339 resultados para Avaliação de serviços de saúde
Resumo:
So analisadas informaes sobre a oferta dos serviços de saúde do Municpio de Cceres, MT (Brasil), que permitir fomentar discusses com os rgos gerenciadores do setor, tendo em vista a reformulao dos planos e programas de saúde. Com a utilizao do instrumento da tcnica CENDES/OPS, foram coletados dados referentes estrutura nosolgica da demanda atendida, distribuio e utilizao dos recursos humanos e capacidade fsica dos serviços de saúde do Municpio, no perodo de 1981 a 1984. Verificou-se que o perfil da morbidade registrado manteve-se constante, com predomnio das Demais Doenas Infecciosas e Parasitrias e Doenas Agudas do Aparelho Respiratrio. Constatou-se melhora quantitativa quanto capacidade fsica e recursos humanos para o setor saúde, especialmente na rede pblica. Acredita-se que estas no foram acompanhadas por alteraes significativas na qualidade dos serviços oferecidos.
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INTRODUO: Para avaliar a qualidade dos serviços de saúde mental, medidas de resultados relatados pelos prprios usurios tm sido destacadas e, mais recentemente, a percepo de mudanas. O objetivo desta pesquisa foi realizar a adaptao transcultural para o Brasil da escala canadense Questionnaire of Perceived Change, obtendo-se a Escala de Mudana Percebida (EMP), em duas verses: a dos pacientes e a dos familiares. MTODO: Participaram da pesquisa 20 familiares e 23 pacientes psiquitricos de um servio de saúde mental de uma cidade de porte mdio de Minas Gerais. A escala foi submetida aos procedimentos de adaptao transcultural: traduo, retraduo, anlise por comisso de especialistas, estudo piloto. A escala original possui 20 itens que avaliam a mudana percebida em quatro dimenses da vida dos pacientes. As alternativas de resposta esto dispostas em escala tipo Likert de 4 pontos. RESULTADOS: Foram feitas modificaes, incluindo: uma nova forma de aplicao por um entrevistador, nmero balanceado de alternativas de resposta resultando em trs opes, redao dos itens em linguagem simples, eliminao de um item, uso de exemplos e incluso de duas perguntas abertas. A escala mostrou-se de fcil compreenso pelos usurios. CONCLUSO: As duas verses da escala EMP esto adaptadas ao contexto brasileiro e apresentam equivalncia semntica com a escala original. Elas serviro para avaliar os resultados do tratamento, na percepo dos seus usurios.
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A partir da literatura recente (at 1988) a respeito da avaliação de serviços de saúde em geral e do desempenho hospitalar em particular, destacam-se os diferentes aspectos conceituais e metodolgicos envolvidos, comeando pelas primeiras tentativas no seio do Colgio Americano de Cirurgies, passando pela criao e evoluo da Comisso Conjunta de Acreditao de Hospitais americana, at os esforos e elaboraes conceituais e metodolgicas mais recentes. So destacados a metodologia dos grupos diagnsticos homogneos ("diagnosis related groups" ou "DRGs") e os indicadores de gravidade ("severity of illness"). comentada a evoluo desse incipiente campo de conhecimento e de prtica no ambiente nacional. So comentadas as origens do recente interesse internacional a respeito do problema, ou seja, o aumento generalizado de custos dos serviços de saúde, crescente aumento de demandas judiciais em alguns pases e ainda o acentuado incremento de complexidade dos atos em muitas especialidades. Destacam-se as fontes de informao correntemente utilizadas no processo, ou seja, a observao direta (estudos caso/controle), os pronturios mdicos e os instrumentos-resumo, freqentemente utilizados para remunerao do atendimento. Mencionam-se as profundas influncias na prtica de saúde que o processo de avaliação tem introduzido, particularmente a padronizao de procedimentos, o estadiamento de agravos, os estudos de trajetria, os relacionados a situaes traadoras ("tracers") e a alternativa que mais tem influenciado a prtica de situaes complexas de saúde, que so os protocolos diagnstico-teraputico s j amplamente utilizados em algumas reas como a do tratamento de cncer, inclusive no Brasil.
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OBJETIVO: Avaliar as dificuldades de acesso para diagnstico da tuberculose nos serviços de saúde no Brasil. MTODOS: Estudo realizado em 2007 com pacientes com tuberculose, atendidos na rede de ateno bsica nos municpios de Ribeiro Preto (SP), So Jos do Rio Preto (SP), Itabora (RJ), Campina Grande (PB) e Feira de Santana (BA). Utilizou-se o instrumento "Primary Care Assessment Tool," adaptado para ateno tuberculose. O diagnstico de tuberculose nos serviços foi avaliado por meio da anlise fatorial de correspondncia mltipla. RESULTADOS: O acesso ao diagnstico foi representado pelas dimenses "locomoo ao servio de saúde" e "servio de atendimento" no plano fatorial. Os pacientes dos municpios Ribeiro Preto e Itabora foram associados s condies mais favorveis dimenso "locomoo" e os de Campina Grande e Feira de Santana as menos favorveis. Ribeiro Preto apresentou condies mais favorveis para a dimenso "servio de atendimento" seguido dos municpios Itabora, Feira de Santana e Campina Grande. So Jos do Rio Preto apresentou condies menos favorveis que os outros municpios para as dimenses "locomoo" e "servio de atendimento". CONCLUSES: A anlise fatorial permitiu visualizar conjuntamente as caractersticas organizacionais dos serviços de ateno tuberculose. A descentralizao das aes para o programa de saúde da famlia e ambulatrio parece no apresentar desempenho satisfatrio para o acesso ao diagnstico de tuberculose, pois a forma de organizao dos serviços no foi fator determinante para garantia de acesso ao diagnstico precoce da doena.
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OBJETIVO: Analisar a qualidade dos serviços oferecidos por empresas operadoras de planos de saúde, segundo a percepo de usurios. MTODOS: Estudo transversal com 360 usurios de sete operadoras de planos de saúde da cidade de Curitiba, PR, e regio metropolitana em 2008. Foi aplicado questionrio sobre as preferncias dos usurios em relao a seis atributos (localizao dos pontos de atendimento; efetividade da ao dos mdicos, clnicas e hospitais; rapidez e amabilidade no atendimento; facilidade na liberao de guias; preo; abrangncia da rede credenciada) de cada uma das empresas operadoras. Para a anlise das respostas foi utilizado o mtodo Analytic Hierarchy Process (AHP, ou Processo Analtico de Hierarquia), ferramenta de anlise de deciso e planejamento de mltiplos critrios. RESULTADOS: O atributo mais valorizado pelos usurios foi "preo". As empresas foram agrupadas em dois conjuntos de preferncias em relao aos atributos: dos sete planos de saúde, dois apresentaram menor preferncia (entre 23% e 19%) e cinco, maior preferncia (em torno de 10%). CONCLUSES: Com esse tipo de pesquisa, as empresas operadoras de planos de saúde poderiam reformular suas estruturas, processos, preos e redes credenciadas com o objetivo de melhorar seu posicionamento no mercado.
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OBJETIVOS: O principal objetivo deste estudo foi investigar as variveis preditoras da satisfao dos pacientes com os serviços de saúde mental. Como objetivo secundrio, avaliaram-se os nveis de mudana percebida e de satisfao dos pacientes. MTODO: Foi realizado um estudo de corte transversal, do tipo correlacional, com 110 pacientes psiquitricos atendidos em trs serviços pblicos de saúde mental. Os pacientes foram entrevistados para aplicao da Escala de Mudana Percebida (EMP) e da Escala de Satisfao dos Pacientes com os Serviços de Saúde Mental (SATIS-BR). RESULTADOS: O principal resultado encontrado foi que a percepo de mudana pelos pacientes constituiu a varivel preditora mais importante da satisfao e, em segundo lugar, a maior idade. Foi detectada alta satisfao dos pacientes com os serviços e escores de percepo de mudana diferenciados em relao aos diferentes aspectos dos serviços avaliados. CONCLUSO: Este estudo revela a importncia da percepo dos prprios pacientes sobre os resultados do tratamento como preditora da satisfao com os serviços. Os construtos de satisfao e percepo de mudana se revelaram importantes na avaliação dos serviços de saúde mental. Estudos longitudinais e com amostras maiores e aleatrias podero fornecer dados adicionais para a reavaliação desses resultados.
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Este um estudo exploratrio de natureza quantitativa e qualitativa, que avalia o desempenho dos serviços de saúde na execuo do DOT no domiclio em um municpio de grande porte. Para a anlise quantitativa foram construdos indicadores que avaliaram a otimizao dos recursos materiais/humanos e a efetivao da observao da ingesto da medicao. Identificou-se que o desempenho dos serviços influenciado pela disponibilidade de recursos humanos/materiais, organizao interna dos serviços e ausncia do doente no domiclio. Para a anlise qualitativa, utilizou-se a tcnica de anlise de contedo, modalidade temtica. A Debilidade de recursos materiais e humanos dos serviços de saúde e o Contexto scio-cultural e econmico do doente foram identificados como os principais fatores que influenciam no desempenho dos serviços de saúde. Considera-se necessrio uma permanente qualificao gerencial, organizativa e tcnico-assistencial dos profissionais no controle da TB.
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O eritema nodoso hansnico evento inflamatrio agudo no curso crnico da hansenase. considerado evento de base imunolgica e importante causa de morbidade e incapacidade fsica. Avaliou-se o perfil clnico, sorolgico e histopatolgico de 58 pacientes com eritema nodoso hansnico recrutados sequencialmente entre julho-dezembro de 2000, em rea urbana hiperendmica do Brasil Central (Estado de Gois). A metade dos pacientes apresentava quadro reacional grave, e em 66% dos casos o primeiro episdio reacional ocorreu durante tratamento especfico. A maioria dos casos com eritema nodoso hansnico e dos controles apresentaram reatividade para IgM anti-PGL I. Os achados histopatolgicos mais freqentes no eritema nodoso hansnico foram infiltrado neutroflico, paniculite, vasculite e agresso neural. Dos pacientes com eritema nodoso hansnico, 96% usaram corticosteride sistmico no primeiro episdio. Os casos de eritema nodoso hansnico estavam associados neurite e raramente usaram talidomida como medicao isolada nos serviços de saúde.
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OBJETIVO: Partindo do princpio de que um dos objetivos dos serviços odontolgicos pblicos reduzir os efeitos das desigualdades sociais sobre a saúde bucal, investigou-se se essas desigualdades esto presentes entre usurios dos serviços odontolgicos pblicos, privados e de sindicato. MTODOS: A populao estudada foi constituda por uma amostra representativa de adultos residentes na cidade de Bambu, MG. Os participantes foram entrevistados por meio de um questionrio estruturado. RESULTADOS: Entre os 1.664 moradores amostrados, 1.382 (83,1%) participaram do inqurito de saúde bucal. Destes, 656 preenchiam os critrios de incluso (idade >18 anos, presena de pelo menos um dente natural e visita ao dentista pelo menos uma vez na vida) e participaram do trabalho. Os usurios dos serviços privados estavam mais satisfeitos com a aparncia dos dentes (ORaj=3,03; IC95%=1,70-5,39) e com a mastigao (ORaj=2,27; IC95%=1,17-4,40) do que os usurios de serviços pblicos. Aqueles tambm percebiam menos necessidade atual de tratamento odontolgico (ORaj=0,39; IC95%=0,18-0,86) e receberam com mais freqncia tratamento restaurador (ORaj=9,57; IC95%=4,72-19,43) ou preventivo (ORaj=5,57; IC95%=2,31-13,40) na ltima visita ao dentista. Aqueles que usaram os serviços do sindicato tambm receberam mais tratamentos restauradores (ORaj=8,51; IC95%=2,80-25,92) e preventivos (ORaj=11,42; IC95%=3,49-37,43) na ltima visita ao dentista do que os usurios de serviços pblicos. Nenhuma diferena foi encontrada em relao satisfao com a aparncia dos dentes, capacidade de mastigao e percepo de necessidade de tratamento odontolgico. CONCLUSO: Os serviços pblicos odontolgicos, com base no estudo da comunidade local, aparentemente no tm conseguido reduzir as desigualdades sociais com referncia saúde bucal.
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OBJETIVO: Descrever a prtica teraputica de mdicos alopatas e avaliar a assistncia ambulatorial prestada a pacientes de unidades de saúde. MTODOS: O estudo foi realizado em Ribeiro Preto, SP, utilizando como base metodolgica os indicadores de uso de medicamentos da Organizao Mundial da Saúde. Nos de prescrio, trabalhou-se com 10 unidades de saúde e 6.692 receitas de clnicos e pediatras. Nos indicadores de assistncia ao paciente a amostra foi composta por 30 pacientes em cada unidade, sendo o nmero de unidades varivel para cada indicador. Foi utilizado o teste de comparao de propores. RESULTADOS: O nmero mdio de medicamentos por receita foi de 2,2 compatvel com o observado na literatura. Das prescries, 30,6% foram feitas pela denominao genrica, valor considerado baixo. A prescrio de antibiticos ocorreu em 21,3% das receitas, com maior percentual entre os pediatras (28,9%). Em 8,3% das receitas houve prescrio de injetvel, sendo o maior percentual observado entre os clnicos (13,1%). Em 83,4% das prescries, os medicamentos constavam da Lista de Medicamentos Padronizados, indicativo de sua aceitao entre os profissionais. O tempo mdio de consulta foi de 9,2 minutos e o de dispensao de 18,4 segundos, ambos insuficientes para uma efetiva ateno ao paciente. Do total de medicamentos prescritos, 60,3% foram fornecidos. Em 70% das entrevistas os pacientes tinham conhecimento da forma correta de tomar o medicamento. CONCLUSES: A assistncia prestada ao paciente insuficiente. Estudos qualitativos so necessrios para uma avaliação dos diversos fatores envolvidos, e futuras intervenes.
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Ensaio terico sobre avaliação da produo do cuidado em saúde, visando demarcao de alguns conceitos. Inicialmente, assinalam-se a multidimensionalidade da qualidade em saúde, as diferenas entre avaliação da qualidade e avaliação qualitativa e as implicaes decorrentes da no-distino entre esses dois conceitos. Discute-se o cuidado em saúde como expresso material das relaes interpessoais nesse campo de prtica e como objeto de avaliação, explicitando sua intricada relao com a integralidade e com a humanizao. Sustenta-se que avaliação de qualidade e avaliação qualitativa no so rtulos intercambiveis, mas opes polticas atreladas a projetos scio-sanitrios que no se justapem. A compreenso dessa distncia necessria para a construo de propostas avaliativas que superem perspectivas tradicionais e excludentes.
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OBJETIVO: Identificar variveis associadas a internaes sensveis ao cuidado primrio. MTODOS: Inqurito de morbidade hospitalar realizado com amostra aleatria de 660 pacientes internados em enfermarias de clnica mdica e cirrgica de hospitais conveniados com o Sistema nico de Saúde, em Montes Claros, MG, de 2007 a 2008. Foram realizadas entrevistas com os pacientes e seus familiares utilizando formulrio prprio e pesquisa aos pronturios. A definio das condies consideradas sensveis ao cuidado primrio baseou-se na lista do Ministrio da Saúde. A associao entre variveis socioeconmicas e de saúde com as internaes sensveis foi analisada utilizando-se anlises bivariadas e de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: O percentual de internaes sensveis ao cuidado primrio no grupo estudado foi de 38,8% (n=256). As variveis que se mantiveram estatisticamente associadas com as condies sensveis ao cuidado primrio foram: internao prvia (OR=1,62; IC 95%: 1,51;2,28), visitas regulares a unidades de saúde (OR=2,20; IC 95%: 1,44;3,36), baixa escolaridade (OR=1,50; IC 95%: 1,02;2,20), controle de saúde no realizado por equipe de saúde da famlia (OR=2,48; IC 95%: 1,64;3,74), internao solicitada por mdicos que no atuam na equipe de saúde da famlia (OR=2,25; IC 95%: 1,03;4,94) e idade igual ou superior a 60 anos (OR=2,12; IC 95%: 1,45;3,09). CONCLUSES: As variveis associadas s internaes sensveis so sobretudo prprias do paciente, como idade, escolaridade e internaes prvias, mas o controle regular da saúde fora da Estratgia de Saúde da Famlia duplica a probabilidade de internao.
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OBJETIVO: Analisar a organizao do trabalho em centros de ateno psicossocial a partir da lgica da rea de gesto de serviços. MTODOS: Foi realizada uma anlise organizacional por meio de estudo de caso em um servio de ateno psicossocial em So Paulo (SP), entre 2006 e 2007. Foram analisadas cinco fontes de informao: documentos do Ministrio da Saúde, relatrios de pesquisa realizada no servio estudado, registros do servio, entrevistas com trabalhadores do CAPS e gestores de saúde e observao simples. As entrevistas versaram sobre objetivos, resultados e avaliação do processo de trabalho. Cada fonte recebeu tratamento diferenciado de acordo com sua finalidade. Posteriormente um dilogo dos resultados obtidos visou a construo de uma cadeia de observaes sobre a qual se fundamentou o estudo do caso. RESULTADOS: O CAPS se prope a entregar resultado altamente intangvel, que contempla o usurio no seu contexto social. A mudana almejada nas condies do usurio foi descrita como "a pessoa vivendo melhor". Tal condio possui difcil definio e compreenso acerca dos detalhes e limites dessa mudana, sendo, portanto, difcil medir os resultados. Aliado a isso, o processo de trabalho envolve atividades no rotineiras, no previstas e algumas vezes simultneas, de tal forma que a equipe encontra dificuldade de reconhecer e legitimar os esforos para fazer o trabalho acontecer, fato descrito pelos trabalhadores como invisibilidade do trabalho. CONCLUSES: O processo de avaliação mostrou-se um aspecto complexo dessa intangibilidade aliado inadequao e a insuficincia da estrutura administrativa do sistema de saúde municipal para acolher um servio dessa natureza. Os resultados permitiram compreender melhor um campo de trabalho em que a subjetividade de trabalhadores e de usurios inerente ao processo de gesto de serviços.
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OBJETIVO: Compreender concepes e experincias de gestores em relao avaliação qualitativa na ateno bsica em saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, fundamentado na vertente crtico-interpretativa, realizado em 2006 na cidade de Fortaleza, CE. A amostra terica foi composta pelo grupo responsvel pelo planejamento da ateno bsica em nvel estadual. Para a obteno do material emprico, utilizou-se a tcnica de grupo focal. ANLISE DOS RESULTADOS: Emergiram dois temas centrais: concepes de qualidade e dimenses da qualidade na prxis da avaliação em saúde, desdobrando-se em aspectos distintos. Os conceitos qualidade e avaliação qualitativa no se mostraram claramente demarcados, confundindo-se a avaliação qualitativa com a avaliação da qualidade formal. Do mesmo modo, no se reconhece a multidimensionalidade inerente qualidade. A despeito de se revelarem nos depoimentos crticas quantificao indevida de certas dimenses, no se observou clareza e domnio tcnico quanto abordagem a utilizar para abranger as distintas dimenses da qualidade em processos avaliativos. CONCLUSES: As concepes dos gestores responsveis pelo planejamento da ateno bsica, no espao estudado, revelam um importante distanciamento das premissas da avaliação qualitativa, sobretudo aquela orientada pelo enfoque de quarta gerao. Portanto, o modelo adotado por esses atores na avaliação da qualidade dos programas e serviços no contempla sua multidimensionalidade.
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OBJETIVO: Avaliar os serviços do Sistema nico de Saúde brasileiro de assistncia ambulatorial a adultos vivendo com aids em 2007 e comparar com a avaliação de 2001. MTODOS: Os 636 serviços cadastrados no Ministrio da Saúde em 2007 foram convidados a responder a um questionrio previamente validado (Questionrio Qualiaids) com 107 questes de mltipla escolha sobre a organizao da assistncia prestada. Analisaram-se as frequncias das respostas de 2007 comparando-as com as obtidas em 2001 na forma de variao percentual (VP). RESULTADOS: Responderam o questionrio 504 (79,2%) serviços. Cerca de 100,0% dos respondentes relataram ter pelo menos um mdico, suprimento sem falhas de antirretrovirais e de exames CD4 e carga viral. Vrios aspectos mostraram melhor desempenho em 2007 comparados a 2001: registro de nmero de faltas consulta mdica (de 18,3 para 27,0%, VP: 47,5%), agendamento de consulta em menos de 15 dias no incio da terapia antirretroviral (de 55,3 para 66,2%, VP: 19,7%) e participao organizada do usurio (de 5,9 para 16,7%, VP: 183,1%). Houve manuteno de dificuldades: pequena variao na disponibilidade de exames especializados em at 15 dias, como endoscopia (31,9 para 34,5%, VP: 8,1%), e a piora de indicadores como tempo ideal de acesso a consultas especializadas (55,9 para 34,5% em cardiologia, VP negativa de 38,3%). O tempo mdio despendido nas consultas mdicas de seguimento manteve-se baixo: 15 minutos ou menos (52,5 para 49,5%, VP negativa de 5,8%). CONCLUSES: A avaliação de 2007 mostrou que os serviços contam com os recursos essenciais para a assistncia ambulatorial. Houve melhoras em muitos aspectos em relao a 2001, mas persistem desafios. Pouco tempo dedicado consulta mdica pode estar vinculado ao nmero insuficiente de mdicos e/ou baixa capacidade de escuta e dilogo. A acessibilidade prejudicada a consultas especializadas mostra a dificuldade das infraestruturas locais do Sistema nico de Saúde.