, foram registradas todas as aquisies, monetrias ou no monetrias, de alimentos e bebidas para consumo familiar. As quantidades de alimentos adquiridas foram transformadas em calorias e macronutrientes, usando tabelas de composio alimentar. RESULTADOS: Caractersticas positivas do padro alimentar, encontradas em todas as regies e em todas as classes de rendimento, foram a adequao do teor protico das dietas e o elevado aporte relativo de protenas de alto valor biolgico. Caractersticas negativas, tambm disseminadas no Pas, foram excesso de acar e presena insuficiente de frutas e hortalias na dieta. Nas regies economicamente mais desenvolvidas, no meio urbano e entre famlias com maior rendimento houve tambm excesso de gorduras em geral e de gorduras saturadas. A evoluo nas reas metropolitanas do Pas evidenciou declnio no consumo de alimentos bsicos, como arroz e feijo, aumentos de at 400% no consumo de produtos industrializados, como biscoitos e refrigerantes, persistncia do consumo excessivo de acar e insuficiente de frutas e hortalias e aumento no teor da dieta em gorduras em geral e gorduras saturadas. CONCLUSES: Padres e tendncias da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil so consistentes com a importncia crescente de doenas crnicas no transmissveis no perfil de morbi-mortalidade e com o aumento contnuo da prevalncia da obesidade no Pas.
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OBJETIVO: Estimar as prevalncias de fatores de risco para doenas crnicas no-transmissveis e compar-las com as obtidas h 15-16 anos em inqurito semelhante. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra aleatria de pessoas com 15 a 59 anos de idade, realizado no Municpio de So Paulo entre 2001 e 2002. Foram entrevistadas 2.103 pessoas que responderam a um questionrio, quando tambm foram feitas medidas de presso arterial, peso, estatura e circunferncias do abdome e do quadril. Em um tero dos entrevistados foram dosados colesterol total, HDL-colesterol, triglicrides e glicose de jejum. RESULTADOS: As prevalncias totais ajustadas por idade, na faixa etria de 15 a 59 anos, foram as seguintes: tabagismo, 22,6%; presso arterial no controlada, 24,3%; obesidade, 13,7%; circunferncia abdominal aumentada, 19,7%; colesterol total >240 mg/dl, 8,1%; HDL-colesterol <40 mg/dl, 27,1%; triglicrides >200 mg/dl, 14,4%; e glicemia >110 mg/dl, 6,8%. Tabagismo, presso arterial no controlada, colesterol total elevado, HDL-colesterol diminudo e triglicrides elevados foram significantemente mais prevalentes em homens do que em mulheres. CONCLUSES: Os resultados quanto prevalncia de alguns fatores de risco para doenas crnicas mostraram que os homens esto em pior situao do que as mulheres. Comparados aos resultados de inqurito anterior, a percentagem de presso arterial no controlada permaneceu inalterada, mas a de tabagismo diminuiu significantemente.
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OBJETIVO: A exposio ocupacional tpica de uma refinaria de petrleo pode alterar a funo heptica de seus trabalhadores. Assim, o objetivo do estudo foi identificar fatores de risco de alteraes em enzimas hepticas em trabalhadores de uma refinaria de petrleo. MTODOS: Os trabalhadores de uma refinaria de petrleo, localizada em So Francisco do Conde, Estado da Bahia, eram submetidos a exames peridicos anuais de 1982 a1998. O estudo caso-controle investigou todos os 150 casos de indivduos com alterao simultnea de gama-glutamil transferase e de alanino amino transferase, de pelo menos 10% acima do valor de referncia. Como controles, foram selecionados 150 indivduos sem quaisquer alteraes de enzimas hepticas ou de bilirrubinas, desde a sua admisso. Foram calculadas as razes de chance e respectivos intervalos de confiana de 95% a partir de modelos de regresso logstica. RESULTADOS: Em todos os setores de produo, o risco de alterao de enzimas hepticas foi significantemente mais elevado do que no setor administrativo (RC=5,7; IC 95%: 1,7-18,4), estando controlados os efeitos do lcool, obesidade e antecedentes mdicos de hepatite. No perodo 1992-1994 foram registrados 89 casos, 88 deles provieram dos diversos setores da produo. CONCLUSES: A exposio ocupacional desempenha papel importante na determinao de alteraes de enzimas hepticas em trabalhadores do refino de petrleo, alm dos fatores de risco eminentemente biolgicos e/ou comportamentais como obesidade e o consumo de lcool.
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A sade coletiva se caracteriza como campo do conhecimento abrangente e complexo, apresentando-se como desafio para o processo de avaliao da ps-graduao realizado pela Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes). O objetivo do trabalho foi descrever o panorama da ps-graduao em sade coletiva e discutir aspectos dos critrios de sua avaliao. A avaliao da ps-graduao realizada anualmente, levando em conta a estrutura do programa, corpo docente e discente, atividades de pesquisa e formao, teses e dissertaes e produo intelectual. A avaliao deste ltimo item tem sido criticada por privilegiar a publicao de artigos e ancorar a valorao da produo nas bases de indexao dos peridicos e nos seus ndices de impacto. Apesar das crticas e restries ao processo de avaliao, a anlise da produo cientfica brasileira, no geral e no caso especfico da sade coletiva, mostra um quadro positivo, com aumento expressivo do nmero de cursos de ps-graduao, docentes e alunos. Assim, o panorama da ps-graduao se apresenta favorvel, mas aperfeioar a avaliao continuamente essencial para que ela cumpra o seu papel de fomento e estmulo.
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H uma contradio entre a percepo de diferentes setores da elite quanto s questes da fome e nutrio no Brasil. Por um lado, o carro-chefe da poltica social do atual governo brasileiro o Programa Fome Zero. Esse programa se baseia na concepo de que a condio de fome socialmente relevante no Pas. Por outro lado, a comunidade cientfica na rea de nutrio, por meio de estudos epidemiolgicos, destaca a obesidade como um dos problemas de sade pblica mais graves no Brasil. O motivo pelo qual a percepo pblica est dissociada da produo de conhecimento sobre o assunto tem razes antigas, relacionadas s dificuldades de institucionalizar a cincia no Brasil. Isso se refletiu numa relativa falta de legitimidade do discurso cientfico. A novidade nessa situao a conquista de maior visibilidade internacional, pela comunidade cientfica em epidemiologia nutricional. O futuro da aplicao prtica dos resultados da pesquisa em epidemiologia nutricional no Brasil depende da dinmica das agendas polticas sobre fome e nutrio, e dos setores a elas associados. O objetivo do estudo foi explorar essa situao por meio da anlise de dados cientomtricos sobre a produo cientfica, dados histricos e documentais quanto ao discurso sobre a fome.
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OBJETIVO: Estudar as tendncias da produo de teses e dissertaes em sade do trabalhador no Pas. MTODOS: As unidades de estudo foram teses e dissertaes elaboradas por pesquisadores brasileiros em cursos de ps-graduao no pas ou no exterior. Buscaram-se teses e dissertaes em acervos previamente compilados, na base LILACS e no portal Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes), por meio dos termos sade do trabalhador, ergonomia, higiene ocupacional, toxicologia e sade ocupacional. RESULTADOS: Foram encontrados 1.025 documentos, sendo sete anteriores a 1970. Entre 1970 e 2004, foram publicados 31 na dcada de 70, 121 na de 80, 533 na de 90 e 333 entre 2000 e 2004. O crescimento foi geomtrico com fator aproximadamente igual a 4 a cada dcada. A maioria dos estudos trata de questes de grande relevncia para a sade pblica no Pas, como doenas steo-musculares, sade mental e trabalhadores da rea de sade. Chamou a ateno o pequeno nmero de trabalhos sobre o desemprego, o cncer e suas relaes com a ocupao, trabalhadores do setor primrio da economia e da construo civil, reconhecidos como os de maior risco para acidentes de trabalho fatais. CONCLUSES: O crescimento dos programas de ps-graduao em sade pblica e sade coletiva no Pas nos ltimos anos foi o fator mais importante para o aumento da produo de estudos na rea da sade do trabalhador. Embora exista um nmero crescente de estudos acadmicos, persistem desafios a serem superados no futuro prximo.
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As diferenas em sade entre homens e mulheres tm sido objeto de grande interesse, mas as interpretaes tendem a ser naturalizadas e essencialistas. Os estudos de gnero tm criticado essa literatura, oferecendo alternativas de anlise promissoras. Assim realizou-se estudo com o objetivo de descrever o perfil e as tendncias da atividade cientfica sobre gnero e sade no Brasil. Foram utilizados dados do Diretrio de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico, do Banco de Teses da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior, e quatro peridicos da rea da sade. Foram identificados 51 grupos com pelo menos uma linha de pesquisa na temtica, com concentrao regional e institucional. Os resultados confirmam o crescimento acentuado da produo cientfica, sendo localizadas 98 dissertaes, 42 teses e 665 artigos sobre gnero e sade. As mulheres so autoras de 86,0% das teses e 89,0% das dissertaes e 70,5% dos artigos. A maioria dos trabalhos acadmicos foi divulgada na dcada de 2000, quando ocorreu tambm ampliao das questes abordadas. Os temas podem ser reunidos em cinco subgrupos: reproduo e contracepo; violncia de gnero; sexualidade e sade, com nfase nas DST/Aids; trabalho e sade, incluindo trabalho domstico e trabalho noturno; outros temas emergentes ou pouco explorados. So grandes os desafios polticos, epistemolgicos e metodolgicos para consolidao dos avanos. A perspectiva de gnero oferece amplas possibilidades de enriquecimento da reflexo terica na sade coletiva, podendo-se somar a outros esforos intelectuais e polticos para a compreenso da sade e seus determinantes na luta contra as desigualdades e pela justia social.
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OBJETIVO: Avaliar a validade do peso e altura referidos no diagnstico da obesidade e identificar caractersticas sociodemogrficas e individuais que podem constituir vis de informao. MTODOS: Estudo transversal populacional realizado na cidade de Goinia em 2001. Em entrevista domiciliar com 1.023 indivduos de 20-64 anos, foram coletadas informaes sociodemogrficas e sobre peso e altura referidos. Na ocasio, os indivduos foram pesados e medidos. Foram calculadas diferenas entre mdias, coeficiente de correlao e de medidas referidas e aferidas, segundo idade, ndice de massa corporal, escolaridade, renda e altura. RESULTADOS: Homens e mulheres superestimaram a altura (p<0,05) em 0,9 cm e 2,2cm, respectivamente. No houve diferena entre peso referido e aferido dos homens (-0,44 kg; p=0,06) nem das mulheres (-0,03 kg; p>0,05). O comportamento de supestimar a altura foi influenciado pela idade, escolaridade, altura e ndice de massa corporal. Embora o ndice obtido a partir dos dados referidos tenha sido subestimado (p<0,05) em 0,27 kg/m e 0,67 kg/m para homens e mulheres, respectivamente, as medidas aferidas e reportadas apresentaram alto grau de concordncia. A sensibilidade e especificidade do ndice de massa corporal referido foram altas em identificar o ndice aferido. CONCLUSES: Em estudos epidemiolgicos de monitoramento da prevalncia de excesso de peso na populao o peso e a altura referidos constituem informaes confiveis, o que torna vivel a metodologia utilizada.
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OBJETIVO: Avaliar o impacto da implantao do Programa de Sade da Famlia sobre o controle da hipertenso arterial, em uma Unidade Bsica de Sade. MTODOS: Foram selecionados 135 pacientes com o diagnstico confirmado de hipertenso, 45 de cada equipe da Unidade Bsica de Sade, que iniciaram o tratamento entre dezembro de 2003 e dezembro de 2004, com seguimento at julho de 2005, em Salvador, Bahia. Comparou-se a presso arterial no incio e no fim do perodo de observao e sua associao com fatores de risco cardiovascular, e com as variveis gnero, idade, ndice de massa corporal, nmero de consultas, quantidade de medicamentos anti-hipertensivos usados por paciente, escolaridade e renda familiar. Os dados foram expressos em valores absolutos, percentagem, mdia e desvio-padro e foram realizados os testes de Wilcoxon, Kruskal-Wallis e qui-quadrado. RESULTADOS: As mdias da presso arterial inicial e final foram 155,9±24,1/95,3±13,9 mmHg e 137,2±16,1/85,7±8,7 mmHg (p<0,01), respectivamente. No incio do tratamento, 28,9% dos hipertensos tinham nveis pressricos controlados (<140/90 mmHg) contra 57% no final do perodo observacional (p<0,01). A mdia de consultas nesse perodo foi de 10,1±3,9, com 91,8% de adeso. Identificou-se uso de dois anti-hipertensivos por 50,4% e uso de um medicamento por 35,6% dos pacientes. As prevalncias dos demais fatores de risco avaliados quando da admisso no programa foram sobrepeso/obesidade (71,9%), dislipidemia (58,5%) e diabetes/intolerncia a glicose (43,7%). Os resultados por equipe foram comparveis. CONCLUSES: O impacto da implantao do Programa de Sade da Famlia trouxe melhoria do controle da hipertenso arterial, mas os fatores de risco associados permaneceram acima dos nveis atualmente recomendados, necessitando controle adequado.