143 resultados para Desenvolvimento rural - Santo Augusto (RS)
Resumo:
Foram conduzidos quatro experimentos de campo, sendo dois no município de Santo Antônio de Goiás-GO e dois no município de Santa Helena de Goiás-GO, nos anos agrícolas de 1998/1999 e 1999/2000, com o objetivo de avaliar a seletividade de herbicidas para a cultura do arroz de terras altas em diferentes estádios da planta, dos cultivares Maravilha, Primavera e Canastra. Os tratamentos foram: metsulfuron-methyl (2,4 g i.a. ha-1) aos 10 e 20 dias após a emergência (DAE); 2,4-D amina (335, 502 e 670 g i.a ha-1) aos 10, 20 e 30 DAE; fenoxaprop-p-ethyl (41,4 g i.a. ha-1) aos 10, 20 e 30 DAE; e clefoxydin (120 g i.a. ha¹) aos 10, 20 e 30 DAE. A seletividade dos herbicidas dependeu do cultivar e do estádio de desenvolvimento da planta do arroz. Assim, os resultados permitem concluir que é recomendada para o cultivar Primavera a aplicação de metsulfuron-methyl aos 20 DAE e de fenoxaprop-p-ethyl e clefoxydin aos 30 DAE; o herbicida 2,4-D amina não é recomendado para este cultivar. Para o cultivar Maravilha, o metsulfuron-methyl e o fenoxaprop-p-ethyl podem ser aplicados em qualquer estádio do crescimento. Os herbicidas 2,4-D amina e clefoxydin são recomendados para aplicação aos 30 DAE. O cultivar Canastra apresentou alta resistência à aplicação dos herbicidas em todos os estádios de crescimento analisados.
Resumo:
A supressão da infestação de plantas daninhas por espécies cultivadas como culturas de cobertura pode ocorrer durante o desenvolvimento vegetativo das espécies cultivadas como cultura de cobertura, nos estádios precoces de desenvolvimento, ou após a sua dessecação. Efeitos de competição e alelopáticos exercidos durante a coexistência das plantas de cobertura com as espécies daninhas podem ser responsáveis pelo efeito supressivo. Dois experimentos foram realizados a campo, em 1999/2000 e 2000/2001, na área experimental da Faculdade de Agronomia da UFRGS, em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições, objetivando determinar os efeitos de plantas vegetando de genótipos de sorgo, com capacidade distinta de produção de extratos radiculares hidrofóbicos, sobre a supressão de plantas daninhas. Em 1999/2000, os tratamentos foram constituídos pelos genótipos de sorgo RS 11, BR 601 e BR 304, representantes de três classes de produção de extratos radiculares hidrofóbicos em laboratório, pelo genótipo de milheto Comum RS e por uma testemunha sem culturas. Em 2000/2001, os tratamentos foram resultantes da combinação do fator genótipo e do fator posição das plantas daninhas (linha ou entrelinha das culturas). Nos dois anos experimentais, a densidade e o crescimento de plantas daninhas (SIDRH, BIDSS e BRAPL) foram semelhantes entre os genótipos de sorgo e entre estes e o do milheto. Isso ocorreu independentemente do local avaliado, na área total ou individualmente nas linhas e entrelinhas das culturas, indicando ausência de efeito supressor de exudatos hidrofóbicos a campo. No primeiro ano, aos 30 dias após a semeadura, reduções de 41% de infestação e de 74% de massa seca total de plantas daninhas foram observadas, comparando-se os tratamentos cobertos com culturas à testemunha sem culturas, enquanto no segundo ano, aos 14 dias após a semeadura, não foram observadas diferenças entre a área onde havia plantas de sorgo ou milheto e a testemunha descoberta. A densidade de plantas daninhas nas linhas foi inversamente proporcional à população de plantas vivas de sorgo nesse local.
Resumo:
A caracterização da habilidade competitiva da soja, em função da resposta diferencial dos cultivares, pode fornecer subsídios valiosos tanto para o melhoramento genético como para o manejo de plantas daninhas. Várias características da cultura podem associar-se com a competitividade; contudo, em soja, poucos estudos foram realizados com a finalidade de identificá-las. Com os objetivos de avaliar a variabilidade existente em cultivares de soja quanto à competitividade com plantas concorrentes e identificar aqueles portadores de habilidade competitiva superior, foi conduzido experimento a campo, em Cruz Alta-RS, na safra 2000/01. Testaram-se duas condições de competição (ausência ou presença de nabo-forrageiro durante a fase de desenvolvimento vegetativo da soja), combinadas com 11 cultivares da cultura. A presença do nabo durante os primeiros 60 dias do ciclo da soja reduziu estatura de planta, área foliar, massa da parte aérea seca, emissão e crescimento de ramos. Os cultivares de soja responderam diferentemente à interferência do nabo, indicando existir variabilidade genética para competitividade, o que permite selecionar genótipos de soja portadores de habilidade competitiva superior. De outra parte, ocorreu maior supressão do crescimento de plantas de nabo em função da presença dos cultivares de soja 'CD 201' e 'Fepagro RS 10'.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi descrever a morfologia do fruto, da semente e do desenvolvimento de plântulas de Jatropha elliptica Müll. Arg. Os frutos foram coletados em setembro e outubro de 2003, na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso, no Município de Santo Antônio de Leverger. Para a descrição da morfologia dos frutos e das sementes foram utilizados 50 frutos e 50 sementes. Para a caracterização das etapas da germinação foram utilizadas quatro repetições de 20 sementes, colocadas sobre papel mata-borrão, umedecidas com ácido giberélico (400 ppm), em caixas de plástico transparente, mantidas em câmara para germinação, a 30 ºC e fotoperíodo de oito horas, durante 40 dias. O fruto de J. elliptica é seco, tricoca, endocarpo lenhoso e de deiscência explosiva. A semente é ovalada, endospérmica, de envoltório liso e marmoreado, com carúncula presa na parte ventral; o hilo é visível na base e a rafe é bem marcada longitudinalmente. A germinação é epígea e fanerocotiledonar. O tempo médio de germinação é de 13 a 25 dias. Foi possível descrever e ilustrar, de forma distinta, a morfologia do fruto, da semente e da plântula de J. elliptica, que se apresentou bastante homogênea e confiável para a identificação.
Resumo:
Avaliou-se cinco tipos de embalagens (duas plásticas, duas de papelão ondulado e a caixa K de madeira) quanto à proteção fornecida ao tomate variedade Santa Clara durante seu transporte e manuseio. Os tomates acondicionados em tais embalagens foram comparados com frutos controle, isto é, aqueles que não sofreram qualquer tipo de vibração, impacto ou choque, de acordo com a porcentagem daqueles contendo injúrias mecânicas e segundo também sua intensidade. Os tomates foram armazenados à temperatura ambiente por 7 dias, até atingirem 100% de coloração vermelha, e avaliados quanto à incidência de deterioração, perda de peso e sabor (analiticamente através da relação Brix/acidez titulável e por análise sensorial). Os resultados mostraram que os tomates localizados na parte inferior das caixas foram os mais prejudicados e que as ripas de madeira, ásperas e distantes entre si, assim como os pregos da caixa K, foram responsáveis pelos danos mais significativos. As avaliações apontaram a embalagem de papelão ondulado de menor tamanho como a de maior proteção contra injúrias mecânicas nos tomates.
Resumo:
Evidências que o leite produzido e consumido no Brasil nem sempre apresenta a qualidade desejada têm gerado a discussão e desenvolvimento de novas políticas de incentivo à produção leiteira, resultando no desenvolvimento do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite. Em complementação, em 2002 o Ministério da Agricultura publicou a Instrução Normativa 51 (IN51), com importantes inovações em relação à conservação e transporte do leite cru, além de estabelecimento de um padrão de qualidade para esse tipo de leite (10(6) UFC/mL), a ser implantado em diferentes prazos nas diferentes regiões do país, a partir de 2005. O presente trabalho teve como objetivo verificar se o leite cru produzido em quatro áreas de quatro estados produtores de leite no Brasil estaria, nesse momento, em condições de cumprir o estabelecido na IN 51, especialmente quanto ao atendimento dos padrões microbiológicos previstos. Amostras de leite cru, coletadas em 210 diferentes propriedades nas regiões de Viçosa, MG (47), Pelotas, RS (50), Londrina, PR (63) e Botucatu, SP (50), foram analisadas quanto aos níveis de contaminação por aeróbios mesófilos, utilizando o PetrifilmTM AC. Parcela significativa das amostras (48,6%) apresentaram contagens acima do determinado pela IN51, sendo 21,3% na região de Viçosa (MG), 56,0% na região de Pelotas (RS), 47,6% na região de Londrina (PR) e 68,0% na região de Botucatu (SP). Considerando as diferenças de cada região, foi possível observar a importância da refrigeração na conservação e transporte da produção, bem como da implantação de boas práticas e assistência técnica nas propriedades. Os resultados obtidos permitem concluir que a adequação às normas estabelecidas pela IN51 pode ser mais difícil em algumas regiões do que em outras, sendo fundamental a adoção da refrigeração na conservação e no transporte da produção, e de programas regionais de assistência a produtores leiteiros.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da palha de cana-de-açúcar e da aplicação da vinhaça na emergência de plântulas e no desenvolvimento inicial de três cultivares de mamona. O experimento foi disposto em blocos ao acaso, com quatro repetições, em casa-de-vegetação em Campinas, SP, em vasos com Latossolo Roxo. Foi estudada a combinação entre quantidades de palha de cana-de-açúcar Saccharum spp. cv. SP803280 equivalentes a 0, 5, 10, 15 e 20 t.ha-1, quantidades de vinhaça equivalentes a 0 e 150 m³.ha-1 e as cultivares de mamona IAC-Guarani, Íris e IAC-2028. Diariamente, foi avaliada a emergência das plântulas e no final de 30 dias após a semeadura, foi calculado o índice de velocidade de emergência (IVE) e a porcentagem final de emergência. Avaliou-se também a altura média das plantas e as biomassas fresca e seca da parte aérea. Concluiu-se que a aplicação de vinhaça reduz, sensivelmente, a emergência de plântulas das cultivares de mamona IAC-Guarani, Íris e IAC-2028, entretanto não há prejuízos posteriores ao desenvolvimento das plântulas que emergem na presença deste resíduo. A adição de palha de cana-de-açúcar ao solo não altera a emergência, mas interfere positivamente no desenvolvimento inicial de plantas de mamona
Resumo:
O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação no Campus do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre-ES, com o objetivo avaliar a influência do substrato e da lâmina de água na germinação de sementes e no desenvolvimento pós-seminal de plantas de pimenta-malagueta. As sementes foram distribuídas em vasos contendo os substratos Latossolo Vermelho puro (LP), Latossolo Vermelho + cama de galinheiro (A) e Latossolo Vermelho + esterco bovino (B), aos quais foram aplicadas lâminas de água equivalentes a 25, 50, 75, 100 e 125% da evapotranspiração da cultura. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial 3x5. Foram avaliadas as seguintes características: germinação, índice de velocidade de emergência (IVE), massa fresca e seca, altura de planta, diâmetro de coleto e volume de raiz. Os substratos A e B apresentaram melhores resultados em relação ao LP para todas as características avaliadas, sendo que para todas as características houve aumento nos valores em resposta ao aumento no fornecimento de lâminas de água.