362 resultados para sistema municipal de saúde
Resumo:
A Intervenção realizada pela equipe da UBS Mãe Raimunda em Água Branca - PI teve como objetivo, melhorar a atenção à saúde de usuários hipertensos e/ou diabéticos no período de Agosto/2014 a Novembro/2014. Antes da intervenção 52% de usuários hipertensos e 37% de usuários diabéticos eram acompanhados na unidade, e ao longo da Intervenção muitos foram cadastrados e receberam o acompanhamento de qualidade. As informações foram coletadas na ficha espelho e consolidadas na planilha eletrônica do programa Excel (Microsoft Co., 2010) e apresentada por meio de gráficos. Foram desenvolvidas ações em quatro eixos: monitoramento e avaliação, organização e gestão do serviço, engajamento público e qualificação da prática clínica. Realizou-se 06 atividades coletivas, e 01 atividade prática envolvendo toda a equipe da UBS e os usuários. No final da Intervenção alcançamos 344 usuários hipertensos, perfazendo 83,7% e 63 usuários diabéticos, perfazendo 62,4% de cobertura. Os demais itens avaliados quanto à qualidade alcançou-se 100%. Os resultados satisfatórios da Intervenção foram possíveis, pois a equipe sempre aproveitou a consulta com os usuários para investigar e realizar educação em saúde, embora HAS e DM não fossem a queixa principal. Foi possível observar uma mudança na rotina da UBS. Houve uma melhora significativa no monitoramento e avaliação, na organização e gestão do serviço, no engajamento público e em especial na qualificação da prática clínica. Destaca-se a eficiência, o empenho e o esmero da equipe da UBS Mãe Raimunda que permitiu que alcançássemos bons resultados relacionados aos indicadores avaliados. Todos os insumos necessários para o funcionamento da UBS, como também a realização dos exames complementares conforme protocolo, foram garantidos pela Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, destaca-se que a interação existente entre os diversos serviços de saúde do município como SAMU, CAPS, NASF e o Hospital Municipal foram de extrema relevância para a consolidação das atividades na UBS Mãe Raimunda.
Resumo:
Detectar, estabelecer diagnóstico, identificar lesões em órgãos-alvo e/ou complicações crônicas e efetuar tratamento adequado para a HAS e o DM caracteriza-se como um verdadeiro desafio para o Sistema Único de Saúde. Faz-se necessária a adição de esforços de todos os envolvidos com essa grave situação de saúde pública, buscando a reorganização da atenção básica, tendo como estratégias principais a prevenção dessas doenças, suas complicações e a promoção da saúde, objetivando assim uma melhor qualidade de vida. A intervenção pretende qualificar a atenção aos hipertensos e/ou diabéticos, na UBS de Marcolândia no município de Marcolândia/PI. Segundo o SIAB a UBS cobre 3066 usuários sendo que desses 51 são diabéticos e 230 são hipertensos. Quanto aos hipertensos é estimado pelo CAP um atendimento a 688 usuários mensalmente, o que não ocorre na realidade e quanto aos diabéticos é estimado um atendimento a 197 usuários mensalmente. Para realizar a intervenção de qualificação da Atenção aos Hipertensos e Diabéticos foi adotado o Caderno da Atenção Básica nº37 – Hipertensão Arterial Sistêmica, Ministério da Saúde/2013 e o Caderno da Atenção Básica nº36 – Diabetes mellitus, Ministério da Saúde/2013. Quanto a ampliação da cobertura aos hipertensos e diabéticos, para hipertensos inicialmente haviam 230 aumentando para 87% desse valor, para os diabéticos inicialmente haviam 51 cadastrados aumentando 100% desse valor. A qualidade da atenção a hipertensos e diabéticos melhorou consideravelmente, o que também foi um objetivo atingido. Com as palestras e explicações mais detalhadas, melhorou-se também a adesão de hipertensos e diabéticos ao programa, em que são poucos os faltosos. A intervenção aperfeiçoou consideravelmente o serviço, podendo a partir de agora oferecer maior qualidade aos usuários, que a partir de agora estão cada vez mais satisfeitos. A intervenção pode ser facilmente incorporada à rotina, com alguns ajustes para se adaptar a realidade da unidade de saúde.
Resumo:
Introdução: A Atenção Básica à Saúde é a porta de entrada e base de trabalho de todos os outros níveis do Sistema Único de Saúde, oferecendo ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. A consulta de puericultura é uma ferramenta importante na busca do desenvolvimento saudável da criança. No ano de 2013, a área adstrita com 9779 habitantes possuía 49 crianças menores de 01 ano e 324 crianças entre 1 a 5 anos cadastradas. Pelo Caderno de Ações Programáticas, a estimativa de 143 crianças menores de um ano calculou o indicador de cobertura equivalente a 25%, indicando a necessidade de qualificação do atendimento em Saúde da Criança entre 0 e 72 meses de idade, na Unidade de Saúde da Família (USF) do Planalto. Objetivo: O objetivo geral do trabalho foi melhorar a atenção à saúde da criança nesta Unidade de Saúde da Família. Metodologia: Participaram do trabalho crianças entre 0 e 72 meses de idade, da área de abrangência, atendidas na Unidade de Saúde. Foram traçadas 22 metas, a partir dos objetivos geral e específicos, com ações que contemplavam engajamento público, organização e gestão do serviço, qualificação da prática clínica e monitoramento e avaliação. Os registros dos atendimentos eram realizados nas fichas-espelho de atendimento e de saúde bucal, e suas respectivas planilhas de coleta de dados. Outros documentos utilizados foram os prontuários e a Caderneta da Criança. Os atendimentos e ações previstas seguiam o protocolo de Atenção à Saúde da Criança do Ministério da Saúde, 2012. Resultados: A cobertura do atendimento à saúde da criança passou de 25% para 60,1%, atingindo seu objetivo geral. A cobertura de crianças entre 6 e 72 meses da área de abrangência com consulta odontológica teve seu valor próximo a meta desejada. Com relação a melhoria da qualidade do atendimento a criança, as ações que alcançaram suas metas foram o monitoramento do crescimento e desenvolvimento das crianças cadastradas, monitoramento das crianças com déficit ou excesso de peso detectadas, e concluir o tratamento dentário das crianças entre 6 e 72 meses com primeira consulta odontológica realizada. As demais ações voltadas a esse objetivo atingiram valores acima de 90%, mas não alcançaram as metas propostas. Conclusão: A realização da intervenção na USF Planalto cumpriu com seu objetivo de melhorar a qualidade da assistência prestada às crianças entre 0 e 72 meses de idade da área de abrangência. A intervenção alcançou a ampliação da cobertura para as crianças da área, a melhoria da adesão dessas crianças ao programa, a melhora dos registros na UBS, a identificação de crianças em risco e a promoção da educação em saúde.
Resumo:
O leite materno é o principal agente na alimentação de um bebê, no entanto o que podemos observar é que essa prática de amamentar exclusivamente é pouco adotada pelas mães. Para mudar esse perfil, o profissional da área de saúde precisa estar bem preparado para atuar junto à comunidade, propiciando orientações e suporte oportunos para as gestantes e lactantes. Dentro de tal realidade, verifica-se que a prática do aleitamento materno no Brasil, embora em ascensão, encontra-se ainda deficitária, o que resulta na diminuição do efeito protetor conferido pelo leite materno e, consequentemente, na maior incidência de doenças diarreicas e infecções comuns à infância. A necessidade de capacitação dos profissionais de saúde que atuam na atenção primária justifica-se por ser tal assistência o principal elo entre as gestantes/lactantes e o Sistema Único de Saúde. A Equipe de Saúde da Família (ESF), atuando em contato domiciliar, torna-se a responsável pela divulgação de informações, incentivo e apoio à prática do aleitamento materno. Este trabalho trata-se de projeto de intervenção educacional sobre AM, inspirado em princípios da educação crítico-reflexiva cujo objetivo principal é oferecer capacitação da Equipe de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde Cajazeiras V, (enfermeiros, auxiliares de enfermagem, médicos e agentes comunitários de saúde) quanto ao aleitamento para a promoção ao aleitamento materno visando a redução do desmame precoce na região atendida.
Resumo:
As doenças cardiovasculares no Brasil têm apresentado aumento significativo em sua incidência. São responsáveis por 284.685 dos óbitos em 2004 no país, representando 25% da mortalidade geral. Evidencia-se no grupo dessas doenças a HAS, que acomete 20% da população adulta sem restrição de cor, raça, etnias, cultura e classe social. Em 2007 ocorreram 308.466 óbitos por doenças do aparelho circulatório, e vale ressaltar ainda, que no mesmo ano foram registrados 1.157.509 internações por doenças cardiovasculares (DCV) no Sistema Único de Saúde (SUS). Mediante a problemática exposta e tendo em vista que a HAS é o principal fator de risco para Acidente Vascular Cerebral (ACV), e que a previsão para 2015 e 2030 é de respectivamente 18 e 23 milhões de novos casos de AVC no mundo, foi desenvolvido este projeto em uma Estratégia de Saúde da Família no município de Águas Lindas de Goiás, com uma amostra de 30 hipertensos cadastrados no Hiperdia, idade igual ou maior 18 anos com níveis pressóricos controlados ou não. Realizou-se um estudo de intervenção educacional para ampliar o conhecimento sobre HAS e desta forma persuadir sobre o comportamento dos sujeitos, através de ações programadas, onde no primeiro momento enfatizamos a necessidade de conhecer o conhecimento dos sujeitos, posteriormente, enfatizamos as consequências da HAS descompensada, em outro momento compartilhamos o prazer de uma alimentação saudável e durante essas intervenções implantamos a consulta de enfermagem na rotina desses pacientes. Conclui-se que os sujeitos foram assíduos nas ações educativas; consulta de enfermagem e médica, desta maneira, conseguimos estimular o autocuidado na grande maioria dos participantes. Contudo, é fundamental a continuidade do projeto na unidade de estudo, e que a consulta de enfermagem seja uma prática de rotina.
Resumo:
Nos últimos anos tem sido observado um aumento da população idosa no Brasil. Este crescimento exigirá uma mudança nos programas de saúde pública, devido à nova demanda de necessidades. Este trabalho foi realizado com o objetivo de identificar os programas de saúde bucal para idosos no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde a implantação do SUS, os programas de saúde bucal priorizavam grupos escolares. Infelizmente poucos trabalhos direcionados a saúde bucal de idosos foram identificados. Este fato pode estar relacionado a diminuição da procura por tratamento odontológico com o envelhecimento, que em geral é acompanhada da ausência de dentes. A implantação de programas de saúde voltados aos idosos pode diminuir este abismo criado por políticas públicas mutiladoras e excludentes.
Resumo:
O acesso dos usuários aos serviços de saúde é uma das principais preocupações do Sistema Único de Saúde (SUS), dos usuários e dos profissionais responsáveis pelo atendimento. Existem vários estudos e propostas para tornar esse acesso mais humanizado e de acordo com os princípios do SUS. Esse trabalho tem o objetivo de propor uma forma de organizar o acesso ao serviço de odontologia de uma Unidade de Saúde da Família do município de Pomerode, Santa Catarina. Após descrever a realidade da população, segue-se um levantamento bibliográfico, com a apresentação de alguns modelos de organização da demanda através da classificação de risco. Após a descrição e análise de três experiências, foi escolhida uma estratégia que apresentasse mais vantagens para ser aplicada pela Equipe de Saúde Bucal da Unidade Ricardo Jung, como forma de otimizar o fluxo exercendo o princípio da equidade.
Resumo:
Os profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF) devem lançar mão de diversas alternativas a fim de otimizar o processo de trabalho e, ao mesmo tempo, oferecer um atendimento resolutivo aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta perspectiva, o acolhimento se torna uma ferramenta indispensável para a reorganização do processo de trabalho em saúde, na medida em que possibilita a qualificação do acesso dos usuários aos serviços oferecidos pela equipe de saúde da família. Utiliza-se uma metodologia descritiva, de natureza qualitativa, baseada no relato de experiência de uma enfermeira do Programa de Saúde da Família e na revisão bibliográfica acerca do tema. Percebe-se, no decorrer do trabalho, que o acolhimento possibilitou modificações importantes e positivas na relação entre equipe de saúde e usuários, bem como permitiu a reorganização do processo de trabalho na Unidade de Saúde.
Resumo:
Este trabalho é o resultado de uma revisão bibliográfica, que visa sistematizar as referências da literatura para os conceitos envolvidos na Reforma Sanitária Brasileira; Processo de Consolidação do SUS; Modelo de Atenção Básica à Saúde e Programa Saúde da Família. Foram consultados Documentos Normativos Oficiais, Relatórios Finais de Conferência de Saúde e 492 textos, publicados entre os anos de 1984 e 2009, disponíveis na base de dados SciELO, dos quais 27 foram selecionados e examinados na íntegra. Os resultados foram sistematizados em três temas: Reforma Sanitária, SUS e Programa Saúde da Família. Um tópico especial sobre o processo de organização do trabalho foi incluído nas discussões finais. A análise dos textos mostrou que o Movimento da Reforma Sanitária contribuiu para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS), aumentando a qualidade e a quantidade dos serviços públicos de saúde oferecidos à população brasileira. A implementação do Programa Saúde da Família apresenta-se como principal eixo de implantação do SUS e uma oportunidade para melhorar a prática multissetorial e multiprofissional em Cuidados Primários de Saúde. A avaliação do Programa de Saúde da Família é essencial para a validação e condução da estratégia de atenção primária à saúde.
Resumo:
Este estudo apresenta uma revisão de literatura narrativa sobre a atenção à saúde bucal dos idosos do Programa Saúde da Família (PSF) Tiradentes. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura sobre as condições de saúde bucal (edentulismo) da população idosa para poder subsidiar o planejamento-avaliação de ações nessa área, nos diferentes níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Realizou-se a busca ativa de informações nas bases de dados BBO e da biblioteca virtual SCIELO, no período de 2000 a 2009, dissertações de mestrado e teses de doutorado disponibilizadas na internet, cadernos do Curso de Especialização em Atenção Básica da Saúde da Família, e cadernos do Ministério da Saúde e linhas guia de saúde do Governo de Minas Gerais, além do SB Brasil 2003 (BRASIL, 2004). O aumento da expectativa de vida coloca a discussão da saúde bucal do idoso e o aumento da atenção a essa faixa etária como necessidades reais do SUS. O mau estado de conservação dos dentes dos idosos e a alta prevalência de edentulismo são um reflexo do acesso à atenção em saúde bucal, da sua condição de vida e com um forte componente social e cultural e podem contribuir para uma piora do quadro de saúde de indivíduos idosos e queda da qualidade de vida. O edentulismo é um problema de saúde pública que gera grande necessidade de reposição protética. A ampliação do acesso ao serviço de prótese dentária no SUS é uma necessidade real e de grande relevância, para garantir o princípio da equidade no uso de serviços odontológicos. Os problemas bucais podem ser minimizados e controlados com a consolidação do PSF, adequando a sociedade envolvida a sua realidade. Sugere-se a realização de padronização dos estudos sobre da saúde bucal de idosos.
Resumo:
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é fundamental para a reordenação do Sistema Único de Saúde (SUS). Tem como desafio ultrapassar a fragmentação do processo assistencial o distanciamento das reais necessidades de saúde das populações. Nesse cenário, inserem-se as necessidades relacionadas à Saúde da Mulher. A vivência da autora, Enfermeira da ESF na zona rural, em Minas Gerais, atentou-se para emergência de mulheres de meia idade com demandas diferenciadas em saúde, que vivenciavam o Climatério. Perante essa realidade, renovações da atenção prestada pela equipe se fizeram necessárias. Esse estudo objetiva analisar a produção de conhecimento em Enfermagem sobre a mulher no climatério e suas contribuições para a atuação da equipe de ESF. Utilizou-se a revisão integrativa da literatura, através da biblioteca virtual eletrônica BDENF, por meio de publicações periódicas de enfermagem, pelo descritor Climatério. Como critério de inclusão, analisar publicações desenvolvidas na atenção primária à saúde e/ou ESF. Buscando ampliar a sensibilidade da busca pelo período de início da produção científica dessa temática, utilizou-se apenas o limite final, ano 2009. Os resultados apresentaram total de 25 artigos, sendo três repetidos e 63,6% não correspondiam aos critérios de inclusão. Observou-se escassez sobre a produção dessa temática na Enfermagem. A maior concentração das publicações foi entre 2000 a 2005, demonstrando a recente discussão desse tema. As publicações caracterizavam-se: pela busca dos serviços de saúde dessa população, pela descrição dos aspectos biomédicos e psicoafetivos desse ciclo vital feminino e a atuação do Enfermeiro. O método qualitativo foi o mais utilizado nas pesquisas. Índice de KAPPA considerável (k=0,4). A análise das publicações apontou para a necessidade da compreensão do climatério em uma dimensão ampliada e enquanto estado natural do ciclo vital feminino. Há urgência na reorganização dos serviços de saúde para atenção a essa clientela, e há a necessidade de implementação de estratégias diferenciadas, como ações educativas, grupos operativos que incluam as mulheres e suas famílias. O Enfermeiro foi apontado como um ator potencial dentro da equipe, para implementar as ações inovadoras, orientar sobre os mitos e tabus que permeiam essa etapa da vida feminina e, de forma compreensiva e acolhedora, auxiliar essas mulheres na reformulação dos projetos subjetivos de suas vidas
Resumo:
A proposta de reordenação do Sistema Único de Saúde (SUS) esta fortalecida pelo Programa Saúde da Família (PSF). A saúde da mulher, em especial a assistência ao pré-natal, ganha destaque e é atribuição para as equipes de saúde da família. Esse trabalho objetiva investigar a existência da assistência pré-natal realizadas por Enfermeiros dessas equipes. Essa temática emergiu pela assistência realizada na equipe de saúde da família, de atuação da autora, em Uberaba/MG, fortalecida pela análise crítica de seu portfólio. Portfólio consiste numa coleção de documentos confeccionados em resposta as atividades do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família/UFMG, que intencionou dialogar reflexivamente a realidade local, o cotidiano de trabalho na ESF e as teorias existentes nesse campo de conhecimento. Essa análise gerou uma questão norteadora- "Existe a realização da assistência ao Pré-Natal por enfermeiros na ESF/AB?". O método investigativo utilizado foi a revisão da literatura sistematizada, através de biblioteca virtual de Enfermagem, pelo unitermo Pré-Natal. Foram encontrados 40 artigos. Após leitura, apenas 20% (n=8) foram pertinentes. Artigos demonstraram que o Enfermeiro atende ao Pré-Natal, enquanto membro integrante da equipe de saúde da família. Apontam que essa assistência converge às diretrizes do PSF. Discutem as práticas de cuidado da enfermagem na incorporação das questões psicoafetivas das gestantes e das abordagens familiares. Demonstram a integração ensino-serviço para a realização desse cuidado. Entretanto, observa-se a necessidade de ampliação da produção do conhecimento sobre essa temática. Há uma dicotomia entre a prática cotidiana experienciada pela autora e os resultados desse estudo. Com isso, espera-se contribuir para o fomento da produção do conhecimento em Enfermagem, e estimular a modificação das práticas nas equipes saúde da família, destacando a efetividade desse profissional e valorizando o seu diferencial assistencial para os serviços primários de saúde, em especial na assistência ao Pré-Natal.
Resumo:
Este trabalho relata a experiência de integração do nível primário com o secundário na rede municipal de saúde do Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte. Trata-se da construção coletiva, pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e equipe de saúde de um protocolo de atendimento em urgências clinicas aos portadores de Insuficiência Renal crônica. Descreve-se o processo de criação do protocolo partindo da procura da Comissão Municipal de Nefrologia e Transplante por representantes de entidades de pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC) para solicitar que o atendimento em situações de urgência clinica que fosse regulamentado com base nas diretrizes ministeriais vigentes, para possibilitar agilidade no atendimento e evitar sofrimento desnecessário. A metodologia utilizada foi o relato de experiência e utilizou-se como roteiro os passos previstos em estudos de caso. Foi realizada revisão bibliográfica e fundamentação teórica e legal dos diversos aspectos dos problemas clínicos que mais acometem os portadores de IRC. O resultado foi a construção de um fluxo de atendimento construído em conjunto com prestadores e usuários mediado pela secretaria municipal de saúde. Foram discutidos e buscadas soluções para vários temas polêmicos relacionados. A rara experiência relatada neste trabalho, que antes de tudo significa um marco para a trajetória do SUS na cidade de Belo Horizonte mostrou que é possível a intersetorialidade, com a participação bilateral dos prestadores e usuários, mediada pelos gestores municipais, avançando-se na organização e melhoria nos serviços assistenciais. Conclui-se que houve contribuição para a construção da qualidade da atenção e da efetividade no atendimento às situações de urgências vividas pelos cerca de 2.115 pessoas que possuem insuficiência renal crônica e são dependentes de diálise na rede assistencial do SUS da região metropolitana de Belo Horizonte.
Resumo:
Utilizando a metodologia de revisão bibliográfica narrativa o estudo a seguir enfatizou a importância da ferramenta do acolhimento no processo de trabalho da equipe de saúde da família. O acolhimento é uma fase do atendimento nos serviços de saúde que vem ganhando dia a dia maior importância e conceitos próprios, não permitindo sua vulgarização (tal como mera recepção do usuário). Após a evolução das políticas de saúde pública nota-se que o acolhimento passa a implicar em atividade integrada decorrendo da estrutura organizacional já conhecida tais como recepção, triagem, acesso e mais todo o esforço para não esvaziá-la do significado próprio pretendido pela Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. O acolhimento deve ser praticado como ação de aproximação, um "estar com" e "perto de", ou seja, com uma conotação de inclusão. Dado ao requinte do procedimento, suas eventuais falhas podem ser gritantes e altamente danosas ao serviço que se pretende oferecer. Dando início à abordagem do tema proposto, devo dizer que a questão passa fundamentalmente pela educação e treinamento das partes envolvidas na temática, contando principalmente com a parceria do gestor. A educação produzirá no atendente o necessário grau de profissionalismo e no atendido a compreensão necessária para responder a entrevista inicial do usuário, família ou comunidade. Quando falamos de educação, pretende-se no caso, atribuir ao termo sua concepção mais ampla. O treinamento redundará em qualidade, solidariedade e espírito público que vai produzir um profissional consciente que desenvolverá indispensável sentimento prático sem prejuízo do respeito e da tolerância com o usuário. A qualidade da assistência do acolhimento na atenção básica está diretamente ligada a diversos fatores, citados neste trabalho, que interagem entre si, ou não e conseqüentemente ocasionarão respostas que certamente irão interferir no processo de trabalho dos membros da equipe multidisciplinar, fortalecendo ou desestruturando o Sistema Único de Saúde.
Resumo:
A Odontologia, apesar de já possuir inclusão na Estratégia de Saúde da Família (ESF) incentivada e homologada pelo Ministério da Saúde, ainda necessita verdadeiramente ser efetivada como parte integrante desta estratégia. Este trabalho tem como objetivos oferecer propostas de organização que promoverão e facilitarão as práticas em saúde bucal, inserindo-as naturalmente no processo de trabalho da Equipe de Saúde da ESF, deixando de vez de ser praticada paralelamente às ações desta equipe. Trata-se de um trabalho teórico, com revisão bibliográfica, que expõe a trajetória da Saúde Bucal no Brasil, com suas dificuldades, desafios e conquistas no intuito de ajudar a organização de ações integralizadas da equipe de saúde da família. Para a revisão de literatura foram consultados livros, leis governamentais e artigos por meio de consultas ao medline, lilacs e bbo. Com a participação de profissionais de Odontologia na ESF, a equipe de saúde se complementa buscando mudanças e melhorias no processo de trabalho, desde seu planejamento até a execução das ações, com valorização da harmonia multidisciplinar, "quebrando" barreiras profissionais, promovendo vínculos salutares, otimizando o serviço. Tornará o modelo de atenção em saúde cumpridor dos princípios do Sistema Único de Saúde, da Atenção Primária em Saúde e ESF, sendo gerido, planejado, organizado e executado por uma equipe coesa, com respeito mútuo de seus membros e valorização de cada um, gerando processo de trabalho efetivo, com uso racional de recursos e que venha de encontro às reais necessidades da população.