5 resultados para Metaficção historiográfica

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A relação entre Literatura e História permite a ambas um contínuo trocar de informações, estabelecendo entre tais realidades diversas, profundos pontos de ligação. A criação  literária, dentre toda a sua gama de possibilidades, pode buscar no produto histórico a fonte, o princípio para sua criação artística; encarando este produto pois, como um dos condutores da verossimilhança que constitui o fazer Literário. Tal fenômeno pode ocorrer por meio da  retratação da época (como pano de fundo por exemplo) e da alegoria. Entretanto, a construção de um discurso literário hábil de se relacionar com a História no que diz respeito a evocar o passado e trabalhar com este material que narra uma época mais afastada, constitui uma especificidade que é melhor observada nos Romances Históricos, na Metaficção Historiográfica e na Historiografia. Deste modo, partindo da análise das obras Eurico, O Presbítero de Alexandre Herculano, Memorial do Convento, de José Saramago, e das crônicas “Desavenças entre D. Afonso Heriques e sua mãe” e “D. Afonso I e o cardial de Roma”, provindas das Crônicas breves de Santa Cruz, e calcando-se na exemplificação comentada de obras referentes, serão colocados em análise estes três modos de a Literatura trabalhar o material histórico, de modo que surjam a vista a mescla entre a história do homem e a literatura que ele produz.

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The criticism made by contemporary American writer David Foster Wallace to metafictional techniques of postmodern literature in his non-fiction work can sound false in the perception of the Infinite Jest, considered his masterpiece, if we consider that metafiction is one of the main power lines of this novel. When we compared the view expounded by the author in various media with an analysis of part of Infinite Jest, however, it is possible to understand that the author uses a kind of "meta-metafiction" to deconstruct the traditional techniques of metafictional postmodern literature. Yet checked by analysis, the author condemns the mass entertainment, overly simple, proposing a middle ground between literature that is concerned with the entertaining and hermetic literature. Keywords: David Foster Wallace; Metafiction; Infinite Jest

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This article aims to analyze the book Bufo & Spallanzani (1985), of the Brazilian writer Ruben Fonseca, in order to observe how it approaches and/or departs from some characteristics attributed to the Detective Novel, particularly in light of Tzvetan Todorov's theory. For that, this reading turns to the study of the multifaceted figure of the narrator, who is, at the same time, writer and murderer. Therefore, it aims to clarify what are the implications, aesthetic and/or otherwise, of the voice given to the killer-writer, as well as what is the role of the detective in the condiction of a secondary character.

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O presente ensaio trata do processo de indefinição que o pósmodernismoacarreta em relação às formas e gêneros literários. A partir daestética pós-modernista, as fronteiras que classificavam os gêneros seguindoas regras aristotélicas, tornam-se cada vez mais imprecisas de tal formaque um ensaio pode apresentar características de narrativa bem como aficção mistura-se com a informação contida em textos não-ficcionais. Partindo-se dos ensinamentos de Linda Hutcheon quanto a uma nova configuraçãona ficção contemporânea, analisa-se três contos de autores pertencentesao grupo de escritores pós-modernos, repectivamente “Perdido notúnel do terror”, de John Barth, “Anotações sobre Macedonio num diário”,de Ricardo Piglia e “Tema del traidor y del héroe” , de Jorge Luis Borges. Oestudo comparativo dos três contos revela uma estética voltada aautoreferencialidade, justificando o termo utilizado por Hutcheon de narrativanarcísica, a qual se volta para o processo da construção literária,intercalando o texto ficcional com artifícios da metaficção. Uma das conseqüênciasmais marcantes dessa nova estética é a (re) definição do papel doleitor de mero espectador passivo para um leitor atuante e necessário nestejogo que se estabelece entre o texto e leitor. Dessa forma, a visão autoritáriaque se tinha do autor dá lugar a um processo democrático em que o leitortorna-se peça fundamental nas relações dialógicas que se estabelecem entreo universo ficcional das personagens e o universo do leitor.

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Apesar do reconhecimento da importância da atividade crítica do escritor austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux (1900-1978) na literatura brasileira, sua obra permanece ainda pouco estudada em muitos aspectos. Reconhece-se a sua dívida para com a crítica alemã e italiana, mas quanto a esta última não se passou muito além da mera menção ao fato. Através da leitura da sua obra, vê-se o quanto são profundas estas relações: suas principais influências na crítica literária são os críticos italianos Francesco De Sanctis e Benedetto Croce, entre outros. Também à literatura de criação o crítico austro-brasileiro foi bastante atento, e podem-se notar alguns “topos” constantes nas suas análises, principalmente a caracterização da literatura italiana como literatura de resistência, e a sua importância no conceito de “literatura européia”, que parece essencial para se compreender a obra de Carpeaux. As inúmeras epopéias (obras pouco comuns na literatura moderna) na literatura italiana servem a Carpeaux de indícios para conclusões acerca do caráter do povo italiano, e vários autores, como Dante, Maquiavel e Manzoni retornam constantemente no interesse do crítico. Considerando que Carpeaux escreveu uma História da literaturaocidental, poder-se-ia estudar, comparativamente, sua visão histórica da literatura italiana com aquela apresentada em outras obras do gênero. Um estudo de literatura comparada poderia esclarecer aspectos importantes na obra crítica e historiográfica do escritor austro-brasleiro, e a compilação deste material seria útil do ponto de vista didático, colocando à disposição do público brasileiro um “desentranhamento” de uma história da literatura italiana de dentro da sua História da literatura ocidental e uma coletânea dos principais ensaios de Carpeaux a respeito de escritores italianos.