2 resultados para Sertanejo

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 This paper aims to present the results of a study on the translation of the narrative structure of the play Auto da Compadecida, by Ariano Suassuna, into the homonymous TV mini-series, directed by Guel Arraes (Globo,1999). The play has in its structure a representation within another - the auto (designation of the medieval miracle plays in the Latin Culture) is represented as part of a circus presentation, having as its narrator a clown that, in the role of the author, presents the story, its characters and, throughout the play, interferes and interacts with the spectator (reader). Arraes, in turn, establishes a different configuration to the narrative structure of his text, once he changes the circus representation for an audiovisual one. In this perspective, the auto by Arraes presents the film The Passion of Christ within the TV mini-series O Auto da Compadecida. In general, we observe that Arraes brings to his translation the audiovisual language technology of his time, rewriting the sertanejo’s beliefs from the mass media point of view. Within this study, we propose reflections on the adaptation process as a translation act and also on the intertextuality between genres deriving from this intersemiotic process.    KEY WORDS: Intersemiotic Translation; Literature; TV mini-series. 

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Este artigo visa – seguindo-se um viés de análise e um referencial teórico preponderantemente sociológicos – tecer algumas considerações acerca da visão que pairava sobre a infância e sobre os filhos, na sociedade patriarcal brasileira, tomando como objeto de análise o filme Abril despedaçado, dirigido por Walter Salles, e as obras literárias Infância e Vidas secas, de Graciliano Ramos. O fio condutor do filme parte da perspectiva infantil, pois é o Menino que conta a história de violência que permeia as relações entre sua família e a família vizinha. Também Infância – livro memorialista – é narrado sob a ótica infantil, embora o narrador seja adulto. No romance Vidas secas, os filhos do casal sertanejo protagonizam dois capítulos intermediários e nem sequer são nomeados, o que aponta para a massificação dos demais indivíduos da família em detrimento do poder do pater famílias. Evidencia-se, a partir disso, que, as três produções retratam universos sociais e familiares centrados nas arcaicas relações patriarcais, que nelas, as crianças – e também os filhos já adultos – são desconsideradas, reprimidas e até hostilizadas, com vistas à manutenção da ordem. No filme, nota-se que os pais, à luz da tradição, exercem sobre os filhos o poder de vida e de morte, ou seja, os filhos, na luta pela posse das terras, têm de responder com a própria vida, para que a honra e a autoridade patriarcais sejam mantidas soberanamente. O único momento em que os filhos ganham status e identidade é quando, ao serem mortos em nome da honra dos pais e da família, suas fotografias são entronizadas na galeria dos antepassados, recebem vela votiva, e passam a ser cultuados e sacralizados.