3 resultados para HEMORRAGIAS INTRACRANEALES
em Sistema UNA-SUS
Resumo:
A doença pelo vírus Ebola é classificada como uma zoonose e de acordo com as evidências científicas disponíveis, os morcegos frugívoros são considerados os prováveis reservatórios naturais do vírus Ebola. A infecção acomete gorilas, chimpanzés, antílopes, porcos, roedores, outros mamíferos e os seres humanos. Há cinco espécies do vírus Ebola, que diferem em sua virulência, denominadas Bundibugyo, Tai Forest (anteriormente denominado Costa do Marfim), Sudão, Zaire e Reston, nomes dados a partir de seus locais de origem. Apenas o vírus Ebola Reston não está relacionado à doença em humanos, embora haja evidência de infecção assintomática, estando associado à doença em primatas não humanos. Não há transmissão durante o período de incubação, que só ocorre após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato direto da pele não integra ou membranas mucosas com sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos infectados (incluindo cadáveres) ou animais silvestres infectados (sangue, secreções, tecidos ou carcaças). A transmissão ocorre também através do contato com superfícies e materiais contaminados com esses fluidos (agulhas, peças de vestiário, lençóis). Durante surtos as pessoas com maior risco de infecção são os familiares, profissionais de saúde e aqueles em contato próximo com pessoas doentes ou falecidas, incluindo os profissionais envolvidos nos enterros. Não há evidência de transmissão aérea, a não ser durante procedimentos que gerem aerossol. O quadro clínico consiste em febre, fraqueza, mialgias, cefaleia, dor de garganta, vômitos, diarreia. Frequentemente evolui com erupção cutânea, disfunções hepática e renal, e hemorragias em vários sítios. No Brasil e nos países onde não ocorre a doença, a história de viagem a países onde ocorre a transmissão é de fundamental importância. O diagnóstico deve ser feito a partir do isolamento viral em soro ou vísceras, através de detecção de antígenos, PCR e anticorpos, em laboratório de referência (Instituto Evandro Chagas de Belém, Pará). Não há vacina disponível, nem tratamento específico com eficácia comprovada por estudos clínicos.
Resumo:
Este estudo, realizado por pesquisa bibliográfica narrativa, utilizando basicamente documentos de órgãos governamentais, livros e artigos em português, disponíveis na Internet, teve como objetivo compilar estudos científicos sobre os benefícios da amamentação para a criança, a mãe e o binômio mãe/filho. Essa revisão mostra que o aleitamento materno deve ser enfaticamente recomendado como fonte exclusiva de alimento nos seis primeiros meses de vida da criança, pois apresenta vantagens de várias ordens: nutritiva, imunológica, psicológica e econômica. O leite materno é um fluido extremamente complexo que contém não apenas nutrientes em quantidades ajustadas às necessidades nutricionais e à capacidade digestiva e metabólica da criança, mas também fatores protetores e substâncias bioativas que garantem sua saúde, e seu crescimento e desenvolvimento adequado. O leite materno reduz de modo significativo os índices de mortalidade infantil e previne uma série de doenças, tanto para a criança quanto para a mãe. As vantagens da amamentação para a criança estão já bem estabelecidas e documentadas; em relação às mães a literatura é mais escassa, mas mostra que os benefícios vão desde a satisfação da mãe com o ato de amamentar até a prevenção de câncer de mama e de ovário, de hemorragias pós-parto e de osteoporose, além de sua atuação como contraceptivo. Para o binômio mãe/filho é fundamental especialmente no estabelecimento do vínculo mãe e filho. Ressalte-se a necessidade de que os profissionais de saúde estejam capacitados para atuarem junto às mães na tarefa de apoiar e incentivar a amamentação.
Resumo:
CUTINO, Julio Antonio Gonzalez. Melhoria da atenção ao pré-natal e puerpério na Unidade Básica de Saúde 004 - Bairro da Esperança, Monte Alegre-RN. 2015. 107f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Especialização em Saúde da Família) - Departamento de Medicina Social, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015. A atenção no pré-natal é importante no contexto na Atenção Básica para assegurar o bom desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, e sem impacto para a saúde materna. Da mesma forma que a gravidez, no puerpério podem surgir problemas de saúde responsáveis por muitas sequelas e até mesmo morte de mulheres, provocadas por hemorragias e infecções. Por isso preconiza-se a atenção puerperal na primeira semana após o parto, uma estratégia na qual são realizadas atividades na atenção à saúde de puérperas e recém-nascidos. A intervenção objetivou a melhoria da atenção ao pré-natal e puerpério na Unidade Básica de Saúde 004 - Bairro da Esperança, Monte Alegre-RN. A população da área adstrita é de 4.116 usuários, e a população alvo foi de 30 gestantes e 16 puérperas no período de intervenção, compreendido entre os meses de março e maio de 2015, durante 12 semanas. A intervenção proporcionou uma ampliação da cobertura e melhoria da qualidade da atenção ao pré-natal e puerpério. Nos três meses, foram cadastradas 37 gestantes e 16 puérperas. A cobertura para o pré-natal alcançada variou entre 90 e 100% nos três meses, e foi de 100% para o puerpério nos três meses. Todas as gestantes cadastradas tiveram pelo menos um exame de mamas durante o pré-natal, receberam solicitação de todos os exames laboratoriais de acordo com o protocolo, receberam prescrição de sulfato ferroso e ácido fólico, foram vacinadas contra tétano e hepatite B, foram avaliadas quanto à necessidade de atendimento odontológico e quanto ao risco gestacional, e receberam orientação nutricional, sobre aleitamento materno, cuidados com o recém-nascido, anticoncepção após o parto, riscos do tabagismo e do uso de álcool e drogas na gestação, e sobre higiene bucal. Apenas 86,03% das gestantes ingressaram no Programa de Pré-Natal no primeiro trimestre de gestação, 97,6% realizaram pelo menos um exame ginecológico por trimestre, e 92,8% passaram por primeira consulta odontológica programática. Entre as puérperas, todas realizaram consulta até 42 dias após o parto, tiveram as mamas e o abdome examinados, realizaram exame ginecológico, foram avaliados quanto ao estado psíquico e intercorrências, receberam prescrição de algum método de anticoncepção, e receberam orientação sobre os cuidados do recém-nascido, aleitamento materno exclusivo e planejamento familiar. A comunidade demonstrou satisfação com a prioridade no atendimento de pré-natal e puerpério, o serviço ganhou qualidade e eficiência, pois o monitoramento viabilizou a realização das ações em tempo oportuno, e o trabalho em equipe foi reforçado, pois todos se sentiram responsáveis em contribuir para o sucesso das ações.