2 resultados para Circo

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 This paper aims to present the results of a study on the translation of the narrative structure of the play Auto da Compadecida, by Ariano Suassuna, into the homonymous TV mini-series, directed by Guel Arraes (Globo,1999). The play has in its structure a representation within another - the auto (designation of the medieval miracle plays in the Latin Culture) is represented as part of a circus presentation, having as its narrator a clown that, in the role of the author, presents the story, its characters and, throughout the play, interferes and interacts with the spectator (reader). Arraes, in turn, establishes a different configuration to the narrative structure of his text, once he changes the circus representation for an audiovisual one. In this perspective, the auto by Arraes presents the film The Passion of Christ within the TV mini-series O Auto da Compadecida. In general, we observe that Arraes brings to his translation the audiovisual language technology of his time, rewriting the sertanejo’s beliefs from the mass media point of view. Within this study, we propose reflections on the adaptation process as a translation act and also on the intertextuality between genres deriving from this intersemiotic process.    KEY WORDS: Intersemiotic Translation; Literature; TV mini-series. 

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O artigo faz uma análise do conto “Mentira de amor”, do escritor Ronaldo Correia de Brito, publicado no livro Faca (2003). Baseando-se na concepção de Piglia (2004) de que todo conto engendra duas histórias, o estudo visa mostrar como ambas se imbricam e como diferentes elementos são manejados para construir a história cifrada que tem como protagonista a personagem Delmira. Narra-se a história de uma mãe desolada pela morte da filha que, pela manipulação do marido, torna-se prisioneira domiciliar, juntamente com suas outras três filhas. A protagonista parece buscar mais do que o retorno da filha, busca o resgate de sua criança interior, símbolo da consciência de sua própria individualidade. Com a chegada do circo na cidade, a personagem passa a rememorar experiências infantis e ao revivê-las, toma coragem para mudar sua vida. Tem-se, aí, a história cifrada de que nos fala Piglia: delineando o processo construtivo do conto à luz de concepções cunhadas por Carl Jung e pela Psicologia Analítica, temos o arquétipo da criança interior que simbolicamente é apresentado pela figura da filha morta. A narrativa se constrói por um tempo de espera, típico do universo infantil, acentuado pela ansiedade por momentos de prazer. Por meio de uma narrativa breve, que acentua a dicotomia entre liberdade e prisão, público e privado, passado e presente, e de um tempo que se repete em uma rotina infindável, a angústia dessa mulher em retomar o controle da sua vida passa pela imaginação para então desenhar-se como promessa de morte e libertação.