54 resultados para Receitas acessórias
em Sistema UNA-SUS
Resumo:
Trata da porcentagem da verba municipal que deve ser investida em serviços de saúde pública. Além disso, apresenta breve base de cálculo para esta porcentagem. Material produzido para utilização no curso "Responsabilidades gestoras no último ano de mandato" fornecido pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).
Resumo:
Este trabalho apresenta uma proposta de intervenção, para a equipe Verde de Saúde da Família de Cônego Marinho/MG, com o objetivo de atuar sobre o grande número de pacientes hipertensos com a pressão arterial não controlada residentes no território. Utilizou-se do método de planejamento denominado Planejamento Estratégico Situacional e através da Estimativa Rápida foram coletados dados sobre a realidade do município e do território, elaborando-se uma lista de problemas. Após uma etapa de priorização, levando-se em conta a urgência, importância e capacidade de enfrentamento, foi escolhido o problema a ser abordado. Diante da relevância da Hipertensão Arterial Sistêmica, considerada hoje como um dos principais problemas de saúde pública, e de suas temidas complicações, tornou-se viável planejar ações que interfiram em seus fatores de risco e agravantes, buscando-se maior aderência ao tratamento e consequente controle da pressão arterial. Estudos mostram que os índices de hipertensos controlados em geral são baixos e estão relacionados principalmente à aderência ao tratamento (tanto farmacológico como não farmacológico). Procurou-se, então, definir quais as causas desse problema presentes no território e propor estratégias de ação que mobilizem os atores envolvidos (população, profissionais e gestores) em direção à melhoria das condições de saúde.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo propor um projeto de intervenção que traz as Receitas Educativas como principal instrumento em educação em saúde, no preparo dos usuários para autogerenciamento da promoção da saúde, prevenção de enfermidades e tratamento.
Resumo:
O hábito popular de solicitar renovação de receitas sem uma nova avaliação clínica é frequente em unidades de atenção à saúde no município de Uberlândia, Minas Gerais. O presente trabalho apresenta uma proposta de intervenção no processo de trabalho de uma equipe de saúde da família implementado a partir de discussões com os profissionais de uma unidade de saúde, segundo propõe o planejamento estratégico situacional simplificado. Enfatiza educação da comunidade e alterações nas práticas em serviço
Resumo:
O consumo de psicotrópicos é uma demanda crescente em cenário mundial e sua prescrição, mesmo com as normas regulamentadoras presentes em diversos países, apresenta-se muitas vezes indiscriminada, sem critérios e avaliações das reais indicações. Uma prática que contribui para esse cenário é a renovação de receitas de psicotrópicos sem a avaliação médica do paciente, o que leva à manutenção de medicações sem o estabelecimento de um plano terapêutico individualizado. A fim de evitar tal prática nociva à saúde, e ao mesmo tempo conseguir absorver a grande demanda por tais medicações, são necessários protocolos que orientem a prática da equipe diante de tal situação, priorizando o bem estar do usuário. Este trabalho tem como objetivo desenvolver um protocolo que oriente as condutas para renovação de receitas de psicotrópicos. Para tanto foi feita uma revisão bibliográfica na Biblioteca Virtual em Saúde para levantar as evidências já existentes sobre o tema e assim contribuir na elaboração do projeto de intervenção. A proposta de implantação visa homogeneizar as condutas no município e promover um cuidado individualizado e ético aos pacientes da saúde mental na Atenção Primária. Foram utilizadas as recomendações do Ministério da Saúde, adaptadas à rotina da Equipe de Saúde da Família COHAB II, com pretensão de expansão para o município. Além disso, o protocolo tem o potencial de promover a integração multiprofissional e o fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde do município.
Resumo:
Ouro Branco é uma cidade com cerca de 35.475 habitantes(IBGE 2009), localizada a 100km da capital Belo Horizonte, a cidade vive basicamente do ramo industrial, o que atrai trabalhadores de todo país. Atualmente, na Unidade Básica de Saúde José Silas Coelho, temos um alto índice de renovação de receitas e baixa adesão ao tratamento pelos pacientes hipertensos e diabéticos. A maioria não possui conhecimento sobre a doença e suas repercussões. Criou-se na comunidade um hábito de renovação de receitas sem consultas, muitas vezes estimulados até mesmo pelos agentes de saúde. O objetivo é elaborar um projeto de intervenção para a implantação do Programa Hiperdia para aumentar a adesão ao tratamento pelos pacientes hipertensos e diabéticos e diminuir a transcrição de receitas, na comunidade José Silas Coelho. Justifica-se a elaboração deste projeto porque a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus, são doenças que a cada dia estão em maior evidência na população geral e se não abordados de maneira precoce e contínua podem levar a alterações fisiopatológicas graves e irreversíveis no organismo. Assim, reunir estes pacientes, orientá-los e acompanhá-los de maneira contínua e permanente, irá reduzir de maneira significativa baixa adesão ao tratamento, uma vez que a falta de vagas para consulta médica e a falta de medicação na unidade não seriam mais justificativas para o baixo acompanhamento destes pacientes. Para o desenvolvimento do Plano de Intervenção será utilizado o Método do Planejamento Estratégico Situacional e uma revisão de literatura sobre o tema. Após a identificação e priorização do problema foram apontados os nós críticos: falta de conhecimento da doença e suas conseqüências, número escasso de vagas para consulta médica, indisponibilidade de medicamentos na UBS, hábito cultural de renovar receita indiscriminadamente sem consultas. As operações previstas são: Viver bem. Mais farmácia. Dia D. Mais atendimento. Embora ainda não completamente implantado o projeto de intervenção terá bons frutos desde que seja implementado de forma multidisciplinar. A população necessita de maior compreensão sobre as conseqüências em longo prazo da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes mellitus, para que a maneira a qual enfrentam o problema seja com seriedade
Resumo:
O objeto inicia questionando o porquê falar de prescrição, tanto pelo lado do profissional que há tanto tempo vem fazendo receitas de medicamentos, ou ainda pelo lado do enfermeiro, que não sabe o que ele tem a ver com a receita, já que esta é elaborada pelo médico ou dentista. Mostra então que a prescrição é muito mais do que uma simples receita, e que o uso racional de medicamentos depende muito do desempenho adequado do prescritor, do dispensador e do usuário. Lembra ainda que elas não devem ser somente de medicamentos, podem conter instruções sobre outras terapias e cuidados que não envolvam o uso de medicamentos. Segue citando as seis etapas básicas para uma terapêutica efetiva a partir da elaboração da prescrição, fornece algumas dicas importantes para a garantia de uma boa prescrição. Termina propondo a reflexão sobre a prescrição não como o fim do processo, mas sim efetivamente o início do tratamento, tendo a informação sobre a terapêutica e o monitoramento do uso do medicamento como imprescindíveis para o alcance dos objetivos terapêuticos. Unidade 1 do módulo 12 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.
Resumo:
Este objeto inicia explicando o planejamento como a percepção de que é possível estimar as consequências futuras de uma ação realizada no presente. Aborda então o planejamento na gestão pública, onde este é apresentado como um instrumento obrigatório e acompanha compulsoriamente a execução das políticas públicas, onde o gestor está comprometido em apresentar previsão das receitas e gastos que serão realizados, parte do que é chamado de processo orçamentário. Algumas especificidades técnicas deste processo são apresentadas. Passa então a detalhar alguns princípios que orientam a elaboração do orçamento público: Unidade, Universalidade, Anualidade, Equilíbrio, Publicidade e Clareza. Segue tratando os aspectos legais do orçamento e suas três leis orçamentárias, o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e também a Lei do Orçamento Anual – LOA. Menciona ainda que desde o Pacto de Gestão os municípios devem criar seus PPAs e LOAS. Aborda ainda o ciclo orçamentário, processos através dos quais orçamentos sucessivos são preparados, votados, executados, avaliados, controlados e tem suas contas julgadas pela Corte de Contas, e detalha os instrumentos de gestão do SUS e o Modelo de Programação Anual de Saúde destacando o Relatório Anual de Gestão, que é muito útil para a elaboração da Programação Anual de Saúde do próximo ano. Unidade 1 do módulo 18 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.
Resumo:
O objeto inicia mostrando que além do processo de planejamento governamental ser o ponto de partida dos projetos e ações inscritos no PPA e na Programação Anual de Saúde, é importante garantir a máxima transparência na utilização dos recursos públicos, e detalha o principal instrumento de gestão financeira e contábil, o Fundo de Saúde. Explica os detalhes do Fundo Municipal de Saúde – FMS e seu escopo dentro da prefeitura e da lei orçamentária. Segue detalhando o FMS e suas atividades, como orçamentos e execução de receitas, compara os municípios e suas especificidades, além de detalhes do financiamento das ações, convênios, contratos de repasses, e Transferências Fundo a Fundo. Exemplifica a lei do Fundo Nacional de Saúde – FNS que regulamenta essas atividades e detalha os blocos de financiamento e a responsabilidade das três esferas de governo pelo financiamento do SUS. Termina explicando que o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde – SIOPS disponibiliza os relatórios de desempenho financeiro dos municípios. Unidade 1 do módulo 18 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.
Resumo:
Tópico 1 – Gestão do Sistema Municipal de Saúde O tópico apresenta a amplitude de a ação da gestão de um sistema municipal de saúde, desde a Constituição de 1988 que prevê autonomia e articulação entre os três poderes para esse fim, assim como princípio de descentralização do SUS na busca de eficácia e fidelidade às demandas sociais. Traça o histórico das transformações: a comissões bi e tripartite, Plano Municipal de Saúde (PMS), Programação Anual de Saúde, Plano Diretor de Regionalização, Programas de Saúde Integrada, Termo de Garantia de Acesso, Termo de Compromisso de Gestão Municipal, Pacto pela Saúde – 2006 – em suas 3 dimensões – Pacto pela Defesa do SUS, Pacto pela Vida e Pacto de Gestão – e cinco blocos de financiamento. Tópico 2 – Planejamento e gestão governamental O tópico aborda a obrigatoriedade de planejamento em gestão pública segundo as normas do direito público, a previsão de receitas e gastos, a definição e os princípios de orçamento público segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual, o Pacto de Gestão, o Ciclo Orçamentário, os instrumentos de gestão do SUS: Plano de Saúde, Programação Anual de Saúde, Relatório Anual de Saúde, exemplificando-os. Aborda, também, a integração, entre o planejamento governamental e os instrumentos de gestão do SUS, a gestão de financiamento da política de saúde, a destinação de recursos, definida constitucionalmente, o Fundo Municipal de Saúde, a gestão conjunta e a participação colegiada de organizações públicas e da sociedade organizada, a utilização dos fundos, sob o controle do Tribunal de Contas, o financiamento de ações e sistemas de saúde. Apresenta, ainda, a forma de transferência fundo a fundo descentralizando recursos, os 5 blocos do Pacto de Gestão (Atenção Básica, de Média e de Alta Complexidade, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e de Gestão do SUS), a Emenda Constitucional 29/2000 estabelecendo as responsabilidades das 3 esferas governamentais, a gestão de acesso regionalizado as serviços de média e alta complexidade. Unidade 2 do módulo 5 que compõe o Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família
Resumo:
As palpitações constituem uma queixa comum na prática clínica, mas são também um sintoma muito inespecífico: pacientes podem perceber pequenas modificações nos batimentos cardíacos (na frequência ou força de contração deles), sem que isso se correlacione a arritmias cardíacas importantes; por outro lado, arritmias cardíacas são muitas vezes assintomáticas. As palpitações são, portanto, um indicador pouco preciso dos distúrbios do ritmo. Algumas variáveis ajudam na definição do significado clínico desse sintoma, e são de fácil obtenção durante uma anamnese e exame clínico cuidadosos. 1) Probabilidade de doença cardíaca subjacente: Pacientes idosos e/ou com múltiplos fatores de risco cardiovascular estão mais sujeitos a arritmias; ao contrário, jovens hígidos que se queixam de palpitações dificilmente terão doença cardíaca ou arritmia importante que justifiquem o sintoma; 2) Descrição das palpitações: Na maioria das vezes a palpitação é percebida como uma “falha”, “arranco” ou um batimento mais vigoroso, e isso se deve à presença de extrassístoles isoladas, um achado benigno. Se o relato for de palpitações taquicárdicas com início e término súbitos, onde o paciente consegue definir aproximadamente a duração do sintoma, é apropriado pensar nas taquiarritmias por reentrada e a investigação cardiológica está bem indicada. 3) Sintomas associados: Palpitações associadas à angina, hipotensão, lipotímia ou síncope precisam ser esclarecidas; 4) Exame do aparelho cardiovascular: No exame físico, avaliar se há indícios de cardiopatia subjacente: desvio do impulso cardíaco apical, bulhas acessórias, sopros cardíacos, tudo isso sugere a presença de doença cardíaca estrutural e aumenta a probabilidade de que as palpitações estejam relacionadas à taquiarritmias significativas; 5) ECG basal: Avaliar se há indícios de cardiopatia estrutural como: sobrecargas de câmaras, bloqueios de ramo, síndrome de pré-excitação, aumento do intervalo QT ou áreas de infarto prévio. Muitas vezes as palpitações são causadas por transtorno de ansiedade, ataques de pânico, uso de álcool e/ou nicotina. A conduta médica deve ser direcionada para tais questões, e não para uma pesquisa de doença cardíaca. Na grande maioria dos pacientes as palpitações têm uma causa benigna, e uma investigação cardiológica não se justifica. A abordagem desse sintoma deve seguir os preceitos da prevenção quaternária, definida como a detecção de indivíduos em risco de tratamento excessivo para protegê-los do sobrediagnóstico e de intervenções médicas inapropriadas.
Resumo:
Em 1930, Louis Wolff, John Parkinson e Paul Dudley White publicaram uma série de casos de pacientes com paroxismos de taquicardia cujo ECG basal mostrava um intervalo PR curto e um padrão de bloqueio de ramo. A síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) acontece quando existem vias acessórias que promovem uma pré-excitação ventricular: fibras anormais, congênitas, conectam o átrio ou a junção AV ao ventrículo, fora do sistema His-Purkinje. O impulso elétrico será transmitido sem o retardo do NAV, e haverá um by-pass com ativação elétrica prematura do ventrículo. A pré-excitação ventricular determina três principais alterações no ECG: 1. Intervalo PR curto, menor do que 120 ms nos adultos ou 90 ms nas crianças; 2. QRS alargado (duração maior do que 120 ms), com um empastamento em sua porção inicial (onda delta) e porção final normal; tal padrão acontece por uma fusão entre a ativação inicial causada pela pré-excitação (com condução intraventricular lenta fibra a fibra) e a ativação final, pelo sistema especializado His-Purkinje. 3. Alterações secundárias do ST-T, geralmente opostas à polaridade da onda delta. Padrão de WPW vs. Síndrome de WPW: é importante diferenciar o padrão eletrocardiográfico de pré-excitação que acontece em indivíduos assintomáticos do diagnóstico da síndrome de WPW: a síndrome só existe quando, além do padrão descrito, há taquiarritmias sintomáticas. O padrão de WPW é raro, e a síndrome mais rara ainda, com uma prevalência em torno de 1,5/100. Embora o prognóstico seja usualmente excelente, a morte súbita pode acontecer em cerca de 0,1% dos pacientes, e geralmente está associada a fibrilação atrial com resposta ventricular muito rápida, que se degenera em taquicardia ventricular. Pacientes com padrão de pré-excitação ao ECG e aqueles com a síndrome de WPW devem ser referendados ao cardiologista. A indicação de Holter, teste ergométrico e, sobretudo do estudo eletrofisiológico (diagnóstico e para ablação das vias acessórias) será definida conforme as diretrizes e a avaliação cuidadosa do paciente em questão.
Resumo:
Foi realizada a intervenção com o objetivo de se fazer o acompanhamento dos usuários portadores de hipertensão arterial sistêmica e/ou Diabetes Mellitus na unidade básica de saúde de Laranjeiras de Abdias, na cidade de São José de Mipibu, Rio Grande do Norte, através de levantamento de dados da unidade para equiparar e realizar melhorias no seguimento destes usuários. Foi escolhido o tema referente ao acompanhamento de usuários hipertensos e diabéticos devido à grande incidência dessas doenças na população, no período de 8 semanas(Período referente de outubro a novembro de 2014). O protocolo utilizado foi o Caderno de Atenção Básica, n. 15 e 16. Foram encontrados 223 usuários hipertensos e 82 diabéticos, ambos os grupos com indivíduos com 20 anos ou mais, e percentuais de 25% e 32%, respectivamente, em relação a população total. Neste período de acompanhamento, foram realizadas consultas para renovação de receitas médicas, avaliação quanto a medicações que estes faziam uso, solicitação de exames complementares e encontros para debates de eixo informativo e educacional. Foi orientado nesses encontros a importância de uma alimentação adequada, os benefícios da realização de atividades físicas, incentivar o abandono do tabagismo e alcoolismo, mostrando o que tais práticas trazem de malefícios a pessoa e o que pode ser feito para que estes possam abandoná-los e com isso trazer melhorias para sua qualidade de vida.
Resumo:
A desorganização dos prontuários em na ESF Jardim dos Pescadores tem como principal causador a grande quantidade de prontuários avulsos, decorrente da falta de cadastro de famílias em nossa área. Estima-se que pelo menos 2500 pessoas moram na área abrangida pelo Jardim, mas apenas 900 são cadastradas, gerando 1600 prontuários avulsos. A dificuldade em cadastrar essas famílias é devido à grande extensão do nosso território, que abrange zonas rurais há 40km da unidade, e à falta de transporte para que a equipe cadastre as famílias, que já estão sendo atendidas na unidade mesmo sem o cadastramento prévio. O prontuário é um documento muito importante, ele contém não só a história médica do paciente, mas também nos permite estimar outras características, como a assiduidade deste ao serviço de saúde e sua situação socioeconômica. A falta de organização dos prontuários familiares prejudica a qualidade das intervenções propostas pela equipe, ao impossibilitar que a doença seja vista no contexto familiar e que o profissional tenha uma visão das fragilidades e dos pontos fortes dela. Como plano de intervenção, cadastramos os pacientes e agrupamos os prontuários avulsos em Prontuários Familiares. Após o cadastramento de 89% da população do território abrangido, como esperado, houve diminuição da frequência de consultas sem prontuário, agilização do processo de renovação de receitas de pacientes já em acompanhamento na unidade e otimização na busca ativa de pacientes em situações de risco social ou com controle inadequado. Houve ganhos secundários, como o aumento do número de primeiras consultas.
Resumo:
É prática comum nos sistemas de saúde, pacientes procurarem atendimento em unidades de urgência para serem atendidos por patologias que poderiam e deveriam ser atendidas no nível primário ou até mesmo para renovação de receitas ou interpretação de exames. Tal prática, além de sobrecarregar serviços que deveriam atender casos mais graves, prejudica a longitudinalidade e a integralidade da atenção primária. No município de Entre Rios de Minas, por questões históricas e culturais, tal prática ocorre com bastante frequência. Este trabalho tem como objetivo conscientizar a população sobre seu próprio estado de saúde, quando procurar cada nível de atenção e diminuir assim, atendimentos desnecessários no pronto atendimento municipal e preconizar o novo modelo sanitário, priorizando o Programa Saúde da Família (PSF), as ações preventivas e o atendimento integral. São necessárias ações para a conscientização da população e a manutenção do fluxo correto entre os diversos níveis de atendimento. Propõe-se com este trabalho, além da informação à população geral por meios de comunicação de fácil acesso, a triagem realizada corretamente pelos diversos níveis de atendimento, o acolhimento adequado a cada paciente na unidade que melhor se adequa à sua demanda e a facilidade dos encaminhamentos entre os diferentes níveis de atendimento. Após o início das atividades propostas, pode-se perceber uma clara, ainda que pequena, mudança nos fluxos de atendimento, com a população dando preferência à Estratégia Saúde da Família (ESF) e buscando auxílio no pronto atendimento para casos mais graves, o que já levou a uma redução dos atendimentos realizados no Hospital Cassiano Campolina, principalmente de casos menos graves.