2 resultados para processos de pesquisa

em Línguas


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O presente trabalho procurou dar visibilidade aos mediadores envolvidos no processo de apropriação da leitura e da escrita pelas crianças, dentro e fora da escola. Compartilhando com Vygotsky (1984) a idéia de que para se entender algo é necessário estudá-lo nas dinâmicas das relações, ou seja, mergulhada no processo, a pesquisa foi realizada na sala de aula onde atuei como professora, em uma instituição privada de educação infantil. Elegi como referencial teórico os estudos da História Cultural (Chartier: 1996, Hébrard: 1996 e Fraisse: 1997) por meio dos quais procurei compreender as práticas de leitura e escrita analisando suas relações com os modelos históricos que as circunscrevem. Ao enfocar os relatos das crianças e de suas famílias, foi possível conhecer os mediadores presentes no processo de apropriação da leitura e da escrita: o mundo oral, a materialidade do livro, a imagem e as recordações de infância. Observei ainda que as crianças não são passivas diante das propostas de leitura consideradas “escolares” – burlam a vigilância exercida por mim como professora, formando uma rede de antidisciplina.

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Neste texto, atualizo reflexão sobre metalinguagem e colonialidade e o seu impacto nas  políticas de pesquisa e ensino de línguas a partir da experiência de pesquisa  que venho acompanhando há alguns anos com os povos indígenas na Bahia.  Para isso, retomo discussão sobre  conceito de língua e correlatos, presentes em outros trabalhos, agora com o foco nos processos de nomeação/quantificação das línguas e na experiência de retomada da língua pataxó. Recorro também à contribuição teórica de diversos autores e autoras no campo da linguística aplicada, antropologia, estudos culturais e de gênero.