5 resultados para Leitura - textos não-verbal
em Línguas
Resumo:
Desde a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN – BRASIL, 1997; 1998), os gêneros textuais são propostos como objeto de ensino de Língua Portuguesa (LP) e de Línguas Estrangeiras (LE) nos níveis Fundamental e Médio. Na prática, isso implica o planejamento e a execução de um trabalho com enunciados concretos, ou seja, com textos que circulam num contexto real de interação verbal, e não mais uma abordagem da língua voltada para a estrutura descontextualizada do processo enunciativo. Esse enfoque sustenta a proposta apresentada no Projeto de Iniciação Científica Voluntário (PICV) intitulado Práticas de leitura pautadas na proposta de sequência didática com gêneros textuais, aplicada em Cascavel/PR, numa turma de 5ª série do Ensino Fundamental, durante o segundo semestre de 2008, sendo a mesma objeto de reflexão e apresentação do presente artigo. Essa pesquisa tem, como base teórica, os estudos de Bakhtin (2003) e Bakhtin/Volochínov (2006), a proposta de ensino de língua materna do grupo de Genebra (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004) e a adaptação desta ao contexto educacional da região Oeste do Paraná, realizada por Costa-Hübes e colaboradores (AMOP, 2007a; 2007b).
Resumo:
studying the literary production to children implies (a) an accurate look in order to choose among the several books published and (b) the definition of a theoretical corpus to shine a light on the selected text. This study aims at investigating the work “Menino do rio doce”, written by Ziraldo and illustrated by the Dumont family. It is a hybrid text made by two systems: the verbal and the visual, and it is analyzed as such. The verbal text is a poetic prose whose enunciative voice – a boy – is in third person and assumes a lyrical character. When he reveals his relationship with the river that flows in the village, the boy finds out his environment and realizes he’s inserted in a culture that characterizes the formation of an identity and his own self-knowledge.
Resumo:
A comunicação se faz pela linguagem. Nós, seres de linguagem, nos comunicamos por meio da fala, sobretudo, e também através de cartas, crônicas, canções, pinturas, desenhos, dança, teatro, cinema, entre outros textos disponíveis dentro das sociedades. Todos eles têm a linguagem verbal como base explícita (a fala e a escrita) ou implícita (planos, rascunhos, roteiros, esboços etc). É por meio dela que se constrói toda história da cultura humana e, principalmente, a subjetividade dos indivíduos. Esta última se constitui por meio da dinâmica das interações linguageiras. Com essas premissas, o artigo discute que é pela linguagem que a gramática da língua materna é exercitada, tanto a que sustenta a competência lingüística do falante quanto a gramática normativa apresentada nos manuais escolares. Reflete sobre o ensino da língua nas escolas de ensino fundamental e médio a partir dos dados da avaliação internacional, PISA 2000. Aponta diferentes noções de gramática que podem subsidiar o trabalho do professor. Em seguida, reitera a proposta de que é por meio de textos, nas suas mais variadas formas, que se aprende, se apreende, se exercita e se reflete sobre a gramática. Enfatiza a relevância do ato de leitura de diferentes textos e do exercício da escrita como formas de trabalhar a gramática. E também do cuidado em não relegar as funções estética e informativa dos textos a segundo plano, tornando o ato de leitura algo enfadonho. Por último, apresenta relato de experiência e resultados obtidos, em sala de aula, que sustentaram a elaboração, a defesa das idéias e sugestões do artigo.
Resumo:
Discorre-se, neste relato acerca de uma pesquisa relacionada à recepção da obra de João Guimarães Rosa no Vale do Urucuia, cenário de parte do romance Grande Sertão: Veredas. O objetivo principal da pesquisa foi levar a leitura dos textos rosianos às comunidades que se situam no território que inspirou o autor. Além disso, objetivou-se também desenvolver o letramento literário na mesma região. Destacam-se as “cirandas dialógicas” como procedimento metodológico eficaz, uma vez que os participantes do projeto se envolveram com os textos, mesmo com a ideia pré-formada de que a leitura do autor é difícil e para um grupo seleto. A proposta percorreu 5 comunidades da região e, a partir do relato, observam-se resultados positivos em relação à leitura de João Guimarães Rosa pelo interior do país: primeiro, as pessoas mais humildes e com pouca educação formal têm plenas condições de ler a obra do autor; segundo, o letramento literário, assim como outros letramentos, pode ser desenvolvido se houver um cuidado com as estratégias aplicadas para este fim.
Resumo:
O que ocorre quando crianças de 8 anos são solicitadas a reescrever, em provas escolares, textos-fonte previamente lidos por sua professora? Analisando 116 textos escritos por 30 estudantes de terceiro ano do Ensino Fundamental em escola pública paulista, o estudo procurou investigar: 1) As operações de escrita utilizadas pelos participantes; e 2) A possibilidade de encontrar criação em textos cuja proposta inicial era a de reprodução parafrástica. Partiu-se de uma concepção de linguagem que a vê tanto como um trabalho linguístico, um elemento ontológico fundador do ser humano (ROSSI-LANDI, 1985) quanto salienta seu caráter voltado para à variação e para a criatividade (BENVENISTE, 1991). Concluiu-se que, mesmo em exercícios escolares nos quais aparentemente existe pouco espaço para a inventividade, o exercício da escrita autoral pode irromper, pois as brechas de incompreensão e/ou equívoco que os textos apresentam para as crianças abrem oportunidades para o surgimento da subjetividade. Palavras-chave: escrita; reformulação parafrástica; autoria.