5 resultados para Distúrbios da Fala
em Línguas
Resumo:
RESUMOO presente texto tem como objetivo discutir a contextualização da prática de ensino de Língua Inglesa para deficientes auditivos brasileiros sob um olhar psicopedagógico. Intenciona tratar das dificuldades de aprendizagem relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem desta, bem como, propor a prática interventiva dentro da sala de aula de Língua Inglesa, para que se possa, deste modo, contribuir para a inclusão e o preparo dos estudantes surdos para a utilização e compreensão do idioma, o que já é oferecido a alunos não portadores destas necessidades. No decorrer deste texto, discutiremos algumas destas estratégias a partir do relato de experiência em sala de aula com uma aluna surda. O desafio de lidar com a situação levou uma professora do ensino médio a refletir a respeito de sua prática e a buscar suporte teórico sobre o tema ao qual naquele momento lhe era pouco familiar. Acrescenta-se à discussão uma proposta pedagógica para o trabalho com futuros docentes de Língua Inglesa nas universidades, buscando instigar estes futuros profissionais a autonomamente buscar compreender como lidar com as diversas teorias de aquisição de segunda língua e das metodologias de ensino de línguas estrangeiras no âmbito dos limites de aprendizagem dos alunos de sua própria comunidade escolar. O profissional psicopedagogo, além de contribuir para a investigação dos modos de aprender dos estudantes, especialmente os que tiverem alguma necessidade específica, poderá auxiliar o professor de inglês na seleção das atividades que poderão ser feitas em favor deles.
Resumo:
O objetivo deste trabalho é analisar o funcionamento semânticode enunciações da expressão “Fala sério!”. Mais especificamente, o objetivo é analisar o funcionamento argumentativo desta expressão. A análise, considerando que a enunciação é um agenciamento político, estudará, levando em conta os diversos aspectos da expressão, como se dá seu funcionamento no espaço de enunciação brasileiro, o que leva à análise da cena enunciativa por ele significada. Analisa-se, assim, como se constitui a divisão do falante, no sentido que a semântica do acontecimento dá a este termo, na enunciação. Um aspecto fundamental da análise é a consideração do aspecto delocutivo do funcionamento desta expressão, no sentido que Benveniste deu a esta noção, o que significa dizer que seu sentido não é formado composicionalmente, mas enunciativamente. Pela análise, podese observar como a não-coincidência entre a orientação argumentativa, que constrói uma unidade para o texto, e a argumentação geral do texto, mostra o caráter político do funcionamento da argumentação.
Resumo:
O presente texto versa sobre a união entre palavra e silêncio no fazer poético de João Manuel Simões. Sem abandonar a magia da poesia e o compromisso com a linguagem poética, Simões aborda temas que configuram a modernidade lírica como a condição original do ser humano, a arte poética e a sua própria condição de poeta, convertendo o silêncio em palavra e poesia.
O “PODER” NA FALA DA MULHER: A HETEROGENEIDADE DISCURSIVA E A IDENTIDADE FEMININA NA PÓS-MODERNIDADE
Resumo:
Falar da mulher no contexto da chamada pós-modernidade é tocar num ponto nevrálgico, já que precisamos pensar sua constituição num momento de crise dos gêneros, em que as fronteiras identitárias vêm se alterando. Tendo em vista que a partir do discurso (e da entrada no simbólico) é que nos configuramos como sujeitos, e mais que isso, que a designação de gênero é a primeira com a qual o “outro” nos nomeia, proponho, neste trabalho, pensar a identidade feminina a partir do discurso feminino, vendo-o sob o signo da heterogeneidade, conforme o conceito concebido na terceira fase da Análise do Discurso de linha francesa. Para isso, tomo entrevistas realizadas com mulheres de perfis heterogêneos e as analiso sob o foco de alguns pressupostos da AD, sobretudo no que diz respeito à heterogeneidade constitutiva e o interdiscurso, e alguns conceitos de base psicanalítica ligados à constituição do sujeito. Nesse artigo analiso especificamente as ocorrências do verbo “poder” na fala das entrevistadas em enunciados que demonstram a constituição hetero- gênea do discurso feminino. Pretendo, dessa forma, poder vislumbrar a configuração do sujeito mulher como ser heterogêneo que é, constituído com base no discurso do “outro”, procurando compreender quem é este ”outro” que o constitui contraditoriamente. Desta perspectiva, observaremos o funcionamento deste “outro” que não é o sujeito homem, mas sim o modo como a mulher resignifica o discurso do sujeito homem em seu dizer, tendo em vista um interdiscurso que se ordena a partir de memórias recortadas da sociedade patriarcal em relação à sociedade pós-moderna.
Resumo:
No contexto da Literatura e Cinema tendo como foco a tríade autor-texto-leitor, realiza-se uma leitura de Mutum (2007), de Sandra Kogut, transposição fílmica da novela Campo geral/Miguilim (1956), que integra a obra Corpo de baile, de João Guimarães Rosa. Considerando a premissa de Mikhail Bakhtin de que um texto que fala com outro texto é uma encenação de vozes, tal práxis de leitura busca desvelar, tanto no livro de Guimarães Rosa quanto no filme de Sandra Kogut, como a voz do protagonista Miguilim resulta de sua interação com o Mutum – espaço geográfico e social no qual esta personagem está inserida.