234 resultados para Doenças Cardiovasculares, prevenção


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FUNDAMENTO: A hipertenso arterial sistmica (HAS), considerada um problema de sade pblica devido a sua elevada prevalncia e dificuldade de controle, descrita tambm como um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Estimar a prevalncia da HAS, assim como as caractersticas de seu controle e tratamento, na populao de 18 a 90 anos da regio urbana de Nobres - MT. MTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatria e com reposio. O critrio para classificao da HAS foi presso arterial (PA) > 140/90 mmHg ou uso atual de anti-hipertensivos. As entrevistas foram realizadas utilizando-se questionrios padronizados e testados previamente. As variveis foram descritas por mdias desvios-padro e frequncias. As mdias foram comparadas utilizando-se o teste t-Student e as associaes por meio do teste do qui-quadrado de Pearson, com nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Nos 1.003 indivduos maiores de 18 anos analisados, foi observada prevalncia de HAS de 30,1%. Entre os hipertensos (N = 302), 73,5% sabiam dessa condio, 61,9% faziam tratamento e 24,2% tinham a PA controlada. Observou-se a associao positiva entre HAS e idade; analfabetismo; escolaridade inferior a oito anos; IMC > 25kg/m; circunferncia da cintura aumentada e muito aumentada; razo cintura-quadril (RCQ) em faixa de risco; sedentarismo e etilismo. CONCLUSO: A HAS revelou-se um importante problema de sade pblica tambm em um municpio de pequeno porte do interior do pas. Os nveis de controle e tratamento da hipertenso nessa populao foram considerados insatisfatrios, apesar de melhores em comparao aos observados em outros estudos.

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FUNDAMENTO: Em Curitiba, a hipertenso arterial sistmica (HAS) a segunda causa de internamento hospitalar e a primeira causa de morte por doenças cardiovasculares. Os protocolos de atendimento aos hipertensos sistematizam a ateno ao paciente com o intuito de aprimorar a resolutividade e a qualidade dos servios de sade. OBJETIVO: Avaliar a adeso dos profissionais mdicos ao protocolo do programa de hipertensos da Secretaria Municipal de Sade (SMS) de Curitiba. MTODOS: Este um estudo transversal e observacional. A coleta de dados referentes ao trabalho foi realizada em quatro unidades de sade de Curitiba. A amostra foi constituda de 200 pacientes hipertensos cadastrados no programa de HAS. Os dados coletados eram referentes s duas primeiras consultas. A fonte de dados foi o pronturio eletrnico das unidades de sade. O protocolo utilizado para anlise comparativa foi o da SMS de Curitiba. RESULTADOS: A no conformidade entre a prtica clnica e o protocolo na primeira consulta foi de 56,8% quanto classificao de grau, 63,8% quanto ao risco cardiovascular e de 54% quanto ao tratamento. Na segunda consulta, em 67% no houve concordncia com o protocolo quanto ao risco e em 51,3% quanto ao tratamento. CONCLUSO: A no conformidade entre a prtica clnica e a adeso ao protocolo da SMS de Curitiba mostrou-se evidente na classificao de grau, risco cardiovascular e tratamento do paciente hipertenso. O no seguimento do protocolo pode representar uma baixa resolutividade do servio de sade, o qual perde a oportunidade de reduzir a morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares na populao.

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A sndrome metablica (SM) um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares relacionados deposio central de gordura e resistncia ao da insulina (RI), e est associada mortalidade precoce em indivduos no-diabticos e em pacientes com Diabete melito (DM) tipo 2. A presena da SM e dos seus componentes tem sido descrita tambm em pacientes com DM tipo 1 e pode contribuir para o elevado risco de doena cardiovascular observado nessa populao de pacientes. O objetivo deste trabalho foi revisar as evidncias disponveis sobre o papel da SM e da RI no desenvolvimento da doena cardiovascular nos pacientes com DM tipo 1.

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FUNDAMENTO: Inflamao sistmica exacerbada tem sido descrita em indivduos de baixo nvel scio-econmico, porm estudos sobre determinantes dos valores de protena C-reativa foram realizados apenas em pases desenvolvidos. OBJETIVO: Identificar preditores de PCR em indivduos de baixo nvel SE em um pas em desenvolvimento e avaliar se a PCR est relacionada ao nvel SE nesse cenrio. MTODOS: Oitenta e oito indivduos de nvel SE muito baixo foram recrutados de uma comunidade pobre, semi-rural no Brasil; 32 indivduos de nvel SE alto foram utilizados como amostra de comparao. A PCR de alta sensibilidade foi medida por nefelometria. RESULTADOS: Entre os indivduos de baixo nvel SE, os preditores independentes de PCR foram ndice de massa corporal > 25 kg/m (P<0,001), hbito de fumar (P=0,005) e condies infecciosas agudas (P=0,049). O grupo com baixo nvel SE (mediana=2,02 mg/l; variao interquartil: 0,92 - 4,95 mg/dl) apresentou nveis mais altos de PCR quando comparado com o grupo de alto nvel SE (1,16 mg/l, variao interquartil: 0,55 - 2,50 mg/dl, P=0,03). O ndice de massa corporal foi mais alto (27 4,9 kg/m vs 25,5 3,2 kg/m; P=0,07) e a prevalncia de infeco aguda foi maior (32% vs 3%, P=0,002) no grupo com baixo nvel SE. Aps excluso de indivduos com sobrepeso ou condies infecciosas, os valores de PCR foram similares entre os grupos com baixo e alto nvel SE (0,93 mg/l vs 1,08 mg/l, P=0,28). CONCLUSO: Adiposidade, condies infecciosas e fumo so preditores de PCR em indivduos com nvel SE muito baixo. Os primeiros dois fatores so os determinantes da exacerbao da inflamao em indivduos de muito baixo nvel SE.

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FUNDAMENTO: A obesidade abdominal em adolescentes est associada a doenças cardiovasculares e metablicas, mas a prevalncia e os fatores associados sua ocorrncia so ignorados. OBJETIVOS: Determinar a prevalncia e verificar se indicadores de atividade fsica e hbitos alimentares esto associados ocorrncia de obesidade abdominal em adolescentes. MTODOS: A amostra compreendeu 4.138 estudantes do ensino mdio (14-19 anos), selecionados mediante amostragem por conglomerados em dois estgios. Obtiveram-se os dados por meio do Global School-based Health Survey, enquanto medidas antropomtricas foram aferidas para determinao de excesso de peso e obesidade abdominal. Regresso logstica binria foi empregada para anlise dos fatores comportamentais associados ocorrncia de obesidade abdominal. Identificao dos casos de obesidade abdominal foi efetuada por anlise da circunferncia da cintura, tomando-se como referncia pontos de corte para idade e sexo. RESULTADOS: A idade mdia foi de 16,8 anos (s =1,4), e 59,8% dos sujeitos eram do sexo feminino; a prevalncia de obesidade abdominal foi de 6% (IC95%:5,3-6,7), significativamente superior entre as moas (6,7%; IC95%: 5,8-7,8) em comparao aos rapazes (4,9%; IC95%:3,9-6,0). As anlises brutas evidenciaram que sexo e excesso de peso so fatores associados ocorrncia de obesidade abdominal. O ajustamento das anlises por regresso logstica permitiu observar que a prtica de atividades fsicas est significativamente associada ocorrncia de obesidade abdominal nesse grupo (OR = 0,7; IC95%:0,49-0,99), independentemente da presena de excesso de peso. CONCLUSES: A Prevalncia de obesidade abdominal foi baixa em comparao ao observado em levantamentos internacionais, e a prtica de atividades fsicas um fator associado ocorrncia desse evento em adolescentes.

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FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares so a primeira causa de morte no Brasil, especialmente entre idosos. No municpio do Rio de Janeiro (MRJ), predomina a mortalidade por doenças isqumicas do corao (DIC). Estudos mostram uma associao entre o processo de urbanizao, as condies socioeconmicas e a mudana no estilo de vida com a ocorrncia de DIC. OBJETIVO: Descrever a distribuio geogrfica da taxa de mortalidade por DIC em idosos do MRJ em 2000 e sua correlao com variveis socioeconmicas. MTODOS: Estudo ecolgico, com anlise espacial da distribuio da taxa de mortalidade por DIC em idosos que residiam no MRJ em 2000, padronizada por sexo e faixa etria, e de suas correlaes com variveis socioeconmicas do censo demogrfico. RESULTADOS: No foram observadas correlaes fortes entre as variveis socioeconmicas e a mortalidade por DIC em idosos no mbito dos bairros. Algumas correlaes encontradas, embora fracas, apontaram uma maior mortalidade associada a um melhor nvel socioeconmico. Aps correo da taxa de mortalidade por DIC por meio do acrscimo das causas mal definidas (CMD) de bito, algumas associaes adquiriram o sentido de piores condies socioeconmicas e maior mortalidade por DIC. Foi encontrada dependncia espacial para variveis socioeconmicas, mas no para a mortalidade por DIC. CONCLUSO: A dependncia espacial encontrada nas variveis socioeconmicas mostra que o espao urbano no MRJ, embora heterogneo, possui certa dose de discriminao no mbito dos bairros. Algumas correlaes encontradas entre DIC e variveis socioeconmicas apresentaram sentido oposto ao da literatura, o que pode estar em parte relacionado s propores de CMD ou ao perfil distinto nessa faixa etria.

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FUNDAMENTO: Estudos tm sido realizados para identificar o melhor preditor antropomtrico de doenças crnicas em diferentes populaes. OBJETIVO: Verificar a relao entre medidas antropomtricas e fatores de risco (perfil lipdico e presso arterial) para doenças cardiovasculares. MTODOS: Estudo transversal com 180 homens e 120 mulheres, idade mdia de 39,610,6 anos. Avaliou-se: ndice de massa corporal (IMC), circunferncia da cintura (CC), percentual de gordura corporal (%GC), relao cintura quadril (RCQ), perfil lipdico, glicemia e presso arterial. RESULTADOS: IMC, CC e RCQ foram maiores nos homens e %GC nas mulheres (p<0,001). A proporo de casos alterados de RCQ e %GC em relao a LDL-c e CT foi maior no sexo masculino. Indivduos normais para CC tiveram alterao para LDL-c, CT e HDL-c. Houve correlao entre IMC e CC (homens: r=0,97 e mulheres: r=0,95; p<0,001). Nos homens a melhor correlao (p<0,001) foi entre CC e RCQ (r=0,82) e nas mulheres %GC e CC (r=0,80). Triglicerdeos (TG) teve correlao com RCQ (masculino: r=0,992; feminino: r= 0,95; p<0,001), e com CC (masculino: r=0,82; feminino: r=0,79; p<0,001). Na anlise mltipla (Razo de prevalncia - RP, Intervalo de Confiana - IC), o IMC esteve associado ao colesterol total (RP=1,9; IC95% 1,01-3,69; p=0,051) no sexo masculino e fracamente associado com TG/HDL-colesterol (RP= 1,8; IC95% 1,01-3,45; p=0,062) no sexo feminino. CONCLUSO: O IMC e a RCQ foram os indicadores antropomtricos com maior correlao com o perfil lipdico em ambos os sexos. Esses dados suportam a hiptese de que o IMC e a RCQ podem ser considerados como fatores de risco para a doena cardiovascular.

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As doenças cardiovasculares (DCV) lideram os ndices de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, sendo a doena arterial coronariana (DAC) a causa de um grande nmero de mortes e de gastos em assistncia mdica. Inmeros fatores de risco para a DAC esto diretamente relacionados disfuno endotelial. A presena desses fatores de risco induz a diminuio da biodisponibilidade de xido ntrico (NO), o aumento da formao de radicais livres (RL) e o aumento da atividade endotelial. Essas mudanas podem levar a uma capacidade vasodilatadora prejudicada. Inmeras intervenes so realizadas no tratamento da DAC, incluindo agentes farmacolgicos, mudana nos hbitos alimentares, suplementao nutricional e exerccio fsico regular, cujos efeitos benficos sobre a funo endotelial vm sendo demonstrados em experimentos com animais e humanos. Entretanto, a literatura ainda controversa quanto intensidade de esforo necessria para provocar alteraes protetoras significativas na funo endotelial. Da mesma forma, exerccios intensos esto tambm relacionados ao aumento no consumo de oxignio e ao consequente aumento na formao de radicais livres de oxignio (RLO).

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FUNDAMENTO: H poucos estudos que demonstrem a associao do tabagismo, como fator de risco independente, aos eventos cardacos ps-operatrios. OBJETIVO: Avaliar a associao do tabagismo, como varivel independente, s complicaes cardiovasculares ps-operatrias e mortalidade em 30 dias em operaes no cardacas. MTODOS: Utilizou-se coorte retrospectiva de um hospital geral, na qual foram includos 1.072 pacientes estratificados em tabagistas atuais (n = 265), ex-tabagistas (n = 335) e no tabagistas (n = 472). Esses trs grupos foram analisados para os desfechos cardiovasculares combinados no ps-operatrio (infarto, edema pulmonar, arritmia com instabilidade hemodinmica, angina instvel e morte cardaca) e mortalidade em 30 dias. Utilizaram-se o teste qui-quadrado e a regresso logstica, considerando p < 0,05 como significante. RESULTADOS: Quando se compararam tabagistas atuais e ex-tabagistas aos no tabagistas, os desfechos cardiovasculares combinados no ps-operatrio e a mortalidade em 30 dias foram respectivamente: 71 (6,6%) e 34 (3,2%). Os tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 53 (8,8%) eventos cardacos combinados, enquanto os no tabagistas, 18 (3,8%), p = 0,002. Em relao mortalidade, tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 26 (4,3%), enquanto os no tabagistas, 8 (1,7%), p = 0,024. Na anlise multivariada, faixa etria, cirurgia de emergncia, insuficincia cardaca, sobrecarga ventricular esquerda, revascularizao do miocrdio e extrassstole ventricular associaram-se independentemente aos eventos cardiovasculares perioperatrios, enquanto faixa etria, cirurgia de emergncia, insuficincia cardaca, alteraes laboratoriais, histria de hepatopatia, operaes por neoplasia e tabagismo se associaram mortalidade em 30 dias no ps-operatrio. CONCLUSO: O tabagismo atual associou-se de forma independente mortalidade em 30 dias em operaes no cardacas de alto risco, mas no aos eventos cardacos ps-operatrios.

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FUNDAMENTO: A obesidade abdominal apresenta elevada prevalncia em mulheres com sndrome dos ovrios policsticos (SOP) e est associada a um aumento do risco cardiovascular. OBJETIVO: Verificar a acurcia da circunferncia da cintura (CC), da relao cintura-quadril (RCQ), da relao cintura-estatura (RCEST) e do ndice de conicidade (ndice C), no que se refere deteco de fatores de risco cardiovascular (FRCV) em mulheres com SOP. MTODOS: Por meio de estudo transversal, foram alocadas 102 mulheres (26,5 5 anos) com diagnstico de SOP, de acordo com o consenso de Rotterdam. O colesterol total (CT), os triglicerdeos (TG), o LDL-colesterol (LDL-C), o HDL-colesterol (HDL-C), a glicemia de jejum, a glicemia aps teste oral de tolerncia glicose (TOTG) e a presso arterial (PA) foram avaliados em todas as pacientes, alm das variveis antropomtricas. RESULTADOS: A relao cintura-estatura foi o marcador que apresentou correlaes positivas significativas com o maior nmero de FRCV (PA, TG e glicemia aps TOTG), destacando-se ainda a correlao negativa com HDL-C. Todos os marcadores antropomtricos avaliados se correlacionaram positivamente com PA, enquanto CC e RCQ apresentaram correlao positiva tambm com TG. No tocante acurcia para deteco de FRCV, os indicadores antropomtricos considerados apresentaram taxas de sensibilidade superiores a 60%, com destaque para a RCEST, que apresentou sensibilidade superior a 70%. CONCLUSO: A RCEST demonstrou ser o indicador antropomtrico com a melhor acurcia para a predio de FRCV. Nesse sentido, prope-se a incluso desse parmetro de fcil mensurao na avaliao clnica para o rastreamento de mulheres com SOP e FRCV.

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Vrios estudos destacam as espcies reativas de oxignio e nitrognio (ERONs) como importantes contribuintes na patognese de numerosas doenças cardiovasculares, incluindo hipertenso, aterosclerose e falncia cardaca. Tais espcies so molculas altamente bioativas e com vida curta derivadas, principalmente, da reduo do oxignio molecular. O complexo enzimtico da NADPH oxidase a maior fonte dessas espcies reativas na vasculatura. Sob condies fisiolgicas, a formao e eliminao destas substncias aparecem balanceadas na parede vascular. Durante o desbalano redox, entretanto, h um aumento na atividade da NADPH oxidase e predomnio de agentes pr-oxidantes, superando a capacidade de defesa orgnica antioxidante. Alm disso, tal hiperatividade enzimtica reduz a biodisponibilidade do xido ntrico, crucial para a vasodilatao e a manuteno da funo vascular normal. Apesar de a NADPH oxidase relacionar-se diretamente disfuno endotelial, foi primeiramente descrita por sua expresso em fagcitos, onde sua atividade determina a eficcia dos mecanismos de defesa orgnica contra patgenos. As sutis diferenas existentes entre as unidades estruturais das NADPH oxidases, a depender do tipo celular que as expressa, podem ter implicaes teraputicas, permitindo a inibio seletiva do desequilbrio redox induzido pela NADPH oxidase, sem comprometer, entretanto, sua participao nas vias fisiolgicas de sinalizao celular que garantem a proteo contra microorganismos.

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Miocrdio no compactado (MCNC) uma cardiopatia congnita rara, resultado da falha na compactao do miocrdio, levando persistncia de trabeculaes numerosas e profundas, comunicantes com a cavidade ventricular. Tem como principais manifestaes clnicas: insuficincia cardaca, eventos arrtmicos (supraventriculares ou ventriculares) e episdios de embolismo arterial. Apresenta-se o caso de um cidado brasileiro residente em Portugal internado por infarto agudo do miocrdio, do qual resultou disfuno sistlica severa do ventrculo esquerdo. No decorrer do estudo diagnosticou-se MCNC. Descreve-se a apresentao clnica, ecocardiogrfica (bidimensional e tridimensional), imagem de ressonncia magntica nuclear (RMN) e ventriculografia. Discutem-se os critrios diagnsticos e opes teraputicas.

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FUNDAMENTO: Embora as doenças cardiovasculares sejam a maior causa de morbimortalidade em todo Brasil, o acesso das populaes de cidades pequenas eletrocardiografia e avaliao cardiolgica limitado. O uso da telecardiologia para facilitar o acesso da populao de municpios remotos eletrocardiografia e segunda opinio em cardiologia promissora, entretanto no foi formalmente testada. OBJETIVO: Avaliar a viabilidade de se implantar o sistema pblico de telecardiologia de baixo custo em pequenas cidades brasileiras. MTODOS: Foram selecionadas 82 cidades do Estado de Minas Gerais, com populao < 10.500 habitantes, &gt; 70% de cobertura pelo Programa Sade da Famlia (PSF), com interesse do gestor e acesso pela internet. Em cada municpio foi instalado um aparelho de eletrocardigrafo (ECG) digital, com subsequente treinamento da equipe. A implantao foi coordenada pelo HC/UFMG, em conjunto com outros quatro hospitais universitrios mineiros (UFU, UFTM, UFJF e UNIMONTES). Os ECGs foram realizados nos municpios e enviados pela internet para anlise imediata em planto de telecardiologia. Realizaram-se discusses de casos mdicos on-line e off-line e cursos de atualizao via web. RESULTADOS: No perodo de implantao, foram treinados 253 profissionais de sade. De julho de 2006 a novembro de 2008, o projeto atendeu 42.664 pacientes, realizando 62.865 ECGs. Foram efetuados 2.148 atendimentos de urgncia e 420 teleconsultorias. A avaliao intermediria apontou boa aceitao da tecnologia implantada e uma diminuio de 70% de encaminhamentos de pacientes para outros centros de referncia. CONCLUSO: factvel a utilizao de recursos habituais de informtica para facilitar o acesso de populaes de cidades pequenas eletrocardiografia e avaliao cardiolgica especializada.

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FUNDAMENTO: Valores exagerados da presso arterial sistlica (PAS) durante um teste cardiopulmonar de exerccio mximo (TCPE) so classicamente considerados como inapropriados e associados a um maior risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Sabe-se que o sistema nervoso autnomo modula a PA no exerccio. Contudo, no est claramente estabelecido o comportamento do tnus vagal cardaco (TVC) em indivduos saudveis com uma resposta pressrica exagerada no TCPE. OBJETIVO: Analisar o comportamento do TVC em homens adultos saudveis que apresentam uma resposta pressrica exagerada no TCPE. MTODOS: De 2.505 casos avaliados entre 2002-2009, foram identificados criteriosamente 154 casos de homens, entre 20-50 anos de idade, saudveis e normotensos. A avaliao inclua exame clnico, medidas antropomtricas, testes de exerccio de 4 segundos (tnus vagal cardaco) e TCPE realizado em cicloergmetro, com medidas de presso arterial a cada minuto pelo mtodo auscultatrio. Baseado no valor mximo de PAS obtido no TCPE, a amostra foi dividida em tercis, comparando-se o TVC, a carga mxima e o VO2 mximo. RESULTADOS: Os valores de TVC diferiram entre os indivduos que se apresentavam nos tercis inferior e superior para a resposta da PAS ao TCPE, respectivamente, 1,57 0,03 e 1,65 0,04 (mdia erro padro da mdia) (p = 0,014). Os dois tercis tambm diferiam quanto ao VO2 mximo (40,7 1,3 vs 46,4 1,3 ml/kg-1.min-1; p = 0,013) e a carga mxima (206 6,3 vs 275 8,7 watts; p < 0,001). CONCLUSO: Uma resposta pressrica exagerada durante o TCPE em homens adultos saudveis acompanhada de indicadores de bom prognstico clnico, incluindo nveis mais altos de condio aerbica e de tnus vagal cardaco.

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Esta reflexo crtica discute os descaminhos do modelo hegemnico flexineriano da prtica mdica, realizada sob a tica da paleomedicina, e evidncias relevantes oriundas de pesquisas. Se por um lado possumos um conhecimento preciso e suficiente sobre a carga de doenças que afligem a humanidade e seus determinantes, por outro lado a ateno volta-se para estratgias que no causam impacto de forma efetiva em tais doenças, consumindo um volume maior de recursos destinados sade: doenças cardiovasculares isqumicas seguidas pelo diabete melito II. Seus fatores de risco so bem conhecidos e comprovadamente controlveis atravs de aes de promoo da sade, que constituem uma tecnologia de processo mais custo-efetiva do que a biotecnologia. Entretanto, opta-se por aplicar grande parte dos recursos financeiros na assistncia ao indivduo j enfermo em detrimento da promoo da sade da populao, que prescinde ento deste benefcio, determinando uma iniquidade nas aes de sade.