91 resultados para Social classes
Protective and risk factors for toxocariasis in children from two different social classes of Brazil
Resumo:
The aim of this study was to analyze the prevalence of Toxocara spp. antibodies in children from two different socioeconomic classes in the Presidente Prudente municipality, São Paulo State, Brazil, and the protective and risk factors associated with toxocariasis. One hundred and twenty-six middle-class (MC) and 126 disadvantaged children (DC) were included in this study. Anti-Toxocara ELISA test was performed in order to evaluate seroprevalence. A survey was applied to the children's guardians/parents in order to analyze the protective and risk factors. The overall prevalence was 11.1%, and of 9.5% (12/126) and 12.7% (16/126) for MC and DC subgroups, respectively. Toxocara seropositivity was inversely proportional to the family income. A high household income was considered a protective factor for toxocariasis in the total population and in both MC and DC subgroups. Being a girl was considered a protective factor for the total population and for both subgroups. Whilst being an owner of cat was a risk factor for children belonging to the total and for both MC and DC subgroups, having dog was considered as a risk factor for only the MC. Epidemiologic protective/factor risks can be distinct depending on the strata of the same population. Thus, it is relevant to evaluate these factors independently for different socioeconomic classes in order to design future investigations and programs for preventing the infection of human beings by Toxocara spp. and other geohelminths.
Resumo:
INTRODUCTION: Leprosy is a potentially disabling infectious disease that evolves into emotional issues due to the prejudice that persists about the illness. The endemic has declined substantially with multidrug therapy (MDT) in the 80's; however, new demands associated with the reduction of stigma and the improvement of the affected people's quality of life have emerged. In Brazil, leprosy is still a public health problem. Piauí is the second state in the Northeast in prevalence and detection, and Teresina is a hyperendemic city. This study aimed to analyze the health-related quality of life (HRQoL) of people in treatment for leprosy in Teresina/PI. METHODS: An observational study was conducted using the SF-36 (a specific questionnaire for assessing quality of life), which sought the determinants of poor quality of life among people with leprosy, outlining the sociodemographic, clinical, and epidemiological characteristics of the 107 patients interviewed. RESULTS: The correlations between the variables showed five determinants of HRQoL: late diagnosis, multibacillary forms, reactions, disability diagnosis grade II, and prejudice. The profile of the participants showed that leprosy still affects the lower social classes in historically endemic areas, causing high percentages of secondary injuries that compromise the work capacity and quality of life of the affected people, perpetuating the stigma associated with the disease. CONCLUSIONS: The study reinforces the need to implement more effective strategies of disease control, due to the development of severe and disabling forms of leprosy is directly related to poor HRQoL in the same cured patient.
Resumo:
After a review of the concept of economic growth as a historical process beginning with the capitalist revolution and the formation of the modern national states, the author claims that growth is almost invariably the outcome of a national development strategy. Effective economic development occurs historically when the different social classes are able to cooperate and formulate an effective strategy to promote growth and face international competition. It follows a discussion of the main characteristics and of the basic tensions that such strategies face in the central countries which first developed, and in the underdeveloped countries, which, besides their domestic problems, confront major challenges in their relations with the rich countries.
Resumo:
The purpose of this article is to survey the main papers that founded a kaleckian approach of the economic growth. It presents a certain moment of the historical evolution of the non-neoclassical macrodynamics. This analysis can be understood under the political economy tradition in putting together social classes (capitalists and workers), distributive conflict and the relationship between distribution and accumulation.
Resumo:
A história do empreendedorismo mostra o papel relevante dos grupos sociais mais marginalizados, na tentativa de inserção social. Apesar disso, tal tema permanece praticamente explorado no Brasil. Nesse contexto, insere-se o presente trabalho, que buscou identificar o estrato social de origem de empreendedores industriais, localizados em Belo Horizonte, e o padrão de mobilidade intergeracional aí presente. Utilizou, para isso, uma pesquisa amostral de natureza quantitativa, complementada por informações qualitativas. Os resultados indicam que o empreendedorismo, no universo pesquisado, não constitui um fenômeno de elite. Encontra-se associado às classes média-baixa e baixa, e tal fato influencia a motivação para a criação de empreendimentos. Ao mesmo tempo, quanto menor o estrato social de origem dos empreendedores, maiores as chances de ocorrer mobilidade social vertical. O artigo lança luzes sobre o papel do empreendedorismo como fator de mobilidade social e abre caminhos para novas pesquisas na área.
Resumo:
Este artigo argumenta que no Brasil a luta de classes não alcançou dimensões profundas que pudesse engendrar a constituição do welfare state. Ao contrário, o Estado, sobretudo sua forma mais moderna, capitalista, que emergiu a partir da década de 1930, sempre se antecipou aos movimentos sociais que representassem ameaças de rupturas. De forma repressiva, o Estado brasileiro desde o Império dissipou os conflitos com o objetivo de manter uma certa harmonia em favor do processo de expansão e reprodução capitalista e a integração dos espaços regionais. O artigo, portanto, é uma tentativa, prematura, de entender o processo de constituição dos sistemas de seguridade social, analisando as experiências de alguns países e suas respectivas características, com isso confrontando alguns estudos e realizando comparações com a dinâmica da luta de classes no Brasil e a função do Estado nesse processo.
Resumo:
Êste trabalho focaliza o problema de estratificação social. Mostra as implicações das classes sociais na Saúde Pública, baseando-se no resultado de diversos estudos, que indicam haver relação entre o comportamento dos indivíduos e sua classificação social. São apresentados diversos indicadores utilizados para a identificação da posição de classe e é sugerida a unificação dos critérios. Evidencia a necessidade de consideração de classe social nos programas de saúde.
Resumo:
É discutido o problema dos múltiplos critérios de estratificação social, existentes na literatura sociológica, e proposto um modelo de estratificação intimamente vinculado à sociedade de classes.
Resumo:
Embora freqüentemente assumida como verdadeira, a relação entre classe social e estado de saúde e nutrição raramente tem sido estudada no plano empírico. Adotando-se proposta classificatória que permite a identificação operacional do conceito de classe social em sociedades de organização complexa, procurou-se estabelecer e comparar o estado de saúde e nutrição de uma amostra das crianças da cidade de São Paulo pertencentes a distintas classes sociais. A partir da observação da distribuição do índice altura/idade, evidenciou-se crescimento normal - e portanto condições ótimas de saúde e nutrição - apenas entre as crianças pertencentes à burguesia e à pequena burguesia, as quais correspondem a cerca de 30% da população. Diferenças significantes (p < 0,01) em relação a um padrão esperado de alturas de crianças bem nutridas foram encontrados para o proletariado ligado ao setor de serviços, para o proletariado ligado à produção e transporte de mercadorias e para o subproletariado. Diferenças de renda e de acesso à escolaridade entre as classes sociais consubstanciam o nexo empírico evidenciado entre condição de classe e estado de saúde e nutrição.
Resumo:
Estudou-se, em Ribeirão Preto, SP, Brasil, no período de 1º de junho de 1978 a 31 de maio de 1979, 98% do universo de nascidos vivos, totalizando 8.878 crianças nascidas de parto único. As taxas de baixo peso e de peso deficiente ao nascer foram de 7,5% e de 21,1%, respectivamente. A maioria dos nascimentos de baixo peso eram crianças a termo, 50,6%, representando casos de retardo de crescimento intra-uterino. A prevalência de baixo peso nas classes sociais foi de 3,2% na burguesia empresarial, 2,8% na burguesia gerencial, 3,9% na pequena burguesia, 7,0% no proletariado e 9,5% no subproletariado, o que demonstra uma profunda disparidade. Definindo-se o baixo peso como menor ou igual a 2.500 gramas e comparando os resultados alcançados (8,3%) com os de outro estudo clássico (8,7%), observou-se que não houve redução estatisticamente significativa na prevalência de baixo peso em Ribeirão Preto, no intervalo de uma década.
Resumo:
Foi realizado inquérito em Ribeirão Preto, Brasil, de junho de 1978 a maio de 1979, que constou de entrevistas com mães de nascidos vivos hospitalares, de partos únicos, correspondendo a 98 % dos nascimentos ocorridos durante o período no Município. O maior percentual de nascimentos com baixo peso ocorreu entre as mães jovens, fumantes e pertencentes às classes trabalhadoras. O maior número de mães jovens foi encontrado também nessas classes. A prevalência do hábito de fumar foi maior nas mães jovens, porém houve pouca diferença na freqüência de mulheres fumantes entre as classes sociais, variando de 25 a 30%. Observou-se que o pencentual de baixo peso foi maior para as mães trabalhadoras não fumantes do que para as mães burguesas fumantes. O modelo logito foi ajustado aos dados para estudo da possível associação múltipla entre hábito de fumar, idade materna e classe social com o peso ao nascer. Os resultados indicaram que hábito de fumar materno, idade materna e classe social foram independentes no seu efeito sobre o peso ao nascer, não se observando interação. Esses achados sugerem que a maior prevalência de baixo peso entre mães não fumantes das classes trabalhadoras em relação às mães fumantes da burguesia provavelmente refletiu a concentração de outros fatores de risco entre as mulheres das classes trabalhadoras, tais como: baixa escolaridade, cuidado pré-natal inadequado, alta paridade, diferenças no comportamento reprodutivo.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Vários estudos epidemiológicos sobre o consumo de substâncias psicoativas têm incluído em suas análises a avaliação da influência do contexto social nos níveis de prevalência desse consumo. Analisa-se a distribuição do consumo dessas substâncias segundo as classes sociais, numa amostra de adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP, Brasil. MATERIAL E MÉTODO: Um questionário auto-aplicável, adaptado e submetido a um teste de confiabilidade, foi aplicado a uma amostra proporcional de 1.025 adolescentes matriculados na oitava série do primeiro grau e primeiro, segundo e terceiro anos do segundo grau, das escolas públicas e privadas da cidade. O questionário continha questões sobre o uso de dez classes de drogas. Utilizou-se a adaptação de um modelo que identifica 5 frações de classe social (burguesias empresarial, gerencial e pequena burguesia, proletariado e subproletariado), a partir de indicadores que situam os indivíduos dentro das relações sociais de produção. RESULTADOS: As três frações da burguesia foram mais representadas que as outras na população de adolescentes escolares do que na população geral. Não houve diferenças na distribuição do consumo de álcool e tabaco pelas classes sociais, embora se observe uma tendência de maior prevalência nos extremos da escala social. Já o consumo de substâncias ilícitas foi maior nas burguesias e menor no proletariado. CONCLUSÕES: Embora o consumo de substâncias lícitas não tenha diferido entre as classes sociais, o maior consumo de substâncias ilícitas pelos mais ricos provavelmente se deveu ao maior custo desses produtos do que o álcool e o tabaco.
Resumo:
OBJECTIVE: To evaluate physical and psychological dimensions of adolescent labor (such as job demands, job control, and social support in the work environment), and their relation to reported body pain, work injuries, sleep duration and daily working hours. METHODS: A total of 354 adolescents attending evening classes at a public school in São Paulo, Brazil, answered questionnaires regarding their living and working conditions (Karasek's Job Content Questionnaire, 1998), and their health status. Data collection took place in April and May 2001. Multiple logistic regression analysis was used to determine relations among variables. RESULTS: Psychological job demands were related to body pain (OR=3.3), higher risk of work injuries (OR=3.0) and reduced sleep duration in weekdays (Monday to Thursday) (p<0.01). Lower decision authority in the workplace (p=0.03) and higher job security (p=0.02) were related to longer daily working hours. CONCLUSIONS: It was concluded that besides physical stressors, psychological factors are to be taken into account when studying adolescent working conditions, as they may be associated with negative job conditions and health effects.
Resumo:
OBJECTIVE: To determine the intensity of Pediculus capitis infestation (abundance) among Argentinean schoolchildren. Children's sex and social stratum were analyzed as modifiers of the general prevalence and degree of parasitism. METHODS: The study included 1,370 schoolchildren (692 girls, 678 boys) from 26 schools of the province of La Rioja (21 public schools, five private schools). Classic prevalence was obtained as the percentage of children with nits and/or lice. Moreover, five degrees of parasitism were classified: 0) children with no signs of pediculosis; 0+) children with evidence of past infestation; 1) children with a recent infestation and low probability of active parasitism; 2) children with a recent infestation and high probability of active parasitism; 3) children with mobile lice (active pediculosis). RESULTS: The general prevalence was 61.4% (girls: 79%; boys: 44%, p<0.001). Private schools showed lower prevalence than public schools (p=0.02), especially due to the low prevalence in boys. Fifty percent of children were classified in classes 0 and 0+, 22% in class 1; and 28% in grades 2 and 3. The proportion of children in grade 3 was higher in public schools than in private schools. There were significant sexual differences in the intensity of parasitism for grades 2 and 3, where girls' rates exceeded twice those of boys'. CONCLUSIONS: Sex and social stratum are important modifiers of P. capitis general prevalence and degree of infestation. The classification of children by intensity of infestation allowed a more precise delimitation of this condition, which is especially important for disease surveillance and application of control measures.
Resumo:
Discute-se a utilização do conceito de classe em pesquisas em saúde, as diferentes abordagens sociológicas de estratificação social e de estrutura de classes, o potencial explicativo do conceito em estudos de determinação social e desigualdades em saúde, os modelos de operacionalização elaborados para uso em pesquisas sociológicas, demográficas ou de saúde e os limites e possibilidades desses modelos. Foram destacados quatro modelos de operacionalização: de Singer para estudo da distribuição de renda no Brasil, adaptado por Barros para uso em pesquisas epidemiológicas; de Bronfman & Tuirán para o censo demográfico mexicano, adaptado por Lombardi et al para pesquisas epidemiológicas; de Goldthorpe para estudos socioeconômicos ingleses, adaptado pela Sociedade Espanhola de Epidemiologia; e o modelo de Wright para pesquisa em sociologia e ciência política, também usado em inquéritos populacionais em saúde. Em conclusão, conceitualmente cada um dos modelos apresentados é coerente com a concepção teórica que os embasam, mas não há como optar por qualquer deles, descartando os demais.