3 resultados para Dificuldades de aprendizagem específicas (DAE)
em Línguas
Resumo:
O objetivo deste artigo é discutir resultados parciais de uma pesquisa qualitativa, de delineamento documental, com foco na produção escrita de dois textos, representativos de um corpus de 22 textos de 11 alunos, classificados pela escola como com dificuldades de aprendizagem de leitura e de escrita. A característica essencial dos discursos é o seu endereçamento a um destinatário, que atua na interação, influenciando quanto ao tratamento do tema, ao tipo de enunciado, e ao estilo linguístico de uma dada esfera de utilização da língua. Entende-se como parceiros essenciais da interlocução o locutor e o interlocutor, ou o horizonte/auditório social a quem a palavra é dirigida. Tendo em vista o papel do interlocutor no processo de interação intersubjetiva, a pesquisa investigou a produção escrita feita a partir de dois tipos de encaminhamento didático-metodológico: sem endereçamento (Grupo A), e com endereçamento (Grupo B), visando perceber se os encaminhamentos realizados, dentre eles a explicitação do endereçamento na apresentação da proposta de produção, contribuiria para o monitoramento da elaboração textual, especialmente no que se refere ao campo dos aspectos gráficos/ortográficos, uma das dimensões do aprendizado da escrita. O estudo mostrou que os textos do Grupo B apresentaram melhores resultados que os do Grupo A, tanto na dimensão quantitativa quanto na qualitativa.
Resumo:
RESUMOO presente texto tem como objetivo discutir a contextualização da prática de ensino de Língua Inglesa para deficientes auditivos brasileiros sob um olhar psicopedagógico. Intenciona tratar das dificuldades de aprendizagem relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem desta, bem como, propor a prática interventiva dentro da sala de aula de Língua Inglesa, para que se possa, deste modo, contribuir para a inclusão e o preparo dos estudantes surdos para a utilização e compreensão do idioma, o que já é oferecido a alunos não portadores destas necessidades. No decorrer deste texto, discutiremos algumas destas estratégias a partir do relato de experiência em sala de aula com uma aluna surda. O desafio de lidar com a situação levou uma professora do ensino médio a refletir a respeito de sua prática e a buscar suporte teórico sobre o tema ao qual naquele momento lhe era pouco familiar. Acrescenta-se à discussão uma proposta pedagógica para o trabalho com futuros docentes de Língua Inglesa nas universidades, buscando instigar estes futuros profissionais a autonomamente buscar compreender como lidar com as diversas teorias de aquisição de segunda língua e das metodologias de ensino de línguas estrangeiras no âmbito dos limites de aprendizagem dos alunos de sua própria comunidade escolar. O profissional psicopedagogo, além de contribuir para a investigação dos modos de aprender dos estudantes, especialmente os que tiverem alguma necessidade específica, poderá auxiliar o professor de inglês na seleção das atividades que poderão ser feitas em favor deles.
Resumo:
Resumo:O ensino-aprendizagem da segunda língua numa proposta bilíngue de educação para surdos tem sido um desafio tanto para professores quanto para os pesquisadores, na medida em que muitos fatores estão envolvidos, como a diferença na modalidade da primeira e da segunda língua; o fato de que grande parte dos surdos, filhos de pais ouvintes, chega à escola sem conhecimento da língua de sinais; a falta de formação de professores para ensinar aprendizes surdos. Além desses fatores, pesquisas têm analisado a relação que se estabelece entre a língua de sinais e a língua escrita no processo de ensino-aprendizagem de aprendizes surdos. O interesse em conhecer o que propõe a literatura motivou este trabalho, que tem como objetivo contribuir para a compreensão do processo de ensino-aprendizagem da segunda língua por aprendizes surdos. O processo da leitura em surdos, a relevância da língua de sinais para uma leitura efetiva e estratégias de leitura são alguns dos pontos principais desenvolvidos neste trabalho. Com base em modelos de aprendizagem sugeridos para aprendizes ouvintes bilíngues, pesquisadores têm demonstrado que estratégias por eles utilizadas na leitura de textos da língua oral, como tradução, codeswitching e translanguaging, são usadas também por surdos, embora de forma diferenciada. Como conclusão do trabalho, as autoras ressaltam a necessidade de se ter um currículo específico para o ensino de aprendizes surdos, no qual a língua de sinais seja a língua de instrução, que sejam utilizadas estratégias de ensino específicas para eles e que sejam adotados procedimentos de avaliação do desenvolvimento das duas línguas.Palavras-chave: ensino-aprendizagem de segunda língua para surdos, educação bilíngue para surdos, língua de sinais e processo de leitura de surdos.