5 resultados para PERSPECTIVA DE GÉNERO
em Sistema UNA-SUS
Resumo:
Este material contempla a disciplina optativa " Rede de atenção: saúde da mulher" do Curso de Especialização Estratégia Saúde da Família (2014). Esta disciplina pretende promover uma reflexão sobre a atenção a saúde da mulher na perspectiva da estratégia, saúde da família, o que implica pensar a mulher para além das suas dimensões biológicas. O conteúdo está distribuído em seis seções: Seção 1 – Vida de mulher, que vida é esta?; Seção 2 – A construção de protocolo de cuidados que assegure os direitos sexuais e reprodutivos à mulher.; Seção 3 – A construção de protocolo de cuidados à mulher durante a gestação e o puerpério.; Seção 4 – A construção de protocolo de cuidado à mulher na prevenção e no controle do câncer do colo do útero e de mama. ; Seção 5 – A construção de um protocolo de cuidado à mulher no climatério.; Seção 6 – A construção de um protocolo de cuidado à mulher vítima de violência.
Resumo:
Os cânceres de colo de útero e de mama constituem um importante problema de saúde mundial. No Brasil, são estimados 52.680 casos novos de câncer de mama feminino e 17.540 casos novos de câncer do colo do útero por ano. Partindo-se desse pressuposto, é imprescindível a incorporação da perspectiva de gênero na análise do perfil epidemiológico e no planejamento de ações de saúde, que tenham como objetivo promover a melhoria das condições de vida, a igualdade e os direitos de cidadania da mulher. A intervenção teve como objetivo melhorar a qualidade do atendimento dos programas de prevenção precoce de câncer de colo de útero e câncer de mama na UBS Centro de Saúde Rafael Fernandes. A mesma ocorreu do mês de janeiro ao mês de abril do ano 2015. Foi implementada durante 12 semanas com a participação dos profissionais das duas equipes da UBS em ações de qualificação da prática clínica, gestão do serviço, monitoramento e avaliação e engajamento público. Antes da intervenção não existiam na UBS registros destas ações. Através desta, aumentou-se a cobertura do programa de prevenção precoce de câncer de colo de útero para 50,6% com 100% das amostras coletadas de citopatológico satisfatórias, e da cobertura do programa de prevenção precoce de câncer de mama para 53,7%. Foram elaborados os arquivos específicos para estas ações programáticas e preenchidas as fichas espelho respectivas a cada usuária assim como avaliados os fatores de risco de câncer de mama e pesquisados os sinais de alarme de câncer de colo de útero em 100% das usuárias avaliadas. Também foram oferecidas orientações sobre a prevenção dos cânceres e das DTS às usuárias e a comunidade. A intervenção teve grande importância no contexto da UBS já que permitiu aumentar a cobertura de detecção precoce dos cânceres de colo de útero e de mama das mulheres das mulheres alvo desta ação programática. Também permitiu capacitar a todos os integrantes da equipe com os protocolos de atuação fortalecendo o trabalho interdisciplinar além de ser uma primeira experiência para implementar os demais protocolos da Atenção Básica na UBS.
Resumo:
Na primeira unidade, são apresentadas as diferentes correntes teóricas e construções sociais a respeito de sexualidade e gênero, questionado os papéis pré-fixados em relação a masculino e feminino e os comportamentos de discriminação e violência, física e simbólica, por eles gerados. Na segunda unidade, a questão dos gêneros é estudada do ponto de vista da atenção a homens e mulheres analisando a violência em relação às diversas questões que envolvem gênero, saúde e o papel do profissional da AB. A terceira unidade estuda a situação específica do grupo LGBT, definindo a diversidade de identidades, ressaltando a necessidade de respeito e atenção aos direitos sexuais, de mudança do paradigma heteronormativo na área de saúde e mostrando os avanços e os desafios. Em todas as unidades são apresentadas sugestões de leituras complementares e referências.
Resumo:
A unidade apresenta as correntes teóricas e as contestações acerca das questões que relacionam sexo e gênero – papéis masculino e feminino – à violência física ou simbólica, tanto nas relações heteroafetivas quanto nas relações homoafetivas. Mostra como a discriminação e a exclusão social se dão em relação às questões de gênero, como a os papéis de homens e de mulheres são pré-determinados de maneira cristalizada em uma visão sexista, como a questão da violência é vista das perspectivas de dominação masculina ou patriarcal e da perspectiva relacional, como o conceito de virilidade se constrói associado à violência, como a violência também é praticada por mulheres contra homens. Atenta para a necessidade de as práticas de saúde, em nível coletivo e individual, ampliarem sua abordagem e seus conhecimentos visando à oferta de atenção mais inclusiva e integral a pessoas de todos os gêneros.
Resumo:
Mostra como os debates a respeito dos direitos humanos geraram políticas e diretrizes de proteção às pessoas em situação de violência, inclusive no Brasil, apontando, todavia, que a violência contra a mulher ainda é muito arraigada à cultura em uma estrutura social cujas relações de poder entre gêneros são assimétricas, atribuindo características sexistas a homens e mulheres. Apresenta os dados numéricos sobre a violência perpetrada, principalmente, por maridos, ex-maridos, namorados e ex-namorados, as diferentes formas de violência contra a mulher, a relação entre violência e baixo grau de escolaridade/dependência econômica da mulher, a crise do masculino com a possibilidade de uma relação mais igualitária, a permanência de valores e comportamentos ligados à masculinidade hegemônica que, paradoxalmente vitimiza também o homem. Aponta para a necessidade de desnaturalizar a violência em uma nova perspectiva de saúde coletiva, associada à cidadania e aos direitos humanos e de incluir, nessa atenção, o homem, tornando visíveis as suas demandas.