305 resultados para Açaí de terra firme
Resumo:
Foi realizado o inventário das espécies de musgos (Bryophyta) da Estação Científica Ferreira Penna, município de Melgaço, estado do Pará. Esta estação possui 85% de sua área ocupada por mata de terra firme, bem conservada. Sua vegetação de fanerógamas já está relativamente estudada. Porém o estudo dos musgos está avançando agora com este trabalho. Além de inventariar as espécies de musgos ocorrentes na área, outros objetivos são ampliar a distribuição geográfica das espécies ainda não referidas para a região, registrar o tipo de substrato e ecossistema onde elas ocorrem. Foram identificadas 84 espécies, 37 gêneros e 19 famílias. Esse trabalho é parte dos estudos realizados com os musgos da ECFPn, tratando apenas das 47 espécies pertencentes às famílias Bartramiaceae, Brachytheciaceae, Bryaceae, Calymperaceae, Fissidentaceae, Hypnaceae e Leucobryaceae. Para cada táxon foram citados, herbário, referências de descrições, comentários com as características diagnósticas, habitats, distribuição geográfica brasileira e material examinado. São novas referências para Amazônia Brasileira, Fissidens pauperculus M. Howe e Octoblepharum costatum H. A.Crum e para o estado do Pará, Syrrhopodon incompletus Schwägr. var. berteroanus (Brid.) W. D. Reese e Leucobryum crispum Müll. Hal.
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Este estudo avaliou o desempenho da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) em sistemas agroflorestais implantados em ecossistema de terra firme na Amazônia Central. Foram avaliados 3 sítios de sistemas agroflorestais multi-estratificados, implantados em 1992, em áreas de pastagens degradadas, situadas no km 54 da BR-174, no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus (AM). Os sistemas foram implantados após o processo tradicional de derruba e queima da vegetação secundária estabelecida em pastagens submetidas por 6 anos ao pastejo intensivo e abandonadas por 4 anos, em média, ao processo de regeneração natural. O desempenho da espécie com 12 anos de idade foi avaliado por meio do diâmetro à altura do peito (DAP), da altura total, da taxa de sobrevivência e das variáveis morfométricas "Diâmetro da Copa", "Proporção de Copa", "Grau de Esbeltez", "índice de Saliência", "índice de Abrangência" e "Forma de Copa". Os indivíduos atingiram altura total média de 20,9 m e DAP de 37,9 cm, com incremento médio anual de 1,74 m e 3,16cm, respectivamente. A porcentagem média de sobrevivência foi de 78%, cuja mortalidade foi relacionada às ventanias e raios. Os resultados indicaram a eficiência dessa espécie para reabilitar áreas degradadas e confirmaram-na como uma espécie adequada para formar sistemas agroflorestais.
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Lesmas do gênero Omalonyx d'Orbigny, 1837 são hermafroditas, herbívoras, de distribuição neotropical e vivem em plantas aquáticas, nas demais vegetações adjacentes e em solo úmido próximo a ambientes de água doce. No presente trabalho reporta-se a ocorrência atípica de O. pattersonae Tillier, 1981 e de Omalonyx sp. em área de terra firme, distante de ambiente aquático. Estas espécies aqui reportadas são simpátricas e devido à alta densidade populacional e prejuízos causados às folhas do capim-elefante Pennisetum purpureum Schumach, são caracterizadas como pragas agrícolas. No período da noite as lesmas se alimentavam das folhas do capim elefante e durante o dia permaneciam escondidas na base do caule, próximo a superfície úmida do solo. A aplicação de cal hidratada sobre agregados de indivíduos de Omalonyx spp foi um método efetivo para o controle das populações. As alterações ambientais dos ecossistemas amazônicos para uso agrícola e/ou urbanização tem promovido o aumento populacional de espécies que se adaptam a novos habitats e geralmente se tornam pragas de difícil controle.
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Foram investigadas variáveis físico-químicas e químicas de ambientes aquáticos, em área de floresta primária de terra firme, próxima à área urbana, no município de Manaus. Os cursos de águas superficiais investigados drenam tanto área de floresta primária como urbanizada e, na região, são chamados igarapés. Dois desses igarapés têm suas nascentes na área urbana, adentram a área de floresta e lá se juntam. Ainda dentro da mesma área o igarapé resultante encontra-se com um outro que drena apenas área de floresta primária. Neste estudo foram pesquisadas as variáveis ambientais: pH, condutividade elétrica da água, os cátions (Na+, K+, Ca2+, Mg2+ e Fe2+) e material em suspensão. Foi possível observar diferenças significativas nas médias da concentração de íons hidrogênio, na condutividade elétrica e na quantidade de material em suspensão, entre os igarapés estudados. No igarapé cuja nascente encontra-se dentro da reserva, os valores médios correspondentes ao pH, condutividade elétrica e material em suspensão foram, respectivamente, 4,47; 6,44 mS cm-1 e 1,25 mg L-1; e os valores mais elevados registrados nos impactados foram 6,84, 141,50 mS cm-1 e 9,50 mg L-1. Os resultados mostram que o igarapé que drena área de floresta mantém suas características naturais por estar protegido das atividades antrópicas, e os que provêm da área urbana encontram-se impactados.
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Este trabalho teve como objetivo agrupar espécies com características de teor de umidade e densidade básica da madeira semelhantes para compor cargas mistas de espécies para secagem em câmaras industriais de secagem da madeira. Foram amostradas nove espécies em floresta de terra firme na Amazônia Central com três repetições por espécie. Em todas as espécies os teores de umidade não diferiram entre base e topo do tronco, o que confere estabilidade da madeira durante o processo de secagem. Os valores de densidade básica variaram de 0,561 a 0,904 g cm-3. A partir do presente estudo foi possível separar as espécies em três grupos com base na densidade básica e teor de umidade, o primeiro com as espécies Minquartia guianensis, Lecythis poiteaui, Mezilaurus itauba, Manilkara huberi e Brosimum rubescens que são consideradas madeiras pesadas (densidade variando de 0,835 a 0,904 g cm-3) , de secagem mais lenta ou difícil. O segundo grupo contem as espécies Clarisia racemosa e Ocotea rubra (densidade média de 0,665 e 0,720 g cm-3, respectivamente) e o terceiro grupo com as espécies Parkia paraensis e Brasimum parinarioides que apresentam densidade média e secagem rápida (densidade de 0,561 e 0,588 g cm-3, respectivamente).
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Forest structure determines light availability for understorey plants. The structure of lowland Amazonian forests is known to vary over long edaphic gradients, but whether more subtle edaphic variation also affects forest structure has not beenresolved. In western Amazonia, the majority of non-flooded forests grow on soils derived either from relatively fertile sediments of the Pebas Formation or from poorer sediments of the Nauta Formation. The objective of this study was to compare structure and light availability in the understorey of forests growing on these two geological formations. We measured canopy openness and tree stem densities in three size classes in northeastern Peru in a total of 275 study points in old-growth terra firme forests representing the two geological formations. We also documented variation in floristic composition (ferns, lycophytes and the palm Iriartea deltoidea) and used Landsat TM satellite image information to model the forest structural and floristic features over a larger area. The floristic compositions of forests on the two formations were clearly different, and this could also be modelled with the satellite imagery. In contrast, the field observations of forest structure gave only a weak indication that forests on the Nauta Formation might be denser than those on the Pebas Formation. The modelling of forest structural features with satellite imagery did not support this result. Our results indicate that the structure of forest understorey varies much less than floristic composition does over the studied edaphic difference.
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In the second half of 1980, 112 (or ca. 16%) of the inhabitants of the new settlement of São José, city of Manaus, contracted cutaneous leishmaniasis whilst clearing their properties of terra firme rainforest. With the aid of SUCAM, the authors carried out a pilot study to investigate the feasibility of reducing populations of Lutzomyia umbratilis, the local silvatic vector of Leishmania braziliensis guyanensis, by spraying insecticide on its favoured diurnal resting sites, the bases of the larger forest trees. Most manvector contact is at these resting sites and, therefore, it was encouraging to record a marked reduction of the tree-base populations of L. umbratilis for 21 days following just one application of D.D.T. emulsion in an area 200m square. Most of the treated trunks were not occupied by L. umbratilis for at least eleven months. Suggestions for extending the pilot study are made, and the need for collaboration with a clinical team is emphasized. Leishmania b. guyanensis is the aetiological agent of [quot ]pain bois[quot ], which is hyperendemic from French Guiana to central Amazônia. In the absence of proven vaccines or methods of vector control, some simple methods for limiting transmission of Le. b. guyanensis to man are listed.
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Fifty-two species of Lutzomyia sand flies were identified in contemporaneous samples totalling only 1875 individuals, collected at the same site in tall primary terra-firme rainforest, near the south bank of the Solimões River. The most abundant species belonged to the subgenera Trichophoromyia and Nyssomyia. The subgenera Psathyromyia, Nyssomyia and Psychodopygus represented the greatest number of species. A new, aberrant species of the subgenus Psathyromyia (L. cultellata) and the female of Lu. souzacastroi are described. The Phlebotominae are proposed as a suitable indicator group for biogeographic and diversity studies.
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The Amazon forest is being exploited for timber production. The harvest removes trees, used by sand flies as resting sites, and decreases the canopy, used as refuges by some hosts. The present study evaluated the impact of the timber harvest, the abundance of sand flies, and their trypanosomatid infection rates before and after selective logging. The study was accomplished in terra-firme production forest in an area of timber harvest, state of Amazonas, Brazil. Sand fly catches were carried out in three areas: one before and after the timber harvest, and two control areas, a nature preservation area and a previously exploited area. The flies were caught by aspiration on tree trunks. Samples of sand flies were dissected for parasitological examination. In the site that suffered a harvest, a larger number of individuals was caught before the selective extraction of timber, showing significant difference in relation to the number of individuals and their flagellate infection rates after the logging. The other two areas did not show differences among their sand fly populations. This fact is suggestive of a fauna sensitive to the environmental alterations associated with selective logging.
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A new species of parthenogenetic, autogenic and apparently extremely endemic phlebotomine is described from a sandstone cave located in primary terra firme forest to the North of the city of Manaus. Specimens were collected in the aphotic zone of the Refúgio do Maruaga cave by light trap and reared from bat guano. The adult morphology suggests a closer relationship to some Old World Phlebotominae than to species of Lutzomyia França encountered in the surrounding rainforest, but it shares characteristics with the recently proposed Neotropical genera Edentomyia Galati, Deanemyia Galati and Oligodontomyia Galati.
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Artemisinin is the active antimalarial compound obtained from the leaves of Artemisia annua L. Artemisinin, and its semi-synthetic derivatives, are the main drugs used to treat multi-drug-resistant Plasmodium falciparum (one of the human malaria parasite species). The in vitro susceptibility of P. falciparum K1 and 3d7 strains and field isolates from the state of Amazonas, Brazil, to A. annua infusions (5 g dry leaves in 1 L of boiling water) and the drug standards chloroquine, quinine and artemisinin were evaluated. The A. annua used was cultivated in three Amazon ecosystems (várzea, terra preta de índio and terra firme) and in the city of Paulínia, state of São Paulo, Brazil. Artemisinin levels in the A. annua leaves used were 0.90-1.13% (m/m). The concentration of artemisinin in the infusions was 40-46 mg/L. Field P. falciparum isolates were resistant to chloroquine and sensitive to quinine and artemisinin. The average 50% inhibition concentration values for A. annua infusions against field isolates were 0.11-0.14 μL/mL (these infusions exhibited artemisinin concentrations of 4.7-5.6 ng/mL) and were active in vitro against P. falciparum due to their artemisinin concentration. No synergistic effect was observed for artemisinin in the infusions.
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Two snapshot surveys to establish the diversity and ecological preferences of mosquitoes (Diptera: Culicidae) in the terra firme primary rain forest surrounding the Tiputini Biodiversity Station in the UNESCO Yasuní Biosphere Reserve of eastern Amazonian Ecuador were carried out in November 1998 and May 1999. The mosquito fauna of this region is poorly known; the focus of this study was to obtain high quality link-reared specimens that could be used to unequivocally confirm species level diversity through integrated systematic study of all life stages and DNA sequences. A total of 2,284 specimens were preserved; 1,671 specimens were link-reared with associated immature exuviae, all but 108 of which are slide mounted. This study identified 68 unique taxa belonging to 17 genera and 27 subgenera. Of these, 12 are new to science and 37 comprise new country records. DNA barcodes [658-bp of the mtDNA cytochrome c oxidase ( COI ) I gene] are presented for 58 individuals representing 20 species and nine genera. DNA barcoding proved useful in uncovering and confirming new species and we advocate an integrated systematics approach to biodiversity studies in future. Associated bionomics of all species collected are discussed. An updated systematic checklist of the mosquitoes of Ecuador (n = 179) is presented for the first time in 60 years.
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Vespidae sociais utilizam principalmente material vegetal para a elaboração de seus ninhos. Embora existam alguns estudos referentes à fauna de vespas na região Amazônica, nenhum trabalho trata exclusivamente dos ninhos. Além disso, nas coleções biológicas poucos são os ninhos tombados, devido principalmente à fragilidade e difícil conservação dos mesmos. O objetivo desse trabalho foi o conhecimento de alguns ninhos encontrados na Reserva Ducke, apresentando informações a respeito dos mesmos e uma chave de identificação dos gêneros. Os ninhos foram coletados através da busca direta, percorrendo os transectos da grade do Programa de Pesquisa em Biodiversidade; locais como margens de igarapés, bordas de acampamentos e construções na sede da reserva também foram explorados. Para todos os ninhos obteve-se o registro fotográfico e a localização exata por GPS. Foram registrados 39 ninhos de vespas sociais alocados em 17 espécies de Polistinae: Agelaia constructor, A. pallipes, Angiopolybia pallens, Apoica pallens, Metapolybia unilineata, Mischocyttarus lecointei, M. saturatus, Polybia bistriata, P. dimidiata, P. jurinei, P. liliacea, P. occidentalis, P. procellosa, P. rejecta, Protopolybia bituberculata, P. chartergoides e Synoeca virginea. Cinco ninhos desabitados de Mischocyttarus, Polybia e Polistes também foram coletados.
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A mineralização do N proveniente do resíduo de feijão-caupi marcado com 15N foi estudada em condições de laboratório de setembro a dezembro de 1992. O material vegetal foi incorporado em amostras dos três principais solos da Amazônia Central: dois de terra firme, classificados como latossolo amarelo e podzólico vermelho-amarelo, e um de várzea, classificado como glei pouco húmico (GP). As variações nos teores e na forma de N mineral provenientes do resíduo de caupi foram relacionadas com as características químicas dos solos estudados. No latossolo e no podzólico, a incorporação do resíduo de caupi aumentou significativamente a mineralização do N, sendo a forma amoniacal predominante, enquanto, no GP, a forma nítrica preponderou. Nos solos de terra firme, a incorporação do resíduo de caupi aumentou a mineralização do N orgânico do solo, indicando a ocorrência do efeito "priming". Após 60 dias de incubação, cerca de 30 (podzólico) a 40% (latossolo) do N proveniente do caupi foi mineralizado nos solos de terra firme, enquanto no de várzea somente 18% foi mineralizado nesse período. Tais resultados mostram o potencial que essa leguminosa apresenta como fornecedora de N para as plantas nos solos de terra firme da Amazônia Central.
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Os ecossistemas periodicamente inundados, embora representem 25% da área total da Amazônia, contribuem com 75% da produção madeireira. Tanto esses ecossistemas como os de terra firme apresentam grande diversidade de espécies da família Leguminosae. Algumas dessas espécies já são exploradas economicamente de forma extrativista, mas o potencial econômico da maioria permanece inexplorado. Conhecer o comportamento dessas espécies em condições de viveiro é o primeiro passo para compreender sua biologia e estabelecer plantios nas áreas já desmatadas. Neste trabalho, desenvolvido no Campus do INPA, em Manaus, durante 1985 e 1986, são apresentadas informações sobre o crescimento inicial e nodulação de 49 espécies arbóreas nativas, de ecossistemas de terra firme (16) ou periodicamente inundados, (33) da Amazônia. Plântulas recém-germinadas foram transplantadas, em condições de viveiro, para sacos plásticos que continham cinco diferentes substratos que consistiram de areia adubada, de uma mistura de argila com areia 3:2 (v/v), de material do horizonte A de um glei húmico, e de material do horizonte A de um podzólico vermelho-amarelo, adubado ou não. A maioria das espécies desenvolveu-se bem nos cinco substratos. Algumas espécies cresceram melhor nos substratos, de maior fertilidade. Espécies oriundas de ecossistemas inundados cresceram melhor que as oriundas de terra firme. Foi observada nodulação em 30 espécies. Entre as que apresentaram maiores taxas de crescimento, havia tanto espécies nodulíferas como não-nodulíferas, indicando que a fixação biológica de N2 não é o único mecanismo eficiente de absorção de nitrogênio em leguminosas tropicais. As espécies que apresentaram as maiores taxas de crescimento foram: Enterolobium maximum, Swartzia polyphylla e Vatairea guianensis.