148 resultados para Mimosa artemisiana
Resumo:
As inúmeras espécies de plantas que compõem a floresta amazônica podem representar excelente alternativa para fazer frente ao desafio de desenvolver a agricultura conforme as exigências da sociedade. Neste trabalho, procurou-se determinar e caracterizar o padrão de atividade alelopática em espécies da família Leguminosae, em função de variações de espécies, fonte de extratos e sensibilidade da planta receptora. Bioensaios de germinação de sementes e alongamento da radícula e do hipocótilo foram desenvolvidos em condições controladas. Os resultados indicam que as espécies estudadas não apresentaram padrão semelhante no tocante aos efeitos potenciais alelopáticos, havendo, entretanto, hierarquização no tocante à intensidade dos efeitos globais, sendo o potencial alelopático inibitório mais amplo e efetivo nas espécies Bauhinia guianensis, Bowdichia virgiloides, Parkia pendula e Platimenia reticulata. O potencial alelopático foi efetivo e mais restrito em Bauhinia macrostachya. O fator fração das plantas revelou diferenciação no padrão de atividade: para a maioria das espécies, as folhas foram a principal fonte de aleloquímicos, e para Bauhinia macrostachya e Inga edulis, a raiz. Em termos de padrão de respostas das espécies receptoras, o alongamento da radícula é mais sensível aos efeitos dos extratos, ficando o alongamento do hipocótilo como o de menor sensibilidade. Os efeitos dos extratos foram mais intensos sobre Mimosa pudica. Esses resultados também atribuem à floresta amazônica importância como fonte de compostos químicos de interesse para o homem, o que, em si, justifica sua preservação.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi determinar a frequência relativa e o nível de infestação de cada espécie da flora aquática presente no reservatório de Salto Grande, Americana-SP. O levantamento e a identificação das plantas aquáticas foram realizados percorrendo-se as margens do reservatório em uma embarcação. Ao longo dele foram estabelecidos 20 pontos de avaliação, sendo todos eles fotografados e georreferenciados. Foram atribuídos valores de 0 a 100% tanto para as espécies presentes como para os espaços livres de macrófitas aquáticas que eventualmente pudessem ocorrer dentro dos pontos amostrados. Com os dados referentes ao número de indivíduos e pontos avaliados, foi determinada a frequência relativa de cada espécie. Foram identificadas 13 espécies em todo o reservatório, sendo 12 vasculares e uma de alga-verde (Chlorella spp.). Entre as espécies vasculares, nove eram plantas emersas flutuantes, as quais poderiam estar ou não ancoradas no leito do reservatório: Alternanthera philoxeroides, Brachiaria subquadripara, Cyperus difformis, Echinochloa polystachia var. spectabilis, Eichhornia crassipes, Panicum rivulare, Pistia stratiotes, Salvinia auriculata e Typha angustifolia. Outras três espécies foram encontradas somente em solo firme alagado: Aeschynomene sensitiva, Hedychium coronarium e Mimosa pigra.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi identificar a comunidade daninha presente em áreas de pastagens. O levantamento fitossociológico foi realizado nos meses de novembro e dezembro de 2009 em três regiões: duas localizadas no município de Tangará da Serra-MT (região A = áreas próximas à cidade; e região B = áreas presentes no Assentamento Antonio Conselheiro) e uma no município de Barra do Bugres-MT (região C). Em cada região foram analisadas cinco propriedades, tendo cada uma 10 parcelas de 25 m². Nas parcelas, foram realizadas a contagem e identificação das espécies daninhas. Os dados foram analisados por meio de cálculos de densidade, frequência, abundância, densidade relativa, frequência relativa, abundância relativa, índice de valor de importância (IVI) e índice de similaridade. Foram identificadas 38 espécies daninhas, distribuídas em 18 famílias, sendo Asteraceae (7), Fabaceae (6), Arecaceae (3), Euforbiaceae (3) e Poaceae (3) as mais representativas em número de espécies. As espécies que mais ocorreram na área foram: região A - Sida spp. (IVI 127,93) e Eragrostis plana (IVI: 42,18); região B - Eragrostis plana (IVI: 54,78), Mimosa wedelliana (IVI:52,39) e Sida spp. (IVI: 50,30); e região C - Sida spp. (IVI: 73,92) e Mimosa wedelliana (IVI: 26,55). Houve similaridade expressiva entre as regiões A e B (52,63%) e entre as regiões B e C (50,98%).
Resumo:
Três esteroides (espinasterol, espinasterona e glicopiranosil espinasterol) foram isolados do caule de Moutabea guianensis, planta de origem amazônica. Suas estruturas foram determinadas a partir das análises de RMN e por comparação com dados espectroscópicos da literatura. Foram avaliadas as atividades alelopáticas das três substâncias em duas plantas invasoras de pastagens comuns da região amazônica: Mimosa pudica (malícia) e Senna obtusifolia (mata-pasto). A substância glicopiranosil espinasterol foi mais ativa no ensaio de desenvolvimento da radícula, inibindo a espécie Senna obtusifolia em 75%; o espinasterol inibiu em 22% o desenvolvimento do hipocótilo de Senna obtusifolia; e no bioensaio de germinação de sementes as substâncias espinasterol e espinasterona proporcionaram 10% de inibição em Mimosa pudica. A partir desses resultados, observou-se que a diferença de substituintes observada na posição-3 dos esteroides é capaz de alterar a atividade alelopática. O grupo glicosil na posição-3 elevou a atividade alelopática de forma mais expressiva no bioensaio de desenvolvimento de radícula da espécie malícia, quando comparado aos esteroides hidroxilado e carbonilado. Este é o primeiro estudo químico e alelopático do gênero Moutabea.
Weeds under the canopies of tree species submitted to different planting densities and intercropping
Resumo:
Assessing the growth and floristic composition of species that grow under the canopy of trees is important for weed control (WC). The objective of this study was to assess two experiments (E1 and E2), when the trees were two years and one year of age, respectively. In E1, sabiá (S) and gliricidia (G) were submitted to planting densities from 400 to 1.200 plants ha-1. In E2, growing systems consisting of S, G, and neem (N) combinations were compared: SSS, GGG, NNN, GSG, NSN, SGS, NGN, SNS, and GNG (each letter represents a row of plants). A random block design was adopted, with three (E1) and four (E2) replicates. In E1, treatments were arranged as split-plots (species in plots). In E2, the degrees of freedom for treatments (8) were partitioned into growing systems (treatments that involved the same species) and between growing system groups (2). Twenty-one weed species were found in E1. Gliricidia attained greater plant height than sabiá, but these species did not differ in canopy diameter, number of weed species per plot, and weed green and dry biomass of the shoot. Higher planting densities resulted in the reduction of all those traits. Twenty-six weed species were found in E2. Growing systems that included gliricidia showed canopies with greater diameters than growing systems that included neem. There were no differences between growing systems for number of weed species per plot and for weed green and dry biomass of the shoot.
Resumo:
Gliricidia (Gliricidia sepium) seedlings are usually beneficial to corn crops when planted between corn rows. The objective of this work was to assess the effects of corn intercropped with gliricidia and "sabiá" (Mimosa caesalpiniifolia), a species native to the Brazilian northeastern region, on weed control and corn green ear and grain yields. The experiment was carried out at Estação Experimental da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA (Mossoró, State of Rio Grande do Norte, Brazil). The experimental design consisted of randomized complete blocks (multifactorial design) with five replications, arranged in split-plots. The plots consisted of corn cultivars AG1051 and BM 2022; subplot treatments (six) were no-hoeing, twice-hoeing (at 20 and 40 days after sowing) and intercropping with gliricidia and "sabiá", either directly sown or transplanted, simultaneously with corn sowing. The intercropped leguminous plants were spaced 0.40 m from each other, and directly seeded or transplanted (30-day-old seedlings) in between two 1 m-spaced corn rows. Twenty three weed species were identified during the experiment. Gliricidia seedlings were superior to "sabiá" seedlings with regard to plant height and survival rate. The highest corn green ear and grain yields were found for twice-hoed subplots, while the lowest yield was found for no-hoed or intercropped subplots. However, grain yield values in intercropped treatments did not differ from grain yield values in hoed plots. In addition, marketable husked green ear mean weights did not differ between twice-hoed subplots and subplots directly seeded with gliricidia and "sabiá". Such results indicated that corn benefited from the intercropping system, but intercropping with gliricidia and "sabiá" transplanted resulted in lower benefits than with the direct sowing of those species.
Resumo:
RESUMOA invasão por espécies de plantas não nativas representa um enorme problema para projetos de restauração ambiental. Estas espécies têm causado muitas vezes o fracasso do processo de restauração, a perda de estoques nativos, prejuízos econômicos e, certamente, sociais. O objetivo do presente trabalho foi listar e avaliar a ocorrência de espécies não nativas em decorrência do asfaltamento da MG-010 em áreas restauradas nos campos rupestres da cordilheira do Espinhaço, Serra do Cipó, Brasil. Foram encontradas 23 espécies de plantas não nativas invadindo as áreas restauradas. Entre essas espécies, destacam-se as leguminosas Cajanus cajan, Chamaecrista flexuosa, Crotalaria pallida, Crotalaria spectabilis e Mimosa pigra e, entre as gramímeas, Andropogon bicornis, A. leucostachyus, Melinis repens, M. minutiflora, Paspalum paniculatum e Urochloa brizantha. A invasão das áreas restauradas, bem como a das bordas da rodovia, por essas espécies está relacionada à melhoria dos solos ao longo das rodovias causada por técnicas que utilizam uma mistura de calcário no preparo do leito estradal. A falta de um programa de monitoramento e gestão das áreas restauradas, bem como das unidades de conservação federal na qual estão inseridas, é outro fator que resulta em falhas no processo de restauração, colocando em risco toda a biota regional.
Resumo:
ABSTRACT The combination of crop residues or crop extracts is often more advantageous in controlling weeds, than the application of each residue or extract singly. This suggests that in intercropping with maize, the combination of tree species can be more advantageous than species isolated in weed control. The objective of this study was to evaluate the effects of intercropping with a combination of leguminous on the weed growth and corn yield. A randomized-block design with split plots (cultivars in plots) and five replicates was established. The cultivars BR 205 and AG 1041 were subject to the following treatments: two weedings (A), intercropping with sabiá (B), gliricidia (C), gliricidia + sabiá (D) and no weeding (E). In the B and C, 30 viable seeds m-2 of the leguminous were sown. In the D, 15 seeds of each species were sown m-2. The legumes were sown by random casting during corn planting. The sequence of the best treatments in reducing the growth of weeds is A > B = C = D = E. The sequence of the best treatments when are considered the yields of baby corn, green corn and grain is A > B > C > D > E. The cultivars do not differ in regards to the reduction in weed growth. In terms of corn yield cultivar BR 205 is the best.
Resumo:
Floristic and phytosociological surveys were carried out for 12 months in the Embrapa-SPSB, Petrolina, Pernambuco, Brazil. A transect was laid on starting at the river bank extending for 790 m away from the river and divided into 140 10 × 10 m contiguous plots. In each plot, all standing plants, alive or dead, with stem diameter at soil level > 3 cm and total height > 1 m were sampled. Along this transect, an elevation range of 9.40 m was registered and five topographical environments were identified: riverside (MR), dike (D), floodable depression (DI), boundary terrace (TL) - all of them belonging to the fluvial terrace with Fluvic Neosol and Haplic Cambisol both silty textured eutrophic soils - and the inlander tableland (TS), with medium sandy-textured Red-Yellow Argisols. Fourty-eight species/morphospecies, distributed into 39 genera and 21 families, were identified. Four phytogeoenvironments (MR, D + TL, DI + TL, and TS) were registered based on environmental variations and floristic similarities among plots using cluster analyses. The MR environment showed the largest total density, total basal area, maximum and medium heights and maximum diameter. Moreover, it had 8.1% of plants with heights above 8 m against 0.6% for D + TL, 0.2% for DI + TL, and 0% for TS. The species with the largest importance value were Inga vera subsp. affinis (DC.) T.D. Pennington in MR, Mimosa bimucronata Kunth in D + TL and DI + TL and M. tenuiflora (Willd.) Poir. in TS.
Resumo:
A vegetação original de Morro Azul, região serrana a noroeste da cidade do Rio de Janeiro, era constituída de Mata Atlântica. Sofreu modificações antrópicas e atualmente apresenta áreas de pastagens e manchas de mata remanescente. Ocorrem ainda áreas de reflorestamento com Pinus, Eucalyptus e outras espécies não nativas. O presente trabalho tem como objetivo avaliar, através da análise polínica, a contribuição de cada tipo de vegetação no fornecimento de néctar e pólen para as abelhas Apis mellifera. Onze amostras mensais de mel e nove de cargas de pólen foram obtidas de uma colméia-controle e preparadas para análise palinológica seguindo a metodologia padrão européia, sem aplicação de acetólise. Seis amostras de mel foram consideradas monoflorais, Baccharis (março), Gochnatia (abril e novembro), Eucalyptus (setembro e outubro) e Castanea (agosto). Três foram consideradas biflorais, caracterizadas como mel de Mimosa scabrella tipo polínico e Piptadenia (janeiro), Eucalyptus e Eupatorium (junho) e Phytolacca e Machaerium tipo polínico (outubro). Os méis heteroflorais ocorreram em julho (Arecaceae, Eucalyptus e Allophylus) e dezembro (Anadenanthera, Eupatorium e Eucalyptus). As amostras de cargas de pólen indicaram dominância dos tipos polínicos Arecaceae, Baccharis, Castanea, Cecropia, Eucalyptus e Mimosa caesalpiniifolia Benth. Os resultados forneceram um espectro polínico que refletiu a contribuição nectarífera e polinífera das plantas ruderais e das espécies introduzidas na região.
Resumo:
Diversos ecossistemas são encontrados ao longo da área litorânea do Estado do Rio de Janeiro onde se desenvolvem atividades apícolas visando à produção de própolis, entretanto, poucos são os trabalhos que tratam da análise palinológica da própolis dessa região. Foram analisadas vinte e quatro amostras de própolis coletadas ao longo do ano de 1997 e procedentes de três apiários localizados em áreas distintas da vertente atlântica na zona oeste do município do Rio de Janeiro. As análises palinológicas foram realizadas a partir da remoção da cera e resina com etanol e, pelo uso da acetólise, contando-se 500 grãos de pólen por amostra. Em todas as amostras houve a predominância do tipo polínico Eucalyptus em conjunto com Mimosa caesalpiniaefolia, além de Mimosa scabrella que, no entanto, foi observado com valores mais baixos. Cecropia esteve presente na maioria das amostras, mas seus percentuais variaram muito. Anacardiaceae (quatro tipos polínicos), Asteraceae, Citrus, Cocos e Poaceae também ocorreram na maioria das amostras, mas sempre com baixos valores. As formações vegetais originais da região (mata atlântica e restinga) foram representadas por alguns tipos polínicos com percentuais abaixo de 3% (Astronium, Casearia, Celtis, Mansoa/Sparattosperma, Myrcia, Schinus e Tabebuia). As análises estatísticas refletiram a correlação entre as espécies de plantas reconhecidas através de seus grãos de pólen e as áreas de estudo. A análise palinológica da própolis marrom demonstrou principalmente a semelhança dos espectros polínicos nessas três áreas, evidenciando a vegetação alterada (de áreas degradadas e cultivo).
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi estudar o processo de maturação de sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.). Foram realizadas dezesseis colheitas semanais de frutos e sementes de árvores, no município de Areia - Paraiba, no período de agosto a novembro de 2001. As colheitas iniciaram-se aos 105 dias e estenderam-se até os 210 dias após a antese. Foram avaliadas as dimensões, o teor de água e a massa fresca e seca de frutos e sementes, bem como a germinação e o vigor (primeira contagem de germinação, comprimento e massa fresca e seca das plântulas). Concluiu-se que a maturidade fisiológica das sementes de sabiá ocorre entre 154 e168 dias após a antese, podendo a colheita ser realizada até 189 dias após a antese, uma vez que a partir deste período ocorre elevada perda de frutos e sementes devido à dispersão natural.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a ação da assepssia de sementes e da composição do substrato sobre a qualidade de sementes e mudas de espécies florestais, foi desenvolvido este trabalho. Foram utilizadas sementes de acácia (Cassia multijuga), angico-vermelho (Parapiptadenea rigida), canafístula (Pelptophorum dubium), maricá (Mimosa bimucronata) e timbaúva (Entereolobium contortisiliquum). Uma amostra de sementes foi submetida a assepsia com uma solução de hipoclorito de sódio a 1 %, com exposição por 5 minutos e a outra, não recebeu qualquer tipo de tratamento. Para a produção de mudas foram utilizados dois tipos de substratos, o substrato A que consiste de uma mistura de 50% de solo e 50% de restos vegetais, e o substrato B, composto de 35% de acículas de pínus e restos vegetais degradados, 35% de solo e 30% de casca de arroz queimada. As sementes foram avaliadas quanto a sanidade e germinação e as mudas quanto a emergência aos sete e 28 dias, massa fresca, massa seca, comprimento e número de folhas. Os principais fungos associados às sementes foram Aspergillus spp., Penicillium spp. e Alternaria spp, com maiores incidências nas sementes não desinfestadas. Na avaliação da qualidade das mudas, o substrato A mostrou-se superior, produzindo mudas com melhor resposta biológica. Verificou-se efeito positivo da assepsia na qualidade sanitária das sementes e na fase inicial do desenvolvimento das mudas. Na fase final, o efeito do substrato foi preponderante, com diferença entre o tipo de substrato.