298 resultados para Lipídeos séricos
Resumo:
OBJETIVO: Determinar a distribuição dos lipídeos séricos em crianças e adolescentes de Florianópolis, SC. Determinar a associação entre colesterol não-desejável (>170 mg/dL) e outros fatores de risco para aterosclerose. MÉTODOS: Amostra aleatória estratificada (por idade e tipo de escola) de alunos da rede escolar de Florianópolis. Dados sobre fatores de risco, antropometria, pressão arterial e concentração sérica de lípides foram coletados. RESULTADOS: Participaram 1.053 indivíduos com idade entre 7 e 18 anos. A concentração sérica do colesterol (média±DP) foi 162±28 mg/dL; dos triglicerídeos 93±47 mg/dL; do HDL-colesterol 53±10 mg/dL; do LDL-colesterol 92±24 mg/dL e do colesterol não-HDL 109± 26 mg/dL. As médias das relações CT/HDL e LDL/HDL foram, respectivamente, 3,1±0,6 e 1,8±0,5. Os lípides foram mais elevados nas crianças de escola privada, nos menores de 10 anos, no sexo feminino e nos de cor negra. O modelo de regressão logística que melhor previu os níveis de colesterol anormal incluía: obesidade, história familiar de acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio, sexo feminino, idade inferior a 10 anos e a imagem corporal definida pelo médico como sobrepeso/obesidade. CONCLUSÃO: As concentrações de lipídeos em crianças e adolescentes mostraram valores intermediários quando comparados a estudos semelhantes. Uma grande parcela dos indivíduos apresenta níveis de colesterol sérico classificados como não-desejáveis para idade. Pela significância da associação do colesterol com o excesso de peso, o controle deste fator na infância deve ser tomado como prioridade nos programas de prevenção primordial com o objetivo de reduzir a incidência das doenças relacionadas à aterosclerose na idade adulta.
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OBJETIVO: Analisar o padrão de consumo alimentar avaliado por meio de escores de consumo e relacionar esses escores com os níveis de colesterol total e de lipoproteínas de baixa e alta densidades em população da área metropolitana de São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado no município de Cotia, São Paulo, em amostra representativa de 1.045 adultos, foram determinados níveis de lipídeos séricos e a ingestão de alimentos por meio da freqüência de consumo alimentar. Foram utilizados escores de padrão de consumo, estabelecendo um peso para cada categoria de consumo baseado na freqüência anual, obtendo-se, assim, a distribuição quintilar do escore I (alimentos considerados de risco para doenças cardiovasculares) e escore II (alimentos protetores). Foram comparados os valores médios das lipoproteínas para cada um dos quintis pela análise de variância, e foram verificadas possíveis relações entre os escores de consumo e as frações de lipídeos séricos, mediante modelos de regressão linear múltipla (stepwise forward). RESULTADOS: Observou-se aumento significativo dos níveis médios de lipídeos, segundo quintis de consumo do escore I para colesterol total e para lipoproteína de baixa densidade-colesterol, e constatou-se um comportamento inverso e significativo dos níveis desses lipídeos séricos em relação ao escore II. O escore I correlacionou-se positivamente e significativamente a esses lipídeos, e o escore II apresentou correlação inversa e significativa com esses constituintes sangüíneos. CONCLUSÕES: Em estudos populacionais, a análise da freqüência de consumo de alimentos por meio de escores pode ser um método de escolha para avaliar qualidade de dieta e de seu potencial efeito nos níveis séricos de colesterol total e de lipoproteínas de baixa densidade.
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OBJETIVO: Descrever o perfil de saúde cardiovascular de uma população adulta da região metropolitana de São Paulo, segundo critérios da Sociedade Européia de Cardiologia (SEC). MÉTODOS: Foram estudados 200 indivíduos, homens e mulheres, voluntários, participantes do projeto "Avaliação Cardiológica" de um ambulatório geral. Foram coletadas informações sobre nível socioeconômico, tabagismo, consumo de álcool, medidas antropométricas, dieta, atividade física, lipídeos séricos, glicemia e pressão arterial. A ingestão média de colesterol dietético e de lipídeos totais foi estimada a partir de recordatórios de 24 horas. Avaliou-se o nível de atividade física por meio da aplicação do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ-8) e de testes de esforço. RESULTADOS: A amostra foi composta por 61,5% de indivíduos do sexo feminino e 38,5%, do sexo masculino, com idades médias de 41,7 anos (mediana = 42,6) e 41,0 anos (mediana = 43,0). A prevalência de tabagismo (22%) e de consumo diário de álcool (14% dos homens; nenhuma mulher) foi baixa. A prevalência de sobrepeso foi de 47% (12% de obesos), além de níveis séricos elevados de colesterol total (> 190 mg/dl) em 56% dos indivíduos e de LDL-colesterol (> 115 mg/dl) em 61% dos participantes. Os resultados da aplicação do IPAQ-8 mostraram 6% de sedentários. CONCLUSÃO: A população de estudo apresentou maior risco de doenças cardiovasculares, segundo critérios da SEC, especialmente devido à elevada prevalência de indivíduos com sobrepeso e hipercolesterolemia.
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OBJETIVO: comparar marcadores séricos de estresse oxidativo entre pacientes inférteis com e sem endometriose e avaliar a associação destes marcadores com o estadiamento da doença. MÉTODOS: estudo prospectivo envolvendo a inclusão consecutiva de 112 pacientes inférteis, não-obesas, com idade inferior a 39 anos, divididas em dois grupos: Endometriose (n=48, sendo 26 com endometriose mínima e leve - Estádio I/II e 22 com endometriose moderada e grave - Estádio III/IV) e Controle (n=64, com fator tubário e/ou masculino de infertilidade). Durante a fase folicular precoce do ciclo menstrual, foram coletadas amostras sanguíneas para análise dos níveis séricos de malondialdeído, glutationa e níveis totais de hidroperóxidos, por espectrofotometria e vitamina E, por cromatografia líquida de alto desempenho. Os resultados obtidos foram comparados da seguinte forma: os grupos endometriose versus controle; endometriose estádio I/II e controle, endometriose estádio III/IV e controle e entre os dois subgrupos de endometriose. Em todas as análises, foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: os níveis de vitamina E e glutationa foram mais baixos no soro de mulheres inférteis com endometriose moderada/grave (21,7±6,0 µMol/L e 159,6±77,2 nMol/g proteína, respectivamente) quando comparadas a mulheres com endometriose mínima e leve (28,3±14,4 µMol/L e 199,6±56,1 nMol/g proteína, respectivamente). Os níveis totais de hidroperóxidos foram significativamente mais elevados no grupo endometriose (8,9±1,8 µMol/g proteína) em relação ao Grupo Controle (8,0±2 µMol/g proteína) e nas portadoras de doença III/IV (9,7±2,3 µMol/g proteína) em relação à I/II (8,2±1,0 µMol/g proteína). Não se observou diferença significativa nos níveis séricos de malondialdeído entre os diversos grupos. CONCLUSÕES: foi evidenciada uma associação positiva entre infertilidade relacionada à endometriose, avanço do estadiamento da doença e aumento dos níveis séricos de hidroperóxidos, sugerindo aumento da produção de espécies reativas em portadoras de endometriose. Esses dados, associados à redução dos níveis séricos de vitamina E e glutationa, sugerem a ocorrência de estresse oxidativo sistêmico em portadoras de infertilidade associada à endometriose.
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OBJETIVO: O presente estudo foi desenhado pra investigar e comparar biomarcadores do metabolismo de glicose e lipídeos em pacientes não diabéticos em diálise peri>toneal e hemodiálise. MÉTODOS: O estudo possui um desenho prospectivo e transversal. Participantes: foram incluídos todos os pacientes prevalentes em terapia de substituição renal tratados em uma clínica universitária. Intervenções: não houve intervenções. Medida das variáveis principais: as amostras de sangue foram coletadas com jejum oral de 8 horas. Os níveis séricos de insulina foram determinados por quimioluminescência. Resistência insulínica foi avaliada pelo index QUICKI como se segue: 1/[log(Io) + log(Go)], onde Io é a insulina de jejum, e Go a glicemia de jejum. Índice HOMA também foi medido: (FPG × FPI)/22,5; FPG = glicemia de jejum (mmol/L); FPI = insulina de jejum (mU/mL). Os demais exames bioquímicos foram analisados utilizando métodos de rotina. RESULTADOS: Foram avaliados 154 pacientes (80 em hemodiálise e 74 em diálise peritoneal). Setenta e quatro pacientes diabéticos foram excluídos. Dos 80 pacientes restantes (55% homens, idade média de 52 ± 15 anos), 35 estavam em diálise peritoneal e 45 em hemodiálise. A glicemia em jejum dos pacientes em diálise peritoneal em relação à hemodiálise foi 5,0 ± 0,14 versus 4,58 ± 0,14 mmol/L, p < 0,05; para hemoglobina glicada (HbA1c) de 5,9 ± 0,1 versus 5,5 ± 0,1%, p<0,05; colesterol total de 5,06 ± 0,19 versus 3,39 ± 0,20 mmol/L, p < 0,01; LDL-c de 2,93 ± 0,17 versus 1,60 ± 0,17 mmol/L, p < 0,01; e índice HOMA de 3,27 versus 1,68, p < 0,05. Todas as variáveis foram ajustadas para idade, sexo, tempo em diálise, produto cálcio-fósforo, albumina e proteína C-reativa. CONCLUSÃO: Nós observamos um pior perfil no metabolismo de glicose e lipídeos em pacientes em diálise peritoneal (menor sensibilidade insulínica e valores mais elevados de glicemia em jejum, HbA1c, colesterol total e LDL-c) quando comparados a pacientes em hemodiálise, potencialmente devido à utilização de glicose nas soluções de diálise peritoneal.
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Verificou-se que a deficiência de vitamina A em populações do Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, Brasil, constitui um problema de saúde pública. Além da dosagem de vitamina A e caroteno no sôro, foram utilizados os dados colhidos num levantamento nutricional realizado na cidade de Iguape, e nas vilas de Icapara e Pontal do Ribeira, em 1969, pelo Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP. Os resultados dos inquéritos alimentar, clínico-nutricional e bioquímico foram discutidos, concluindo-se que a hipovitaminose "A" constitui um problema de saúde pública nas localidades mencionadas.
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Foram determinados níveis séricos de DDT e títulos de anticorpos antidiftéricos em 28 meninas vacinadas, com a finalidade de estabelecer uma possível correlação. Para a determinação dos níveis de DDT empregou-se o método da cromatografia gasosa. Para a titulação de anticorpos empregou-se o método da inibição da hemaglutinação passiva. A análise estatística dos resultados, feita por métodos não paramétricos, mostrou existir correlação positiva entre presença de op'DDT, quantidade de pp'DDT e títulos de anticorpos. A possível influência do DDT no sistema AMP-cíclico das células imunocomponentes é discutida no trabalho, tentando explicar a correlação positiva encontrada.
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Foi estudado o comportamento da cinética de anticorpogénese em cobaias inoculadas com uma dose de toxóide diftérico precipitado pelo alúmen. Paralelamente, foi estudada a dinâmica da imunidade passiva naturalmente transmitida aos filhotes. Em cobaias vacinadas com uma dose de antígeno, foi verificado que a síntese de antitoxina diftérica persiste, em títulos detectáveis, até 36 meses após. Os anticorpos transferidos, passivamente, da mãe vacinada para os filhotes atingiram, nestes, concentrações plasmáticas superiores, sendo que a imunidade perdurou em títulos detectáveis até cerca de três meses de idade dos mesmos.
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Para correlacionar o quadro clínico com níveis séricos de aldrin e dieldrin, foram acompanhados 16 pacientes com intoxicação aguda por formulação de aldrin. Oito deles, de ambos os sexos, com idade de 1 a 37 anos, apresentaram apenas sintomas leves como náusea e desconforto, e alguns permaneceram assintomáticos. No soro de um deles foi encontrado 16,6 ppb de aldrin e em outro 1,41 ppb de dieldrin. Grupo de cinco pacientes apresentou sintomas de moderada severidade, incluindo náusea, vômitos, sonolência, dispnéia, sudorese, abalos musculares, elevação da tensão arterial e episódios isolados de convulsão, a maioria com restabelecimento do estado de saúde em 24 h. A idade deste grupo variou de 2 a 30 anos e os níveis séricos de aldrin se situaram entre 6,98 ppb e 26,3 ppb, enquanto o dieldrin variou entre 82,00 ppb e 314,18 ppb. Os três outros pacientes desenvolveram um quadro grave de intoxicação, correspondendo a duas tentativas de suicídio e um de origem ocupacional, com idades de 21 a 35 anos; dois deles foram a óbito, um apresentando dor abdominal, arreflexia, sudorese, dispnéia, hipertermia, leucocitose no início do internamente que evoluiu para leucopenia severa, convulsões generalizadas, coma, insuficiência renal aguda, edema agudo de pulmão e morte no sétimo dia de decorrida a intoxicação; outro apresentou níveis séricos de aldrin de 30,00 ppb e 720 ppb de dieldrin; e outro, com intoxicação mais severa, com êxito letal no terceiro dia de internação, apresentou níveis séricos de 747,3 ppb de aldrin e 1.314,00 ppb de dieldrin. O último paciente, com quadro de alteração do ritmo de sono, desorientação e convulsões, tinha um teor de aldrin sérico de 31,05 ppb e 147,11 ppb de dieldrin. Os resultados encontrados sugerem que não ocorre grande correlação entre os níveis séricos de aldrin ou de seu metabolito dieldrin com os sinais e sintomas clínicos em intoxicações agudas por este inseticida.
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Foram verificados os níveis séricos de zinco, carotenóides e vitaminas A, E, C, B2 em todos os idosos (n = 202) internados nas diversas enfermarias do hospital estudado, no período de fevereiro de 1986 a outubro de 1988. Foram estudados 130 homens e 72 mulheres que apresentaram média de idade de 67,8 anos, com variação entre 60 a 88. A percentagem de níveis séricos deficitários foi de 59,5 para o zinco, 56,5% para a vitamina C, 34,5% para a vitamina B2, 26% para a vitamina E, 13,2% para a vitamina A e 6,8% para os carotenóides. Os idosos portadores de leucoses, magaesôfogo, doença pulmonar obstrutiva crônica e insuficiência cardíaca congestiva constituíram-se no grupo de pacientes com grande prevalência de estado deficitário de zinco e das vitaminas estudadas, resultados que mostram a importância de se investigar as deficiências desses micronutrientes e dão subsídios para a abordagem terapêutica mais racional do paciente idoso internado.
Resumo:
Um estudo duplo-cego foi conduzido em pacientes portadores de lepra lepromatosa estável, para avaliar a resposta à administração de talidomida 100 mg por dia, por 18 dias, dos níveis séricos de IgM e IgA e dos títulos de fator reumatóide e isohemaglutininas anti-A e anti-B. Nenhum efeito significativo foi detectado ao fim deste período.
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284 sôros provenientes de doadores de sangue no Rio de Janeiro, foram submetidos à reação de Sabin Feldman (R.S.F.) e à reação indireta de anticorpos fluorescentes (R.I.A.F.) para toxoplasmose. Foram observados 37 resultados concordantes negativos, 216 resultados concordantes positivos e 31 resultados não concordantes quanto a positividade e negatividade, sendo que entre êstes últimos houve um maior número de resultados positivos na R.S.F. do que na R.I.A.F. A percentagem de resultados concordantes quanto a positividade ou negatividade foi de 89%. Entre os 216 sôros que reagiram em ambas as reações 143 apresentaram títulos idênticos, o que representa uma proporção de 66,2%. Se forem consideradas como concordantes ou títulos positivos diferentes em apenas uma dilução ao quádruplo, a proporção de resultados positivos concordantes atinge a cêrca de 99%. Os presentes resultados confirmaram o estreito paralelismo entre as duas reações, podendo a R.I.A.F. ser utilizada rotineiramente para o diagnóstico sorológico da toxoplasmose.
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Com o objetivo de investigar a relação entre os níveis de anticorpos (IgG) anti-T. cruzi e a evolução da cardiopatia chagásica crônica, no período de 10 anos, foi realizado um estudo envolvendo soros de 140 pacientes não submetidos ao tratamento específico de Virgem da Lapa, Minas Gerais. Entre os pacientes, 92 são mulheres e 48 homens, com idades ao exame inicial de 10 a 70 anos (média = 38 ±13,7 anos). Os níveis de anticorpos foram estimados pelas médias dos títulos registrados através dos testes de imunofluorescência indireta e hemaglutinação indireta, e pelo índice de reatividade (D.O. da amostra /cut-off) indicado nos testes ELISA convencional e recombinante CRA+FRA. No período, 49 pacientes se mantiveram sem cardiopatia, 29 desenvolveram cardiopatia, 33 mantiveram o grau inicial da cardiopatia, 25 evoluíram com agravamento da cardiopatia inicial e 4 normalizaram o eletrocardiograma. A análise dos resultados de todos os testes sorológicos mostrou aumento estatisticamente significativo dos níveis de IgG anti-T. cruzi no grupo de pacientes com evolução progressiva da cardiopatia principalmente na faixa etária de 20 a 59 anos, independentemente do sexo. Estes resultados indicaram uma associação direta entre os níveis séricos desses anticorpos e a evolução progressiva da cardiopatia chagásica crônica.
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Pacientes com Aids (n=39) foram acompanhados por um período máximo de 36 meses, após os quais se analisou os tipos e topografias das complicações infecciosas apresentadas e a sobrevida dos mesmos, correlacionado-se esses parâmetros com os níveis de vitamina A que apresentavam no início do seguimento clínico. Vinte e um (53,8%)pacientes tinham níveis de retinol no soro abaixo de 1,6mimol/L, dos quais 12 (57%) abaixo de 1,05mimol/L. Não houve associação de carência de vitamina A com os tipos ou topografias das complicações infecciosas que ocorreram durante o período de seguimento. Muito embora a sobrevida média no final dos 36 meses tenha sido semelhante nos dois grupos, os pacientes com carência de retinol apresentaram menor probabilidade de sobrevida nos primeiros 24 meses de acompanhamento (8,44 meses x 16,42 meses; p= 0,003).