3 resultados para Neoplasia intra-epitelial vulvar
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Resumo:
O câncer de colo do útero pode originar em um ou ambos epitélios. O mais frequente é o carcinoma epidermóide, iniciado no epitélio metaplásico (Zona de transformação) e precedido por lesão precursora: neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) ou lesão intra-epitelial escamosa. Esse tipo de câncer tem uma relação com o comportamento sexual das mulheres. O HPV é mencionado como o principal fator de risco desse tipo de câncer. Fatores como condições de higiene, alimentação, tabagismo, o início precoce das atividades sexuais, o número de parceiros e o uso de anticoncepcionais orais também favorecem o surgimento deste tipo de câncer. Contudo, verificam-se altas taxas de incidência e de mortalidade pela doença. As mulheres cadastradas na área de abrangência do PSF III (Oswaldo Cruz), em que atuo, aderem pouco às práticas de prevenção do câncer de colo uterino. Este trabalho objetivou buscar informações e nomear fatores que interferem na decisão das mulheres em realizar o exame de prevenção do câncer de colo do útero, para formar conhecimentos que norteiem novas condutas nas ações de saúde das mulheres na unidade em que trabalho a fim de reduzir a mortalidade de mulheres por câncer de colo do útero. Foi realizada uma revisão bibliográfica de trabalhos vinculados à Biblioteca Virtual de Saúde, publicados no período de 2000 a 2010. A literatura mostrou que o conhecimento sobre o câncer de colo do útero e o exame preventivo, por grande parte das mulheres é ainda incipiente. Consequentemente, esta situação contribui para os altos índices de mortalidade por essas neoplasias no Brasil.
Resumo:
Trata-se de uma revisão narrativa do conhecimento disponível na literatura sobre a prevenção do câncer de colo do útero. A autora, que atua como enfermeira na Estratégia de Saúde da família, justifica a opção por este estudo por considerar ser esta uma das formas de sensibilizar os profissionais da área para a importância da captação precoce da clientela. Este tipo de câncer é considerado o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Em estágio inicial é assintomático e o diagnóstico é feito através do exame citopatológico, que é realizado para o controle do câncer cérvico-uterino e para o rastreamento da neoplasia intra-epitelial cervical. É apontado como instrumento mais adequado, sensível e de baixo custo. Ao se referir ao câncer de colo do útero, deve se enfatizar a promoção de saúde, como palestras em escolas, comunidades e visitas domiciliares, o que pode ser decisivo na ampliação da cobertura do Papanicolau entre as mulheres mais susceptíveis ao agravo, como as mulheres com vida sexual precoce, primiparidade na adolescência, multiplicidade de parceiros e as multíparas. A Equipe de Saúde da Família tem um papel importante na prevenção do câncer de colo de útero, sendo responsável em sensibilizar as mulheres a fazerem o exame citopatológico, identificando essas mulheres em situação de risco e captando-as precocemente para o exame de Papanicolau. Na saúde o enfoque educativo é um elemento fundamental e faz parte do dia a dia das ESF, visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. O estudo enfatiza a importância da captação precoce de mulheres sexualmente ativas independente da idade, para realizarem o exame citopatológico do colo do útero que tem como finalidade rastreamento, diagnóstico e tratamento de doenças. A captação das mulheres sexualmente ativas, pelos profissionais de saúde deve ser realizada, de forma a incluí-las nos exames de prevenção do câncer de colo de útero, visando detectar precocemente lesões precursoras do câncer de colo do útero e, se necessário, proporcionar facilidade de acesso para tratamento.
Resumo:
Este trabalho objetivou verificar a concordância do exame Papanicolaou e o diagnóstico colposcópico em relação à análise histológica no rastreamento de câncer de colo uterino realizado pela equipe 03 do Centro de Saúde Mantiqueira da cidade de Belo Horizonte, no período de maio a outubro de 2009. Para tal, os dados foram coletados a partir dos registros nos livros e no fichário rotativo de 174 exames de mulheres que realizaram o exame Papanicolaou com amostra satisfatória no período de maio a outubro de 2009. Foram determinados os valores correspondentes à sensibilidade, especificidade, valor preditivo negativo e valor preditivo positivo do Papanicolaou e exame colposcópico. Os resultados apontaram que: a idade das mulheres que realizaram o Papanicolaou variou de 15 a 75 anos, sendo a faixa etária predominante entre 26 a 35 anos (28,73%). A especificidade da citologia foi de 80%, a sensibilidade de 42,8%, o valor preditivo positivo de 75% e o valor preditivo negativo de 50%. A idade das mulheres encaminhadas para a colposcopia variou de 15 a 75 anos, sendo as faixas etárias predominantes entre 15 e 25 anos e 36 a 45 anos (31.82%). A sensibilidade da colposcopia foi de 100%, a especificidade de 20%, o valor preditivo positivo de 63,6% e o valor preditivo negativo de 100%. Pode-se concluir que a citologia mostrou-se um exame de alta especificidade, enquanto que a colposcopia das pacientes selecionadas apresentou alta sensibilidade. A associação do método colposcópico ao citológico pode melhorar substancialmente o índice de diagnóstico das alterações neoplásicas do colo do útero, sendo a correlação cito-colpo-histológica de fundamental importância na identificação das lesões pré-malignas, passíveis de cura e cabe ao enfermeiro realizar o exame de Papanicolaou, promover ações educativas, bem como supervisionar a realização de busca ativa das mulheres de sua área de abrangência.