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Resumo:
NAVARRO, Elin Velazquez. Melhoria da Prevenção e Detecção precoce do Câncer de Colo de Útero e de Mama na UBS Sete Ilhas, Pedra Branca do Amapari-AP. 2015. 76f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Especialização em Saúde da Família) - Departamento de Medicina Social, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015. O câncer de colo de útero está entre as enfermidades que mais atingem as mulheres e que levam ao óbito no Brasil. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo entre as mulheres, correspondendo a 22% dos casos novos a cada ano. A avaliação ginecológica, o exame citopatológico de Papanicolau e a colposcopia, realizadas regularmente e periodicamente, são recursos essenciais para o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero. Já no câncer de mama, o prognóstico é relativamente bom quando o diagnóstico e tratamento são oportunos, mas no Brasil as taxas de mortalidade por câncer de mama permanecem elevadas, provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. O estudo trata-se de uma intervenção realizada na Unidade Básica de Saúde Sete Ilhas, localizada no município de Pedra Branca do Amapari-AP, com o objetivo de melhorar a prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero e de mama na área de abrangência. A Unidade Básica de Saúde possui cerca de 2.500 pessoas adstritas numa zona rural e a intervenção teve como população alvo para o câncer do colo do útero 945 mulheres na idade de 25-64 anos e para o câncer de mama 141 mulheres na idade de 50-69 anos. Durante as 12 semanas de intervenção, foram cadastradas 243 mulheres de 25-64 anos e 79 de 50-69 anos, das quais 53,5% e 16,5%, respectivamente, ficaram com exames em dia. Recebeu-se 97,7% das amostras satisfatórias coletadas para citopatológico, e realizou-se em 100% das mulheres cadastradas avaliação de risco para câncer de colo de útero, avaliação de risco para câncer de mama e orientação sobre doenças de transmissão sexual e fatores de risco de câncer de colo de útero e câncer de mama. A realização desta intervenção foi muito importante para a comunidade porque aumentou o acesso aos exames de detecção do câncer de colo do útero e o câncer de mama, com a priorização do atendimento. Para o serviço, a intervenção significou organização do trabalho, viabilizando a atenção a um maior número de pessoas. E para a equipe, a intervenção trouxe a demanda de capacitação quanto ao rastreamento, diagnóstico, tratamento e monitoramento do câncer de colo do útero e câncer de mama, e promoveu o trabalho integrado de todos os profissionais de saúde.
Resumo:
A Febre do Chicungunya (CHKV) é uma doença aguda causada pelo vírus chicungunya, vírus RNA, do gênero Alphavirus, pertencente à família Togaviridae. Trata-se de arbovirose, transmitida aos humanos pelos mosquitos Aedes, mesmos vetores responsáveis por transmitir o vírus da dengue. Considerada primariamente doença tropical, sua distribuição geográfica ocorria mais frequentemente na África, Ásia e ilhas do Oceano Índico. Mais recentemente, em fins de 2013, a transmissão autóctone (local) foi documentada na América Central, na região do Caribe. Os primeiros casos autóctones notificados no Brasil ocorreram em 2014, sendo notificados até o momento em algumas cidades no Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A doença já afetou milhões de pessoas e continua a causar epidemias em muitos países. Artralgias persistentes podem interferir na qualidade de vida do paciente e em suas atividades laborais. O quadro clínico é inespecífico, constituindo-se de sinais e sintomas comuns a várias doenças infecciosas. Febre alta de início agudo (até 7 dias) e artralgia/artrite (não explicada por outras condições), geralmente simétrica, migratória, com presença de edema, podendo ser debilitante, acometendo especialmente mãos, punhos, tornozelos e pés são os achados mais frequentes. A doença é em geral auto-limitada com a maior parte dos pacientes recuperando em 1 a 3 semanas. Porém, contingente significativo de pacientes pode cursar com quadro de artrite de longa duração, persistindo por meses a anos, podendo ocorrer acometimento articular intenso. Considerando a duração dos sintomas, o Chicungunya pode determinar doença aguda (duração de até semanas), subaguda (de semanas até 3 meses) e crônica (duração > 3 meses). As medidas de prevenção podem ser pensadas em termos de proteção individual e coletiva e incluem uso de vestimentas que reduzam a área de pele exposta, repelente (especialmente em situações de viagens para áreas de transmissão) e mudança de hábitos que evitem condições que propiciam a multiplicação dos vetores. As medidas que reduzem os criadouros para os vetores são de responsabilidade individual e dos órgãos de saúde pública. Todos os casos suspeitos devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o período febril da doença. Não existe vacina disponível até o momento, mas seu desenvolvimento está em progresso. Nos locais onde não se registra ainda ocorrência de casos autóctones deve-se investigar histórico de viagens a áreas onde existe a circulação do vírus. Por se tratar de situação dinâmica, informações epidemiológicas nacionais e internacionais devem ser atualizadas e disponibilizadas para os profissionais de saúde e para a comunidade.