132 resultados para Qualificação profissional, Brasil
Resumo:
Introdução: A atenção ao pré-natal e puerpério é uma estratégia importante de cuidados preventivos às gestantes, que visa à promoção da saúde e do bem-estar materno e fetal, além de oportunizar o tratamento precoce de problemas que podem surgir no decorrer da gestação. As gestantes que realizam o pré-natal apresentam menos complicações, o que se reflete em melhores condições de desenvolvimento intrauterino do feto e em menor mortalidade perinatal e infantil. Eram acompanhadas 30 gestantes e 13 puérperas na unidade e ao final da intervenção 55 gestantes e 28 puérperas estavam em acompanhamento. Somente 46 gestantes tiveram consulta odontológica programática realizada. Objetivos: o objetivo geral foi ampliar e qualificar a atenção ao pré-natal e puerpério na Unidade de Saúde da Família Mãe Luiza e os específicos foram: ampliar a cobertura, a adesão, a qualidade da atenção, o registro das informações, mapear as gestantes de risco, promover a saúde no pré-natal e puerpério e a saúde bucal. Metodologia: Participaram da intervenção gestantes e puérperas da área de abrangência, acompanhadas na Unidade de Saúde. Foram traçadas 38 metas, a partir dos objetivos geral e específicos, com ações que contemplavam: engajamento público, organização e gestão do serviço, qualificação da prática clínica e monitoramento e avaliação. Os registros dos atendimentos eram realizados nas fichas-espelho de atendimento e de saúde bucal, e suas respectivas planilhas de coleta de dados. Outros documentos utilizados foram os prontuários e a Caderneta da Gestante. Os atendimentos e ações previstas seguiam o protocolo de atenção ao pré-natal e puerpério de baixo risco do Ministério da Saúde, 2012. Resultados: A cobertura do atendimento à saúde da gestante passou de 43% para 79% ao final dos três meses da intervenção, superando o objetivo inicial de 60%. A cobertura do atendimento à saúde da puérpera passou de 69% para 96%, também superando seu objetivo inicial de 95 A maior deficiência encontrada foi em relação ao acompanhamento de saúde bucal, onde o principal problema enfrentado foi a não adesão da profissional, o baixo investimento em infraestrutura e insumos, o que impediu a realização do trabalho por parte dos profissionais da odontologia com perda de acompanhamento das gestantes que necessitavam de atendimento em torno de 20%. Conclusão: ao final da intervenção, um conjunto de tarefas fácil de adequar à rotina da ESF foi realizado, sem requer grandes investimentos, mas que necessitam do engajamento dos profissionais e principalmente do interesse da equipe, onde nenhuma atribuição deixe de ser realizada, para que as metas sejam atingidas. Esta intervenção comprovou que, com baixos custos e muito trabalho, associado à boa vontade profissional, pode-se fazer a diferença numa população inteira, qualificando as ações desenvolvidas na promoção da sua saúde e qualidade de vida.
Resumo:
O Programa Saúde na Escola (PSE), instituído no Brasil em 2007, busca fortalecer as experiências desenvolvidas no ambiente escolar e promover a articulação das ações vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) com a rede pública de ensino. Esse Programa representa um marco na integração saúde-educação e privilegia a escola como espaço para a junta das políticas voltadas para crianças, jovens e adolescentes, mediante a participação dos estudantes, famílias, profissionais da educação e da saúde nesse processo. O foco desse trabalho foi desenvolver ações educativas e avaliações clínicas nos educandos matriculados na Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora Aparecida, no Município de Pelotas, no período compreendido de setembro a dezembro do ano de 2014, reforçando a relação entre escola e Unidade Básica de Saúde Simões Lopes, e ampliando a promoção da saúde dessa população adstrita. Participaram das intervenções 127 escolares da faixa etária entre 06 e 19 anos. Dentre as ações realizadas ocorreram: avaliações da acuidade visual, avaliação odontológica, aferição da pressão arterial, orientações sobre alimentação saudável, prevenção de acidentes, sexualidade, higiene, etc. Obteve-se como resultado mais impactante nas orientações referidas a prevenção de DST’s, gravidez durante a adolescência, riscos ocasionados pelo uso de álcool, drogas e tabagismo. E obteve-se menor adesão na avaliação da saúde bucal. Para a realização deste foi utilizado o protocolo do Programa Saúde na Escola do Ministério da Saúde (2009), que por meio de estratégias e ações, contempla quatro eixos, tais como: Organização e gestão focada na estrutura, processo de trabalho e equipe; Monitoramento onde por meio de instrumentos e registros pode-se avaliar o desenvolvimento da intervenção; Engajamento público onde há o fortalecimento do vinculo entre a comunidade e unidade básica, por meio da orientação da população adstrita sobre saúde, onde se destina as orientações a população alvo, destinando-se ações de intervenção; e Qualificação clinica para os profissionais, tanto da área da saúde quanto da educação visando o melhoramento dos serviços oferecidos. Por meio dessa intervenção na escola, foi possível perceber o quanto é importante a aproximação do profissional da área da saúde com o profissional da educação, pois juntos, realizam a promoção e prevenção da saúde, obtendo melhor interação no ambiente escolar e na unidade básica de saúde. O que seria sugestivo tanto para a UBS quanto a escola, é que pudesse ser promovida uma reunião mensal, a qual se organiza a demanda da unidade e priorizasse temas os quais sugerissem maior abrangência da escola e da unidade básica de saúde.
Resumo:
Introdução: A Estratégia de Saúde da Família é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde, sendo ferramenta fundamental para consolidação de uma saúde de qualidade e eficaz para a população. A UBS Km 06 é composta pelas equipes Azul (102) que atende 831 famílias, a Vermelha (103) que assiste 917 famílias e Amarela, minha área, que cobre 1096 famílias. A área adscrita da UBS totaliza a assistência de 2844 famílias, contabilizando 7782 usuários. O processo de trabalho respeita o estabelecido pelo Ministério da Saúde, respeitando o proposto nos manuais/protocolos de atendimento. Objetivo: Qualificação da atenção ao pré-natal e puerpério na Unidade Básica de Km06, município de Natal/RN. Metodologia: Como ferramenta metodológica utilizou-se a incorporação da ficha espelho como registro específico para a ação programática e uma planilha de coleta de dados para avaliação mensal dos dados coletados. Adotamos a estratégia do acolhimento diário dos usuários com escuta terapêutica na sala de espera, organização do livro de registro da UBS e do grupo de gestantes, ampliação da busca ativa e visita domiciliar. As ações foram desenvolvidas dentro dos eixos de Monitoramento e avaliação, Organização e gestão do serviço, Engajamento público e Qualificação da prática clínica. Resultados: Conseguimos ao final dos três meses de intervenção uma cobertura de 100% da população das gestantes. No primeiro mês alcançamos 20,4% (20 gestantes), no segundo de 59,2% (58 gestantes) e no terceiro mês 100% (98 gestantes). Atingiu-se a meta de 100% do universo das puérperas com consulta puerperal antes dos 42 dias após o parto. No primeiro mês alcançamos 26,9% (14 puérperas), no segundo 61,5% (32 puérperas) e no último 100% (42 puérperas). Na cobertura da atenção a saúde bucal teve-se 36,7% ao final dos terceiro mês, sendo 9,2% (9 gestantes) no primeiro e 24,5% (24 gestantes) no segundo mês. Quanto aos indicadores de qualidade, adesão, registro avaliação de risco e promoção em saúde alcançamos 100%. Conclusão: Teve-se um amadurecimento profissional, melhoria da qualidade de atendimento e ao final dos três anos de intervenção, conseguimos incorporar as nossas ações e protocolos como rotina na UBS.
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No Brasil, é definida como idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade. A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos proporcionais. As patologias mentais e físicas são bastante comuns nessa faixa etária, necessitando haver uma atenção priorizada e cuidados ampliados, bem como a orientação adequada aos cuidadores desses usuários, visando uma vida com mais dignidade e mais acolhimento por toda a sociedade. O objetivo do presente trabalho baseia-se em uma intervenção com foco na melhoria da qualidade do atendimento aos idosos na UBS Firme Pedro, em Cabeceiras do Piauí, Piauí, priorizando a atenção (prevenção) e a assistência aos idosos. Os instrumentos utilizados na intervenção para registro das informações foram as planilhas eletrônicas, fichas espelho, Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e prontuários. O número de idosos que a UBS abrange equivale a 300, entretanto, não temos dados concretos da cobertura atingida antes da intervenção. Os resultados evidenciaram que 151 usuários foram cadastrados durante a intervenção, o que representa 50,3% dos idosos residentes na área, e tiveram avaliações realizadas, abrangendo indicadores como avaliação multidimensional rápida, exame clínico apropriado, visitas domiciliares a idosos acamados ou com problemas de locomoção, fornecimento de medicações existentes na própria farmácia da Unidade de Saúde, além da avaliação odontológica, também imprescindível para uma boa qualidade de vida. Todos esses itens contribuíram para a prevenção de inúmeras patologias, realização precoce de diagnósticos e tratamentos instituídos de forma correta, favorecendo a diminuição da morbimortalidade dos idosos que fizeram parte da intervenção. A intervenção foi realizada durante 12 semanas, entre agosto de novembro de 2014, e demonstrou resultados satisfatórios em relação à melhoria na qualidade do atendimento à população idosa, especialmente no que se refere à aproximação da equipe com a comunidade. Espera-se que as ações sejam perpetuadas e inspirem modelos para a reestruturação de outros programas de saúde e outras equipes de ESF no município.
Resumo:
As neoplasias de mama e colo do útero estão entre as mais prevalentes nas mulheres brasileiras. O câncer de colo uterino é o terceiro tumor mais comum na população feminina, e o câncer de mama, o primeiro. Estimativas preveem que 15.590 novos casos de câncer de colo uterino sejam diagnosticados no Brasil no ano de 2014. Já a incidência de câncer de mama deve chegar a 57.120 nesse mesmo ano. Ambos, se detectados e tratados precocemente, possuem bom prognóstico, porém a falta de rastreamento adequado faz com que eles sejam diagnosticados já em fases mais avançadas, fato este que pode ser observado pelos altos índices de mortalidade encontrados referentes a estas patologias. Neste contexto, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem papel essencial no desenvolvimento de ações que promovam este rastreamento e também o diagnóstico precoce e seguimento das pacientes residentes em sua área adstrita. Com esta finalidade, foi implementado um projeto de intervenção na USF Querência, Rio Grande/RS. Para isto, as usuárias que encontravam-se dentro das faixas etárias de prevenção do câncer de colo uterino e do câncer de mama receberam orientações de realizar o acompanhamento necessário e ações para aumentar a cobertura do atendimento a estas pacientes foram criadas, tais como o cadastramento dessas mulheres, revisão de seus prontuários, coletas e solicitação de exames para aquelas que não estavam com seu acompanhamento atualizado e encaminhamento, quando preciso, para serviços de referências no tratamento destas neoplasias. Ao final da intervenção, atingimos uma cobertura de 7,5% para o câncer de colo uterino e de 8% para o câncer de mama, obtivemos 70% de amostras satisfatórias na coleta do exame citopatológico de colo do útero e realizamos busca ativa em 100% das pacientes com exame preventivo alterado. Contudo, enfrentamos problemas relacionados à baixa adesão das pacientes e à demora do retorno dos resultados dos exames solicitados, fatores esses que prejudicaram os resultados da intervenção, mantendo os índices abaixo do almejado. Com a intervenção incorporada à rotina do serviço, esperamos aumentar, gradativamente, nossa cobertura.
Resumo:
A causa mais frequente de morbimortalidade materna no Brasil é a hipertensão arterial sistêmica. As mortes maternas podem ser classificadas como obstétricas diretas ou indiretas, sendo as diretas resultantes de complicações surgidas durante a gravidez, o parto e o puerpério e as indiretas decorrente de doenças preexistentes ou que se desenvolveram durante a gestação, agravadas pelos efeitos fisiológicos da gestação, como problemas circulatórios e respiratórios. Uma boa assistência ao pré-natal é o principal fator capaz de reduzir o número de mortes maternas. Além disso, as gestantes que realizam o pré-natal apresentam menos complicações, o que se reflete em melhores condições de desenvolvimento intrauterino do feto e em menor mortalidade perinatal e infantil. A atenção a saúde no Pré-Natal e puerpério da UBS era boa com cobertura de 80% das gestantes estimadas, deficiências no registro e na qualidade do acompanhamento. O objetivo geral do trabalho aqui descrito foi ampliar a cobertura do pré-natal, melhorar a avaliação da saúde bucal nas gestantes, melhorar a adesão das gestantes ao pré-natal e melhorar os registros e a qualificação da atenção com destaque para a ampliação do exame ginecológico e das mamas nas gestantes. Durante três meses, foi realizado um projeto de intervenção na Unidade Básica de Saúde de Vale Dourado, situada na Zona Norte do município de Natal/RN e a população alvo do projeto de intervenção foram as gestantes e puérperas adstritas a esta unidade. A UBS Vale Dourado conta com três equipes de saúde, para atender 8.831 pessoas (ano de 2014). Cada equipe atende cerca de 3.000 pessoas, o que está de acordo com o preconizado. A intervenção exigiu que a equipe se capacitasse para seguir as recomendações do Ministério da Saúde relativas ao rastreamento, diagnóstico, tratamento e monitoramento da assistência ao pré-natal e puerpério. Esta atividade promoveu o trabalho integrado da equipe e cada profissional ficou responsável por uma função, dentre elas, atendimento clínico, cadastramento das gestantes, visitas domiciliares, palestras educativas, busca ativa, reuniões com a equipe, monitoramento da intervenção, entre outras. A meta estabelecida para a ampliação da cobertura das gestantes residentes na área de abrangência da unidade de saúde, que frequentam o programa de pré-natal era 80%. A estimativa do número de gestantes residentes na área era 33 e após o cadastramento foi encontrada 33 gestantes no primeiro mês, 36 no segundo e 34 no terceiro mês, alcançando cobertura maior que 100% ao final da intervenção. Os resultados da intervenção foram satisfatórios. A intervenção, na unidade básica de saúde, propiciou a ampliação da cobertura da atenção ao pré-natal e puerpério de 100 para 112%, a melhoria dos registros, que inexistiam e que passaram a ser completamente preenchidos e atualizados, e a qualificação da atenção com destaque para a ampliação do exame ginecológico e das mamas nas gestantes. A cobertura do puerpério também foi superada, em relação ao estimado, de 100 para 112%. A saúde bucal que não tinha cobertura (0%) foi implantada e 32% das gestantes foram avaliadas. Conseguimos levar ações educativas para 100% da população acompanhada, qualificar o atendimento as gestantes e puérperas cadastradas, tendo a maioria dos indicadores de qualidade da atenção atingiu a meta de 100%, exceto vacinação e consulta no primeiro trimestre e exame ginecológico, que ficaram em torno de 80% da meta. Houve um aumento significativo da proporção de gestantes com pelo menos um exame das mamas durante o pré-natal , que no primeiro mês era de 9,1% e no terceiro mês conseguimos atingir 100%. Conseguimos atingir a meta no terceiro mês devido à ação realizada no Outubro Rosa, onde todas as gestantes compareceram e foram submetidas ao exame das mamas. Houve melhora do registro de dados da unidade. A análise dos indicadores de qualidade mostra melhoria em alguns deles como, o aumento na proporção de gestantes com pelo menos um exame ginecológico por trimestre, que no primeiro mês era de 60,6%, no terceiro mês subiu para 70,6%. A meta de 100% não foi alcançada por falta de material na UBS durante a intervenção devido à falta de tempo e, principalmente, de material necessário para realização do exame ginecológico. A maioria das ações já está incorporada à rotina da UBS de Vale Dourado e acredito que os profissionais irão manter essa rotina para que cada vez mais possa ser oferecido um pré-natal de qualidade e alcançar mais resultados na melhoria da assistência do pré-natal e puerpério.
Resumo:
O cuidado com a saúde da criança inclui medidas importantes como o apoio ao aleitamento materno, orientações sobre imunizações, realização do teste do pezinho e acompanhamento cuidadoso do crescimento e do desenvolvimento da criança. Essas medidas visam melhorar progressivamente o índice de mortalidade infantil. O presente trabalho apresenta o detalhamento de uma intervenção com o objetivo de melhorar a qualidade da atenção às crianças de zero a 72 meses residentes na área adstrita à Unidade Básica de Saúde/Estratégia Saúde da Família Antônio José da Silva, no município de Cabeceiras do Piauí. A intervenção fez parte do curso de especialização em saúde da família e ocorreu em um período de doze semanas. Realizaram-se ações em quatro eixos: monitoramento e avaliação, organização e gestão do serviço, engajamento público e qualificação da prática clínica. As ações foram planejadas e organizadas de acordo com o Caderno de Saúde da Criança: crescimento e desenvolvimento, do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012). Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram a ficha espelho da saúde da criança e da saúde bucal. Os dados foram inseridos na planilha eletrônica do Programa Excel para a visualização e análise dos indicadores. Tivemos resultados satisfatórios, conseguindo alcançar a cobertura de 78,1% (139/178) que inicialmente era de crianças 25,3% (45/178). Dentre as crianças cadastradas, 99,3% foram monitoradas em relação ao crescimento; 98,6% quanto ao desenvolvimento; 100% receberam suplementação de ferro; e 100% receberam avaliação quanto à necessidade de atendimento odontológico. Desta forma, é possível evidenciar que o planejamento, a organização e o empenho de toda equipe e a participação da comunidade foram essenciais para o alcance dessas metas.
Resumo:
O presente trabalho visa apresentar os resultados do projeto de intervenção Qualificação da atenção à saúde das crianças e adolescentes da Escola Guaraci Barroso Marinho, pela equipe de saúde do ESF Zachia, Passo Fundo/RS. Esse trabalho teve como foco a promoção, prevenção e assistência à saúde dos educandos através de ações intersetoriais e multiprofissionais. A intervenção durou 12 semanas e baseou-se em quatro eixos: monitoramento e avaliação, gestão do serviço, qualificação da prática clínica e engajamento público. Participaram da intervenção 668 alunos, destes foram atingidos um percentual de efetiva participação de 86,1% das crianças e adolescentes, dos turnos da manhã e tarde. Foi realizada avaliação antropométrica, avaliação de acuidade visual, avaliação odontológica, avaliação psicossocial e avaliação do calendário vacinal. Essas ações possibilitaram identificar crianças com sobrepeso, déficit de peso e obesidade que estão sendo atendidas pela nutricionista. Também foi possível identificar crianças com erros refrativos ou agravos à saúde ocular que foram encaminhadas para oftalmologista. Também foram identificados alunos que precisavam de atendimento odontológico que foram encaminhados à consulta odontológica. Além disso, foram realizadas atividades de educação em saúde abordando temas como saúde bucal, sexualidade, bullying e acidentes domésticos. Essas ações de educação em saúde possibilitaram sensibilizar as crianças para o cuidado com sua saúde. Dessa forma é possível visualizar resultados positivos alcançados através da intervenção. Ainda, essa intervenção possibilitou uma aproximação entre o profissional de saúde, professores, direção da escola e escolares. Apesar de não atingir a totalidade das crianças de adolescentes dos turnos da manhã e tarde matriculados na escola alvo devido a limitação do tempo, acredita-se que com a manutenção das ações na rotina da equipe de saúde da família todos poderão ser alcançados.
Resumo:
Este trabalho visa elucidar o resultado do que foi desenvolvido junto ao Curso de Especialização em Saúde da Família – Modalidade a Distância – UFPEL/UNASUS, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Saúde da Família. O mesmo foi elaborado durante o ano de 2014 e a intervenção de qualificação da Atenção à Saúde da Criança ocorreu na USF Vila Nova, em Pelotas/RS e teve como objetivo principal melhorar a atenção à saúde das crianças de zero a setenta e dois meses de idade da área adstrita da USF. Teve ainda como objetivos ampliar a cobertura, melhorar a qualidade do atendimento em puericultura, melhorar a adesão ao programa e a qualidade dos registros das informações, avaliar possíveis crianças em risco e promover à saúde para estes usuários e suas famílias. A intervenção teve a duração de doze semanas. Para que fosse possível o desenvolvimento deste trabalho foi necessário uma reestruturação na unidade de saúde. A equipe necessitou de qualificação para realizar o cuidado conforme o preconizado pelo Protocolo do Ministério da Saúde que foi adotado: Caderno de Atenção Básica número 33. O processo de trabalho foi organizado de forma a facilitar o acesso a todas as crianças, em especial às crianças de risco. Foram adotadas fichas-espelho para a qualificação dos registros, de forma a garantir informações precisas e monitorar o programa. Enfrentamos como as principais dificuldades o mau engajamento da equipe na intervenção e também a não participação do profissional de saúde bucal. Ações de promoção à saúde foram realizadas, como a orientação sobre alimentação saudável e adequada para a idade, realização do teste do pezinho antes dos 7 dias de vida e todas as rotinas segundo o MS. O engajamento público foi reforçado por conversas durante as consultas e divulgação do trabalho pelas Agentes Comunitárias de Saúde, para sensibilizá-los sobre a importância das ações que seriam desenvolvidas, bem como os motivos da priorização do cuidado à criança. Foi possível, com a intervenção, cadastrar 36 crianças no programa, sendo que na área há 79 crianças na faixa etária. Alcançamos, no período, 45,6% de cobertura. Foram ofertadas consultas com avaliação do parâmetro de desenvolvimento físico e psicomotor, bem como imunizações, teste do pezinho, orelhinha e olhinho, administração de suplementos vitamínicos, orientações nutricionais, prevenção de verminoses, prevenção de acidentes na infância, agilidade nos exames laboratoriais, orientações em geral e seguimento do cuidado em puericultura. Assim, conclui-se que a intervenção propiciou uma reorganização da atenção primária na saúde das crianças inscritas no programa. Entretanto, ainda há muito para avançar na qualificação do serviço, mas a partir dos resultados oriundos deste trabalho, será possível continuar em busca de melhorias no cuidado em puericultura.
Resumo:
A Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus são as duas doenças crônicas mais comuns na população brasileira, responsável por consequências deletérios, que podem até gerar incapacitações. Objetivou-se com esta intervenção qualificar a atenção aos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus na ESF Mãe Sabina, Brasileira/PI. A intervenção aconteceu no período de no período de setembro/2014 a novembro/2014 totalizando doze semanas. E o grupo alvo foram hipertensos e diabéticos acompanhados na ESF Mãe Sabina. Os instrumentos de coleta de dados foram à ficha espelho do Hiperdia e posteriormente os dados foram inseridos na planilha eletrônica do Programa Excel disponibilizada pela especialização. Realizaram-se ações em quatro eixos: monitoramento e avaliação, organização e gestão do serviço, engajamento público e qualificação da prática clínica. Finalizada a intervenção, realizou-se avaliação dos resultados da mesma e analisou-se o processo pessoal de aprendizagem. Os resultados evidenciaram a ampliação da cobertura da população alvo, pois 88,2% hipertensos e 91,5% dos diabéticos foram cadastros, consequente houve melhorias dos registros, também proporcionou melhorias em relação à prática clínica, onde 100% dos hipertensos e 100% dos diabéticos realizaram exames clínicos apropriados e exames complementares em dia de acordo com o protocolo, também foi garantido a totalidade da prescrição de medicamentos da farmácia popular para 100% dos hipertensos e diabéticos cadastrados. Também foram realizadas orientações referentes à educação em saúde durante os atendimentos individuais e em grupo, por meio de palestras. Conclui-se que as necessidades de saúde destes clientes requer uma atenção específica que pode evitar altos custos para o Sistema de Saúde e, sobretudo, proporcionar melhores condições de saúde a essas pessoas. No entanto, entende-se que estas mesmas necessidades precisam ser adequadamente identificadas e incorporadas em novas práticas de saúde, para além do modelo biomédico essencialmente curativo e centrado no profissional, e não no cliente.
Resumo:
Na adolescência, a vivência da sexualidade torna-se mais evidente. Muitas vezes, manifesta-se através de práticas sexuais inseguras, podendo se tornar um problema devido à falta de informação, tabus ou mesmo pelo medo de assumi-la. Trata-se de um estudo descritivo a partir da revisão da produção científica desenvolvida no Brasil nos últimos 15 anos, que tem como núcleo de interesse identificar e avaliar o estado da arte relacionado à participação do profissional de enfermagem na atenção à saúde do adolescente. A busca resultou em 10 artigos que foram submetidos à análise de conteúdo por meio de categorização. Observou-se na literatura existem poucos estudos voltados especificamente para a análise do papel do enfermeiro na atenção à saúde do adolescente. Evidenciou-se, que os jovens estudados têm um conceito de AIDS relativo, ligando-o, sobretudo, a sentimentos de fatalidade; carecem de uma educação mais efetiva, para a garantia da mudança de comportamento; assunto ainda pouco abordado no ambiente escolar. Sendo assim, conclui-se que o enfermeiro deve atuar junto com a equipe multidisciplinar na promoção de saúde e prevenção das doenças, exercendo papel de educador, criando um vínculo de confiança com os adolescentes.
Resumo:
A Reforma Administrativa, com redução do Estado, na década de 1990, impulsionou a adoção de relações trabalhistas precárias no momento em que ocorria a descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS). O enorme incremento do número de postos de trabalho na saúde pública dos municípios, acompanhado das restrições jurídico-legais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, propulsionaram a adoção de diversas formas de contratação. A Estratégia de Saúde da Família (ESF) surgiu concomitante a todo este processo e é considerada, atualmente, como estratégia prioritária na reorganização da atenção à saúde no país. Com vínculos não-estáveis, profissionais ficam sujeitos à instabilidade política e disputa predatória entre os municípios, ocasionando rotatividade dos profissionais e descontinuidade da assistência. O rompimento do vínculo entre profissional e população adscrita compromete um dos princípios da ESF. Em 2003, foi criada a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde no âmbito do Ministério da Saúde, com o objetivo de formular políticas orientadoras da gestão, formação, qualificação e regulação dos trabalhadores de saúde no Brasil, área considerada crítica para a sustentabilidade da ESF e do SUS. Para a formulação de políticas e diretrizes que busquem soluções para enfrentar a precarização dos vínculos de trabalho nacionalmente, foi criado o Comitê Nacional Interinstitucional de Desprecarização do Trabalho no SUS. Este estudo retrata a revisão narrativa de literatura a respeito dessa precarização dos vínculos de trabalho nas equipes da ESF, no contexto histórico de sua criação e da implantação da Gestão do Trabalho no SUS, e de pesquisas cujos autores analisaram as formas de contratação dos profissionais de saúde das equipes da ESF. Essa revisão permitiu identificar que, apesar dos vínculos de trabalho precários estarem presentes nas equipes da ESF, houve diminuição dos mesmos. Portanto, persiste a necessidade de formular soluções para enfrentar esse desafio.
Resumo:
No Brasil, a década de 1980 foi considerada um importante marco nas políticas sociais e, principalmente, nas políticas de saúde pública. Com o movimento da reforma sanitária, que tinha como objetivo propor melhorias nas condições de saúde criou-se o Sistema Único de Saúde (SUS), visando atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde por meio da criação do Programa Saúde da Família (PSF). Dentre os profissionais que compõem a equipe de trabalho do PSF, voltamos à atenção para o Agente Comunitário de Saúde (ACS) que, ao manter maior contato com as famílias, promove um elo entre a comunidade e o serviço de saúde. O presente trabalho teve como objetivo geral sistematizar conhecimentos produzidos sobre os problemas enfrentados pelo ACS decorrentes da sua atuação como membro integrante da equipe básica PSF. Assim, optou-se por realizar um estudo teórico a partir de busca ativa na base de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), portal Capes, Google acadêmico, Medline, Pubmed, anais de congressos, livros e teses que abordavam o assunto. Concluiu-se que, após a implementação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e a inserção desses profissionais ao PSF, houve uma melhoria expressiva no atendimento a saúde da população, principalmente a população que carece dos cuidados da atenção básica ou atenção primária, pois os ACS servem como um elo entre os serviços de saúde e a comunidade onde o mesmo está inserido, sendo este o profissional que realiza atividades como controle da imunização, visitas domiciliares, grupos operativos dentre outras ações. Mesmo com tantas melhorias após a entrada do ACS no PSF, verificam-se ainda algumas dificuldades vivenciadas por estes profissionais, dificultando a realização de suas atividades de forma eficaz, como: poeira, chuva, animais, falta de informação dos moradores quanto a função dos ACS. Percebe-se que esses profissionais realizam inúmeras funções, fazendo com que os mesmos se sintam sobrecarregados e impotentes frente a sua função. Dessa forma se os mesmos não receberem um treinamento ou qualificação adequada não irão desempenhar de forma correta seu trabalho trazendo prejuízos para os serviços de saúde e principalmente para a população.
Resumo:
Atualmente no Brasil existem inúmeros obstáculos para a efetivação de um sistema eficaz de proteção e promoção à saúde da criança, mas também um promissor despertar da consciência popular em torno do assunto. Nesse sentido visando sistematizar a assistência materno-infantil prestada no estado, o governo de Minas Gerais criou alguns programas e estratégias de ação. Dentre os programas criados, os centros Viva Vida (CVV) se caracterizam como uma importante ferramenta de atenção e cuidado integral a saúde da mulher e da criança. Para padronizar e sistematizar a assistência foi criado um protocolo a ser seguido pelos profissionais em seus atendimentos. O presente estudo tem como objetivo sistematizar evidências científicas sobre a atenção à saúde da criança, com ênfase na importância do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, correlacionando-as a protocolos e linhas guias vigentes em Minas Gerais. O método consistiu numa revisão bibliográfica. Consideramos que o presente estudo poderá contribuir para ajudar a superar as falhas existentes nas ações de saúde, de forma a considerá-lo como ferramenta de motivação e de promoção de mudanças de atitudes e comportamentos dos profissionais envolvidos na efetividade destas ações.
Resumo:
O trabalho com grupos é uma das atribuições das equipes do Programa de Saúde da Família, onde as práticas educativas na atenção à saúde são atividades pedagógicas voltadas aos usuários, visando à construção do conhecimento a partir das informações e vivências trazidas por eles. A técnica de grupo não está centrada nas pessoas individualmente, nem na dinâmica grupal, mas no processo de inserção e participação do usuário dentro do grupo. As vantagens da realização de grupos consistem em facilitar a construção coletiva de conhecimento e a reflexão acerca da realidade vivenciada pelos seus membros, bem como a de possibilitar a quebra da relação vertical (profissional-usuário) e facilitar a expressão das necessidades, expectativas e angústias. Assim, este estudo objetiva conhecer, por meio de revisão da literatura, as diferentes práticas educativas de grupos de educação em saúde realizados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foi realizada busca de artigos no período de janeiro a abril de 2012, nas bases de dados SciELO e LILACS, via biblioteca virtual de saúde, no idioma português, entre os anos de 2004 a 2012, com a utilização dos descritores Programa de Saúde da Família, Educação em Saúde, Enfermagem e Grupos de autoajuda. A partir de leituras exploratórias e seletivas, foram selecionados oito artigos, que foram lidos na integra e considerados de maior relevância para o entendimento do tema proposto. A educação de grupos em saúde é uma proposta utilizada pela atenção primária em saúde dentro do contexto da UBS, trazendo benefícios positivos para os participantes que participam dessa ação coletiva. Os artigos mostram que há diferenças no que diz respeito ao tempo de duração, condução dos grupos, intervalo entre um grupo e outro, dentre outros aspectos. Pode-se, portanto, afirmar que o trabalho de grupos de educação em saúde necessita ser mais explorado visando uma uniformização dos procedimentos referentes à composição e atributos utilizados no processo de construção e participação dos grupos propostos.