3 resultados para Criação verbal

em Línguas


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Este estudo tem por objetivo analisar a palavra universidade dentro de um texto do gênero Editorial, predominantemente argumentativo, que tem como aporte o jornal, nesse caso, um jornal eletrônico. A temática e o contexto do texto em questão é o crime organizado. Utilizamo-nos do método sociológico de análise da linguagem proposto por Bakhtin. Primeiramente, apresentamos de forma ampla o aspecto teórico defendido pelo Círculo de Bakhtin (2002) e compartilhado por outros estudiosos, como Brait, Meurer e Souza. Dentre os textos teóricos consultados, temos a obra Estética da criação verbal (2000), que considera que a palavra é inserida pelos gêneros do discurso no ato de enunciação, isto é, “o que eu quero dizer deve ser dito, considerando-se os interlocutores e os contextos de circulação específicos”. Dessa forma, as palavras escolhidas para formar o ato discursivo organizam-se dentro de um determinado gênero, aquele que melhor atenda às necessidades do locutor. Isso só é possível porque estas já foram experimentadas por outros indivíduos em situações semelhantes. Desse modo, entende-se que qualquer manifestação discursiva decorre de um ato ou evento comunicacional situado social, histórica e culturalmente. O discurso apresenta marcas deste lócus na organização dos enunciados e na escolha do vocabulário empregado, pois o locutor espera respondibilidade do seu interlocutor. Logo, não se pode perceber inocentemente as manifestações discursivas orais ou escritas. É nesse sentido que se realizaram as reflexões acerca da palavra universidade, as quais mostraram que, ainda que ela não se distancie dos sentidos já conhecidos culturalmente, há outros contextos, atualizados ideologicamente, que ela figura.

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A partir do século XVII, inúmeros autores, como os irmãos Grimm e Hans Christian Andersen, pesquisaram e, posteriormente, publicaram histórias baseadas no folclore popular europeu. Como o período em que tais fenômenos ocorreram converge com o nascimento da família burguesa, que redirecionou a visão acerca da criança, as histórias produzidas por esses autores acabaram por ser adaptadas ao universo infantil. A figura do diabo fazia parte da memória coletiva europeia, sua presença é notadamente perceptível no ideário da Idade Média, logo, a inserção desse personagem em obras fictícias para crianças tornou-se comum nos enredos infantis da época. O artigo analisará, em alguns contos produzidos entre os séculos XVIII e XIX, as similitudes perceptíveis na criação do personagem, e comprovará seu caráter folclórico, bem como sua construção literária a partir de um denominador coletivo comum: a memória popular, que inspirou as primeiras histórias infantis, uma vez que o gênero antes de ocupar o espaço da escrita, esteve presente na memória dos povos e foi levada de geração a geração por meio da oralidade.

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Focaliza-se neste trabalho os modos do ensino e de formação de professores, sua retórica (configurações arquitetônicas e tensões) para, desse lugar discursivo, contraporem-se marcas externas em torno das quais se estabelecem os discursos escritos do sujeito que fala, de sua palavra e da de outrem no ato pedagógico. O encontro entre o dado e o novo, isto é, do que é memória e do que é criação no ato da palavra que aproxima sujeito e experiência é tela para olhar as implicações e consequências no cotidiano da relação linguagem e cognição (conhecimento), experiência e ética. A abordagem dialógica da linguagem de que trata Bakhtin e seu Círculo, e seus desdobramentos, são aportes possíveis para o entendimento do que se produz ou reproduz nas relações sociais como modos de viver a vida verbal e, por ela, a vida dos sujeitos em formação (ser social).http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20170001