290 resultados para Cardiopatia Reumática


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Procedeu-se à análise do sistema nervoso autônomo intracardíaco (SNAIC) em 150 cortes histológicos obtidos a partir de fragmentos atriais de homem de 74 anos, falecido de insuficiência cardíaca consecutiva à doença de Chagas aguda (DCA), provavelmente adquirida por via digestiva. Em 10 lâminas havia discretos infiltrados de mononucleares em torno de gânglios e/ou filetes nervosos sem alterações morfológicas significativas dos neurônios; em um preparado constatou-se ganglionite e periganglionite, de moderada intensidade, associadas a alterações neuronais. Epicardite focal, em geral discreta, foi observada em todas as lâminas. Os achados sugerem que a inflamação dos gânglios e fibras do SNAIC na DCA ocorre, pelo menos em parte, da propagação da epicardite adjacente e, que mesmo nos casos fatais da Tripanosomose cruzi as lesões morfológicas do SNAIC podem ser discretas.

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Vários trabalhos com eletrocardiograma na doença de Chagas têm sido feitos. Alguns referindo-se a grupos selecionados de casos, outros a estudos longitudinais, relatam as características da mortalidade nas diversas fases da doença. Com o objetivo de avaliar o valor do eletrocardiograma como índice de avaliação terapêutica e de seu comportamento na doença de Chagas desde a fase aguda, no presente trabalho, analisou-se evolutivamente o eletrocardiograma de 42 pacientes (18 mulheres e 24 homens) procedentes da zona rural do Norte de Minas Gerais; predomínio etário foi nas duas primeiras décadas; todos com comprometimento cardíaco; todos receberam tratamento específico. O acompanhamento dos 42 pacientes foi de 9 anos dos quais 3 pacientes tiveram seguimento de 20 anos. Foram analisados 270 eletrocardiogramas. Nós utilizamos os seguintes critérios para a análise do ECG: código de Minnesota modificado para doença de Chagas; WHO/I. S. F. C. TASK FORCE para condução intraventricular e critérios de Pieretti para área eletricamente inativa. Concluímos que as alterações eletrocardiográficas agravam com a evolução da doença e que o eletrocardiograma não serve de índice de avaliação terapêutica.

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A forma indeterminada da doença de Chagas é definida pela presença de infecção pelo Trypanosoma cruzi na ausência de manifestações clínicas, radiológicas e eletrocardiográficas de acometimento cardíaco ou digestivo. Pacientes na forma indeterminada podem apresentar anormalidades cardiovasculares significativas à propedêutica mais avançada. Entretanto, a validade do conceito de forma indeterminada tem sido reafirmada, pela simplicidade diagnóstica e benignidade do prognóstico. Na prática clínica, dificuldades diagnósticas são freqüentes, relacionadas à subjetividade e ao significado incerto de achados clínicos, eletrocardiográficos e radiológicos. Adicionalmente, o prognóstico na forma indeterminada não é uniformemente bom: após cinco a 10 anos, postula-se que um terço dos pacientes evoluirão para a forma cardíaca. A morte súbita, uma complicação rara, pode ser a primeira manifestação da doença. É necessária uma reavaliação do conceito de forma indeterminada, com redefinição dos critérios diagnósticos e da conduta terapêutica. A estratificação do risco individual, através de métodos clínicos e não-invasivos, pode permitir o reconhecimento de grupos de risco aumentado, passíveis de intervenções terapêuticas. Como o tratamento etiológico pode prevenir o aparecimento da cardiopatia, seu papel no manejo da forma indeterminada deve ser reavaliado.

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Com o objetivo de avaliar as características clínicas e epidemiológicas do aneurisma ventricular esquerdo na doença de Chagas crônica, 388 indivíduos não selecionados: 298 chagásicos e 90 não-chagásicos, foram submetidos ao exame ecocardiográfico. A função ventricular foi avaliada ao modo M através do cálculo da fração de ejeção e ao bidimensional através da análise subjetiva da função sistólica global e a contratilidade regional foi avaliada pelo modelo da Sociedade Americana de Ecocardiografia. Foram diagnosticados 56 (18,8%) aneurismas do ventrículo esquerdo, todos entre os chagásicos, sendo 38 (12,7%) no segmento apical, 10 (3,4%) no septo interventricular, 2 (0,7%) ápico-septal, 2 (0,7%) na parede posterior, 2 (0,7%) na parede inferior e 2 (0,7%) no segmento ínfero-posterior. Não houve diferença significativa nas freqüências dos aneurismas em relação à faixa etária, ao sexo e à etnia. Não houve associação entre aneurismas e hipertensão arterial. Dos 56 indivíduos com aneurismas, 55 (98,2%) eram sintomáticos com predominância de palpitações, 53 (94,6,%) apresentaram ECG anormais, com predominância de extra-sístoles ventriculares, seguidas de alterações da condução e 34 (60,7%) apresentaram comprometimento da função ventricular, sem diferença quanto ao segmento acometido. Diante destes resultados podemos considerar o aneurisma ventricular esquerdo, principalmente apical, como um marcador de doença de Chagas e um indicador da alta morbidade da infecção humana pelo T. cruzi em Virgem da Lapa.

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Doze pacientes com idades entre 7 a 12 anos, na forma indeterminada da doença de Chagas, com sorologia e xenodiagnóstico positivos, receberam tratamento específico. Dois pacientes tomaram 7mg/kg de nifurtimox durante 60 e 90 dias e 10 usaram 5-7mg/kg de benznidazol durante 60 dias. A evolução clínica foi verificada através de exame clínico, eletrocardiograma, exame radiológico contrastado do esôfago. Após o tratamento somente uma (8,3%) paciente apresentou todos os exames negativos. Oito deles foram avaliados após oito anos do tratamento e 4 acompanhados durante 20 anos. Sete (58,4%) permaneceram na forma indeterminada e 4 (33,3%) chagásicos progrediram clinicamente para cardiopatia grau II e/ou esofagopatia, apesar do tratamento precoce. São necessários estudos com maior número de crianças na fase indeterminada e acompanhamento a longo prazo para se estabelecer a influência do tratamento específico na evolução da doença de Chagas.

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Foram estudados prospectivamente 190 chagásicos, do ponto de vista clínico, eletrocardiográfico e abreugráfico do esôfago, no período médio de 13 anos, sendo encontrados 108 (56,8%) com a forma clínica inalterada, 72 (37,9%) com doença progressiva e 10 (5,3%) nos quais houve normalização do eletrocardiograma. Nos 72, em que a doença progrediu, 39 desenvolveram cardiopatia ou agravaram a já existente, 32 evoluíram para, ou pioraram o megaesôfago prévio e, 12 evoluíram para colopatia ou agravaram a já existente. Dentre os 72, 11 tinham formas clínicas associadas. A evolução da cardiopatia foi maior no sexo masculino 29,6% (21/71) que no feminino 15,1% (18/119), p = 0,015. Houve 19 casos novos de cardiopatia e 20 agravaram a cardiopatia prévia. A incidência de megaesôfago foi 14,9% (23/154) e nove agravaram o megaesôfago já existente. A evolução da colopatia foi maior no sexo feminino 9,2% (11/119), que no masculino 1,4% (1/71), p =0,026.

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Os autores mostram os principais achados clínicos relativos ao acometimento cardíaco, em pacientes portadores de doença de Chagas aguda em mais um episódio de microepidemia familiar na Amazônia brasileira. Foram estudados 13 pacientes com doença de Chagas aguda, procedentes do município de Abaetetuba-PA e submetidos à avaliação clínica e cardiológica, eletrocardiograma e ecocardiograma. As extra-sístoles supraventriculares e/ou ventriculares ocorreram em 38,5% dos casos. Bloqueios de ramo direito e bloqueios átrio-ventriculares de 1º e 2º graus, foram encontrados em 30,8% dos doentes. Chamam atenção dois achados no ecodopplercardiograma: derrame pericárdico e imagem sugestiva de formação aneurismática em dois pacientes respectivamente. Os achados revelam comprometimento cardíaco agudo, com evidências de miocardiopatia e alterações no sistema de condução do coração, havendo similaridade com a descrição da doença em áreas endêmicas.

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Com o objetivo de avaliar alguns aspectos da doença de Chagas na população urbana dos 12 municípios do distrito sanitário de Rio Verde, Mato Grosso do Sul, em 1998 realizamos a pesquisa de IgG anti-T. cruzi pela imunofluorescência indireta em amostras de sangue obtidas em papel de filtro de 14.709 moradores, com posterior confirmação pelos testes de hemaglutinação indireta e ELISA em soros. A parasitemia foi avaliada por xenodiagnóstico indireto em 134 chagásicos crônicos e a cardiopatia por anamnese, exame físico e eletrocardiograma (ECG) em 191 pares de chagásicos/não-chagásicos. No total os resultados mostraram: soropositividade de 1,83% (0,93% em autóctones e 5,01% em alóctones), positividade do xenodiagnóstico de 17,2% (12,3% em autóctones e 20,8% em alóctones) e proporção de cardiopatia chagásica crônica de 24,6% (19,1% em autóctones e 27,8% em alóctones). A análise dos dados indicou a população de alóctones como a principal responsável pelas características da infecção e morbidade da doença de Chagas na área estudada.

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Com o objetivo de investigar aspectos da infecção e morbidade da doença de Chagas no município de João Costa, Piauí, Brasil, realizamos pesquisa sorológica para detectar Ig G anti-T. cruzi em 2.080 moradores através dos testes de imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta e ELISA. Em seguida, 189 pacientes soropositivos e 141 soronegativos foram avaliados pelo exame clínico e eletrocardiograma (ECG), enquanto a parasitemia foi pesquisada em 106 chagásicos pelo xenodiagnóstico indireto e teste da reação polimerásica em cadeia (PCR). A soropositividade total para Ig G anti-T.cruzi foi de 9,8%, com variação de 0,5% em menores de 10 anos a 39,4% em maiores de 59 anos, independentemente do sexo. O percentual de ECG alterados foi de 41,3% entre os chagásicos e de 15,6% entre os não-chagásicos (p < 0,05). A positividade do teste da PCR foi de 74,5% e a do xenodiagnóstico de 15,1% (p < 0,05). Apesar da elevada prevalência da infecção na população investigada, o baixo valor nos menores de 10 anos pode ser indicador de redução da transmissão por triatomíneos. A alta proporção de participação do componente etiológico exclusivamente chagásico na prevalência da cardiopatia indica a gravidade da doença de Chagas na região estudada.

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O objetivo do trabalho foi avaliar as causas mais freqüentes de emergências em pacientes com doença de Chagas. Entre janeiro de 1998 e janeiro de 1999, foram incluídos num estudo prospectivo, indivíduos com doença de Chagas que ingressaram no pronto socorro do Hospital Santojanni da Cidade de Buenos Aires. Para a análise estatística, utilizou-se o teste de X² com correção de Yates. De um total de 1.680 pacientes ingressados, houve 95 (6%) com sorologia reativa para doença de Chagas. Em 31 indivíduos, a causa de ingresso foi síncope, em 28 insuficiência cardíaca, em 18 eventos coronários agudos, em 5 acidentes vasculares cerebrais, em 3 hipertensão arterial com edema agudo de pulmão e em 2 encefalite aguda associada à SIDA. Como conclusão observou-se uma associação significativa entre: 1) presença de cardiopatia e hospitalização, 2) insuficiência cardíaca, síncope, encefalite aguda e mortalidade, 3) progresso de cardiopatia e mortalidade e 4) lugar de procedência e mortalidade.

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Para a determinação de anti-estreptolisina "O" e proteína C reativa, no município de Laranjal-PR, foram analisados soros de 411 escolares, entre 5 a 16 anos. Para anti-estreptolisina "O", 13,6% tiveram títulos elevados e 5,1% foram reativos para proteína C reativa. Não foram observadas diferenças em relação ao sexo e faixa etária.

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Para caracterizar o perfil clínico e demográfico dos portadores da forma digestiva da doença de Chagas atualmente atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, foram revistos 377 prontuários de pacientes com resultado positivo para reação sorológica para a doença de Chagas atendidos entre janeiro de 2002 a março de 2003. A idade mediana dos pacientes era de 67 anos e 210 (56%) eram mulheres. Megaesôfago e/ou megacólon chagásicos estavam presentes em 135 pacientes, dos quais, 59% apresentavam cardiopatia. Para 49% dos pacientes com doença digestiva, havia prescrição de pelo menos dois medicamentos para tratamento de doença cardiovascular. Em 66 pacientes, foram detectadas comorbidades crônicas. A população de portadores da forma digestiva da doença de Chagas do HCFMRP é majoritariamente geriátrica e apresenta freqüência elevada de doenças cardiovasculares, o que sugere risco elevado das modalidades de tratamento cirúrgico do megaesôfago e megacólon.

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Com o objetivo de avaliar aspectos epidemiológicos, clínicos e parasitológicos da doença de Chagas crônica, em pacientes do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, realizamos um estudo seccional envolvendo 120 chagásicos e 120 controles não-chagásicos, de ambos os sexos, com idades de 16 a 82 anos. Os aspectos epidemiológicos foram avaliados por questionário, a cardiopatia por exame clínico, eletrocardiograma convencional, radiologia e ecodopplercardiograma e a presença de Trypanosoma cruzi no sangue por xenodiagnóstico e teste da reação em cadeia da polimerase. Os resultados mostraram predominância de alóctones com baixa escolaridade e referência de contato prévio com triatomíneos entre os chagásicos. Abortamento espontâneo foi mais freqüente nas mulheres chagásicas. A cardiopatia devido ao componente chagásico foi estimada em 20,2%. Apresentou-se com 7,5% de cardiomegalia, 6,2% de aneurisma de ventrículo esquerdo e com predominância de dispnéia, palpitações e hipertensão arterial. O xenodiagnóstico foi positivo em 26,1% dos chagásicos enquanto a PCR foi positiva em 53,7%. A análise dos resultados indicou que a doença de Chagas no grupo estudado apresenta características clínicas e parasitológicas que revelam peculiaridades regionais.

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Para avaliar a prevalência de aneurismas do ventrículo esquerdo, realizou-se um estudo transversal envolvendo uma coorte de 261 pacientes chagásicos crônicos (156 do município de João Costa e 105 de São do João do Piauí; 146 mulheres e 115 homens com idade média de 57,9 ± 14,2 anos). A avaliação cardiológica foi realizada por exame clínico, eletrocardiograma de repouso e ecocardiograma uni e bidimensional. Foram diagnosticados 23 (8,8%) aneurismas do ventrículo esquerdo: 17 (6,5%) no ápice, quatro (1,5%) na parede posterior, um (0,4%) na parede inferior e um (0,4%) no septo interventricular. Cinco (1,9%) pacientes de São João do Piauí apresentaram trombos associados com aneurismas apicais. A prevalência de aneurismas do ventrículo esquerdo foi maior entre os pacientes de São João do Piauí (13,3%) e entre os homens (13,9%), com diferença não significativa em função da faixa etária. Esses resultados revelam baixa prevalência de aneurismas do ventrículo esquerdo entre os pacientes de João Costa e elevada concentração de trombos entre os pacientes de São João do Piauí.

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Este estudo avaliou as características de 125 chagásicos, > 25 anos, atendidos no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, SP, considerando-se: pressão arterial, idade, gênero, cor, cardiopatia, índice de massa corporal, perfil lipídico, glicemia, etilismo, tabagismo, dislipidemia, diabetes, distúrbio de ansiedade e obesidade. Apresentavam hipertensão arterial 69 (55,2%) pacientes. Verificou-se que os chagásicos hipertensos eram mais idosos que os não hipertensos (p = 0,028). Entre os hipertensos havia: mais mulheres (p = 0,015); níveis mais elevados de glicemia, LDL-colesterol e colesterol total (p = 0,005; p = 0,024; p = 0,017); mais diabéticos (p = 0,006), dano cardíaco (p = 0,04) e sobrecarga ventricular esquerda (p = 0,003). Apenas a idade mostrou-se mais elevada nos pacientes com dano cardíaco (p = 0,003). Os chagásicos hipertensos apresentaram características clínico-laboratoriais semelhantes à população hipertensa, em geral. Dessa associação pode haver somatória de efeitos deletérios para o aparelho cardiovascular.