3 resultados para Metáforas estructurales
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Resumo:
Este artigo tem por objetivo geral descrever um estudo que investiga a compreensão de metáforas conceituais e expressões linguísticas relacionadas à cultura gaúcha por crianças e adultos do interior e da capital do Rio Grande do Sul. A partir desse objetivo geral, surgem dois objetivos específicos, são eles: verificar a influência da variável “local de moradia” (interior versus capital) na compreensão de metáforas relacionadas à cultura gaúcha e investigar o papel desempenhado pela variável “idade” (crianças versus adultos) na compreensão das metáforas conceituais investigadas. Para tanto, foi elaborado um instrumento de compreensão dessas metáforas, sob a perspectiva da Teoria das Metáforas Conceituais (LAKOFF e JOHNSON, 1980). No que se refere à noção de cultura, foram adotadas para a presente pesquisa as ideias defendidas por Geertz (1989) e Strauss e Quinn (1997). As análises dos dados obtidos mostraram que tanto a “idade” quanto o “local de moradia” dos participantes tiveram uma influência significativa na compreensão das metáforas estudadas. Os resultados encontrados se alinham à proposta de Kövecses (2005) sobre variação em metáfora. Como aponta o autor, as dimensões regional e desenvolvimental apresentam diferenças na compreensão de metáforas envolvendo aspectos culturais.
Resumo:
Este artigo tem como objetivo apresentar alguns casos de metáforas evidenciadas no discurso falado de professores na universidade. Almeja, também, apresentar um breve histórico sobre os tipos de metáforas de base cognitiva; como suporte teórico, o estudo baseia-se em Lakoff e Johnson (1980), porém, serão apresentados trabalhos de outros estudiosos do assunto. Quanto aos procedimentos metodológicos, a lingüística de Corpus (BERBER SARDINHA, 2000, 2003, 2004) foi utilizada no que tange à identificação e à categorização das metáforas. Ao utilizar os recursos oferecidos pela lingüística de corpus como instrumento de análise, foi possível identificar e interpretar as metáforas mais rapidamente nos dados. A seleção das metáforas foi feita pelo recurso computacional (WordSmith tools) disponibilizado pelos estudos de corpora do LAEL PUC/SP. Os dados são compostos por aulas e entrevistas com os participantes, que no caso, são dois professores: um do curso de Letras e outro do curso de Direito. A coleta dos dados foi feita a partir da gravação e transcrição do material gravado.
Resumo:
Este artigo tem como objeto de estudo a metáfora. Apresentam-se a análise e a descrição, com base na Perspectiva Interacionista de Moura (2007), de regularidades interpretativas nas relações paradigmáticas e sintagmáticas de ocorrências metafóricas com verbos de mudança de estado. Os resultados da pesquisa demonstraram que o uso metafórico é regido por certos padrões lingüísticos que guiam a interpretação. Esses padrões correspondem às relações paradigmáticas e sintagmáticas. Com base no instrumento de análise de dados e na metodologia adotada por Moura (2007), bem como nos resultados prévios apontados pelo autor, observouse que, na interpretação de uma sentença metafórica, são acionadas categorias semânticas e combinações entre categorias semânticas. As hipóteses de pesquisa também se confirmam, isto é, observou-se que há regularidades de interpretação nas metáforas que apresentam veículos pertencentes a um mesmo paradigma (ou categoria semântica). Nesse caso, foi possível observar que a regularidade que pode ser identificada no uso das metáforas com verbos de mudança de estado corresponde ao resultado da ação verbal. Também foi possível verificar que a metáfora cria algo novo com status cognitivo a partir da rede conceptual da linguagem. Em virtude dos resultados obtidos, postulou-se um tipo combinatório para as metáforas com verbos de mudança de estado: [TÓPICO (X) + VEÍCULO (verbo de mudança de estado v)] ? (Paráfrase = Dimensão relevante do processo verbal = estado resultativo v)