2 resultados para Mobilidade universitária
em Línguas
Resumo:
A pesquisa lingüística na universidade brasileira surge com a criação dos cursos de Letras. Estes aparecem no Brasil no bojo dos projetos de criação das Faculdades de Filosofia apenas nos anos 30 do século passado, embora houvesse reivindicações anteriores para a existência de uma formação superior em línguas e literaturas e mesmo experiências efêmeras no início do século XX. Este trabalho começa por discutir as várias e complexas razões que explicam a criação tardia da instituição universitária no Brasil. Em seguida, analisa a fundação da Universidade de São Paulo e a criação de sua Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Mostra que, quando se pensou em fundar a Universidade de São Paulo, o que se queria era formar uma nova elite para o país, educada nos moldes dos países mais adiantados do mundo. Para isso, previu-se então que todos os professores fossem recrutados na Europa. Com a montante nazi-fascista na Alemanha e na Itália, decidiu-se que desses países seriam recrutados apenas professores de Ciências Físicas e Biológicas, enquanto os professores das Ciências Humanas viriam da França, considerada como alternativa liberal ao fascismo. Dentro dessa perspectiva, cria-se o primeiro curso superior de Letras do Brasil. Neste trabalho, é somente este curso que será analisado. Depois de estudar as alterações curriculares por que ele passou, examinam-se as orientações de cada uma das cadeiras para o ensino e a pesquisa e, portanto, o desenvolvimento da pesquisa lingüística universitária.
Resumo:
Considerando os fluxos migratórios mundiais contemporâneos, objetivamos destacar o aprendizado da língua(s) estrangeira(s) do local de destino de um migrante internacional como parte importante no processo desenvolvimento individual e de participação social. A problemática gira em torno da falta de ações de ensino de línguas, especificamente voltadas a estrangeiros estabelecidos no sudoeste do Paraná - Brasil. A produção de dados, a partir de entrevistas semiestruturadas, aplicadas a grupos distintos, permitiu-nos realizar análise de cunho qualitativo-interpretativo e comparativo. As falas de emigrantes temporários (brasileiros participantes de programas de mobilidade estudantil internacional - MEI) e de imigrantes estrangeiros estabelecidos no Brasil mostram contrastes existentes entre os dois grupos e indicam a importância de ações favoráveis à acolhida de imigrantes, que chegam ao Brasil, pelo ensino de português como uma língua adicional. http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20170027