7 resultados para Literatura Comparada.

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Este trabalho apresenta reflexões sobre o pensamento dialético deAntônio Candido e suas contribuições à Literatura Comparada no Brasil. Oestudo caracteriza-se como pesquisa analítica e toma como referência fundamentala obra Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos paradiscutir concepções inerentes à literatura e ao posicionamento crítico doensaísta brasileiro. A obra de Candido é abordada procurando-se compreendero raciocínio apresentado pelo autor em sua tese sobre a constituição daliteratura brasileira, a fim de discutir como o texto do autor relaciona-se aosestudos de literatura baseados em uma concepção comparatista. A obra deCandido, além de constituir avanços significativos na história da crítica literáriano Brasil, colabora na reavaliação de conceitos imanentes aos estudosde literatura, propondo abordagens teóricas próprias e voltadas para a produçãolocal. A investigação salienta que, muito além de referir-se a um métodode estudo do texto literário, a posição de Candido alude a uma perspectivadinâmica de crítica, a da observação à relação entre a obra e o seucondicionamento social, avaliando-se os vínculos entre este e aquela para sechegar a uma interpretação do texto literário, a qual não é mais pautadaexclusivamente na análise da estrutura interna da obra. Candido, ao proporum método de investigação literária, reflete sobre a relação da literaturabrasileira com a européia e introduzir a disciplina literatura comparada naUniversidade de São Paulo, em 1961, já exprime seu interesse e respeito pelosestudos comparatistas, e, além disso, assinala um momento decisivo no campodas pesquisas literárias comparatistas brasileiras.

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This article aims at explaining conceptual transformations undergone by the idea of nationality during the nineteenth and twentieth centuries, relating them to literary production and comparative literature. The freedom to associate ideas, cultures, texts of different countries is an essential comparative procedure also needed to understand the globalized world. These issues are studied in the novels Paradise, written by Toni Morrison, and Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, by Heloisa Maranhão, both first published in 1997. 

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RESUMO: Ao partir da instituição da disciplina Literatura Comparada na França, nas primeiras décadas do século XIX, buscamos refletir nesse texto sobre a prática comparatista sob suas primeiras diretrizes. Essas diretrizes estabeleciam como primordial os estudos sistemático que buscavam estabelecer as relações de fontes, influências e filiações que se revelassem presentes nas produções dos grandes literatos, assim como as discussões em torno dos conceitos de literatura individual, nacional e universal. A transposição dessa prática ao contexto peculiar da América Latina exigiu adequações e reestruturações nessas diretrizes já que nesse contexto histórico, político, social e cultural post-colonialista a instituição da disciplina e a prática que com ela se instala necessitaram de uma nova base teórica. Apontamos, assim, algumas das principais contribuições de estudiosos brasileiros às novas bases teóricas que orientam a Literatura Comparada na América Latina, especialmente no Brasil.

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Apesar do reconhecimento da importância da atividade crítica do escritor austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux (1900-1978) na literatura brasileira, sua obra permanece ainda pouco estudada em muitos aspectos. Reconhece-se a sua dívida para com a crítica alemã e italiana, mas quanto a esta última não se passou muito além da mera menção ao fato. Através da leitura da sua obra, vê-se o quanto são profundas estas relações: suas principais influências na crítica literária são os críticos italianos Francesco De Sanctis e Benedetto Croce, entre outros. Também à literatura de criação o crítico austro-brasileiro foi bastante atento, e podem-se notar alguns “topos” constantes nas suas análises, principalmente a caracterização da literatura italiana como literatura de resistência, e a sua importância no conceito de “literatura européia”, que parece essencial para se compreender a obra de Carpeaux. As inúmeras epopéias (obras pouco comuns na literatura moderna) na literatura italiana servem a Carpeaux de indícios para conclusões acerca do caráter do povo italiano, e vários autores, como Dante, Maquiavel e Manzoni retornam constantemente no interesse do crítico. Considerando que Carpeaux escreveu uma História da literaturaocidental, poder-se-ia estudar, comparativamente, sua visão histórica da literatura italiana com aquela apresentada em outras obras do gênero. Um estudo de literatura comparada poderia esclarecer aspectos importantes na obra crítica e historiográfica do escritor austro-brasleiro, e a compilação deste material seria útil do ponto de vista didático, colocando à disposição do público brasileiro um “desentranhamento” de uma história da literatura italiana de dentro da sua História da literatura ocidental e uma coletânea dos principais ensaios de Carpeaux a respeito de escritores italianos.

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RESUMO O artigo busca refletir sobre a intrincada relação entre literatura, fronteira(s) e margens como signos que acrescem renovados sentidos à leitura e à abordagem críticas de obras e de artefatos artístico-literários que emergem de/em contextos fronteiriços. Ressalta, dentre outros aspectos, o crescente interesse por experiências literárias e textualidades contemporâneas várias, cuja marca se traduz no atravessamento e na superação das fronteiras que tornavam em outros tempos, mais ou menos, identificáveis os diferentes campos da atuação artística, seus meios de produção e as ferramentas de abordagem teórico-críticas. Destaca, ainda, a flagrante eclosão de hermenêuticas fronteiriças, que atuam não só no sentido de ampliar as possibilidades de leitura e abordagem críticas, mas, também, de reacender as discussões e o interesse sobre as fronteiras e os limites da literatura e do literário, de modo a abrigar um conjunto de novíssimas textualidades que desafiam, por assim dizer, as concepções normativas destas noções, tornando evidente o aspecto reducionista de que estão cercadas. O trabalho se volta para uma fronteira bem específica: a do Brasil com o Paraguai; para o portunhol selvagem, de Douglas Diegues, como uma experiência literária paradigmática, no contexto da literatura contemporânea, ao assumir como projeto estético-político a superação das fronteiras geográficas, linguísticas e as da própria literatura, além de lançar luzes sobre expressões literárias outras, também circunscritas a esse espaço fronteiriço, como é o caso de Selva trágica (1956), por exemplo. A reflexão se dará com base nas teorias pós-coloniais e na crítica decolonial.Palavras-chave: Literatura de fronteira; Poéticas selvagens; textualidades fronteiriças.

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O estudo parte da análise do diálogo estabelecido entre os discursos dos autores Bartolomeu Campos de Queirós e Lygia Bojunga com Monteiro Lobato em suas obras. Para essa análise tomamos como corpus as obras Vermelho amargo (2011) e Por parte de pai (1995), do Bartolomeu; e da Lygia, O abraço (2010) e Sapato de salto (2006) e, com exemplos dessas narrativas, pretendemos mostrar as intertextualidades nas obras de Lygia e Bartolomeu, com destaque para o talento deles em singularizar suas obras. Esses autores se destacam no cenário da literatura infantojuvenil brasileira e possuem grandiosa habilidade em equilibrar a realidade e o imaginário, em suas obras, ou seja, narram ficções que proporcionam às crianças um espaço com situações e fatos do cotidiano, mas com liberdade de imaginação. Observa-se nesses autores a afirmação do discurso de Lobato de preocupação com a educação das crianças, mas sem prezar pelos saberes “inteiros” e “derradeiros” e por uma representação utópica da vida.

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Sylvia Orthof (1932-1997) consagrou-se como uma das mais importantes escritoras da literatura infantil brasileira. Entre suas temáticas recorrentes, os animais não humanos figuram em profusão, assim sendo, este estudo objetiva verificar a destacada presença dos gatos na obra da autora arrolada, e mais especificamente os bichanos não domésticos vivenciando momentos de especial cumplicidade com outros seres não humanos. Para tanto, realiza a análise dos seguintes textos zooliterários - o conto de animais História engatada e da fábula poética Gato pra cá, rato pra lá. As formulações críticas e teóricas, nomeadamente, de Jacques Derrida (2011) e (2003), Nelly Novaes Coelho (1991) e Fanny Abramovich (1999) fundamentam a leitura.