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em Línguas
Resumo:
No presente estudo investigamos o fenômeno de priming sintático – ou seja, a facilitação do processamento linguístico de uma estrutura sintática pela exposição prévia à estrutura semelhante – nos níveis intra e translinguístico, em bilíngues de português brasileiro (PB)-francês, durante a compreensão de sentenças. Participaram do estudo 15 adultos, falantes nativos do português brasileiro que tinham francês como segunda língua em nível intermediário. Os efeitos de priming sintático foram obtidos através de um experimento comportamental que consistiu em uma tarefa de leitura auto-monitorada. Os resultados apontaram para o aparecimento de efeitos de priming sintático no nível intralinguístico (em francês como L2), mas não no translinguístico. Tais efeitos se mostraram dependentes da repetição do verbo principal da sentença. Esses resultados foram interpretados como evidência de que os efeitos de priming sintático no nível intralinguístico em L2 são lexicalmente dependentes, dando suporte à visão de abordagens lexicalistas, em que a informação necessária para o processamento sintático está localizada nos frames sintáticos armazenados no léxico mental. Quanto ao nível translinguístico, nossos resultados sugerem a separação dos sistemas sintáticos das duas línguas.
Resumo:
Este trabalho discute os efeitos dos novos direcionamentos da Política Linguística Educativa no Brasil, especialmente sobre o ensino de línguas estrangeiras no estado do Amapá, fronteira com a Guiana Francesa. Propõe-se nesse artigo uma avaliação da política linguística brasileira para o ensino de línguas estrangeiras (LE) a partir das leis que constituem e/ou constituíram o ordenamento jurídico para o ensino de LE nas últimas três décadas, a saber, a LDB 9394/96, a Lei 11.161/2005 e a Lei 13415/2017. Fundamentado em pesquisas de campo, de natureza qualitativa e descritiva (XXX, 2005, 2013 e 2016), o artigo inscreve sua discussão no campo das Políticas Linguísticas (GRIN, 2005; CALVET, 1996; BEACCO, 2004) e aponta os impactos das mudanças promovidas no ensino de LE no Brasil sobre a região fronteiriça e o surgimento de um movimento de resistência promovido pela sociedade civil em favor da manutenção do ensino da língua francesa na região da fronteira franco-brasileira.Palavras-chaves: Ensino de línguas, francês, Política Linguística.