5 resultados para Literatura-S.XIX-Història i crítica

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Este trabalho apresenta reflexões sobre o pensamento dialético deAntônio Candido e suas contribuições à Literatura Comparada no Brasil. Oestudo caracteriza-se como pesquisa analítica e toma como referência fundamentala obra Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos paradiscutir concepções inerentes à literatura e ao posicionamento crítico doensaísta brasileiro. A obra de Candido é abordada procurando-se compreendero raciocínio apresentado pelo autor em sua tese sobre a constituição daliteratura brasileira, a fim de discutir como o texto do autor relaciona-se aosestudos de literatura baseados em uma concepção comparatista. A obra deCandido, além de constituir avanços significativos na história da crítica literáriano Brasil, colabora na reavaliação de conceitos imanentes aos estudosde literatura, propondo abordagens teóricas próprias e voltadas para a produçãolocal. A investigação salienta que, muito além de referir-se a um métodode estudo do texto literário, a posição de Candido alude a uma perspectivadinâmica de crítica, a da observação à relação entre a obra e o seucondicionamento social, avaliando-se os vínculos entre este e aquela para sechegar a uma interpretação do texto literário, a qual não é mais pautadaexclusivamente na análise da estrutura interna da obra. Candido, ao proporum método de investigação literária, reflete sobre a relação da literaturabrasileira com a européia e introduzir a disciplina literatura comparada naUniversidade de São Paulo, em 1961, já exprime seu interesse e respeito pelosestudos comparatistas, e, além disso, assinala um momento decisivo no campodas pesquisas literárias comparatistas brasileiras.

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This paper aims to show how, contrary to what Hilda Hilst said in many interviews, his writing always had a guaranteed space in the press and has been increasingly studied in academia. Complaints of writer she was unread, proceed only if we consider that, although many critics of repute have written about his work, none of them leaned over time on the work Hilst´s literary work, nor did a more extensive and thorough study about it. Something that happened with the works of Guimarães Rosa and Clarice Lispector, for example. The desire of Hilst  was to be popular, readable, hence its repeated outrage, but ten years after his death, although there is a whole movement around her public figure, what we think is that her texts never popularizing.

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Conferência no Cerrado é uma narrativa infanto-juvenil escrita por Durval de França e Cristina Campos (2008), com ilustrações de Ricardo Leite. A obra abrange o folclore mato-grossense e a sua temática é voltada para questões ambientais. Os seres encantados que a compõem são: Currupira, Pé de Garrafa, Negrinho D’Água, Mãe do Morro, Tibanaré e Boitatá. Considerando essa temática cultural e o seu caráter sensibilizador para as questões ambientais, torna-se propício e gratificante realizar um trabalho em que se possa ponderar a premência e os desafios do incentivo à leitura aos estudantes no contexto atual. Dessarte, os objetivos dessa pesquisa-ação constituem-se em: refletir a importância da literatura infanto-juvenil, apresentar a obra Conferência no Cerrado e expor uma sequência básica realizada com essa obra, assim como os seus resultados. Essa sequência foi desenvolvida com nove alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Alta Floresta, do estado de Mato Grosso. A metodologia de sequência proposta por Cosson (2014) direcionou as atividades que culminaram no reconto da obra em salas de aula do ensino fundamental I e II, mediante estudantes caracterizados de seres lendários. Os resultados demonstraram que é cada vez maior o desafio de motivar os estudantes para a leitura e usufruto da literatura. Porém, percebeu-se que o movimento em prol desse incentivo é benéfico e contribui para o ensino-aprendizagem da literatura na escola.

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A partir de breve retomada da história dos cursos de graduação em Letras no Brasil, este artigo tem por objetivo discutir as circunstâncias da consolidação dos estudos literários na universidade. Estão no centro dessa discussão as características de duas modalidades de crítica literária. A primeira delas, conhecida como impressionista, era publicada nos rodapés de jornais nas primeiras décadas do século passado. A segunda, conhecida como crítica “de cátedra” (Rocha, 2011), ganhou corpo após a criação dos cursos de Letras, quando docentes universitários, então chamados de “catedráticos”, passaram a publicar textos críticos com base emnovas teorias, quase sempre assimiladas ou adaptadas do pensamento irradiado por outros países, como o new criticism, de origem norte-americana, ou mais tarde o estruturalismo, de origem europeia.  Métodos e abordagens situavam-se em campos antagônicos, fato que se modificou mas não se extinguiu. Em diferentes configurações, embates entre posturas antagônicas – por exemplo, entre a que privilegia componentes artísticos e a que supervaloriza componentes ideológicos – persistem até o presente, refletindo-se na pesquisa e no ensino de literatura.

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A partir do século XVII, inúmeros autores, como os irmãos Grimm e Hans Christian Andersen, pesquisaram e, posteriormente, publicaram histórias baseadas no folclore popular europeu. Como o período em que tais fenômenos ocorreram converge com o nascimento da família burguesa, que redirecionou a visão acerca da criança, as histórias produzidas por esses autores acabaram por ser adaptadas ao universo infantil. A figura do diabo fazia parte da memória coletiva europeia, sua presença é notadamente perceptível no ideário da Idade Média, logo, a inserção desse personagem em obras fictícias para crianças tornou-se comum nos enredos infantis da época. O artigo analisará, em alguns contos produzidos entre os séculos XVIII e XIX, as similitudes perceptíveis na criação do personagem, e comprovará seu caráter folclórico, bem como sua construção literária a partir de um denominador coletivo comum: a memória popular, que inspirou as primeiras histórias infantis, uma vez que o gênero antes de ocupar o espaço da escrita, esteve presente na memória dos povos e foi levada de geração a geração por meio da oralidade.