3 resultados para fundadores
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Resumo:
RESUMO: Tendo como ponto de partida a organização discursiva da antologia de ensaios Nenhum Brasil existe, organizada por João Cezar de Castro Rocha, buscarei examinar as marcas de heterogeneidade no tocante à voz de Antonio Candido, no ensaio introdutório da antologia. Para tanto, levei em conta o conceito de discurso fundador (ORLANDI, 2003), na medida em que os dizeres fundadores de Candido na ensaística brasileira se constituem como processos de produção de sentidos que possibilitam o surgimento de outros processos discursivos em relação ao Brasil e à identidade nacional, na tensão entre repetição e deslocamento.
Resumo:
Este artigo pretende discutir em que medida a obra de Paulo Freire influenciou o campo denominado de letramento crítico. Paulo Freire é autor citado nos principais textos de Maclaren (1988), Street (1984), Gee (1994), Bartlett (2007), entre outros pesquisadores, considerados como fundadores desse campo de estudos. O diálogo desses autores com os textos seminais de Freire (1981; 1987), notadamente, chancela o que estamos afirmando sobre a influência decisiva do educador brasileiro para a construção dos pilares do arcabouço teórico-metodológico dos estudos do letramento no Brasil, no hemisfério norte, com suas reverberações na América latina e na África. Ao longo do artigo buscamos explicitar de que modo o revozeamento das ideias freireanas foi ponto de partida para o surgimento de diferentes conceitos de base do campo, tais como, por exemplo, os modelos de letramento de Street (1984), bem como a concepção de letramento crítico de Gee (1994). A percepção desses entrecruzamentos de vozes nos possibilita entender a ampla e decisiva contribuição de Paulo Freire no tocante à orientação do pensamento hodierno sobre práticas de leitura e usos sociais da escrita, as quais pautam as práticas educativas orientadas para a emancipação e o empoderamento dos sujeitos envolvidos nas atividades sociais contemporâneas mediadas pela linguagem.
Resumo:
O estudo parte da análise do diálogo estabelecido entre os discursos dos autores Bartolomeu Campos de Queirós e Lygia Bojunga com Monteiro Lobato em suas obras. Para essa análise tomamos como corpus as obras Vermelho amargo (2011) e Por parte de pai (1995), do Bartolomeu; e da Lygia, O abraço (2010) e Sapato de salto (2006) e, com exemplos dessas narrativas, pretendemos mostrar as intertextualidades nas obras de Lygia e Bartolomeu, com destaque para o talento deles em singularizar suas obras. Esses autores se destacam no cenário da literatura infantojuvenil brasileira e possuem grandiosa habilidade em equilibrar a realidade e o imaginário, em suas obras, ou seja, narram ficções que proporcionam às crianças um espaço com situações e fatos do cotidiano, mas com liberdade de imaginação. Observa-se nesses autores a afirmação do discurso de Lobato de preocupação com a educação das crianças, mas sem prezar pelos saberes “inteiros” e “derradeiros” e por uma representação utópica da vida.