3 resultados para Atenas arcaica
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Resumo:
Este artigo aplica-se ao estudo sobre a construção de Lavoura ar arcaica caica caica, de Raduan Nassar, observando para tanto dois elementos notáveis e perturbadores na leitura desse romance, tais como a aparente falta de linearidade narrativa e a presença de registros distintos de linguagem, onde predomina ora o tom lírico, ora o recitativo. Esses dois elementos configuram-se, no texto de Nassar, subversões aos discursos totalizantes e universalistas. Essa construção de estilos divergentes encontra uma estreita vinculação com certos aspectos próprios da pós-modernidade filosófica, erguidos a partir da negação de um pressuposto do Iluminismo, concernente à razão universal, avessa à parcialidade da palavra individualizada.
Resumo:
Discutem-se neste artigo as ocorrências do verbo tomar como verbo-suporte no português arcaico, tomando como corpus de análise o Orto do Esposo, texto religioso pertencente ao fim do século XIV ou começo do século XV. Objetiva-se investigar se, já na fase arcaica da língua portuguesa, essas construções apresentavam características semelhantes àquelas identificadas em textos contemporâneos. As construções aqui eleitas para análise se restringem àquelas que apresentam, no texto, verbos plenos correspondentes à estrutura tomar + SN (sintagma nominal). Excluímos, portanto, construções com predicados nominais autônomos ou nomes autônomos.
Resumo:
RESUMO: Objetivou-se neste estudo analisar algumas representações femininas em “Sota e Barla”, conto que integra o livro Tutaméia, de João Guimarães Rosa, com vistas a resgatar como o autor se atém – na arcaica e tradicional sociedade patriarcal – à contraposição entre a virgem – para casar – e a prostituta – para o prazer. Esta dicotomia se faz presente no conto “Sota e barla”, cujo título estabelece, a priori, onde se situam socialmente os dois amores de Doriano: a prostitua Aquina, a sota – palavra que, no contexto do conto, significa amante –; e a donzela Bici, a barla – neologismo criado por Guimarães Rosa a partir da palavra barlaque: regionalismo do Timor Leste que significa compra de mulher para fins matrimoniais. Portanto, o título do conto prenuncia que a viagem de Doriano como chefe de uma comitiva é, também, uma travessia durante a qual ele terá que optar entre a prostituta e a virgem. Sua escolha, coerentemente com a moral patriarcal, recairá sobre a segunda.