2 resultados para Brasil. Presidente (1961 : Jânio Quadros)
em Línguas
Resumo:
Este trabalho apresenta reflexões sobre o pensamento dialético deAntônio Candido e suas contribuições à Literatura Comparada no Brasil. Oestudo caracteriza-se como pesquisa analítica e toma como referência fundamentala obra Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos paradiscutir concepções inerentes à literatura e ao posicionamento crítico doensaísta brasileiro. A obra de Candido é abordada procurando-se compreendero raciocínio apresentado pelo autor em sua tese sobre a constituição daliteratura brasileira, a fim de discutir como o texto do autor relaciona-se aosestudos de literatura baseados em uma concepção comparatista. A obra deCandido, além de constituir avanços significativos na história da crítica literáriano Brasil, colabora na reavaliação de conceitos imanentes aos estudosde literatura, propondo abordagens teóricas próprias e voltadas para a produçãolocal. A investigação salienta que, muito além de referir-se a um métodode estudo do texto literário, a posição de Candido alude a uma perspectivadinâmica de crítica, a da observação à relação entre a obra e o seucondicionamento social, avaliando-se os vínculos entre este e aquela para sechegar a uma interpretação do texto literário, a qual não é mais pautadaexclusivamente na análise da estrutura interna da obra. Candido, ao proporum método de investigação literária, reflete sobre a relação da literaturabrasileira com a européia e introduzir a disciplina literatura comparada naUniversidade de São Paulo, em 1961, já exprime seu interesse e respeito pelosestudos comparatistas, e, além disso, assinala um momento decisivo no campodas pesquisas literárias comparatistas brasileiras.
Resumo:
RESUMO: A educação de surdos hoje no Brasil vive um período de transição, de conflitos e contradições: por um lado o discurso da diferença cada vez mais presente na fala de educadores e em parte da legislação educacional em vigor; por outro lado a “diferença” surda continua sendo representada nas práticas escolares em geral sob a ótica da normalização que insiste em invisibilizar as especificidades linguísticas e culturais dessa minoria, apesar dos avanços alcançados pelo decreto 5626. Com esse cenário em mente objetivamos refletir sobre as pressões normativas guiadas por ideologias monolíngues (BLACKLEDGE, 2000) que tentam formatar um suposto uso ideal de português e de Libras. O capítulo está dividido em três partes: primeiro, apresentamos algumas considerações no âmbito da legislação acerca do estatuto de Libras no Brasil. Em seguida, tematizamos o processo de (in)visibilização das línguas de sinais com vistas a mostrar que a (re)construção do conceito de língua como algo fixo, também, em relação às línguas de sinais, pode ser usado para sedimentar desigualdades em relação ao surdo na escola. Por fim, refletimos, a partir de alguns dados de pesquisa, sobre as tensões existentes entre as línguas nos contextos bi-multilíngues que caracterizam a escolarização de surdos e as ideologias linguísticas que geram efeitos de hierarquização sobre os usos de Libras e de Português.