2 resultados para Monedas americanas
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Resumo:
RESUMO: As transformações, que vêm ocorrendo nas narrativas latino-americanas a partir de Cervantes, permitem fazer relações entre a sua obra e a Nova Novela Histórica Latino-Americana (NNHLA) e considerá-lo o antecessor do novo gênero narrativo. Nas narrativas novelística e contista, levam a acreditar que houve um processo de maturidade que afetou os escritores latino-americanos e suas produções literárias. Tal processo se desata na procura por explicar a realidade por meio da invenção deliberada de elementos ficcionais que os sentidos não percebem e representam o esforço individual da genial imaginação de Cervantes, fazendo com que essa narrativa adquirisse características especiais, as quais foram analisadas por Ainsa (1991) neste novo gênero narrativo. O primeiro romance moderno – Dom Quixote de la Mancha, (1605-1615) de Miguel de Cervantes – induziu a uma nova visão do fazer literário, caracterizado pelo desejo imperioso de seu autor de “fazer-de-outro-modo” e guiado por um certo ideal ascético que percorre toda a obra de Cervantes. Esse novo modo de fazer literatura acaba por contagiar os escritores latino-americanos que buscavam ansiosamente romper com a tradição literária. Cabe, aqui, destacar que o termo “fazer-de-outro-modo” está sendo usado, neste estudo, no sentido empregado por Nietzsche (1987), em Genealogia da Moral. O novo fazer narrativo dos escritores latino-americanos revela não apenas uma transformação no fazer literário, mas também uma reação contrária à centralização do foco temático das obras na problemática social, que banalizada as obras, elevando-as, desta forma, ao nível dos mais conceituados romances polifônicos.
Resumo:
RESUMO: A ideia da escrita desse texto surgiu como resposta a algumas inquietudes suscitadas ao longo dos estudos sobre Literatura Comparada na América Latina[1] e as posições defendidas por teóricos como Coutinho (1995-2004), Santiago (2000), Bernd (1998), entre outros. Entre elas está a necessidade imperiosa de tomar consciência das especificidades das diversas literaturas, assim como a de se estabelecer um diálogo em pé de igualdade entre as mesmas. Isso equivale a abordar especificamente a literatura dos distintos países latino-americanos como uma dialética entre o local e o universal porque é nessa pluralidade onde ela pode e deve ser entendida, já que as literaturas latino-americanas sempre receberam uma grande influência das europeias e assimilaram destas, como de outras, aspectos e características que, sem dúvida, no presente, são substancialmente modificadas no momento da apropriação. Por isso este artigo analisará a reconstrução da história de Adão e Eva desde uma perspectiva comparatista, isso é, remeterá o romance El infinito en la palma de la mano (2013), de Gioconda Belli não somente à sua individualidade, mas também ao jogo dialético/intertextual com a narração bíblica e alguns textos apócrifos – versões do Velho e Novo Testamentos que não foram incorporados ao cânone eclesiástico mas que Gioconda descobre de maneira acidental – com a finalidade de mostrar que não há nada mais original e intrínseco a um texto que alimentar-se de outros textos e que nesse ritual latino-americano de transgressão ao modelo está subjacente o descobrimento e a conquista do paraíso latino-americano.[1]El presente trabajoestá enmarcado dentro dela producción colaborativa propuesta a partir del curso “Actualización teórica y práctica en el campo de la Literatura Comparada en el ámbito latinoamericano”, ofrecido por la Secretaría de Posgrado de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Nacional de Tucumán-UNT, en noviembre de 2013. Dicho curso fue dictado por el profesor invitado de la UNT Doctor Gilmei Francisco Fleck, profesor adjunto de la “Universidade Estadual do Oeste do Paraná- Cascavel-PR/Brasil.