339 resultados para Avaliação de serviços de saúde


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OBJETIVO: Analisar o atendimento ao pr-natal em unidades de saúde, com o intuito de obter uma linha de base que subsidie futuros estudos avaliativos. MTODOS: Realizou-se estudo exploratrio para avaliação da ateno do Sistema nico de Saúde saúde de mulheres grvidas, por meio de inqurito auto-aplicado em gestores municipais de saúde sobre amostra probabilstica do tipo aleatria estratificada de 627 municpios que, submetida tcnica de expanso, permitiu anlises para 5.507 municpios. O perodo de coleta de dados foi de outubro de 2003 a abril de 2004. O questionrio captou informaes sobre a prioridade s distintas modalidades de ateno, alm de dados sobre a oferta de ateno e estimativa declarada de atendimento de demanda. Foram realizados os testes de qui-quadrado e t de Student para verificao de independncia entre variveis qualitativas e a igualdade entre mdias, respectivamente. RESULTADOS: Dos municpios analisados, 43,8% (n=2.317) no atendiam ao risco gestacional; 81% (n=4.277) e 30,1% (n=1.592) referiram atender acima de 75% da demanda do pr-natal de baixo e alto risco, respectivamente; 30,1% (n=1.592) atendiam acima de 75% da demanda de alto risco. Ateno ao baixo risco (chi2=282,080; P<0,001 n=4.277) e ao alto risco (chi2=267,924; P<0,001 n=5.280) estiveram associadas regio geogrfica, tamanho do municpio e modalidade de gesto no Sistema nico de Saúde. A garantia de vaga para o parto tambm esteve associada modalidade de gesto. CONCLUSES: Houve lacunas relacionadas oferta e qualidade da ateno ao pr-natal no Sistema nico de Saúde. A municipalizao amplia a oferta de pr-natal, mas h desigualdades entre regies e entre municpios de diferentes dimenses populacionais.

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OBJETIVO: Testar associaes entre indicadores de ateno bsica em saúde bucal e indicadores municipais socioeconmicos e de proviso de serviços odontolgicos. MTODOS: Estudo ecolgico realizado nos 293 municpios do Estado de Santa Catarina, no perodo 2000 a 2003. Foram utilizados indicadores de ateno bsica a saúde bucal: (1) Cobertura; (2) Razo entre procedimentos odontolgicos coletivos e a populao de zero a 14 anos de idade; (3) razo entre exodontias de dentes permanentes e procedimentos odontolgicos individuais na ateno bsica. As variveis investigadas foram: razo entre o nmero total de dentistas por mil habitantes, razo entre o nmero total de dentistas cadastrados no Sistema nico de Saúde por mil habitantes, fluoretao da gua de abastecimento, ndice de desenvolvimento infantil, ndice de desenvolvimento humano municipal e a populao do municpio. Foram realizadas as anlises pelos testes de Kruskall-Wallis, qui-quadrado e o teste de Spearman para avaliar a correlao entre as variveis. RESULTADOS: A cobertura foi de 21,8%, a razo de procedimentos coletivos na populao entre zero a 14 anos foi de 0,37 e a proporo de exodontias em relao ao total de procedimentos odontolgicos individuais foi de 11,9%. Menores propores de exodontias foram associadas s maiores propores de dentistas no Sistema (p<0,01). Maiores propores de exodontias foram associadas aos menores ndices de desenvolvimento humano municipal (p<0,01). CONCLUSES: Maiores coberturas foram associadas ao aumento de dentistas no SUS. Municpios com piores condies socioeconmicas foram associados a maiores propores de exodontias. Polticas de saúde bucal devem priorizar municpios que apresentam piores indicadores socioeconmicos.

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OBJETIVO: No contexto de acesso universal terapia antiretroviral, os resultados do Programa de Aids dependem da qualidade do cuidado prestado. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade do cuidado dos serviços ambulatoriais que assistem pacientes de Aids. MTODOS: Estudo realizado em sete Estados brasileiros, em 2001 e 2002. Foi avaliada a qualidade do atendimento a pacientes com Aids quanto disponibilidade de recursos e a organizao do trabalho de assistncia. Um questionrio com 112 questes estruturadas abordando esses aspectos, foi enviado a 336 serviços. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 95,8% (322). Os indicadores de disponibilidade de recursos mostram uma adequao maior do que os indicadores de organizao do trabalho. No faltam antiretrovirais em 95,5% dos serviços, os exames de CD4 e Carga Viral esto disponveis em quantidade adequada em 59 e 41% dos serviços, respectivamente. Em 90,4% dos serviços h pelo menos um profissional no mdico (psiclogo, enfermeiro ou assistente social). Quanto organizao, 80% no agendavam consulta mdica com hora marcada; 40,4% agendavam mais que 10 consultas mdicas por perodo; 17% no possuam gerentes exclusivos na assistncia e 68,6% no realizavam reunies sistemticas de trabalho com a equipe. CONCLUSES: Os resultados apontam que alm de garantir a distribuio mais homognea de recursos, o programa precisa investir no treinamento e disseminao do manejo do cuidado, conforme evidenciado nos resultados da organizao de trabalho.

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OBJETIVO: Analisar o nvel de satisfao no emprego e o impacto causado nos profissionais de um servio de saúde mental e possveis associaes com variveis sociodemogrficas e funcionais. MTODOS: Estudo transversal com 321 profissionais de uma instituio de saúde mental de longa permanncia, no Rio de Janeiro, RJ, em 2005. Os instrumentos utilizados foram: as escalas de avaliação da Satisfao da Equipe em Serviços de Saúde Mental e a do Impacto do Trabalho em Serviços de Saúde Mental, e um questionrio sobre caractersticas sociodemogrficas e profissionais. Para a anlise das associaes entre variveis foram empregados os testes Kruskal-Wallis, Mann-Whitney, qui-quadrado e regresso linear mltipla. RESULTADOS: O escore mdio de satisfao foi 3,29&plusmn;0,64 e o de impacto do trabalho foi 1,77&plusmn;0,62. Dos profissionais estudados, 61,8% apresentaram nvel intermedirio de satisfao. Foram observadas associaes positivas da satisfao com: ter sido contratado por organizao no-governamental, exercer atividades sem contato direto com pacientes, trabalhar em projeto inovador, ter idade mais avanada e nvel de escolaridade mais baixo. Os nveis mais elevados de impacto do trabalho foram observados entre servidores pblicos, jovens e do sexo feminino. CONCLUSES: A maioria das caractersticas associadas aos menores nveis de satisfao no emprego esteve associada aos mais elevados nveis de impacto do trabalho. Embora os resultados tenham revelado nvel intermedirio de satisfao, evidente a necessidade de mudanas por parte do poder pblico, especialmente no que diz respeito ampliao de recursos humanos e materiais e reforma das edificaes.

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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de violncia contra mulheres (fsica, psicolgica e sexual), por parceiro ntimo ou outro agressor, entre usurias de serviços pblicos de saúde e contrast-la com a percepo de ter sofrido violncia e com o registro das ocorrncias nos serviços estudados. MTODOS: Estudo realizado em 19 serviços de saúde, selecionados por convenincia e agrupados em nove stios de pesquisa na Grande So Paulo, entre 2001-2002. Questionrios sobre violncia sofrida alguma vez na vida, no ltimo ano e agressor foram aplicados amostra de 3.193 usurias de 15 a 49 anos. Foram examinados 3.051 pronturios dessas mulheres para verificao do registro dos casos de violncia. Realizaram-se anlises comparativas pelos testes Anova, com comparaes mltiplas e qui-quadrado, seguido de sua partio. RESULTADOS: As prevalncias observadas foram: qualquer violncia 76% (IC 95%: 74,2;77,8); psicolgica 68,9% (IC 95%: 66,4;71,4); fsica 49,6% (IC 95%: 47,7;51,4); fsica e/ou sexual 54,8% (IC 95%: 53,1;56,6) e sexual 26% (IC 95%: 24,4;28,0). A violncia fsica e/ou sexual por parceiro ntimo na vida foi de 45,3% (IC 95%: 43,5;47,1) e por outros que no o parceiro foi de 25,7% (IC 95%: 25,0;26,5). Apenas 39,1% das que relataram qualquer episdio consideraram ter vivido violncia na vida, observando-se registro em 3,8% dos pronturios. As prevalncias diferiram entre os stios de pesquisa, bem como a percepo e registro das violncias. CONCLUSES: A esperada alta magnitude do evento e sua invisibilidade foram confirmadas pelas baixas taxas de registro em pronturio. Constatou-se ser baixa a percepo das situaes vividas como violncia. Sugerem-se estudos ulteriores que avaliem a heterogeneidade das usurias dos serviços.

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OBJETIVO: Analisar os sentidos do cuidado para com o usurio atendido no mbito da assistncia em saúde mental, a partir de percepes de psiclogos atuando no cotidiano de serviços pblicos de saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo exploratrio qualitativo realizado na cidade de Fortaleza, CE, no ano de 2006. A amostra foi composta por oito informantes do sexo feminino, psiclogas, pertencentes ao quadro funcional da rede estadual de saúde. Para apreenso e construo das informaes, foram realizadas entrevistas no-diretivas, gravadas e transcritas. A categorizao dos discursos a partir de enfoque hermenutico possibilitou a construo de rede interpretativa. ANLISE DOS RESULTADOS: A rede interpretativa evidenciou que o psiclogo reconhece sua insero no campo da saúde pblica como um desafio, distinto do campo de sua formao. As concepes de cuidado predominantes foram circunscritas dimenso tcnica, embora tambm tenham sido identificadas outras mais prximas abertura tica e de respeito alteridade. CONCLUSES: No cotidiano da assistncia na rede pblica, percebe-se uma atitude de cuidado como tcnica, controle e anulao da diferena mais comprometida com os modelos tradicionais da biomedicina e da psicologia clnica. Foram observadas prticas que ultrapassam essa atitude e assumem uma configurao direcionada ao encontro intersubjetivo, ao dilogo, afetao, escuta tica, ao compartilhamento de responsabilidades e ao compromisso tico em sua perspectiva sociocultural e poltica.

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OBJETIVO: Apresentar a abordagem metodolgica de pesquisa para definio do perfil de utilizao de serviços de saúde pela populao adstrita ao Programa Saúde da Famlia. MTODOS: Considerou-se a existncia de trs padres de uso dos serviços acessados pela populao: residual, parcial e completo, definidos a partir do leque de aes do Programa Saúde da Famlia que so acessadas pela populao. Foi realizado inqurito com amostragem em duas fases em rea de elevada excluso social do municpio de So Paulo (SP), em 2006. Na primeira fase, 960 pessoas participantes de equipes de saúde da famlia foram sorteadas e classificadas pelos agentes comunitrios de saúde em "uso completo" ou no dos serviços de saúde. Na segunda fase, 173 sorteados foram ento classificados segundo os padres de uso dos serviços. RESULTADOS: Os usurios foram classificados em completos (16%), parciais (57%) e residuais (26%), mostrando-se distintos em relao a caractersticas sociodemogrficas. Houve utilizao seletiva e focada dos serviços oferecidos pelo Programa Saúde da Famlia, na qual pertencer ao sexo masculino, ter escolaridade superior quinta srie do ensino fundamental, exercer atividade remunerada e acessar planos de saúde implicou menor adeso aos serviços, mesmo se tratando de regies com pouca oferta de serviços assistenciais. Mesmo em reas de alta excluso social e baixa oferta de serviços de saúde, 25% da populao cadastrada no utiliza serviços ofertados, recebendo apenas visitas domiciliares. CONCLUSES: Metodologias capazes de captar distintos padres de utilizao de serviços de saúde pela populao podem contribuir para aprimorar a avaliação de serviços.

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OBJETIVO: Analisar a importncia da incluso da perspectiva das mulheres na avaliação do Programa de Humanizao do Pr-Natal e Nascimento. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado em base a dados primrios coletados para a avaliação do Programa de Humanizao do Pr-Natal e Nascimento, do Ministrio da Saúde, em 2003, em sete municpios das cinco regies do Brasil, selecionados a partir de dados extrados de sistemas de bancos de dados oficiais j existentes. Um dos atores considerado fundamental para a coleta de informaes foi a mulher atendida pelo Programa, abordada por meio de dezesseis grupos focais realizados em unidades de saúde. Para o tratamento dos dados empricos foi utilizado o mtodo do Discurso do Sujeito Coletivo. A anlise e discusso foram realizadas com o apoio dos conceitos em saúde pblica de acessibilidade e Saúde Paidia. ANLISE DOS RESULTADOS: O Programa estudado normatiza para todos os serviços de saúde do pas os procedimentos para a ateno ao pr-natal e o parto e os fluxos a serem observados. A anlise do discurso das gestantes, nos grupos focais realizados, trouxe clareza quanto dissonncia existente entre muitas dessas recomendaes e os desejos e necessidades da mulher, o que faz com que ela procure traar para si um outro fluxo de atendimentos. Esta ocorrncia traz prejuzos ao vnculo que estabelece com o servio de saúde, alm de dificuldades de controle pelo servio do seguimento real que est sendo oferecido. CONCLUSES: A reflexo realizada do Programa, tomando por base a perspectiva das mulheres atendidas, identificou aspectos cuja considerao no momento da avaliação poderia resultar em maior efetividade e humanizao do controle pr-natal oferecido.

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OBJETIVO:Avaliar mudanas em conhecimentos, atitudes e acesso/utilizao de serviços odontolgicos decorrentes de um programa de promoo da saúde bucal com agentes comunitrios de saúde. MTODOS:Um projeto de capacitao combinando ensino-aprendizagem, apoio e superviso, foi desenvolvido entre os meses de julho de 2003 a agosto de 2004. As mudanas foram avaliadas por meio de entrevistas estruturadas em que participaram 36 agentes comunitrios de saúde e uma amostra de 91 mulheres e mes, representativa de donas de casa com 25 a 39 anos de idade, alfabetizadas e residentes em domiclios de trs a seis cmodos no municpio de Rio Grande da Serra (SP). Foram colhidos dados sobre conhecimentos de saúde-doena bucal, prticas e capacidades auto-referidas em relao ao auto-exame, higiene bucal, nmero de residentes e de escovas dentais individuais e coletivas em cada domiclio e acesso e uso de serviços odontolgicos. Por meio do teste t de Student pareado, foram comparadas as mdias dos valores obtidos antes e depois do programa para cada um dos grupos estudados. As respostas foram analisadas adotando-se um nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Foram observadas diferenas estatisticamente significativas para questes relativas ao conhecimento de saúde bucal entre os agentes e entre as mulheres antes e depois da capacitao (p<0,05). Desequilbrio entre o nmero de escovas e de indivduos em cada famlia diminuiu. A freqncia da escovao e do uso do fio dental se elevou depois da atuao dos agentes. Os valores de auto-avaliação da higiene bucal aumentaram. Modificao nas prticas e capacidades auto-referidas mostrou significativa elevao da auto-confiana. O acesso ao servio foi mais fcil (p<0,000) e seu uso mais regular (p<0,000) entre mulheres. CONCLUSES: Houve mudanas positivas na percepo em relao a aspectos de saúde bucal, na auto-confiana e no acesso e uso de serviços odontolgicos. Tais mudanas podem ser um importante indicativo do papel dos agentes comunitrios de saúde na promoo de saúde bucal.

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OBJETIVO: Avaliar a utilizao de serviços de saúde entre idosos portadores de doenas crnicas. MTODOS:Estudo transversal realizado com 2.889 indivduos com idade a partir de 65 anos, portadores de condies crnicas - hipertenso arterial, diabetes mellitus e doena mental -, residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde em 41 municpios das regies Sul e Nordeste do Brasil em 2005. Os dados analisados foram obtidos do estudo de linha de base do Programa de Expanso e Consolidao da Saúde da Famlia. As variveis estudadas foram sexo, idade, cor da pele, situao conjugal, escolaridade, renda familiar, tabagismo, incapacidade funcional e modelo de ateno da unidade bsica de saúde. A anlise ajustada dos desfechos foi realizada com regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de consulta mdica nos ltimos seis meses foi de 45% no Sul e de 46% no Nordeste. A prevalncia de participao em grupos de atividades educativas no ltimo ano foi de 16% na regio Sul e de 22% na regio Nordeste. Nas duas regies, o uso dos serviços foi maior por idosos com idade inferior a 80 anos, baixa escolaridade e residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde com Programa Saúde da Famlia. Apenas na regio Sul os idosos com incapacidade funcional apresentaram maior prevalncia de consultas mdicas. CONCLUSES: As prevalncias de consulta mdica e de participao em grupos de atividades educativas foram baixas, quando comparadas com estudos anteriores realizados com idosos no Brasil. Os resultados indicam que, apesar de o Programa Saúde da Famlia promover maior uso de serviços das unidades bsicas de saúde pelos idosos portadores de condies crnicas, h necessidade de ampliar o acesso daqueles com mais de 80 anos e dos portadores de incapacidade funcional.

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OBJETIVO: Descrever a estrutura fsica, recursos humanos e modalidades de ateno existentes nos centros de ateno psicossocial (CAPS). MTODOS: Foram includos no estudo 21 CAPS para atendimento de adultos, vinculados Secretaria Municipal de Saúde de So Paulo (SP), entre 2007 e 2008. Foram coletadas informaes sobre as instalaes fsicas dos serviços, recursos humanos disponveis e procedimentos de cuidado ao paciente, utilizando instrumento padronizado. Foram realizados anlise descritiva dos dados e o teste de qui-quadrado para testar a associao entre os tipos de atividades e a origem e localizao dos serviços. RESULTADOS: Dez serviços foram criados como ambulatrios e posteriormente transformados, oito eram hospitais-dia e apenas trs foram criados como CAPS. Nenhum servio funcionava diariamente durante 24 horas. Metade dos serviços funcionava em imveis alugados, com instalaes fsicas inadequadas especialmente para atendimentos grupais. A composio das equipes dos serviços foi bastante diversa. As atividades desempenhadas nos CAPS foram heterogneas, com maior valorizao das atividades grupais desenvolvidas com usurios dentro dos CAPS e pouca integrao aos outros equipamentos de saúde. As atividades grupais de arte e cultura foram as mais freqentes em todos os serviços. Os serviços de origem ambulatorial apresentavam atividades artesanais e os que haviam sido hospitais-dia realizavam mais atividades de integrao psicofsica. O perfil de atividades relacionou-se distribuio regional dos serviços. CONCLUSES: A heterogeneidade dos CAPS parece se relacionar histria dos programas de saúde mental implementados no municpio desde a dcada de 1980 e diversidade socioeconmica e cultural das regies da cidade, bem como s diferentes composies das equipes observadas. Diferentes modelos de ateno psicossocial foram encontrados, desde a constituio de "equipamentos-sntese" dos quais os usurios no recebem alta, at serviços que encaminham e do alta aps a estabilizao dos sintomas dos usurios, numa tentativa de construo de uma rede de cuidados.

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OBJETIVO: Estimar a prevalncia e analisar fatores associados utilizao de serviços mdicos no sistema pblico de saúde. MTODOS: Estudo transversal de base populacional, com 2.706 indivduos de 20 a 69 anos, de Pelotas, RS, em 2008. Foi adotada amostragem sistemtica com probabilidade proporcional ao nmero de domiclios por setor. O desfecho foi definido pela combinao das perguntas relacionadas consulta mdica nos ltimos trs meses e local. As variveis de exposio foram: sexo, idade, estado civil, escolaridade, renda familiar, internao hospitalar auto-referida no ltimo ano, existncia de mdico definido para consultar, autopercepo de saúde e o principal motivo da ltima consulta. A anlise descritiva foi estratificada por sexo e a estatstica analtica incluiu o uso do teste de Wald para tendncia e heterogeneidade na anlise bruta e regresso de Poisson com varincia robusta na anlise ajustada, levando-se em considerao a amostragem por conglomerados. RESULTADOS: A prevalncia de utilizao de serviços mdicos nos ltimos trs meses foi de 60,6%, quase a metade (42,0%, IC95% 36,3;47,5) em serviços pblicos. Os serviços pblicos mais utilizados foram os postos de saúde (49,5%). Na anlise ajustada e estratificada por sexo, homens com idade avanada e mulheres mais jovens tiveram maior probabilidade de utilizarem os serviços mdicos no sistema pblico. Em ambos os sexos, baixa escolaridade, renda familiar per capita, inexistncia de mdico definido para consultar e internao hospitalar no ltimo ano estiveram associados ao desfecho. CONCLUSES: Apesar de expressiva reduo na utilizao de serviços mdicos de saúde no sistema pblico nos ltimos 15 anos, os serviços pblicos tm atingido uma parcela anteriormente desassistida (indivduos com baixa renda e escolaridade).

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OBJETIVO: Avaliar a cobertura do Programa de Humanizao do Pr-natal e Nascimento segundo o cumprimento dos seus requisitos mnimos e indicadores de processo, comparando as informaes do carto da gestante com os do Susprenatal. MTODOS: Estudo transversal com dados do pr-natal de 1.489 purperas internadas para parto pelo Sistema nico de Saúde entre novembro de 2008 e outubro de 2009 no municpio de So Carlos, SP. Os dados foram coletados no carto da gestante e depois no Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanizao no Pr-Natal e Nascimento (Sisprenatal). As informaes das duas fontes foram comparadas utilizando o teste de &#935; de McNemar para amostras relacionadas. RESULTADOS: A cobertura de pr-natal em relao ao nmero de nascidos vivos foi de 97,1% de acordo com o carto de pr-natal e de 92,8% segundo o Sisprenatal. Houve diferena significativa entre as fontes de informao para todos os requisitos mnimos do Programa de Humanizao do Pr-natal e Nascimento, e tambm na comparao dos indicadores de processo. Com exceo da primeira consulta de pr-natal, o carto de pr-natal sempre apresentou registro de informaes superior ao do Sisprenatal. A proporo de mulheres com seis ou mais consultas de pr-natal e com todos os exames bsicos foi de 72,5% pelo carto de pr-natal e de 39,4% pelo sistema oficial. Essas diferenas mantiveram-se para as cinco reas regionais de saúde do municpio. CONCLUSES: O Sisprenatal no foi uma fonte segura para avaliação da informao disponvel sobre acompanhamento na gestao. Houve grande adeso ao Programa de Humanizao do Pr-natal e Nascimento, mas a documentao da informao foi insuficiente quanto a todos os requisitos mnimos e indicadores de processo. Aps dez anos da criao do programa, cabe agora aos municpios adequar a qualidade da assistncia e capacitar seus profissionais para a correta documentao de informao em saúde.

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OBJETIVO: Descrever a autopercepo de saúde bucal em idosos e analisar fatores sociodemogrficos e clnicos associados. MTODOS: Estudo transversal com 876 participantes em amostra representativa de idosos (65 anos ou mais) de Campinas, SP, em 2008-2009. Os exames odontolgicos seguiram critrios padronizados pela Organizao Mundial da Saúde para levantamentos epidemiolgicos de saúde bucal. A autopercepo da saúde bucal foi avaliada pelo ndice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Os indivduos foram classificados segundo caractersticas sociodemogrficas, odontolgicas e prevalncia de fragilidade biolgica. O estudo de associaes utilizou anlise de regresso de Poisson; a anlise considerou os pesos amostrais e a estrutura complexa da amostra por conglomerados. RESULTADOS: A mdia de idade dos indivduos foi de 72,8 anos; 70,1% eram mulheres. A proporo de indivduos com mais de 20 dentes presentes foi 17,2%; 38,2% usavam prtese dentria total em ambos os arcos; 8,5% necessitavam desse recurso em ao menos um arco dentrio. Em mdia, o ndice GOHAI foi elevado: 33,9 (mximo possvel 36,0). Manter 20 dentes ou mais, usar prtese total nos dois arcos, no necessitar desse tratamento, no apresentar alteraes de mucosa oral e no apresentar fragilidade biolgica foram os fatores significantemente associados com melhor autopercepo de saúde bucal (p < 0,05). CONCLUSES: A avaliação de autopercepo em saúde bucal permitiu identificar os principais fatores associados a esse desfecho. Esse instrumento pode contribuir para o planejamento de serviços odontolgicos, orientando estratgias de promoo em saúde voltadas melhora da qualidade de vida das pessoas desse grupo etrio.

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OBJETIVO: Analisar fatores epidemiolgicos e sociodemogrficos associados saúde de idosos com ou sem plano de saúde. MTODOS: Foram realizadas entrevistas com 2.143 pessoas de 60 anos e mais, no municpio de So Paulo, em 2000 e 2006. A varivel dependente, dicotmica, foi ter ou no plano de saúde. As variveis independentes abrangeram caractersticas sociodemogrficas e de condio de saúde. Foram descritas as propores encontradas para as variveis analisadas e desenvolvido modelo de regresso logstica que considerou significantes as variveis com p < 0,05. RESULTADOS: Houve diferenas, favorveis aos titulares de planos, para renda e escolaridade. O grupo sem planos privados realizou menos preveno contra neoplasias e mais contra doenas respiratrias; esperou mais para ter acesso a consultas de saúde; realizou menos exames ps-consulta; referiu menor nmero de doenas; teve maior proporo de avaliação negativa da prpria saúde e relatou mais episdios de queda. Os titulares de planos relataram menor adeso vacinao e, dentre os que foram internados, 11,1% em 2000 e 17,9% em 2006 tiveram esse procedimento custeado pelo Sistema nico de Saúde. A nica doena associada condio de titular de plano privado foi a osteoporose. CONCLUSES: H diferenas representadas pela renda e pela escolaridade favorveis aos titulares de planos e seguros privados, as quais esto relacionadas com o uso de serviços e com os determinantes sociais de saúde.