515 resultados para Uso de medicamento
Resumo:
As alterações hormonais ocorridas em pouco espaço de tempo promovem modificações em todo o organismo da mulher, com manifestações físicas e emocionais muitas vezes evidentes. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade das células ciliadas externas em mulheres durante o ciclo menstrual, observando os efeitos das alterações hormonais impostas pelo ciclo em suas três fases. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo que avaliou 21 mulheres entre 20 e 35 anos que não faziam uso de medicamento contraceptivo (dados obtidos em anamnese). Foi realizada avaliação das emissões otoacústicas transientes e por produto de distorção durante as três fases do ciclo hormonal (lútea, folicular e ovulatória). Para análise geral dos dados foi utilizado o programa SPSS 13.0, RESULTADOS: As três fases do ciclo hormonal não alteram os valores de amplitude e reprodutibilidade das emissões otoacústicas transientes e por produto de distorção. Foi verificada diferença entre as orelhas na freqüência de 1,5 kHz na amplitude das emissões por produto de distorção, tendo a orelha direita os maiores valores. CONCLUSÃO: Com a realização deste estudo pôde-se concluir que não há diferenças significantes das emissões otoacústicas transientes e por produto de distorção entre as fases do ciclo hormonal.
Resumo:
62 portadores de esquistossomose mansoni não complicada foram medicados com hycanthone, por via intramuscular, na dose de 2,5 mg/kg, sendo que. para cada caso, foram registrados sete eletrocardiogramas, durante cinco dias. Embora modificações eletrocardiográficas tenham sido verificadas em 67,74% dos pacientes, elas foram muito discretas, sugerindo o estudo da possibilidade do uso do medicamento em portadores de afecções cardiovasculares.
Resumo:
Pacientes na fase crônica da doença de Chagas foram tratados com corticóide em virtude de afecções associadas e, a fim de tentar coibir reativação da infecção pelo Trypanosoma cruzi, houve administração do benznidazol, iniciada concomitantemente em um grupo de 12 pacientes, ou 15 dias após o começo do uso daquele medicamento em outro grupo de 6. Levando em conta o verificado em pesquisa anterior, quando corticóide de fato promoveu aumento da parasitemia, como ainda valorizando os resultados de xenodiagnóstico, pôde ser notado que o benznidazol mostrou-se apto a evitar a citada acentuação parasitária, podendo tal constatação ser útil em procedimentos assistenciais, quando estiverem presentes doença de Chagas e imunodepressão.
Resumo:
INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública, com grau de letalidade alcançando 10%. Para o tratamento medicamentoso, é recomendado o antimoniato de metilglucamina. Este estudo tem como objetivo avaliar o uso de medicamento em casos de leishmaniose visceral atendidos no Serviço de Infectologia do Núcleo de Hospital Universitário de Campo Grande Estado do Mato Grosso do Sul. MÉTODOS: Para coleta de dados, foram pesquisados prontuários de 76 pacientes com diagnóstico de leishmaniose visceral atendidos pelo Serviço de Infectologia do Hospital Universitário de Campo Grande. RESULTADOS: Foram analisados prontuários de 76 (28,9%) pacientes (56 homens e 20 mulheres) apresentavam comorbidades. Como droga de 1ª escolha, 88,2% dos pacientes utilizaram o antimoniato-N-metil glucamina com evolução para óbito de 18,4%. A análise de sobrevida mostrou diferença estatisticamente significativa em pacientes com e sem comorbidades (p< 0,0001) e com comorbidade que fizeram uso de Glucantime® (p <0,0009). A letalidade de 18,4% sinaliza ineficiência das medidas de assistência a saúde adotadas. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que o prognóstico da doença torna-se ruim quando associado à presença de comorbidades e que o tratamento deve ser criterioso, para minimizar a letalidade.
Resumo:
Objetivo: Este estudo objetiva avaliar a prevalência de depressão entre a população de rua. Métodos: Realizado estudo transversal com homens adultos em situação de rua de Belo Horizonte. Para coleta de dados, foi utilizado o Inventário de Depressão de Beck e análise foi realizada por meio da estatística descritiva. Resultados: Evidenciam-se alta prevalência de depressão e o grau de severidade dos sintomas depressivos relacionados à faixa etária, tempo de moradia na rua, local onde dorme, relato de problema de saúde e uso de medicamento da população masculina adulta em situação de rua. Conclusão: O presente estudo ressalta a importância de construção de políticas de saúde voltadas para a população de rua.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalência de casos suspeitos de transtornos mentais comuns em uma população assistida por uma equipe do Programa Saúde da Família e investigar os fatores associados à ocorrência dessa morbidade. MÉTODOS: Pesquisa de levantamento, de corte transversal. A amostra, composta por 277 sujeitos, foi obtida por meio do método de amostragem aleatória do tipo sistemática. Para a coleta de dados, foram aplicados o Self Report Questionnaire (SRQ-20) e um questionário sociodemográfico. RESULTADOS: A prevalência global de casos suspeitos de transtornos mentais comuns na população alvo foi de 43,70%. O sexo feminino apresentou uma taxa de prevalência significativamente mais elevada (48,37%), quando comparado ao sexo masculino (34,41%). A variável "renda familiar" apresentou uma relação inversa com a prevalência de transtornos mentais comuns. A análise de regressão logística indicou que apenas as variáveis "uso de medicamento" e "renda familiar" estavam associadas significativamente à suspeita de casos de transtornos mentais comuns. CONCLUSÕES: Os resultados apontaram uma elevada prevalência de transtornos mentais comuns nessa população alvo, comparativamente aos dados de outros estudos semelhantes, indicando a necessidade de um cuidado especial por parte da Atenção Primária à Saúde, em particular para as famílias caracterizadas pelos fatores associados ao transtornos mentais comuns apontados nesta investigação.
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OBJETIVO: Avaliar o impacto do tratamento da obesidade nas adipocitocinas, na proteína C-reativa (PCR) e na sensibilidade à insulina em pacientes hipertensas com obesidade central. MÉTODOS: O estudo foi realizado a partir do banco de dados e de amostras estocadas de soro de pacientes submetidas previamente a um estudo para tratamento de obesidade. Foram selecionadas 30 mulheres hipertensas, com idade entre 18 e 65 anos, índice de massa corpórea (IMC) > 27 kg/m², com distribuição central de gordura. As pacientes foram aleatoriamente submetidas a dieta hipocalórica e orlistat 120 mg três vezes por dia ou apenas a dieta hipocalórica, durante 16 semanas. As pacientes que apresentaram perda de peso superior a 5% (n = 24) foram avaliadas em relação a níveis pressóricos, valores antropométricos, gordura visceral, índices de resistência (HOMA-R - homeostasis model assessment of insulin resistance) e de sensibilidade à insulina (ISI - Insulin Sensitivity Index), perfil lipídico, e dosagens das adipocitocinas (adiponectina, leptina, IL-6 e TNF-a) e de PCR. RESULTADOS: Após redução do IMC de cerca de 8% em ambos os grupos, foi verificada diminuição de gordura visceral, glicemia de jejum, triglicérides e TNF-a. Apenas o grupo orlistat, que inicialmente era mais resistente à insulina, apresentou redução significativa da glicemia pós-sobrecarga oral de glicose e aumento da sensibilidade à insulina. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo indicam que a perda de peso superior a 5% se associa à melhora do perfil inflamatório e à redução da resistência à insulina, a qual ocorreu de maneira independente das variações de adiponectina e de TNF-a. Os maiores benefícios na sensibilidade à insulina obtidos no grupo orlistat não puderam ser atribuídos ao uso do medicamento em virtude da maior concentração de indivíduos resistentes à insulina nesse grupo.
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Os autores relatam um caso de pneumonia lipídica em um paciente de 80 anos de idade, que iniciou o quadro com dispnéia em repouso. Havia história de constipação crônica, com uso freqüente de laxativos oleosos. O paciente apresentava diminuição do nível de consciência e os familiares relatavam tosse e engasgos freqüentes, durante o uso do medicamento. As radiografias de tórax demonstravam consolidação localizada no segmento posterior do lobo superior do pulmão direito, além de opacidades mal definidas nos lobos inferiores e que não se modificavam em exames sucessivos. A tomografia computadorizada de alta resolução mostrou consolidações com medidas de densidade negativas em seu interior, variando de -29 a -83 UH, e opacidades em vidro fosco localizadas no lobo superior do pulmão direito e nos lobos inferiores, com predomínio nos segmentos posteriores. O diagnóstico foi feito através do lavado bronco-alveolar, que evidenciou a presença do material oleoso. O paciente foi orientado a interromper o uso de laxativos oleosos e não retornou para o controle ambulatorial.
Resumo:
A carreira médica pode desencadear alterações patológicas na saúde mental, que podem ter início já na graduação. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de Transtornos Psiquiátricos Menores (TPMe) e a procura por ajuda em estudantes de um curso de Medicina. Trata-se de um estudo transversal, com uma população de 343 estudantes da primeira à quarta série, maiores de 18 anos. Foram realizadas entrevistas, em salas de aula, por meio de dois questionários estruturados, o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) e outro elaborado pelos autores. Análises descritiva, univariada, bivariada e estatística foram utilizadas mediante o programa Microsoft Excel. Os resultados evidenciaram que, entre os acadêmicos com TPMe, 41,6% (a maioria) moravam sozinhos e 75% eram mulheres. Entre os acometidos, 59,2% não conheciam qualquer programa e apenas 9,1% procuraram ajuda. O uso de medicamento foi duas vezes mais prevalente em mulheres com TPMe do que em homens, sendo antidepressivos e ansiolíticos os mais usados. A prevalência de 26,1% de TPMe nos alunos, associada a baixa procura por cuidados e a relatos de automedicação, demonstra a inefetividade dos atuais programas de apoio.
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Objetivos: Avaliar o efeito do tamoxifeno nos níveis séricos de progesterona, estradiol, prolactina, hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo-estimulante (FSH) e da globulina transportadora dos hormônios sexuais (SHBG), quando administrado a mulheres no menacme, nas doses de 10 e 20 mg/dia por 22 dias. Métodos: Estudo aleatório e duplo-cego. Foram incluídas 43 mulheres pré-menopausadas e eumenorréicas. Foram distribuídas em 3 grupos: A (N = 15; placebo), B (N = 15; 10 mg/dia) e C (N = 13; 20 mg/dia). Foram realizadas duas dosagens hormonais, sendo a primeira no 22º dia do ciclo menstrual que precedeu o uso da droga e a segunda após 22 dias de uso do medicamento. Utilizaram-se os testes de Levene e t-pareado para avaliar a homogeneidade da amostra e a variação das dosagens hormonais, respectivamente. Resultados: As concentrações séricas de estradiol, progesterona e SHBG aumentaram significantemente nos grupos B e C. No grupo C, observou-se ainda elevação no nível sérico de FSH (p < 0,0045) e queda dos valores de prolactina (p < 0,0055). Conclusões: O tamoxifeno promoveu aumento significante nas concentrações séricas de estradiol, progesterona e SHBG, tanto na dose de 10 como de 20 mg/dia. Porém, o aumento significante de FSH e a diminuição da prolactina foram obtidos apenas com a dose de 20 mg/dia.
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Objetivo: a utilização repetitiva do corticóide antenatal objetivando acelerar a maturidade pulmonar fetal tem sido muito empregada no risco de parto prematuro, o que nos motivou a estudar a dosagem de corticosterona no termo e aspectos morfológicos das glândulas adrenais maternas e fetais de ratas albinas submetidas à ação da betametasona na segunda metade da prenhez, para verificar conseqüências dessa terapêutica. Métodos: utilizamos 30 ratas prenhes, distribuídas em 3 grupos numericamente iguais. As do Grupo I receberam betametasona nos dias 11, 12, 18 e 19 da prenhez. As do Grupo II receberam água destilada nesses dias (grupo controle), e as do Grupo III não receberam qualquer medicamento, constituindo grupo controle de estresse. Foram todas sacrificadas no 20º dia de prenhez, quando dosamos a corticosterona no sangue das matrizes e extirpamos as glândulas adrenais maternas e fetais para exame de microscopia óptica. Resultados: a dosagem de corticosterona plasmática foi significantemente menor no grupo tratado com betametasona (4,8 mg/dL), quando comparada aos grupos controles (17,7 e 26,8 mg/dL). À microscopia óptica observou-se intensa vacuolização citoplasmática na zona fasciculada das adrenais maternas e fetais no grupo que utilizou a betametasona, indicando intensa supressão adrenal secundária ao uso do medicamento. Conclusões: o uso repetitivo e prolongado de corticóides, em ratas prenhes, para acelerar a maturidade pulmonar fetal determina supressão adrenal materna e fetal.
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Procura-se discutir - de um ponto de vista teórico - o uso simbólico do medicamento como implicando uma "economia" de um "processo longo" e dos aspectos complexos da saúde tanto a nível social como individual.A saúde é, sempre, um "processo longo" na medida em que não pode ser separada de um projeto de vida, projeto esse que se situa numa escala de tempo outra que aquela presente na fruição de produtos de consumo, como o medicamento. A "saúde imediata" é proposta como resultante desejada ou significado deste processo simbólico. É ressaltada a dimensão político-ideológica do problema, estreitamente vinculada à idéia do medicamento como mercadoria. Discute-se a oposição: consumo com prescrição médica versus consumo sem prescrição médica como sendo uma falsa oposição, a ser substituída pela oposição: consumo simbólico versus consumo não simbólico de medicamentos. Propõe-se finalmente, um novo campo de pesquisa em saúde pública: a oferta e procura de bens simbólicos que satisfaçam o desejo de "saúde imediata".
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INTRODUÇÃO: Há no Brasil crescente utilização de medicamentos industrializados, inclusive durante o ciclo reprodutivo feminino. Na gestação os efeitos dos medicamentos no feto pode resultar em toxicidade com possíveis lesões irreversíveis. Nesse sentido, foi verificada a prevalência do uso de medicamentos, durante a gravidez, na população estudada e sua relação com as características maternas, grupos farmacológicos e fonte de indicação. MÉTODOS: Foram avaliadas, quanto ao uso de medicamentos, 1.620 mulheres que deram à luz em cinco hospitais de atendimento público, privado ou conveniado, da cidade de São Paulo, de julho a setembro de 1993. Os dados referentes ao uso de medicamentos e de outras variáveis foram coletados, por meio de entrevista estruturada, no intervalo de 30 dias consecutivos junto às puérperas. RESULTADOS E CONCLUSÕES: A relação entre escolaridade materna e atendimento hospitalar revelou desigualdade social no acesso aos diversos tipos de serviço de assistência ao parto. A prevalência do uso de pelo menos um medicamento foi de 97,6%, com média de 4,2 medicamentos por mulher. A prevalência do uso de medicamentos por indicação médica e por automedicação foi de 94,9% e 33,5%, respectivamente. As medicações mais usadas, excluindo-se as vitaminas, sais minerais e vacinas, foram os analgésicos, antiácidos, antieméticos e antiespasmódicos. Usuárias com maior uso de medicamentos tiveram as seguintes características: acima de 29 anos de idade, casadas, terceiro grau completo, atividade remunerada e acesso aos serviços privados de saúde. A assistência médica desempenhou papel facilitador no acesso ao uso de medicamentos durante o período gestacional. As mulheres deveriam ser conscientizadas dos riscos em potencial a que expõem seus fetos ao fazerem uso de tantas medicações. O pré-natalista deveria repensar seu papel diante desta problemática.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade do uso de medicamentos através da análise do padrão do uso, do grau de concordância com listas de medicamentos essenciais, do valor terapêutico e das interações medicamentosas encontradas entre mulheres com mais de 60 anos. MÉTODOS: Foram pesquisadas 634 mulheres que freqüentam a Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados através de questionário padronizado e testado. As variáveis utilizadas foram relativas aos medicamentos e a seu modo de utilização. As unidades de análise foram o medicamento e o indivíduo. RESULTADOS: Das 634 mulheres estudadas, 9,1% não tomam qualquer tipo de medicamento. A média de medicamentos consumidos foi de 4,0 por mulher. Das 2.510 especialidades farmacêuticas citadas, há 538 princípios ativos diferentes. Cerca de 26% dos medicamentos são concordantes com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, e 17%, com as da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. Cerca de 17% dos medicamentos são inadequados para o uso. No que diz respeito a redundâncias, 14,1% das mulheres podem sofrer conseqüências decorrentes desse evento. Quanto às interações medicamentosas, 15,5% das entrevistadas estão expostas às principais interações. CONCLUSÕES: Os dados sugerem que o padrão do uso dos medicamentos entre as idosas é bastante influenciado pela prescrição médica e que sua qualidade é prejudicada pela baixa seletividade do mercado farmacêutico.
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OBJETIVO: Descrever os medicamentos utilizados por gestantes que fizeram o pré-natal em serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) em cidades brasileiras. MÉTODOS: Utilizando-se um questionário estruturado, foram entrevistadas 5.564 gestantes entre a 21ª e a 28ª semanas de gravidez, que se apresentaram para consulta em serviço de pré-natal do SUS em seis grandes cidades brasileiras. As perguntas foram agrupadas em "uso orientado" para dor, cólica, enjôo, tosse e outros e em "medicamento orientado" para vitamina, ferro e flúor. Foi adotada a classificação de risco do FDA (Food and Drug Administration), entre 1991 e 1995. RESULTADOS: Do total de 5.564, 4.614 (83,8%) das gestantes usaram pelo menos um medicamento durante a gestação, somando 9.556 medicamentos. Os medicamentos mais utilizados foram as vitaminas associadas a antianêmicos (33,5%), os medicamentos que atuam sobre o aparelho digestivo (31,3%), os analgésicos/antiinflamatórios (22,2%), os antianêmicos (19,8%) e os antimicrobianos (11,1%). Quanto à classificação de risco para a gestação, 3.243 (34,0%) foram incluídos na categoria A, 1.923 (22,6%) na categoria B, 3.798 (39,7%) na categoria C, 289 (3,0%) na categoria D e 55 (0,6%) na categoria X. CONCLUSÕES: Foram observadas grandes variações quanto ao uso de medicamentos, principalmente antianêmicos e vitaminas associadas a antianêmicos, entre as várias cidades estudadas, mostrando a ausência de um padrão nacional quanto ao uso desses medicamentos na gestação. Para uma proporção de 12,9% dos medicamentos utilizados, não foi localizada qualquer informação na literatura sobre a segurança para o uso durante a gestação. Essa proporção, somada aos 26,9% dos medicamentos classificados no grupo "C", mostra que 40% do uso de medicamentos na gestação são feitos sem bases definidas de segurança. Entretanto, medicamentos claramente contra-indicados durante a gestação corresponderam a apenas 3% dos 9.956 medicamentos utilizados.