2 resultados para Fotografias
em Línguas
Resumo:
This study has the objective of analyzing, based on the theoretical and methodological device of the French Discourse Analysis, the meanings that (are) produce(d) (in) the photographs that compose the special report entitled “Cidades médias” (“Medium-sized cities”), published by Veja magazine in September, 2010. This report aims, according to the magazine, at highlighting which are the Brazilian cities that are considered “metropolis of the future”, for making possible, amongst other elements, also the obtainment of financial success. If the photographs in the media act as supports of the linguistic materiality, as representations of reality, I intend in this study: work with the effect of evidence produced by the photograph; reflect about the ideological crossing, which determines what can and must be said and, therefore, what cannot and must not be said; analyze in what way this crossing passes by the image and what is its representation in the journalistic discourse; and analyze which are the meanings produced by the photographs that compose the special report on Veja magazine; also in their relation to the subjects introduced there. For my investigation, I was based on the contributions of Barthes (1984) and Dubois (1993) and in some important concepts for the Discourse Analysis field found in Pêcheux (2009 [1988]) and Orlandi (2007 [1992]; 1995).
Resumo:
Este artigo visa – seguindo-se um viés de análise e um referencial teórico preponderantemente sociológicos – tecer algumas considerações acerca da visão que pairava sobre a infância e sobre os filhos, na sociedade patriarcal brasileira, tomando como objeto de análise o filme Abril despedaçado, dirigido por Walter Salles, e as obras literárias Infância e Vidas secas, de Graciliano Ramos. O fio condutor do filme parte da perspectiva infantil, pois é o Menino que conta a história de violência que permeia as relações entre sua família e a família vizinha. Também Infância – livro memorialista – é narrado sob a ótica infantil, embora o narrador seja adulto. No romance Vidas secas, os filhos do casal sertanejo protagonizam dois capítulos intermediários e nem sequer são nomeados, o que aponta para a massificação dos demais indivíduos da família em detrimento do poder do pater famílias. Evidencia-se, a partir disso, que, as três produções retratam universos sociais e familiares centrados nas arcaicas relações patriarcais, que nelas, as crianças – e também os filhos já adultos – são desconsideradas, reprimidas e até hostilizadas, com vistas à manutenção da ordem. No filme, nota-se que os pais, à luz da tradição, exercem sobre os filhos o poder de vida e de morte, ou seja, os filhos, na luta pela posse das terras, têm de responder com a própria vida, para que a honra e a autoridade patriarcais sejam mantidas soberanamente. O único momento em que os filhos ganham status e identidade é quando, ao serem mortos em nome da honra dos pais e da família, suas fotografias são entronizadas na galeria dos antepassados, recebem vela votiva, e passam a ser cultuados e sacralizados.