3 resultados para Mito de Ulisses

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Este artigo apresenta um debate sobre as relações de aprendizagem que o Drama Moderno estabeleceu com as produções da antiguidade. Para diagnosticar essas idéias, fez-se um estudo comparativo da construção de duas personagens femininas, uma protagonizando a tragédia clássica Antígona, de Sófocles, que data aproximadamente 441a.C., e outra o drama moderno A Moratória, de Jorge Andrade, publicado em 1955. Com base na trajetória de ambas as personagens, promoveu-se uma relação entre as situações vivenciadas por elas no intuito de afirmar a aproximação entre elementos do pensamento clássico e do moderno, criando, dessa maneira, uma ponte entre as consciências a partir da crítica da influência de Umberto Eco (2003).

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O presente trabalho analisa a obra Memórias Póstumas de BrásCubas, de Machado de Assis, explorando as reações do masculino perante a altivez feminina, a partir do mito de Eva. A despeito da conotação negativa que faz o narrador dos caracteres femininos como inteligência e altivez, o aspecto de fracasso masculino não é anulado. O tipo fracassado que aparece na obra tem valor significativo, na medida em que faz emergir o outro: o feminino. Pois, as personagens femininas representadas, guardadas os limites de verossimilhança da época, não assumem o comando político e social, mas possuem a inteligência para defender seus próprios interesses e comandar o homem pela subjetividade. Assim, ao passo que onarrador Brás Cubas acredita dominar a situação, ele passa a ser o iludido.

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Vendo no resgate consciente de um discurso passado, tomado por canônico, a possibilidade da reconstrução de sentidos e exploração de “novas” estéticas, este trabalho objetiva refletir sobre o mito e o lastro cultural na obra Des-medeia (1995), de Denise Stoklos. No projeto estético desta dramaturga, o mito de Medeia é resgatado intertextualmente para ser desconstruído, fragmentado e reconstruído segundo novas significações. Se conforme a perspectiva grega politeísta o mito engendra-se como denotação do real, no contexto contemporâneo, conforme suas releituras e sua permanência na memória coletiva, fabuloso, é tomado como ficção, como metáfora da realidade. Na obra de Stoklos, todavia, erigido de acordo com novas molduras narrativas, o mito fabuloso é tomado como metáfora do modo como a sociedade ocidental se relacionou com as questões que formam o conteúdo narrativo do mito, em sua maioria, de tonalidade falocêntrica, tais como a traição, a violência, e as manifestações do caráter feminino. Assim, o mímema, a partir da indicação do mito como referente a ser desconstruído, dirige o público/leitor a questões essenciais que se referem não só à narrativa, mas ao modo como essa narrativa foi assimilada. O modo de assimilação ou representação, pois, também passa pelo processo da desconstrução, que é, em última análise, a desconstrução – reflexiva – do próprio sujeito (coletivo) que as operou. Na desconstrução do mito, pois, temos uma des-Medeia que atua no sentido de inverter o movimento trágico ao remodelar aquilo que se apreende como remetente à condição humana, haja vista que a obra de Denise Stoklos, que traz ao lado de um metafórico retrato do humano e do social uma proposta para o humano e para o social, por assim ser, parece agenciar o apaziguamento entre o individual e o coletivo, cerne da antinomia trágica presente no contexto contemporâneo. Se a esperança reside, no mais podemos falar de uma situação trágica, baseada no conflito histórico entre o indivíduo e as manifestações do social, mas que pode esvair-se tão logo haja do(s) indivíduo(s) uma atitude positiva em direção ao amor de que nos fala Stoklos.