3 resultados para Pedagogia teatral

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Com o objetivo de desenvolver competências interlinguísticas e interculturais de alunos tradutores, compilamos um corpus de estudo, no formato paralelo e alinhado, com o par de obras Viva o Povo Brasileiro/An Invincible Memory, bem como um corpus paralelo mais extenso para permitir comparações com outros dez romances da literatura brasileira contemporânea e as respectivas traduções para o inglês. A fundamentação teórica apoia-se nas propostas de Baker (1996, 2000, 2004) para o exame de padrões estilísticos de tradutores literários bem como de características da linguagem da tradução. Quanto a uma pedagogia da tradução, baseamo-nos em Zanettin (2003) e Laviosa (2008, 2009). Para a observação de marcadores culturais, apoiamo-nos em Nida (1945) e Aubert (2006), a fim de identificar vários aspectos dos domínios material, social, ecológico e ideológico. Com o auxílio do programa WordSmith Tools, foi possível aos alunos tradutores obterem um acesso rápido a informações sobre o modo como o discurso e marcadores culturais são empregados nas duas línguas.

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Pode-se entender a disciplina Prática de Ensino como uma disciplina teórica, cujo professor apóia-se em estudos de textos na sala de aula, ou como uma disciplina que compreenda estágios na realidade escolar ou extra-escolar, envolvendo o fazer pedagógico e a organização do trabalho docente. O presente artigo objetiva refletir sobre como essa disciplina veio se configurando no curso de Pedagogia, tomando como exemplo os cursos ofertados pelas USP e UNIOESTE. Essa reflexão embasa-se em uma pesquisa de campo, envolvendo os depoimentos de pedagogos formados pela UNIOESTE, no período de 1998 a 2002, sobre o estágio na disciplina Prática de Ensino nas Séries Iniciais. A partir dessa reflexão, questiona-se a ingerência do Estado ao legislar sobre a Educação, em especial no que se refere à habilitação para as séries iniciais no curso de Pedagogia.

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Embora nos últimos anos tenham-se ampliado as pesquisas e publicações que rompem com a visão do Brasil como um país monolíngue, é fato inegável que, no contexto escolar, ainda persiste fortemente esse mito, mesmo em contextos de fronteira em que a ‘superdiversidade’ (VERTOVEC, 2007) salta aos olhos. A Linguística Aplicada, em sua vertente indisciplinar e transcultural (MOITA LOPES, 2006, 2013; CAVALCANTI, 2013; SIGNORINI, 2013, entre outros), no âmbito das novas epistemologias que propiciam a apreensão de fenômenos ou eventos compartilhados em que todos são participantes, abre espaço para a discussão e/ou a solução de problemas relacionados a práticas de linguagem situadas. É sob esse enfoque que, nesse artigo, problematizamos o letramento escolarizado frente às práticas “multiletradas” (SOUZA, 2011; ROJO, 2012), como forma de legitimação dos saberes locais e da superdiversidade, no contexto escolar da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina. Para tanto, apresentamos exemplos provenientes de uma pesquisa etnográfica, focando em um evento na sala de aula de Língua Portuguesa em que professora e alunos/as trabalham colaborativamente na construção de uma peça teatral. Os resultados mostram como a negociação entre os saberes escolares institucionalizados e os saberes locais da vida vivida permitem que os alunos tornem-se protagonistas da própria história e mostram ainda como as práticas multiletradas fazem parte das suas práticas sociais.