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Resumo:
Com base em algumas das definições de testimonio como gênero literário, este artigo compara as obras de Gloria Anzaldúa e Rigoberta Menchú, duas autoras que compartilham uma herança indígena e que parecem funcionar como mediadoras entre os mundos daqueles que elas vêem como opressores e oprimidos. As discussões apresentadas neste artigo baseiam-se diretamente no “Testimonio de Menchú”, um relato oral das atrocidades por ela testemunhadas na Guatemala na década de 1980, transformado em um livro escrito por Elisabeth Burgos, Debray, e alguns trechos das obras de Anzaldúa, escritora e teórica, que teve de aprender a viver cercada pelo preconceito contra os descendentes de mexicanos que vivem na fronteira do Texas com o México. Os principais objetivos deste artigo são: a) identificar os leitores implícitos de seus textos; e b) analisar o papel dos elementos literários em suas narrativas.
Resumo:
O presente estudo suscita uma problematização sobre o papel dos/as professores/as de língua estrangeira no manuseio de materiais didáticos disponíveis em seu contexto de atuação, a partir de uma proposta de análise e de suplementação de um livro didático de língua inglesa, tendo por base teorizações contemporâneas acerca de perspectivas críticas na educação linguística (DUBOC, 2012; PENNYCOOK, 2001, 2006; PESSOA; URZÊDA-FREITAS, 2012; SCHEYERL, 2012; AUTORA 1, 2015; SIQUEIRA, 2010, entre outros/as). A proposta deste estudo surgiu a partir das ações de um projeto desenvolvido no âmbito do programa Pró-Licenciatura de uma universidade pública do centro-oeste brasileiro. Um dos objetivos do projeto era produzir e adaptar materiais didáticos suplementares para uma turma de nível iniciante de inglês do Centro de Idiomas da instituição, que atende gratuitamente a comunidade interna e externa. Assim, com base em uma abordagem qualitativa de pesquisa e de cunho documental, compartilhamos aqui um recorte do projeto mencionado, apresentando a análise de um dos capítulos do livro didático adotado pela referida instituição, a partir das três visões de mundo discutidas por Leffa (2017): o mundo revelado, o encoberto e o possível. A análise aponta que é possível adaptar e elaborar materiais didáticos pautados em perspectivas críticas em turmas de níveis básicos, mesmo em face de contextos desafiantes e com recursos limitados. Concluímos, então, que o estudo e a ampliação de materiais didáticos sob a ótica dos três mundos discutidos por Leffa (2017) requer análise, pesquisa, reflexão, crítica, agência e coautoria/cocriação, em um processo contínuo, interpretativo e, sobretudo, não prescritivo.