2 resultados para Fluoreto fenilmetilsulfonil (PMSF)
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Resumo:
A fluorose dentária origina-se da exposição do germe dentário, durante o seu processo de formação, a altas concentrações do íon flúor. Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão da literatura narrativa sobre os estudos da fluorose dentária na década de 2001 a 2010. Foi feita uma pesquisa na base de dados da Biblioteca Brasileira de Odontologia (BBO) e em livros textos da área de cariologia, usando as palavras-chave: fluorose dentária, microabrasão de esmalte, epidemiologia, intoxicação por flúor, abastecimento de água, percepção visual, tratamentos de fluorose dentária. A ação dos fluoretos é basicamente dose dependente. A exposição adequada a fluoretos ajuda no controle da cárie dentária. Uma dose muito alta pode causar pigmentação marrom, com manchas brancas e hipomineralização superficial, em dentes homólogos, até o ponto em que o esmalte se torna muito poroso e altamente manchado. Além da dosagem de flúor, outros fatores interferem na severidade da doença: baixo peso corporal, taxa de crescimento esquelético e períodos de remodelamento ósseo constituem-se fases de maior absorção do flúor; estado nutricional, altitude e alterações da atividade renal e da homeostase do cálcio também são fatores relevantes. A observação das características clínicas com finalidades de diagnóstico deve ser realizada com boa iluminação, após profilaxia e secagem prévia dos dentes, e um dos fatores para diferenciar o diagnóstico de fluorose e defeitos de esmalte é observar se as alterações estão em dentes homólogos. A forma mais comum de fluorose é a leve. Observa-se, entretanto, que a proporção de indivíduos que apresentam as formas moderada e severa ainda é pequena, mas existe um aumento significativo nos locais onde a fluorose é endêmica e isto se deve à alta concentração do fluoreto nas fontes naturais de água. A fluoretação da água é importante medida preventiva para o declínio da prevalência de cárie dentária, mas, deve ser monitorada, a fim de que o teor de flúor seja mantido dentro dos padrões adequados para o controle da cárie e prevenção da fluorose dentária. A literatura relata várias formas de tratamento clínico do esmalte comprometido por fluorose, entre eles, técnicas mais invasivas, como coroas protéticas e facetas estéticas, e menos invasivas, como as técnicas de clareamento dental e microabrasão de esmalte, a qual não causa nenhum desconforto trans e pós-operatório aos pacientes a ela submetida. Nos casos de fluorose leve, que são as formas mais prevalentes, o tratamento mais indicado é a combinação das técnicas de microabrasão de esmalte e clareamento dental, por serem considerados os tratamentos menos invasivos já fundamentados na literatura para a diminuição dos efeitos da fluorose, podendo promover um maior benefício ao paciente quando utilizados em conjunto.
Resumo:
Com os avanços da odontologia constatou-se que o uso do flúor é a medida de maior impacto e relevância para o controle da cárie dentária, por isso, após a descoberta dos benefícios da fluoretação da água, esse mecanismo tornou-se obrigatório no Brasil em todas as fontes de abastecimento público de água, embora, ainda não alcance as populações da zona rural que se utiliza de águas de cisternas e poços. Em algumas regiões do Brasil é possível encontrar fontes de flúor natural nas águas, muitas vezes em nível elevado ao ponto de refletir a fluorose dentária, as vezes em nível baixo ao ponto de não interferir na prevenção da cárie dentária, o que torna imprescindível o estudo do teor de flúor já existente na água para que a fluoretação seja feita no nível adequado ao controle da cárie. Desse modo, o presente estudo visa abordar a importância da fluoretação da água na prevenção da cárie, bem como, alertar quanto aos malefícios causados pela utilização em excesso de flúor. Para tanto, o estudo será baseado em uma revisão bibliográfica sobre o controle do flúor e a importância e eficácia da fluoretação das águas na prevenção da cárie dentária, utilizando-se de conceitos fundamentais para o entendimento do assunto. Concluímos que, mesmo com a existência de Leis, Decretos e Portaria concernentes ao assunto, os órgãos de fiscalização devem ficar em alerta e quando preciso buscarem alternativas que sejam capazes de solucionar possíveis problemas oriundos do excesso ou da inexistência de flúor na água através da exigência de manutenção e monitoramento do flúor nas águas, determinando também os diferentes meios em que o fluoreto de sódio pode ser aplicado na cavidade bucal visando diminuir os danos que podem ocorrer se forem utilizados de maneira inadequada.