692 resultados para Assistência Social Rio de Janeiro (RJ)
Resumo:
O estudo sobre redundncia de hospitalizao, baseado no conceito de dependncia aos cuidados de enfermagem, evidenciou que, em 99 pacientes que permaneceram 25 ou mais dias internados, foram redundantes em algum momento da internao, representando um desperdcio de 1094 leitos-dia (30,17% do total de leitos-dia consumidos por este grupo de pacientes) . Estudou-se, tambm, um grupo de 102 pacientes com acompanhados durante uma semana, identificando-se 60 pacientes (59%) com hospitalizao desnecessria. No se verificou diferenas estatisticamente significativas entre os grupos de pacientes redundantes e no redundantes em relao s variveis scio-demogrficas estudadas. As condies que contriburam com maior nmero de dias de redundncia foram neoplasias, doenas do aparelho respiratrio (pneumopatia complicada e doena pulmonar obstrutiva crnica), fraturas, hipertenso arterial com ou sem insuficincia cardaca, acidente vascular cerebral e cirrose heptica. Face a magnitude do desperdcio de recursos decorrentes da hospitalizao desnecessria e riscos para o paciente da permanncia prolongada no hospital, recomendada a implantao de programas experimentais para tratamento domiciliar de pacientes crnicos.
Resumo:
No ano de 1978 foram registrados no Hospital Universitrio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HU-UFRJ), 5.262 pacientes moradores da XX Regio Administrativa do Rio de Janeiro, Brasil. Quinhentos e trs destes pronturios (9,6%) com idade >20 anos foram separados aleatoriamente e 483 destes possuiam registro de presso arterial (PA) com 138 casos (28,6%) apresentando hipertenso arterial (HA) (PA >140/90 mmHg). Nos 96 hipertensos inicialmente analisados procedeu-se estudos dos custos diretos hospitalares com a avaliao, acompanhamento e tratamento desta populao. A PA diastlica inicial destes casos estava assim distribuda: entre 90 e 104 mmHg - 67 casos (69,8%); entre 105 e 114 mmHg - 17 casos (17,7%); maior ou igual a 115 mmHg - 12 casos (12,5%). O perodo mdio de acompanhamento destes grupos foi de 653 dias e somente 1/3 estava com PA controlada ( < 140/90 mmHg) na ltima consulta. Em 1982, 68,7% j haviam abandonado tratamento no HU-UFRJ. O custo direto total anual por paciente hipertenso em dlares foi de $ 102.48 assim distribudos: consultas ambulatoriais ligadas HA - $ 33.44; atendimentos de emergncia $ 2.33; internaes $ 29.92; exames complementares $ 10.45; despesas com medicamentos anti-hipertensivos $ 26.34. As consultas e internaes representam 64% dos custos e foram em grande parte determinadas pelas complicaes da doena. Estas tambm ocasionam elevados ndices de incapacidade temporria e permanente da populao de hipertensos com graves repercusses e custos sociais. A anlise dos fatores que contribuem para estes custos indicam a adoo das seguintes medidas para minimiz-los: a) Desenvolvimento de programas que visem melhor controle de HA e menor abandono de tratamento da populao j detectada nas prprias unidades do Sistema de Sade com conseqente reduo da morbidade da doena; b) Padronizao da avaliao laboratorial e do tratamento com base em estudos de custo-eficcia; c) Hierarquizao do sistema de sade - o hipertenso deve ser tratado em unidades de sade onde os custos indiretos hospitalares pouco influenciem os custos das consultas e das internaes.
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Estudou-se o crescimento e o estado nutricional, por meio de ndices antropomtricos, de 185 crianas (97 meninos e 88 meninas) em idade escolar (7,0-10,9 anos) de baixa renda familiar do municpio de Nova Iguau, Estado do Rio de Janeiro (Brasil). A antropometria nutricional identificou 3,52 e 6,25% das crianas como desnutridas recentes e crnicas, respectivamente; valores que se comparam aos descritos para crianas faveladas do Municpio do Rio de Janeiro. Em geral, as medianas de altura das crianas ficaram abaixo do 25. centil do padro internacional de crescimento, sendo que a partir dos 10 anos a mediana da altura dos meninos foi inferior ao 10. centil. As mdias de peso e altura dessas crianas foram comparveis do nordeste urbano, superiores da Paraba, e inferiores s crianas de classe mdia de So Paulo. Os valores de 7 dobras cutneas, do permetro do brao, e da rea de gordura do brao foram superiores nas meninas de todas as faixas etrias. A rea muscular do brao foi maior nos meninos do que nas meninas de todas as faixas etrias.
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So discutidos os procedimentos propostos no estudo-piloto de confiabilidade e validao do segmento de sade mental do questionrio BOAS. Sugere-se a necessidade de se ajustar os instrumentos numa primeira etapa pela anlise pormenorizada de cada entrevista, com o propsito de prepar-los para a etapa posterior de um estudo de confiabilidade e validao, onde prevalecer uma abordagem de carter quantitativo. So propostos alguns delineamentos para estudos de confiabilidade e validade para pesquisa epidemiolgica.
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A partir do fato de que os neoplasmas malignos foram a terceira causa de morte no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, no ano de 1980, apresentando taxa bruta igual a 89,8 por 100.000 habitantes, foi analisada a mortalidade por cncer segundo suas principais localizaes anatmicas, no perodo 1979-1981. Dividiu-se o Estado em trs regies distintas: Capital, Cinturo Metropolitano e Interior. Foram calculados coeficientes de mortalidade trienais, posteriormente padronizados pelo mtodo direto utilizando-se, para tal, a populao mundial. Para cumprir o objetivo de comparar diferentes regies geogrficas foram calculadas razes padronizadas de mortalidade. Observou-se que as principais localizaes anatmicas foram pulmo, estmago, prstata, esfago e fgado, nos homens; e mama, estmago, pulmo, crvix uterino e tero (no especificado), nas mulheres. Encontrou-se que as maiores taxas para o total de tumores ocorreram na Capital e as menores no Interior, sendo as maiores razes padronizadas de mortalidade aquelas para mama (1,88), clon (1,71) e pulmo (1,70). A mortalidade por neoplasmas malignos de esfago e de fgado foi maior no Interior do que nas demais regies, em ambos os sexos. Concluiu-se que existe comportamento distinto da mortalidade por cncer entre as diferentes regies, apontando, mais uma vez, na direo da determinao ambiental de grande parte dos neoplasmas malignos.
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Considerando-se que a informao acerca de como professores e alunos conceituam doena e o que fazem para cuidar de sua sade tem importantes implicaes para a educao em sade, estes conceitos foram estudados numa amostra de docentes e escolares de primeiro grau, representativa da zona norte do Municpio do Rio de Janeiro, RJ (Brasil). Os resultados encontrados so discutidos luz de duas perspectivas: (a) as contribuies provenientes de teorias cognitivas que abordam formao de conceitos; (b) a influncia do contexto social na aquisio, no desenvolvimento e caracterizao dos conceitos estudados. Teve-se por finalidade contribuir para a educao em sade no sentido de uma reviso e reflexo crtica da concepo do processo sade-doena no mbito escolar atentando-se para os aspectos complexos e multifacetrios que este processo envolve.
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Anopheles aquasalis um mosquito ora encarado como antropoflico, ora como zooflico ou ecltico. Realizou-se estudo em Guapimirim, Estado do Rio de Janeiro, de maio a novembro de 1992, com o intuito de se verificar a fonte alimentar preferida desse anofelino atravs de teste imunolgico de precipitina. De 1.366 fmeas capturadas em abrigos naturais, 725 estavam ingurgitadas. O contedo digestivo de apenas 473 delas reagiu no teste de precipitina, sendo que em 75,3% dos casos foi identificada apenas uma fonte alimentar. Mais da metade dessas fmeas havia se alimentado em boi (52,2%), enquanto poucas tinham sugado homem (1,1%). Por outro lado, 24,7% dos espcimes haviam se alimentado em mais de uma fonte sangnea, principalmente boi e cavalo. Conclui-se que An. aquasalis zofilo nessa regio do Pas, utilizando grande variedade de hospedeiros, porm preferindo se alimentar em animais de grande porte, especialmente o boi e cavalo.
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INTRODUO: A doena meningoccica (DM) continua merecendo avaliaes quanto a sua multicausalidade endmica e epidmica e seu comportamento evolutivo, nos diferentes locais. MATERIAL E MTODOS: Partindo da padronizao da investigao epidemiolgica da DM no Municpio do Rio de Janeiro a partir da epidemia da dcada de 70, foram analisados 4.155 casos notificados de 1976 a 1994, atravs de estudo retrospectivo, descritivo e analtico, com base nas fichas de investigao epidemiolgica da Secretaria Municipal de Sade. Os testes utilizados para anlise estatstica foram: o chi, o de Wilcoxon-Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: O estudo resultou na definio de trs perodos, classificados como ps-epidmico (1976/79), endmico (1980/86) e epidmico (1987/94), diferenciados pelas taxas de incidncia e pelo sorogrupo do meningococo predominante. As taxas de incidncia mdias por perodo no municpio foram, respectivamente, de 3,51; 1,67 e 6,53 casos/100.000 habitantes. Os sorogrupos A e C predominaram no perodo ps-epidmico, o B e o A no endmico e o B no epidmico. A letalidade mdia praticamente no se modificou no decorrer do tempo, mas variou segundo o hospital de internao, tendo sido sempre menor no hospital estadual de referncia em relao aos demais pblicos e privados. CONCLUSO: As maiores taxas de incidncia e letalidade corresponderam aos menores de um ano e o risco de adoecer foi maior no sexo masculino. Os maiores coeficientes de incidncia tenderam a ocorrer nas mesmas reas do municpio, nos trs perodos epidemiolgicos, e a populao que reside em favelas teve um risco de adoecimento duas vezes maior.
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Modelos matemticos de localizao tm tido aplicao crescente na rea de sade em nvel internacional. No Brasil, embora de uso incipiente, existe enorme potencial para a utilizao desses modelos na rea de sade pblica. Nesse sentido so apresentados diversos modelos de localizao com aplicao em sade pblica, analisando a localizao de servios no emergenciais, de servios de emergncia e a localizao de servios hierarquicamente relacionados. Mostrou-se a aplicao de um modelo hierrquico localizao de servios de assistência materna e perinatal no Municpio do Rio de Janeiro, RJ (Brasil). Nesta parte, aps a apresentao de alguns dados da assistência materna e perinatal no municpio, foi proposto um modelo hierrquico de quatro nveis (localizao de unidades ambulatoriais, maternidades, centros de neonatologia e hospitais gerais) e analisado o impacto que a adoo da metodologia teria em comparao com o sistema atual.
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OBJETIVO: Analisar os aspectos de comunicao relacionados ao procedimento de uso de agrotxicos em uma regio agrcola. MTODOS: O estudo foi realizado na regio da Microbacia do Crrego de So Loureno, Estado do Rio de Janeiro. Baseia-se em triangulao metodolgica, utilizando: entrevistas semi-estruturadas e observaes de uma amostra da populao residente na rea de estudo (aproximadamente 600 habitantes); questionrio elaborado para a caracterizao do perfil da comunidade; e registro de palestras proferidas por agrnomos e outros profissionais do comrcio e do poder pblico para a comunidade. RESULTADOS E DISCUSSO: Desvelaram-se algumas questes, como: o histrico de desinformao na regio; a linguagem tcnica empregada em aes educativas e de treinamento, impossibilitando a apropriao do conhecimento por parte do trabalhador rural; e a presso da indstria/comrcio, que cria "necessidades" para legitimar a venda desses produtos, resultando num processo de comunicao que realimenta a insero desfavorvel do homem do campo em uma economia de mercado mais ampla.
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Registrou-se no municpio de Resende, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, a primeira ocorrncia do molusco Achatina fulica hospedeiro intermedirio de Angiostrongylus cantonensis, causador da angiostrongilase meningoenceflica. Em cinco bairros visitados, foram encontrados moluscos vivendo livremente, e nenhum dos animais coletados apresentava a forma larvar do parasito. A presena de A. fulica pode estar relacionada comercializao desse molusco como alimento, e representa possibilidade de instalao dessa zoonose na regio.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia, sensibilidade e especificidade em detectar adolescentes em risco de obesidade, baseada no ndice de Massa Corporal (IMC). MTODOS: Foram avaliados 502 adolescentes de 12 a 18 anos, participantes da pesquisa Nutrio e Sade do Municpio do Rio de Janeiro, desenvolvida em 1996. As variveis do estudo foram: peso, estatura, IMC e dobra subescapular, de acordo com sexo e idade. As classificaes para IMC foram comparadas com a classificao pela dobra subescapular no percentil 90 (excesso de adiposidade) da populao de adolescentes americanos. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de adiposidade foi mais elevada com a dobra subescapular (P<0,0001) comparada com as classificaes do IMC que apresentaram valores aproximados. A especificidade foi superior sensibilidade com as duas propostas do IMC. O ponto de equilbrio entre sensibilidade e especificidade foi prximo ao percentil 70 para meninas e meninos menores de 14 anos. Em meninos maiores de 15 anos, o ponto de corte aproximou-se do percentil 50 do IMC. CONCLUSO: Ambas classificaes do IMC foram mais adequadas para identificar adolescentes sem obesidade, no sendo sensveis para rastrear excesso de adiposidade.
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OBJETIVO: Analisar o padro temporal dos bitos e internaes, no perodo de 1995 a 1998, associadas diarria em crianas menores de cinco anos de idade para subsidiar aes especficas de preveno e controle dessa doena. MTODOS: Os dados foram obtidos do Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Internaes Hospitalares (SIH) do Ministrio da Sade. As sries mensais de internaes e de bitos por diarria foram decompostas em componentes de tendncia linear estocstica, sazonalidade determinstica e irregularidades mediante a aplicao dos modelos estruturais para anlise de sries temporais. RESULTADOS: Os nveis de ambas as sries apresentaram mudanas ao longo do tempo, com declnio mais perceptvel na srie de internaes. A variao das taxas de inclinao foi constante para cada uma das sries, em mdia, a menos 5,3 internaes por ms (p-valor <0,001) e menos um bito por ms (p-valor <0,1), respectivamente. Na anlise dos resduos do modelo de internaes, observou-se mudana no nvel da tendncia em janeiro de 1996. O componente sazonal de ambos os modelos foi estatisticamente significante (p-valor <0,0001), sendo maio e junho os meses com maior excesso de internaes e bitos. Os pressupostos de normalidade e de independncia temporal dos resduos no puderam ser rejeitados ao nvel de 0,05. CONCLUSES: Os resultados sugerem a predominncia da etiologia viral das diarrias moderadas e graves. Neste caso, a vacinao especfica a medida mais eficaz na preveno e controle, sendo necessrios estudos de eficcia de novas candidatas vacina contra o rotavrus no Brasil.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade da informao sobre bito por infarto agudo do miocrdio nos sistemas de informao hospitalar e de mortalidade. MTODOS: Foram analisados dados sobre mortalidade hospitalar por infarto agudo do miocrdio, em 2000, utilizando as bases de dados do Sistema de Informao de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informao Hospitalar (SIH/SUS); e numa segunda etapa utilizaram-se de dados obtidos de levantamento direto de pronturios mdicos de dois hospitais do Sistema nico de Sade no municpio do Rio de Janeiro. Foi feita comparao entre pronturios, declaraes de bitos e formulrios de autorizao de internao hospitalar. Utilizou-se para confirmao do diagnstico de infarto agudo do miocrdio critrios da Organizao Mundial de Sade. A concordncia entre as informaes presentes na declarao de bito, autorizao de internao hospitalar e pronturios foi utilizado o teste de Kappa de Cohen e o coeficiente de correlao intraclasse (ICC). RESULTADOS: O total de bitos hospitalares por infarto agudo do miocrdio registrados no SIM expressivamente maior que no SIH/SUS. Foram identificados trs fontes que explicam grande parte da discrepncia observada: ausncia de emisso de autorizao de internao hospitalar (32,9%), notificao de outro diagnstico principal no SIH/SUS (19,2%) e subnotificao do bito na autorizao de internao hospitalar (3,3%). O diagnstico de infarto foi confirmado em 67,1% dos casos de notificados na declarao de bito. A sensibilidade da informao sobre bito por infarto do miocrdio foi de aproximadamente 90% em ambos os sistemas de informao analisados. CONCLUSES: Os resultados mostraram ser necessrio implementar medidas voltadas para a melhoria da qualidade da informao no SIH/SUS, tais como a padronizao de critrios para emisso da autorizao de internao hospitalar nas emergncias e o treinamento das equipes dos sistemas de registro.
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OBJETIVO: Analisar a sobrevida e os principais fatores prognsticos entre os pacientes com tumor de Wilms unilateral. MTODOS: A coorte de estudo incluiu 132 casos de tumor de Wilms unilateral em menores de 15 anos de idade matriculados em servio de oncologia peditrica, de janeiro de 1990 a dezembro de 2000. Curvas de sobrevida foram confeccionadas utilizando-se o mtodo de Kaplan-Meier e fatores prognsticos foram analisados pelo modelo de riscos proporcionais de Cox. RESULTADOS: A estimativa de sobrevida global em cinco anos foi 84,6%. As probabilidades de sobrevida para os estdios I, II, III e IV foram de 100%; 94,2%; 83,2% e 31,3%, respectivamente. A taxa de sobrevida para os pacientes com: histologia favorvel foi de 89,4%, para aqueles com anaplasia focal 66,7 % e com anaplasia difusa 40%. Todos os pacientes com doena em estdio IV e anaplasia difusa foram a bito (n=4). Todos os pacientes com doena em estdio I, independente da histologia, permaneceram vivos at o final do perodo de seguimento. CONCLUSES: Entre as variveis escolhidas para o modelo final apenas o estadiamento e a histologia permaneceram associados ao elevado risco de bito enquanto que os casos na faixa etria entre 24 e 47 meses apresentaram melhor prognstico que os demais. Esses resultados mostram a importncia do diagnstico em fases iniciais da doena e que a histologia fundamental para orientar a terapia adequada.