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Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a incidência da coledocolitiase em pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica, portadores de colecistopatia calculosa aguda e crônica. O presente estudo, também, analisa se a era laparoscópica modificou a incidência e a história natural da litíase da via biliar quando compara os dados da literatura com os índices do Grupo estudado. MÉTODO: O estudo foi realizado em um Grupo de 946 pacientes, distribuídos em Grupo A de 214 pacientes de 1991-1995 e Grupo B de 732 pacientes de 1999-2007 colecistectomizados pelo método laparoscópico. O critério diagnóstico de coledocolitíase foi estabelecido por colangiofluoroscopia de rotina em todas as operações. RESULTADOS: A incidência total de coledocolitiase no Grupo A de 9,8% e no B de 5,8% não mostram diferença estatística significativa entre si e com a literatura mundial (p=0,08).Nos pacientes operados por colecistite aguda também não se observou diferença estatística entre o grupo A e B na incidência de litíase da via biliar( p=0,8). A análise dos dados nos pacientes operados por colecistite crônica revela uma taxa de coledocolitíase menor no Grupo B de 3,7% com significância estatística do que no A de 8,4% p=0,03. CONCLUSÃO: O presente estudo revela uma diminuição expressiva na incidência de coledocolitiase no Grupo B em relação ao A e a literatura mundial quando a indicação cirúrgica ocorre na fase não complicada da doença litiásica biliar. O estudo também demonstra um aumento significativo na indicação da colecistectomia laparoscópica eletiva mais precoce no Grupo B como já observado em diversas publicações da literatura médica.
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OBJECTIVE: To verify whether the eradication of anal condylomata acuminata was effective for local control of HPV infection using anal colposcopy and anal brush cytology.METHODS: We evaluated 147 patients treated for anal margin and/or anal canal condyloma, with 108 HIV-positive and 39 HIV-negative individuals. The average age for males was 40 years for HIV-positive and 27.5 for HIV-negative. In females, the mean age was 37.5 years for HIV-positive and 31.5 for HIV-negative.RESULTS: Twenty-four patients (16.3%) had normal cytology and anal colposcopy, 16 (10.9%) normal cytology and altered anal colposcopy, 52 (35.4%) normal anal colposcopy and altered cytology, and 55 (37.4%) had altered cytology and anal colposcopy.CONCLUSION: the eradication of clinical lesions failed to locally control HPV infection.
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Objetivo: avaliar a validade da estimativa do peso fetal por método baseado na altura uterina - regra de Johnson. Métodos: foram estudadas 101 gestantes e seus recém-nascidos (RN), estimando-se o peso fetal pela utilização da regra de Johnson adaptada, que consiste em aplicação clínica de modelo matemático para cálculo do peso fetal baseado na altura uterina e na altura da apresentação fetal. O peso estimado foi obtido no dia do parto e foi comparado com o peso observado ao nascer, que constituiu o controle da análise da validade do método empregado. Na mesma data foi realizada ultra-sonografia obstétrica (US) detalhada, que inclui cálculo do peso fetal pela aplicação das tabelas de Sheppard, e este peso, estimado pela US, foi comparado ao peso observado ao nascer. Resultados: os resultados destas comparações mostraram que a estimativa clínica empregada nesta casuística tem valor semelhante à US para avaliação do peso ao nascer: a margem de acerto do método clínico com variações de 5%, 10% e 15% entre peso estimado e peso observado foi de 55,3%, 73% e 86,7% respectivamente, e, para o US, de 60,7%, 75,4% e 91,1%, respectivamente. Conclusões:quando comparados, estes valores não se mostraram diferentes do ponto de vista estatístico, permitindo concluir-se que a avaliação clínica mostra acurácia semelhante à da US para o cálculo do peso ao nascer.
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Gestação cervical é uma condição rara, em que ocorre implantação do ovo no canal cervical distendendo-o à medida que cresce. Corresponde a menos de 1% de todas as gestações ectópicas. A hemorragia indolor é sua característica clínica habitual e ao exame físico visualiza-se um colo hipertrófico e vascularizado, com tecido saindo pelo orifício externo do colo. Ultra-sonografia pode ser usada para complementar o diagnóstico, mostrando a presença do saco gestacional. Relatamos um caso de tratamento bem sucedido de gestação cervical viável de sete semanas. Morte fetal foi conseguida com uma injeção intra-amniótica única de metotrexato (25 mg) guiada por ultra-sonografia transvaginal. Metotrexato sistêmico em dose única intramuscular (50 mg/m²) foi associado. O tratamento conservador da gestação cervical com metotrexato foi efetivo e seguro.
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OBJETIVO: avaliar a sintomatologia climatérica e fatores relacionados entre mulheres dos meios urbano e rural do Rio Grande do Norte. MÉTODOS: estudo transversal, descritivo, envolvendo casuística de 261 mulheres climatéricas residentes em Natal e Mossoró (grupo urbano; n=130) e Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante (grupo rural; n=131). A sintomatologia climatérica foi avaliada pelo Índice Menopausal de Blatt-Kupperman (IMBK) e Escala Climatérica de Greene (ECG). A análise estatística constou de comparações das medianas dos escores entre os grupos e regressão logística. Definiram-se como "muito sintomáticas" as pacientes com escores >20, para ambos instrumentos (variável dependente). As variáveis independentes foram: idade, procedência, alfabetização, obesidade e prática de atividade física. RESULTADOS: o grupo urbano apresentou escores significativamente superiores ao grupo rural, tanto para o IMBK (medianas de 26,0 e 17,0, respectivamente; p<0,0001), quanto para a ECG (medianas de 27,0 e 16,0, respectivamente; p<0,0001). Na amostra total, evidenciou-se que 56,3% (n=147) das mulheres foram classificadas como "muito sintomáticas". Na comparação intergrupos, essa prevalência foi significativamente mais elevada nas mulheres urbanas em relação às rurais (79,2 e 33,6%, respectivamente; p<0,05). Pela análise de regressão logística, evidenciou-se que a chance de pertencer ao grupo definido como "muito sintomáticas" foi maior para mulheres do meio urbano [odds ratio ajustado (OR)=7,1; 95% intervalo de confiança a 95% (IC95%)=3,69-13,66] e alfabetizadas (OR=2,19; IC95%=1,16-4,13). A idade superior a 60 anos associou-se com menor chance de ocorrência de sintomas significativos (OR=0,38; IC95%=0,17-0,87). CONCLUSÕES: a prevalência de sintomas climatéricos significativos é menor em mulheres do meio rural, demonstrando que fatores socioculturais e ambientais estão fortemente relacionados ao surgimento dos sintomas climatéricos em nossa população.
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OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida de mulheres no climatério, atendidas em um hospital-escola na cidade do Recife, Pernambuco, empregando o Medical Outcome Study 36-item Short Form Health Survey (MOS SF-36 Health Survey), o Women's Health Questionnaire (WHQ) e o índice de Blatt-Kupperman modificado. MÉTODOS: em estudo descritivo, transversal, foram avaliadas 233 mulheres atendidas entre fevereiro e junho de 2006. Em amostragem de conveniência, foram incluídas mulheres com idade entre 40 e 65 anos e concordância em participar da pesquisa, excluindo-se a com história prévia de ooforectomia bilateral, terapia hormonal no semestre antecedente à pesquisa e doenças descompensadas. Calculou-se o tamanho amostral, admitindo prevalência de sintomas climatéricos em 4% e precisão igual a 2,5%. Foram analisadas: saúde geral, componente físico e componente mental, obtidos com o MOS SF-36 Health Survey; qualidade de saúde pelo WHQ; e sintomatologia climatérica pelo índice de Blatt-Kupperman modificado. Os dados foram analisados com o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. RESULTADOS: a qualidade de vida foi classificada como ruim. Pelo MOS SF-36 Health Survey, identificou-se maior prejuízo no componente mental (18,5 versus 27,7% do físico), maiores perdas nas funções sociais (80,2%) e limitações por problemas emocionais (78,61%). Pelo WHQ, houve maior acometimento de distúrbios do sono (69,7%), sintomas somáticos (69,1%) e vasomotores (68,8%), sendo considerados regulares a função sexual e os sintomas menstruais. Os sintomas de deficiência estrogênica foram acentuados para 53% das mulheres. O aumento dos sintomas de hipoestrogenismo se acompanhou de piora da saúde geral e da saúde menopausal. CONCLUSÕES: pareceu plausível supor que a menopausa se configurou realmente como um evento biopsicossocial, mais do que orgânico, derivado predominantemente da deficiência estrogênica.
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OBJETIVO: determinar a prevalência de depressão e ansiedade em mulheres climatéricas e os prováveis fatores responsáveis por sua ocorrência. MÉTODOS: em estudo transversal, foram selecionadas 93 mulheres que frequentaram um ambulatório de climatério no período de maio de 2006 a agosto de 2007. Como critério de inclusão foram consideradas mulheres na faixa etária de 40 a 65 anos e que concordaram em participar do projeto. Os critérios de exclusão foram: pacientes em uso de terapia hormonal, hormonioterapia por implantes, DIUs e injetáveis de depósito nos últimos seis meses, endocrinopatias que levassem a irregularidades menstruais, hepatopatias, coagulopatias, uso de drogas que interferissem no ciclo menstrual, ansiolíticos e antidepressivos (pois o uso dessas drogas era indicativo de diagnóstico prévio de alterações do humor), histerectomizadas, ooforectomizadas, portadoras de câncer e de enfermidades psiquiátricas, pacientes que tivessem sido submetidas à radioterapia ou quimioterapia. Foram aplicados quatro questionários durante a entrevista: Anamnese, contendo dados sociodemográficos, clínicos e hábitos de vida; Índice Menopausal de Blatt-Kupperman, com o objetivo de diagnosticar as pacientes portadoras de síndrome climatérica; a subescala para Ansiedade, derivada da escala Hospitalar para Ansiedade e Depressão (HADS-A), com a finalidade de diagnosticar os casos de Ansiedade e o Inventário de Depressão de Beck, com o intuito de diagnosticar as mulheres portadoras de depressão. Foram realizadas as análises descritivas e de correlação entre as variáveis; o teste do χ2 e de Hosmer-Lemeshow, usando o programa Software Statistica versão 6. RESULTADOS: a média de prevalência de depressão entre as pacientes avaliadas foi de 36,8% enquanto que da ansiedade foi de 53,7%. Não houve diferença significativa entre a prevalência de depressão e ansiedade e as três fases do climatério. Observou-se relação significativa entre a presença de sintomas climatéricos de intensidade moderada e o aparecimento dessas alterações do humor (p<0,001). A depressão foi mais frequente em mulheres portadoras de ansiedade (OR=4,2) e insônia (OR=4,9) sendo a atividade remunerada considerada fator de proteção (OR=0,2). Os fatores de risco relacionados à ansiedade foram a presença de depressão (OR=6,1) e os antecedentes de tensão pré-menstrual (OR=7,0). CONCLUSÕES: a prevalência de depressão e ansiedade é elevada no climatério, sendo possível detectar fatores de risco relacionados à sua ocorrência.
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OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida (QV) de mulheres na pós-menopausa usuárias e São Paulo. MÉTODOS: foi conduzido estudo clínico transversal, com 250 mulheres na pós-menopausa, idade entre 45 a 70 anos, atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de setembro de 2007 a agosto de 2008. As participantes foram divididas em dois grupos: usuárias de terapia hormonal (TH, n=70) e não usuárias (n=180). Consideraram-se como usuárias de TH aquelas que faziam uso contínuo dessa terapia há pelo menos seis meses. Foram avaliadas as características sociodemográficas e clínicas. Aplicou-se o Índice Menopausal de Blatt e Kupperman (IMBK), para avaliar a intensidade dos sintomas climatéricos, e o Questionário de Saúde da Mulher (QSM), para a avaliação da QV. A análise estatística foi realizada pelo teste do χ2 ou exato de Fisher, teste de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: não foram encontradas diferenças significativas na comparação entre os grupos quanto à idade, menarca, menopausa, paridade e índice massa corpórea. Observou-se que 67,2% eram casadas, 83,2% com ensino fundamental e 53,2% se ocupavam com os trabalhos domésticos, não diferindo entre os grupos. As usuárias de TH relataram menor frequência de sintomas climatéricos (IMBK) de intensidade moderada e acentuada, comparadas a não usuárias (p<0,001). Na avaliação do QSM, verificou-se, entre as usuárias de TH, menor escore médio quanto ao déficit cognitivo (p<0,001), sintomas vasomotores (p=0,04), problemas com o sono (p<0,001) e atratividade (p=0,02), contudo, sem diferença no escore total quando comparadas a não usuárias. CONCLUSÕES: as mulheres na pós-menopausa usuárias e não usuárias de TH, atendidas em UBS, não apresentaram diferenças na QV global.
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OBJETIVO: avaliar a associação entre a exposição dos genitores aos agrotóxicos e nascimentos com defeitos congênitos no Vale do São Francisco, bem como o perfil sociodemográfico e os defeitos encontrados. MÉTODOS: estudo tipo caso-controle, sendo que para cada caso (recém-nascido com defeito congênito), eram dois controles (recém-nascidos saudáveis) nascidos na cidade de Petrolina, no Vale do São Francisco, em 2009. A amostra constou de 42 casos e 84 controles. Os dados formam colhidos com uso de questionário estruturado, adaptado do Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC), acrescido de questões relacionadas à exposição aos agrotóxicos, análise do prontuário e contato com a pediatra do hospital. Foi realizado o teste do χ2 com nível de significância de 5% para identificar as variáveis com maiores diferenças entre os grupos caso e controle. Em seguida, foi calculado o Odds Ratio (OR) amostral, bem como o OR obtido por análise de regressão logística e, finalmente, realizou-se uma análise de regressão logística multivariada. RESULTADOS: houve maior exposição aos agrotóxicos durante a gestação em neonatos com defeitos congênitos se comparados aos saudáveis. Maior risco foi observado quando pelo menos um dos genitores foi exposto aos agrotóxicos (OR ajustado = 1,3; IC95% = 0,4-3,9). As variáveis sociodemográficas associadas aos defeitos congênitos foram: baixa escolaridade, baixo peso, prematuridade, genitores jovens, doenças crônicas e fatores físicos. Foram encontrados com maior frequência os polimalformados e os defeitos dos sistemas musculoesquelético e nervoso. CONCLUSÃO: o presente estudo, a despeito de não apresentar significância, sugere associação entre a exposição aos agrotóxicos e a ocorrência de defeitos congênitos.
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OBJETIVO: Analisar os sintomas climatéricos e estado nutricional em mulheres na pós-menopausa, usuárias e não usuárias de terapia hormonal (TH). MÉTODOS: Estudo analítico, exploratório, tipo inquérito populacional domiciliar, realizado na área urbana do município de Maringá, Paraná, incluindo 456 mulheres com idade entre 45 e 69 anos, no período pós-menopausa. A coleta teve como base de referência os setores censitários urbanizados (368) do município, de acordo com o Censo Demográfico Brasileiro. Foi utilizada amostra aleatória simples proporcional às mulheres residentes em cada setor censitário e, por meio de visita domiciliar, aplicou-se um questionário e verificaram-se as medidas antropométricas e pressão arterial. Para avaliação dos sintomas climatéricos, foi utilizado o Índice Menopausal de Blatt e Kupperman. A variável desfecho foi o uso de TH. RESULTADOS: A média de idade foi de 58,7 anos. O excesso de peso esteve presente em 72,6% das mulheres e a obesidade abdominal em 81,4% delas. Sintomas climatéricos de intensidade leve foram evidenciados em 69,5% das mulheres. Apenas 18,4% das mulheres faziam uso de TH e eram, na sua maioria, brancas, não fumantes, sem comorbidades e sem companheiro. Usuárias de TH apresentaram menor frequência de excesso de peso e obesidade abdominal e tiveram menor prevalência de sintomas climatéricos de intensidade severa. CONCLUSÃO: O excesso de peso e a obesidade abdominal foram prevalentes na amostra estudada. Embora em menor número, as usuárias de TH apresentaram uma frequência menor de excesso de peso e sintomas climatéricos leves e intensos na pós-menopausa.
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O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de relatar surtos de fotossensibilização causados por Froelichia humboldtiana em equídeos no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram examinados animais de três propriedades rurais, além de asininos abandonados nas estradas. Procedeu-se a coleta de amostras de sangue periférico de cinco jumentos e dois equinos para análise das atividades das enzimas hepáticas e concentrações de bilirrubina total, direta e indireta. Das áreas de pele com lesões de dois jumentos e de um equino foram realizadas biópsias. Constatou-se que 50 asininos, 18 equinos e duas mulas foram acometidos. Dos asininos acometidos, 45 eram jumentos criados soltos em margens de estradas. Relatou-se a morte de 30 jumentos em decorrência de miíases e debilidade. Os animais tinham histórico de apresentarem lesões de fotodermatite aproximadamente um mês após pastarem em áreas invadidas por F. humboldtiana e recuperavam-se das lesões 10 a 30 dias após serem retirados dessas áreas. Porém, o quadro de prurido e automutilação retornava em uma ou duas semanas quando os equídeos eram reintroduzidos nessas áreas. Ao exame clínico de asininos jovens e adultos, foram observadas feridas extensas, ulceradas, que drenavam exsudato seroso abundante. Todas essas feridas decorriam de traumas causados por automutilação secundária ao intenso prurido. Além disso, muitas das feridas apresentavam miíase. Os equinos e as mulas apresentavam lesões de fotodermatite somente nas áreas de pele despigmentadas, não sendo observadas lesões oculares. A avaliação histopatológica de biópsias de pele revelou inflamação perivascular na derme superficial. Na epiderme havia extensas úlceras, recobertas por fibrina associada a infiltrado neutrofílico e numerosos agregados bacterianos basofílicos superficiais. As atividades séricas de AST, GGT e as concentrações de bilirrubina no soro estavam dentro dos valores de referência. O diagnóstico de fotossensibilização primária associada à ingestão de F. humboldtiana foi baseado na epidemiologia, sinais clínicos, bioquímica sérica, biópsia de pele e reocorrência das lesões após os animais serem reintroduzidos no pasto invadido pela planta. Conclui-se que a F. humboldtiana é uma importante causa de fotossensibilização primária em equídeos no semiárido brasileiro, resultando em quadro de debilidade e morte de grande número de animais, principalmente asininos que não recebem tratamento adequado.
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Foram realizadas análises quantitativas de flavonóides, fenóis solúveis e taninos de folhas de Pyrostegia venusta coletadas na mata e no cerrado, com o objetivo de verificar a influência desses biócoros na sua produção. Tanto os resultados de flavonóides como os de fenóis não mostraram diferenças significativas entre as plantas de mata e cerrado, sugerindo que a espécie não apresenta plasticidade fenotípica baseada nesses caracteres, considerando as diferenças de solo dos locais de coleta. Não foram detectados taninos nas folhas desta espécie.
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Foliar flavonoids of nine species of Bauhinia were isolated and identified. All the compounds correspond to glycosides derived from kaempferol, quercetin, isorhamnetin and myricetin. Derivatives of the latter aglyconhe seem to be rare in Bauhinia. Derivatives of isorhamnetin are commonly found in species of subgenus Bauhinia and were not detected in the two species of subgenus Phanera. Flavonoid patterns of species of the former subgenus are in general more complex than those of the latter.
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Pera glabrata (Schott) Baill. was selected for this study after showing a preliminary positive result in a screening of Atlantic Forest plant species in the search for acetylcholinesterase inhibitors and antifungal compounds. The bioassays were conducted with crude ethanol extract of the leaves using direct bioautography method for acetylcholinesterase and antifungal activities. This extract was partitioned with hexane, chloroform and ethyl acetate solvents. The active chloroform fraction was submitted to silica gel chromatography column affording 12 groups. Caffeine, an alkaloid, which showed detection limits of 0.1 and 1.0 µg for anticholinesterasic and antifungal activities, respectively, was isolated from group nine. After microplate analyses, only groups four, nine, 10, 11 and 12 showed acetylcholinesterase inhibitory activity of 40% or higher. The group 12 was purified by preparative layer chromatography affording four sub-fractions. Two sub-fractions from this group were analyzed by gas chromatography-mass spectrometry and gas chromatography-flame ionization detector. The first sub-fraction showed anticholinesterasic activity and contained two major compounds: 9-hydroxy-4-megastigmen-3-one (84%) and caffeine (6%). The second sub-fraction presented five major compounds identified as 9-hydroxy-4-megastigmen-3-one, isololiolide, (-) loliolide, palmitic acid and lupeol and did not show activity.
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The objective of this study was to identify restriction fragment length polymorphism (RFLP) markers linked to QTLs that control aluminum (Al) tolerance in maize. The strategy used was bulked segregant analysis (BSA) and the genetic material utilized was an F2 population derived from a cross between the Al-susceptible inbred line L53 and Al-tolerant inbred line L1327. Both lines were developed at the National Maize and Sorghum Research Center - CNPMS/EMBRAPA. The F2 population of 1554 individuals was evaluated in a nutrient solution containing a toxic concentration of Al and relative seminal root length (RSRL) was used as a phenotypic measure of tolerance. The RSRL frequency distribution was continuous, but skewed towards Al-susceptible individuals. Seedlings of the F2 population which scored the highest and the lowest RSRL values were transplanted to the field and subsequently selfed to obtain F3 families. Thirty F3 families (15 Al-susceptible and 15 Al-tolerant) were evaluated in nutrient solution, using an incomplete block design, to identify those with the smallest variances for aluminum tolerance and susceptibility. Six Al-susceptible and five Al-tolerant F3 families were chosen to construct one pool of Al-susceptible individuals, and another of Al-tolerant, herein referred as "bulks", based on average values of RSRL and genetic variance. One hundred and thirteen probes were selected, with an average interval of 30 cM, covering the 10 maize chromosomes. These were tested for their ability to discriminate the parental lines. Fifty-four of these probes were polymorphic, with 46 showing codominance. These probes were hybridized with DNA from the two contrasting bulks. Three RFLPs on chromosome 8 distinguished the bulks on the basis of band intensity. DNA of individuals from the bulks was hybridized with these probes and showed the presence of heterozygous individuals in each bulk. These results suggest that in maize there is a region related to aluminum tolerance on chromosome 8