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Resumo:
Com o Zé Povinho, tocamos na essência caricatural do portuguesismo, do «Homo Lusitanus», ainda que sob o registro do burlesco e da sátira, marcado embora pelo momento histórico em que nasce (ele surge vestido e concebido como imutável da cabeça aos pés, desde a primeira vez que apareceu na Lanterna Mágica em 1875, pelo lápis de Rafael Bordalo Pinheiro): ele é Portugal, um certo Portugal ou uma certa maneira psicológica de retratar o Português com muitos defeitos (e algumas virtudes também) devidamente realçados ou caricaturados, com o seu atraso econômico-social.